Já há empresas europeias a pagar gás russo em rublos

Bloomberg avança que quatro empresas europeias já pagaram à Gazprom em rublos, cedendo à exigência de Moscovo. Dez empresas no total já abriram conta no Gazprombank.

Quatro empresas europeias que importam gás natural da Rússia já terão feito pagamentos à Gazprom em rublos, como exige o Presidente russo Vladimir Putin. A notícia foi avançada pela Bloomberg, que cita uma fonte próxima da empresa.

A agência indica também que dez empresas europeias abriram conta no Gazprombank, um dos passos necessários para pagar o gás natural em rublos, a moeda russa. Ao abrigo do mecanismo criado por Moscovo, as empresas transferem o pagamento na divisa original para uma conta nesse banco, que devolve o equivalente em rublos para liquidação do pagamento.

Esta quarta-feira, a Gazprom cortou o gás à Polónia e Bulgária, depois de estes países terem recusado fazer pagamentos à Rússia em rublos. Os países falam em violação dos contratos.

Foi no final do mês passado que Vladimir Putin fez o ultimato aos países Ocidentais para que paguem o gás em rublos. Caso contrário, ameaça fechar a torneira, agravando severamente a crise energética vivida no continente europeu.

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Três equipas portuguesas vencem final nacional do Brandstorm. Nova SBE e ISCTE estão representadas

Equipas terão mentoria da L'Oréal para promover os projetos e criar as apresentações que vão defender perante o júri internacional. Pela primeira vez iniciativa junta equipas ibéricas.

Duas equipas da Nova School of Business and Economics e uma do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa são as grandes vencedoras da final nacional do Brandstorm, que juntou pela primeira vez nos seus 30 anos de história, estudantes de Espanha e Portugal. As três equipas terão, agora, mentoria personalizada da L’Oréal para promover os seus projetos e criar as apresentações que vão defender perante o júri internacional na meia final que se realiza a 12 de maio. Quase 300 participantes de nove universidades de ambos os países conceberam um projeto disruptivo para o setor.

“A experiência emocionante desta final do Brandstorm reflete a grande capacidade e acuidade que existe entre os jovens espanhóis e portugueses. Eles são o futuro da nossa sociedade, por isso, é de vital importância promover iniciativas que as incentivem e acompanhem no seu desenvolvimento profissional, preparando-as para todos os desafios do mundo do trabalho. Sem dúvida, esta competição é uma grande ferramenta de aquisição de talento para o nosso Grupo”, afirma Juan Alonso de Lomas, CEO da L’Oréal Espanha e Portugal, em comunicado.

Entre nove finalistas, a equipa Beautif’all formada por Rui Mesquita Diniz, Maria Neiva Santos e Marta Monteirinho, foi a vencedora da área de tech. No projeto de beleza inclusiva venceu a equipa Equal Future, formada por Rita Simões Raposo, Marta Augusto e Isabel Pedro. Já a equipa Glamovation, composta por Smriti Singh, Koray Uerkuet e Juliana Klude, venceu com o projeto de beleza sustentável.

A competição permite que os alunos conheçam a cultura da empresa e tenham contacto com recrutadores para uma primeira experiência de trabalho. Também oferece aos jovens a possibilidade de aumentarem as suas competências profissionais, através de um percurso completo de aprendizagem (master classes, especialistas, e-learnings, e por aí fora.), graças à colaboração com a Salesforce.

Além disso, os vencedores poderão desfrutar de uma experiência internacional em Paris, com todas as despesas de viagem e alojamento incluídas, para desenvolver o seu projeto em sessões de empreendedorismo com os especialistas da L’Oréal, na sua sede mundial, e no maior campus de startups do mundo, a Estação F.

“O Brandstorm é uma iniciativa da qual nos orgulhamos muito. Foram três décadas a incentivar e a promover jovens talentos. Estamos muito gratos pela grande participação e empenho de todas as equipas que apresentaram projetos muito inovadores e impactantes, que contribuem para o nosso objetivo enquanto grupo de continuar a apostar na sustentabilidade, inclusão e beauty tech“, afirma Lola Ortuño, diretora de relações humanas da L’Oréal Espanha e Portugal.

