Privatização da ENSA deverá realizar-se até final do 1º semestre

  • Lusa e ECO Seguros
  • 20 Abril 2022

Venda de 51% da seguradora estatal esteve para ser concretizada em 2021. Programa de privatizações de Angola já rendeu quase 870 mil milhões de kwanzas, mais de 1,9 mil milhões de euros.

A primeira fase de privatização da ENSA-Seguros de Angola (Ensa) será concluída até final do primeiro semestre, segundo recalendarização do Governo angolano.

Até final do primeiro semestre, Angola “prevê concluir 48 processos, onde se destacam a conclusão dos processos no sector financeiro (ENSA, BAI, BODIVA), setor das telecomunicações (TV Cabo e Multitel), e no setor industrial (4.ª fase de privatização dos activos da ZEE, Secil Lobito – Companhias de Cimentos do Lobito e Unidades Industriais do Universo CIF)”, indica um comunicado.

O programa de privatizações de Angola já rendeu quase 870 mil milhões de kwanzas, mais de 1,9 mil milhões de euros, provenientes da venda de 84 ativos e empresas, anunciaram as autoridades de Luanda. “Até a data, já foram concluídos processos de privatização referentes a 84 activos e empresas, cujo valor total dos contratos corresponde a 869,55 mil milhões Kwanzas”, lê-se no comunicado enviado à Agência Lusa, que dá conta da segunda reunião deste ano da Comissão Nacional Interministerial responsável pela implementação do Programa de Privatizações (CNI-PROPRIV).

Dos 84 ativos privatizados, o setor da agricultura criou 389 postos de trabalho direto, com o setor industrial, onde estão as Zonas Económicas Exclusivas, a representarem mais de mil postos de trabalho, a que se juntam mais 393 novos postos nas unidades industriais têxteis e a manutenção dos 105 lugares nos setores do imobiliário e turismo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Agendas mobilizadoras têm potencial de investimento de 8,3 mil milhões

Candidaturas são agora avaliadas de acordo com vários critérios de seleção como o grau de inovação ou diferenciação. Contratualização dos projetos só deverá ter início no terceiro trimestre deste ano.

A segunda fase do concurso das agendas mobilizadoras para a inovação empresarial somou 64 candidaturas concretizadas, que representam um potencial de investimento global de 8,38 mil milhões de euros, indicou, em comunicado, o IAPMEI. A energia domina estas intenções de investimento, já que os cinco maiores projetos inserem-se nesta área.

“De um universo de 70 manifestações de interesse selecionadas na Fase I do concurso das agendas mobilizadoras para a inovação empresarial, foram concretizadas nesta segunda fase 64 candidaturas de financiamento, correspondentes a 66 dessas 70 manifestações de interesse”, lê-se no documento.

No total, estas candidaturas representam um potencial de investimento de 8.385 milhões de euros. E perante uma participação tão vasta dos consórcios, que ultrapassa largamente a dotação inicial de 930 milhões de euros, o primeiro-ministro anunciou que a verba adicional do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) de 1,6 mil milhões de euros será alocada às agendas mobilizadoras. Esta verba adicional é explicada por uma parte da distribuição das subvenções do PRR que dependia da variação do PIB em 2020 e 2021. Apurados os números de 2021, a conclusão é que Portugal recebe mais, dado que registou uma contração maior do que o previsto anteriormente.

O IAPMEI divulga a lista dos consórcios responsáveis pelas propostas finais desta segunda fase do concurso para as agendas mobilizadoras e no top 5 das maiores propostas de investimento estão a Petrogal e Efacec (que lideram mais do que um consórcio) e Prio que propõem investir 2,63 mil milhões de euros.

Este concurso, financiado pelo PRR, tem por objetivo aumentar a competitividade da economia com base em investigação e desenvolvimento, inovação e especialização.

As candidaturas são agora avaliadas de acordo com vários critérios de seleção como o grau de inovação ou diferenciação; o impacto do projeto para a competitividade empresarial e para a alteração do perfil de especialização produtiva do país; o impacto potencial na região de desenvolvimento do projeto; a capacidade de alavancagem do investimento; potencial de valorização económica da inovação e escalabilidade; a contribuição do projeto para a neutralidade carbónica e resiliência energética; a qualidade do consórcio em termos das competências dos promotores face aos objetivos do projeto e do modelo de governação do consórcio e viabilidade económico-financeira dos projetos e dos proponentes.

