Redução máxima do IRS com desdobramento para solteiros é de 202 euros e o dobro para casados. Veja as simulações
Com o desdobramento de escalões de IRS, todos os níveis de rendimentos a partir do antigo terceiro escalão vão sentir uma redução no imposto pago, segundo as contas da Deloitte.
O desdobramento dos escalões de taxa do IRS voltou a ser incluído na nova proposta de Orçamento do Estado para 2022, trazendo uma redução do imposto para todos os níveis de rendimentos a partir do antigo terceiro escalão, segundo as contas da Deloitte. As simulações da consultora concluem que a redução máxima do IRS resultante desta medida para um solteiro sem dependentes é de 202 euros. Já para casados, pode ultrapassar os 500 euros.
De acordo com a proposta orçamental, vai avançar uma alteração dos escalões de IRS que abrangerá mais de um milhão e meio de agregados com rendimento coletável superior a 10.736 euros. Isto já que as mudanças se debruçam sobre o terceiro e sexto escalões, deixando de fora os dois primeiros.
“Dentro dos pressupostos assumidos, estima-se em 202 euros a redução máxima do IRS resultante do desdobramento dos escalões de taxa do IRS para um solteiro sem dependentes, alcançada para sujeitos passivos com remuneração mensal estimada entre, aproximadamente, 3.000 e 6.000 euros”, nota a Deloitte.
Os cenários para um solteiro, sem dependentes, foram construídos a partir do valor da remuneração mensal estimada para o limite de cada um dos novos escalões de rendimentos, assumindo ausência de outros rendimentos e o pagamento de “14 meses”, indica a empresa.
Desta forma, um solteiro sem dependentes com um rendimento anual de 91 mil euros (6.500 euros mensais), que se enquadra no último escalão, já vai ter um “desconto” mais reduzido, de 26 euros face ao ano anterior.
Já para um solteiro sem dependentes, com uma remuneração mensal de aproximadamente 1.500 euros, a redução é de 90 euros.
Quanto se olha para os casados, a redução é mais expressiva. “A duplicação do valor da redução do IRS para a situação de casado, dois titulares com rendimentos equivalentes, resulta da circunstância de serem dois os sujeitos passivos”, como explica a Deloitte.
Vai desde 155 euros “poupados” para um casal com dois filhos, com um rendimento anual de 21 mil euros, até 554 euros para um rendimento de 140 mil euros anuais. É de notar também que “a circunstância de o agregado incluir um segundo dependente com idade de 4, 5 ou 6 anos permite uma redução adicional do IRS em 150 euros”.
Com o desdobramento, vão passar a existir nove escalões, mais dois do que os atuais sete. As taxas foram ajustadas, permitindo assim um alívio neste imposto. A Deloitte ressalva ainda que, com a revisão nas tabelas de retenção na fonte que já foi efetuada e está em vigor, “a redução do IRS pode estar já a ocorrer ou materializar-se ainda no ano de 2022″, ainda que “com intensidade diferente consoante os casos”.
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