Desde a sua criação, há 30 anos, que a competição mundial da L’Oréal para recrutar os melhores jovens talentos continua a ser uma das maiores apostas da companhia. No ano passado, participaram cerca de 60.000 estudantes de 65 países e todos os anos são recrutados entre 150 e 200 jovens para se juntarem à empresa.

Veja aqui as equipas portuguesas vencedoras:

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Confiança dos consumidores na Alemanha cai acentuadamente

  • Lusa
  • 27 Abril 2022

Consultora prevê queda de 10,8 pontos no indicador da confiança dos consumidores alemães, um novo mínimo à boleia da guerra na Ucrânia e da inflação. Consumidores acreditam em perigo de recessão.

A confiança dos consumidores alemães deteriorou-se acentuadamente pelo segundo mês consecutivo, caindo para um novo mínimo, à medida que a guerra na Ucrânia e a inflação desvaneceram as esperanças de uma recuperação pós-pandemia.

A Society for Consumer Research (GfK) prevê uma queda de 10,8 pontos para o seu indicador – com base nas opiniões de quase 2.000 inquiridos e que mede a confiança dos consumidores – de 15,7 negativos em abril para 26,5 negativos em maio.

Assim, o clima de consumo afunda-se para um novo mínimo histórico e cai significativamente abaixo do anterior recorde negativo na primavera de 2020 durante o primeiro confinamento público da Alemanha, disse esta quarta-feira a consultora num comunicado.

Um aumento acentuado da propensão para poupar em abril acelerou esta queda.

A guerra na Ucrânia, bem como a elevada inflação, atingiram duramente o sentimento de consumo. Isto acabou por frustrar as esperanças de uma recuperação como resultado da flexibilização das restrições relacionadas com a pandemia”, disse Rolf Bürkl, especialista em consumo da GfK.

A explosão dos preços da energia em resultado da grande incerteza causada pela guerra, bem como as extensas sanções contra a Rússia, provocaram também uma diminuição das perspetivas de rendimento dos consumidores.

As elevadas taxas de inflação fazem com que o poder de compra dos consumidores se desvaneça.

Assim, o indicador das perspetivas de rendimento atingiu o seu valor mais baixo em quase vinte anos em abril, caindo para 31,3 pontos negativos, 9,2 pontos abaixo do valor de março.

A última vez que foi registado um valor pior foi em fevereiro de 2003, quando o indicador atingiu 32,8 pontos negativos.

“Só pode haver uma mudança sustentável no clima de consumo se houver negociações de paz bem-sucedidas relativamente à guerra na Ucrânia”, acrescenta Bürkl.

As expectativas económicas também voltaram a sofrer perdas significativas depois da quebra do mês passado; o indicador caiu para 16,4 pontos negativos em abril, 7,5 pontos abaixo dos de há um mês, e quase 24 pontos abaixo dos de há um ano.

Os consumidores acreditam que o risco para a economia alemã aumentou ainda mais e que o perigo de uma recessão é elevado.

Associada à queda das expectativas económicas e de rendimentos, a propensão para comprar também diminuiu pela terceira vez consecutiva.

Assim, o indicador correspondente perdeu 8,5 pontos em abril para 10,6 pontos negativos, o valor mais baixo em mais de treze anos.

A última vez que o indicador foi ainda pior foi em outubro de 2008, durante a crise financeira e económica, quando caiu para 20,1 pontos negativos.

Além da incerteza geral, é sobretudo a subida acentuada dos preços que está a amortecer os consumidores, diz a consultora.

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Famalicão constrói novo parque empresarial com 17 pavilhões, a partir de 296 mil euros

Em construção nos arredores da cidade minhota, o Patamar Business Campus vai avançar com a segunda fase. Preço dos armazéns começa nos 295 mil euros, prevendo a entrega dos espaços até junho de 2023.

Chama-se Patamar Business Campus, tem um total de 17 pavilhões e é o mais recente parque empresarial no concelho de Vila Nova de Famalicão, no distrito de Braga, que é um dos municípios mais exportadores da economia portuguesa.

