Avaliação bancária sobe para novo recorde de 1.331 euros por metro quadrado
Valor mediano a que a banca está a avaliar os imóveis para efeitos de concessão de crédito subiu pelo sétimo mês consecutivo, atingindo um novo máximo histórico.
O valor a que os bancos avaliam os imóveis para efeitos de concessão de crédito à habitação voltou a subir em março, pelo sétimo mês consecutivo, batendo um novo recorde. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) publicados esta quarta-feira, o valor mediano do metro quadrado fixou-se em 1.331 euros. É o valor mais alto de sempre e corresponde a uma subida de 17 euros face a fevereiro.
Os dados indicam que o mercado imobiliário nacional continua em expansão, mesmo num cenário de subida das taxas de juro e elevada inflação. Em março, mesmo no contexto da guerra na Ucrânia, os bancos realizaram cerca de 32 mil avaliações, mais 23,5% face a março de 2021.
Em março, o valor mediano subiu 1,3% face a fevereiro, com o maior aumento a registar-se no Alentejo (2,8%) e a única descida no Algarve (-0,6%). Se a comparação for feita com março de 2021, o valor médio das avaliações cresceu 12,1%, sendo que a variação mais intensa acontece no Algarve (16,4%) e a menor no Alentejo (8%).
Valor mediano de avaliação bancária até março (euros/m2):
No mês em análise, o valor mediano de avaliação bancária de apartamentos foi 1.476 euros por metro quadrado, uma subida de 13,5% face ao período homólogo. Comparativamente a fevereiro, o valor de avaliação dos apartamentos subiu 1%, tendo o Alentejo apresentado a maior subida (3,3%) e os Açores a maior descida (-1%), destaca o INE.
Em particular, o valor mediano da avaliação para apartamentos T2 subiu 13 euros para 1.505 euros por metro quadrado, tendo os T3 subido 17 euros para 1.316 euros por metro quadrado. No seu conjunto, estas tipologias representaram 80,2% das avaliações de apartamentos.
Já no que diz respeito a moradias, o valor mediano da avaliação bancária foi de 1.067 euros por metro quadrado, o que representa um acréscimo de 7,5% em relação a março de 2021. Face a fevereiro, o valor de avaliação das moradias aumentou 1,9%. A Madeira registou o aumento mais acentuado (3,3%) e o Algarve foi a única região a apresentar uma descida (-0,8%).
Comparando com fevereiro, os valores das moradias T2, T3 e T4 — tipologias responsáveis por 88,8% das avaliações — atingiram os 1.047 euros por metro quadrado (mais 46 euros), 1.045 euros por metro quadrado (mais 19 euros) e 1.104 euros por metro quadrado (mais cinco euros), respetivamente.
Só as Beiras estão abaixo da mediana nacional
O INE destaca que o Algarve, a Área Metropolitana de Lisboa e o Alentejo Litoral apresentaram valores de avaliação superiores à mediana do país (35,2%, 33,6% e 4,2%, respetivamente). Beiras e Serra da Estrela foi a região que apresentou o valor mais baixo em relação à mediana do país (-48,2%).
Das mais de 32 mil avaliações bancárias (+23,5%) feitas em março, 20.674 foram a apartamentos e 11.369 a moradias. “Esta evolução deverá refletir um efeito base, na medida em os primeiros meses de 2021 foram afetados pelo agravamento das medidas de contenção associadas à situação pandémica”, diz o INE.
Em fevereiro, a avaliação bancária também tinha subido, fixando-se nos 1.314 euros por metro quadrado. A última vez que este indicador não subiu foi em setembro de 2020, tendo o valor ficado semelhante a agosto de 2020.
(Notícia atualizada às 12h09 com mais informação)
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