Amazon apresenta primeiras perdas trimestrais desde 2015
Tecnológica divulgou uma perda de 3,84 mil milhões de dólares no primeiro trimestre do ano, o que compara com um lucro homólogo de 8,1 mil milhões.
A Amazon divulgou esta quinta-feira as suas primeiras perdas trimestrais desde 2015, com a sua máquina de produção de dinheiro afetada pelo arrefecimento do comércio eletrónico que a pandemia tinha estimulado e pelo consagração contabilístico de uma avultada perda.
O título do grupo do comércio eletrónico, baseado em Seattle, estava a perder 10% nas transações eletrónicas posteriores ao encerramento da praça bolsista nova-iorquina. A Amazon divulgou uma perda de 3,84 mil milhões de dólares no primeiro trimestre do ano, o que compara com um lucro homólogo de 8,1 mil milhões. Este resultado dececionou os analistas, que esperavam resultados positivos.
As avultadas perdas divulgadas resultam do reflexo contabilístico da desvalorização em 7,6 mil milhões de dólares do seu investimento na Rivian Automotive, uma startup. Mas o arrefecimento no consumo em linha é real e generalizado.
Enquanto as vendas nas lojas físicas aumentaram, março foi o primeiro mês em que as vendas eletrónicas baixaram desde que a pandemia começou, segundo a Mastercard SpendingPulse, que segue os pagamentos feitos na rede Mastercard e faz estimativas para outros pagamentos.
A Amazon prosperou durante a pandemia, com as pessoas que ficaram em casa para limitar os contactos sociais a virarem-se para o comércio eletrónico para comprarem o que precisavam. Mas o crescimento arrefeceu à medida que as pessoas se sentiram mais confortáveis e seguras para sair.
Segundo a empresa de investigação do comércio eletrónico MarketPlace Pulse, o valor dos bens vendidos na Amazon no último ano cresceu a uma velocidade que foi metade da de 2020. À semelhança de outras empresas, a Amazon está a lidar com pressões provenientes de várias frentes, como inflação, questões de cadeias de abastecimento e escassez de mão-de-obra
Ao contrário dos lucros, as receitas subiram 7% para 116,44 mil milhões de dólares, o que foi o sexto trimestre consecutivo em que as receitas superaram os 100 mil milhões. A Amazon previa um intervalo de vendas entre 112 mil milhões e 117 mil milhões. Os analistas auscultados pela FactSet antecipavam 116,5 mil milhões.
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