Depois da entrega e da venda dos primeiros quatro armazéns, acabam de arrancar as obras de construção de mais dois blocos com 13 pavilhões, uma empreitada que corresponde à segunda fase do empreendimento. As áreas vão de 295 a 1.100 metros quadrados.

Segundo a Medium, agência imobiliária que comercializa os imóveis em exclusivo, estas 13 novas infraestruturas, que estão à venda por preços a partir de 295 mil euros, vão começar a ser entregues em dezembro. Os espaços de maior dimensão, porém, só estarão concluídos em junho de 2023.

Este novo parque empresarial está a ser edificado nos arredores de Famalicão, junto à autoestrada que faz a ligação a Vila do Conde, a dois quilómetros dos nós da A7 e da A3 e do futuro terminal ferroviário de mercadorias de Lousado. O aeroporto Francisco Sá Carneiro (Maia) e o Porto de Leixões (Matosinhos) estão a meia hora de distância.

“A localização é magnífica. Investir nos pavilhões do Patamar Business Campus é uma excelente opção estratégica para qualquer negócio que precise de espaços até cerca de mil metros quadrados”, destaca Miguel Marques, responsável pelo segmento corporate da Medium, citado num comunicado de imprensa.

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República Centro-Africana adota bitcoin como moeda oficial

  • Lusa
  • 27 Abril 2022

República Centro-Africana garante ser o primeiro país africano a adotar a bitcoin como moeda oficial. Anúncio foi feito esta quarta-feira pela presidência do país.

A República Centro-Africana, segundo país menos desenvolvido do mundo, adotou a bitcoin como moeda oficial, a par do franco CFA, e legalizou a utilização de criptomoedas, anunciou a Presidência esta quarta-feira, garantindo tratar-se do primeiro país africano a fazê-lo.

A Assembleia Nacional votou por unanimidade dos deputados presentes a lei que rege as criptomoedas na República Centro-Africana (RCA) e o Presidente do país, Faustin Archange Touadéra, promulgou-a, escreve em comunicado o ministro de Estado e diretor de gabinete da Presidência, Obed Namsio.

Segundo a mesma fonte, a RCA é “o primeiro país de África a adotar a bitcoin como moeda de referência”.

Em 7 de setembro do ano passado, Salvador tornou-se o primeiro país do mundo a adotar a ‘bitcoin’ como moeda legal e o Fundo Monetário Internacional (FMI) denunciou imediatamente uma decisão perigosa para a “estabilidade financeira, a integridade financeira e a proteção dos consumidores”.

“Esta decisão coloca a República Centro-Africana entre os países mais corajosos e visionários do mundo”, disse por seu lado a Presidência da RCA, que está em guerra civil há quase nove anos.

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Bruxelas quer vistos Schengen digitais para facilitar viagens e reforçar segurança

  • Lusa
  • 27 Abril 2022

Objetivo é tornar o processo menos burocrático e dispendioso para os Estados-membros e os requerentes, além de reforçar a segurança nesta área.

A Comissão Europeia quer que o processo digital de atribuição dos vistos para entrada no espaço Schengen esteja totalmente funcional até 2031, medida para facilitar a entrada na União Europeia (UE) e reforçar a segurança na área de livre circulação.

A digitalização dos vistos para entrada no espaço Schengen, incluída no Novo Pacto de Migração e Asilo, apresentado esta quarta-feira, tem como objetivo tornar o processo menos burocrático e dispendioso para os Estados-membros e os requerentes, além de reforçar a segurança nesta área.

Segundo informação do executivo comunitário, os requerentes de visto poderão, assim, pedir a autorização de entrada online e fazer o pagamento através de uma única plataforma da UE, independentemente do país de destino. A futura plataforma irá determinar automaticamente que país do espaço Schengen é responsável por analisar o requerimento do visto, particularmente se o pedido incluir vários países.

A proposta hoje apresentada terá de ser aprovada pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho da UE, esperando a Comissão Europeia que a futura plataforma possa começar a ser desenvolvida em 2024 e esteja operacional em 2026, com um período de transição de cinco anos, o que implica que só em 2031 poderá ser utilizada por todos os Estados-membros.

“Hoje estamos a levar a política de vistos da UE para a era digital”, disse o comissário europeu para a Promoção do Modo de Vida Europeu, Margaritis Schinas. “Com alguns Estados Membros já a mudar para o digital, é vital que o espaço Schengen avance agora como um só”, salientou, em conferência de imprensa.

Por seu lado, a comissária para os Assuntos Internos, Ylva Johnson, acrescentou que “um processo de vistos moderno é crucial para facilitar as viagens para a UE, quer de turismo, quer de negócios”. A comissária salientou ainda que “já é hora de haver uma plataforma online de pedidos de visto rápida e segura para os cidadãos de 102 países que pedem permissões de curta duração para viajar para a UE”.

O Espaço Schengen garante a liberdade de circulação num território que engloba 26 países (22 dos quais Estados-membros da UE, incluindo Portugal) com mais de 400 milhões de cidadãos.

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Bruxelas aciona procedimento que pode levar a suspensão de fundos para Hungria

  • Lusa
  • 27 Abril 2022

Bruxelas acionou procedimento inédito contra Hungria que pode levar à suspensão de fundos comunitários, por falhas no respeito pelo Estado de direito e “preocupações graves” com mais de dez anos.

A Comissão Europeia acionou esta quarta-feira o procedimento formal contra a Hungria que pode levar à suspensão ou redução de certos fundos da União Europeia, no quadro do novo mecanismo de condicionalidade ao respeito pelo Estado de direito.

“O colégio adotou hoje uma comunicação que capacita o nosso colega, o comissário [do Orçamento, Johannes] Hahn, para enviar uma notificação por escrito à Hungria, dando seguimento ao artigo 6.1 do regulamento do mecanismo de condicionalidade”, anunciou o vice-presidente do executivo comunitário Margaritis Schinas, durante uma conferência de imprensa em Bruxelas para dar conta dos resultados da reunião semanal do colégio de comissários.

A notificação escrita formal lança na prática um procedimento inédito até agora na UE que pode levar à suspensão de fundos comunitários por falhas no respeito pelo Estado de direito, no caso concreto por alegadas deficiências nos contratos públicos na Hungria e inquietações com corrupção, fraude e falta de transparência.

Fontes europeias indicaram que o mecanismo é ativado para proteger o próprio orçamento da UE, face ao “constante fracasso” do governo húngaro liderado por Viktor Orbán em resolver uma série de “preocupações graves” de Bruxelas durante um período que já se prolonga por mais de 10 anos.

Esta é a primeira vez que Bruxelas aciona o mecanismo que entrou em vigor em 1 de janeiro de 2021 e que condiciona o desembolso de fundos ao respeito pelos princípios do Estado de direito, e cuja legitimidade foi comprovada pelo Tribunal de Justiça da UE, num acórdão emitido em fevereiro que indeferiu os recursos apresentados pela Hungria e também pela Polónia contra este instrumento, acordado pelos 27 em finais de 2020.

O lançamento deste procedimento contra a Hungria já havia sido anunciado em 5 de abril passado pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, perante o Paramento Europeu.

A utilização do mecanismo permite, em último caso, congelar o desembolso dos fundos de coesão, agrícolas e até do fundo de recuperação para a Hungria, grande beneficiária das rubricas de coesão, com 22.500 milhões de euros até 2027.

O anúncio de Von der Leyen teve lugar apenas dois dias depois de o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, ter conquistado um quarto mandato consecutivo, graças a uma vitória retumbante nas eleições nacionais de 3 de abril, o que levou Budapeste a acusar Bruxelas de estar a punir injustamente a Hungria.

O chefe de gabinete de Orbán pediu à Comissão Europeia “para não punir os eleitores húngaros por não expressarem uma opinião do agrado de Bruxelas nas eleições de domingo”, que o partido Fidesz venceu com grande margem.

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Portugueses viajaram mais em 2021, mas ainda não superou nível pré-pandemia

Em 2021, os portugueses fizeram 17,5 milhões de viagens, isto é, um aumento de 21,6% face ao período homólogo. "Lazer, recreio ou férias” foram o principal motivo.

Os portugueses fizeram 17,5 milhões de viagens no ano passado, um aumento de 21,6% face a 2020, de acordo com dados provisórios do Instituto Nacional de Estatística (INE). Ainda assim, as viagens dos residentes continuam 28,4% abaixo do registado antes da pandemia.

Os meses de verão e do Natal foram os “mais corridos”. Só em agosto foram realizadas 3,57 milhões viagens. Em julho foram feitas 2,37 milhões e, em dezembro, 2,06 milhões.

Evolução mensal do número de viagens turísticas dos residentes:

De todas as deslocações feitas pelos portugueses em 2021, a maioria foi em território nacional. Ainda assim, o INE sinaliza que “as viagens ao estrangeiro cresceram 48,8%” face a 2020, ao passo que as viagens nacionais aumentaram 20,2%.

No ano passado, a maioria das viagens foram realizadas por motivos de “lazer, recreio ou férias”, num total de 9,2 milhões de viagens (52,2% do total), o que representa um aumento de 18,1% face a 2020, mas ainda 23,9% abaixo dos valores pré-pandemia. O motivo “visita a familiares ou amigos” correspondeu a 6,4 milhões de viagens (36,8% do total) e as viagens por motivos “profissionais ou de negócios” totalizaram cerca de um milhão (5,6% do total), estando estas últimas ainda cerca de 50% abaixo do valor registado em 2019.

Quanto ao tipo alojamento, os “hotéis e similares” concentraram 23,4% das dormidas em 2021, segundo o INE. Pelo contrário, as dormidas em “alojamento particular gratuito” perderam preponderância”, tendo concentrado 66,3% das dormidas (contra os 69,2% registados em 2020).

Ao longo de 2021, cada turista dormiu, em média, 6,62 noites fora da sua habitação, tendo-se “registado valores muito elevados nos meses pandémicos de janeiro e fevereiro de 2021 (9,70 noites e 6,64 noites, respetivamente) face aos mesmos meses de 2019 e 2020”, destaca o INE.

No que diz respeito ao quatro trimestre de 2021, foram realizadas 4,6 milhões de viagens em Portugal, o que representa um acréscimo de 96,1% face ao período homólogo, mas 16,5% abaixo do valor pré-pandemia.

Entre outubro e dezembro de 2021, a maioria das viagens foram também realizadas em território nacional (91,3% do total), totalizando os 4,2 milhões. Nesse trimestre, as viagens com destino ao estrangeiro dispararam 547,3% para 398,9 mil viagens, mas ainda estavam 37% abaixo face ao mesmo período de 2019.

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Lapa Studio contrata chief happiness officer

Esta contratação servirá para cumprir com um dos principais objetivos da Lapa Studio: o de criar uma atmosfera de trabalho saudável e em que os seus colaboradores se sintam felizes e recompensados.

Beatriz Madureira junta-se às várias contratações que a Lapa Studi tem vindo a fazer em 2022. A profissional vai assumir o cargo de chief happiness officer da empresa de Internet das Coisas (IoT, na sigla inglesa), ficando responsável pela criação de atmosfera de trabalho saudável, em que os seus colaboradores se sintam felizes e recompensados.

“A flexibilidade é atualmente um requisito desejado e, por isso, somos remote first. Mas as pessoas são o nosso foco e acreditamos que o nosso papel é desenvolver a melhor experiência e criar as condições que vão permitir a cada colaborador(a) sentir-se mais envolvido(a), motivado(a), empenhado(a), com espírito de pertença, através de uma liderança humanizada, otimista, assente na confiança, autonomia, liberdade com responsabilidade, reconhecimento e, consequentemente, mais feliz a desempenhar as suas funções na organização onde escolheu trabalhar”, refere a nova gestora da felicidade dos colaboradores, em comunicado.

Esta contratação servirá para cumprir com um dos principais objetivos da Lapa Studio: o de criar uma atmosfera de trabalho saudável e em que os seus colaboradores se sintam felizes e recompensados.

“O nosso emprego é, provavelmente, a atividade a que provavelmente mais horas da nossa vida dedicamos e por isso tem que ser uma atividade que nos faça felizes, que nos deixe realizados e que cumpra com os nossos desígnios sendo por isso fundamental, para além da devida compensação monetária, criar um ambiente de trabalho saudável e no qual as pessoas se sintam bem diariamente”, considera o CEO da empresa, Pedro Torres.

Licenciada em direito pela Faculdade de Direito de Lisboa, com um MBA na Universidade de S. José & Universidade Católica e uma vasta formação na área da felicidade no trabalho, Beatriz Madureira conta ainda com uma larga experiência na área de gestão de pessoas que irá contribuir para o desempenho das suas funções na Lapa Studio.

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Fitch tira do “lixo” rating da Madeira

  • Lusa
  • 27 Abril 2022

Fitch elevou a notação atribuída à Região Autónoma da Madeira, que saiu da categoria especulativa (vulgo "lixo") e passou ao primeiro grau da categoria de investimento.

A Fitch subiu o rating da Região Autónoma da Madeira, que passou a nível de investimento, que é “a melhor notação financeira obtida desde 2011″, informou o Governo Regional.

“A Fitch Ratings […] avaliou a performance das contas públicas regionais e atribuiu a notação BBB, que corresponde ao primeiro nível de grau de investimento”, lê-se na informação enviada pela secretaria das Finanças à agência Lusa.

A nota destaca que esta classificação é “a melhor notação financeira obtida desde 2011”, saindo a Madeira do nível especulativo (vulgo “lixo”) para o grau de investimento.

Esta é também a mesma avaliação que foi atribuída à República Portuguesa e é melhor que a última notação atribuída aos Açores, que foi de “BBB-” no final de 2021, indica.

Com esta comunicação divulgada na terça-feira, “a Fitch Ratings reconheceu que a trajetória de fundo e o rigor na gestão pública mantiveram-se inalterados, apesar do contexto de crise pandémica e em pleno conflito na Europa”, refere o executivo madeirense de coligação PSD/CDS.

Ainda argumenta que “este nível de rating foi atribuído após uma minuciosa análise realizada, com inúmeras variáveis quantitativas e um manancial de informação qualitativa analisada, quer relativamente às contas da Região, quer quanto à qualidade da gestão financeira dos recursos públicos realizada pelo Governo Regional”.

O Governo Regional aponta que, entre outros aspetos, a equipa da Fitch Ratings “procurou compreender não só as especificidades e constrangimentos da Madeira, enquanto região autónoma e ultraperiférica, bem como elementos relativos aos aspetos orçamentais e financeiros” e inúmeras outras variáveis.

Citado no documento, o Secretário Regional das Finanças, Rogério Gouveia, considera que a avaliação “é o corolário natural, e de certa forma até esperado, dada a qualidade, a seriedade e o rigor da gestão financeira realizada pelo Governo Regional”.

Para o governante, a atuação do executivo madeirense “traduziu-se objetivamente na inequívoca trajetória de consolidação das contas públicas regionais desde 2013, registando não só uma redução expressiva do nível de dívida, como de redução do prazo médio de pagamentos e ainda saldos orçamentais consecutivamente positivos.

Rogério Gouveia destaca que “esta notação poderá, igualmente, abrir caminho à melhoria gradual das notações das restantes agências de classificação de risco de crédito, que avaliam a Região”.

A Fitch começou, em fevereiro deste ano, a avaliar em permanência o perfil de crédito da Região. Com esta contratação, a Madeira passou a submeter as suas contas e respetiva execução orçamental ao escrutínio permanente de três das quatro maiores agências de notação financeira (nomeadamente a Standard & Poors, a Moody’s, a Fitch Ratings e a DBRS), é mencionado na nota do Governo Regional.

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Governo vai criar comissão sobre fontes de financiamento da Segurança Social

  • Lusa
  • 27 Abril 2022

O Governo vai criar uma comissão para apresentar uma reflexão sobre diversificação de fontes de financiamento da Segurança Social e de inclusão de novas formas laborais.

O Governo vai criar uma comissão para apresentar uma reflexão sobre diversificação de fontes de financiamento da Segurança Social e de inclusão de novas formas laborais, disse no Parlamento a ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho.

A governante falava numa audição conjunta no âmbito da apreciação, na generalidade, do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), nas comissões de Trabalho, Segurança Social e Inclusão e de Orçamento e Finanças. Em resposta aos deputados sobre a sustentabilidade da Segurança Social, a ministra sublinhou a importância de “trazer para dentro do sistema novas formas de trabalho” nomeadamente os jovens.

“Outra dimensão é a diversificação de fontes de financiamento da Segurança Social e, neste sentido, decidimos criar uma comissão para apresentar uma reflexão sobre sustentabilidade e formas de diversificação de fontes de financiamento e de inclusão de novas formas de trabalho para assumir a centralidade desta prioridade coletiva”, afirmou.

Os primeiros saldos negativos do Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS) estão previstos para o início da década de 2030, mais 15 anos face ao previsto no Orçamento do Estado para 2015 e mais três anos face a 2021, de acordo com o OE2022. A capacidade do FEFSS é projetada para final da primeira metade da década de 2050. Na proposta de OE2022 estão previstas transferências consignadas ao FEFSS, no âmbito da política de diversificação das fontes de financiamento.

“Neste sentido, está a ser considerada uma transferência de 34 milhões de euros relativos ao adicional à contribuição do setor bancário, de 148,1 milhões de euros do Adicional ao Imposto Municipal sobre Imóveis e de 297,3 milhões de euros da parcela do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas”, indica o documento.

A ministra destacou ainda que, para a sustentabilidade da Segurança Social, contribuiu o aumento do número de trabalhadores com remunerações declaradas e contribuições que, em 2021, atingiu o valor máximo de 4,7 milhões, ou seja, 77% da população ativa. O aumento do número de trabalhadores que fazem parte do sistema inclui trabalhadores por conta de outrem e independentes, sublinhou Mendes Godinho, referindo ainda que em 2021 foi também atingido o valor recorde de salários declarados (57.838 milhões de euros).

(Notícia atualizada às 12h44 com mais informação)

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Euro cai para 1,06 dólares, um mínimo desde 2017

  • Lusa
  • 27 Abril 2022

Euro desceu abaixo de 1,06 dólares, um mínimo desde abril de 2017 em relação ao dólar, que se valoriza devido à divergência entre as políticas monetárias da Fed e do BCE.

O euro desceu abaixo de 1,06 dólares esta quarta-feira, um mínimo desde abril de 2017 em relação ao dólar, que se valoriza devido à divergência entre as políticas monetárias da Reserva Federal (Fed) e do Banco Central Europeu (BCE).

O euro estava a ser negociado por volta das 10h15 em Lisboa a 1,06 dólares, abaixo de 1,0650 do dia anterior no mercado monetário europeu.

“O euro cai para níveis mínimos não vistos desde 2017 pressionado pela aversão generalizada ao risco pela divergência entre as políticas monetárias da Fed e do BCE”, refere um analista da Ebury, citado pela Efe.

“A recente mudança de orientação política do BCE não conseguiu impulsionar o euro em relação ao dólar, uma vez que o BCE é relativamente menos agressivo, e porque se espera que a política monetária do BCE se aperte a um ritmo mais lento do que a da Fed”, acrescentam os analistas de Ebury.

O aumento do risco de estagflação na Zona Euro em relação aos EUA, em resultado da guerra na Ucrânia, constitui também uma pressão descendente sobre o euro.

As tensões entre a União Europeia (UE) e a Rússia sobre o fornecimento de energia estão também a pesar sobre o euro. A Rússia cortou o fornecimento de gás à Bulgária e à Polónia.

A volatilidade contínua do mercado favorece largamente o dólar americano em fluxos de refúgio/seguro.

A venda generalizada de ativos de risco, devido a preocupações com o abrandamento económico global, fez baixar o euro para 1,06 dólares. A moeda única foi negociada num intervalo entre 1,0585 dólares e 1,0655 dólares.

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