Os projetos têm de ser iniciados no prazo máximo de seis meses após a notificação da decisão e o investimento produtivo ou as infraestruturas financiadas afetos à respetiva atividade e, quando aplicável, na localização geográfica definida no projeto, devem ser mantidos pelo menos durante cinco anos (ou três anos quando estejam em causa investimentos de PME). Mas a contratualização dos projetos só deverá ter início no terceiro trimestre deste ano, de acordo com o cronograma apresentado, em dezembro pelo então ministro da Economia, Pedro Siza Vieira.

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PCP não vai assistir a discurso do presidente ucraniano no Parlamento

Os deputados comunistas serão os únicos a não assistir ao discurso de Volodymyr Zelensky agendado para esta quinta-feira, às 17h, no Parlamento.

A bancada comunista não vai assistir esta quinta-feira ao discurso do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na Assembleia da República. “O PCP não participará numa sessão na Assembleia da República concebida para dar palco à instigação da escalada da guerra contrária à construção do caminho para a paz, com a participação de alguém, como Volodymyr Zelensky, que personifica um poder xenófobo e belicista rodeado e sustentado de forças de cariz fascista e neonazi”, anunciou a deputada Paula Santos em declarações ao jornalistas.

Questionada quanto a esta tomada de posição, Paula Santos defendeu que a intervenção do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, “não é um contributo para a paz”, havendo sempre “um apelo à intervenção e participação da NATO na guerra”. O PCP entende que as intervenções de Zelensky têm sempre “uma lógica de confronto para continuar uma situação de guerra, e não para encontrar uma solução pacífica para a paz”.

Paula Santos acrescentou ainda que, neste sentido, “a Assembleia da República (AR) não pode ser instrumentalizada, e não pode dar palco com o objetivo da promoção da guerra e não da paz”. A deputada destacou que o papel da AR, e do país, deve ser o de contribuição para o cessar-fogo, encontrar uma solução negociada de segurança comum, e para uma paz duradoura para os povos da Europa.

Para este fim, o PCP colocou-se contra o que considera ser uma “corrida aos armamentos” e de “sanções que só contribuem para a confrontação”, e defende que deve ser feito o contrário, a promoção do diálogo. Paula Santos condenou ainda a postura de quem “afirma que quer a paz, mas depois, na prática, todas as ações que apoiam são da continuação da guerra”.

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Marcelo alerta para lentidão, tentação de justiça na praça pública e violação de segredo

  • Lusa
  • 20 Abril 2022

O Presidente da República alertou para a "crónica queixa da violação do segredo de justiça", para "a tentação de fazer justiça na praça pública", face às "esperas infindáveis" por alguns processos.

O Presidente da República alertou esta quarta-feira para a “crónica queixa da violação do segredo de justiça, sem resultados visíveis”, para “a tentação de fazer justiça na praça pública“, face às “esperas infindáveis” por alguns processos.

Estes alguns dos efeitos da visão ou perceção de muitos portugueses – injusta, admito que sim, muitas vezes, mas que não pode ser ignorada por nenhum de nós”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, na sessão solene de abertura do ano judicial, no Supremo Tribunal de Justiça, em Lisboa.

O chefe de Estado considerou que a justiça em Portugal, em termos gerais, “continua lenta de mais”, ou porque “os recursos continuam a ser ou insuficientes ou pouco efetivos no seu uso”.

Essa lentidão, que é desigual, afeta em muitos casos o progresso económico e social do país e, sobretudo, a própria perceção da justiça pelos cidadãos, e curiosamente parece dar sinais de contaminar fórmulas alternativas de jurisdição, como a arbitral – aliás, caríssima para o cidadão comum”, acrescentou.

Marcelo Rebelo de Sousa admitiu que a perceção da justiça pelos cidadãos “é muitas vezes injusta, por minorar o mérito e o trabalha de milhares de protagonistas”, mas realçou que “acaba por ter efeitos que não podem ser ignorados, num tempo em que aquilo que parece ser se sobrepõe com frequência àquilo que é”.

“E o que parece pesa imenso, e não é só assacável à comunicação social”, prosseguiu.

O Presidente da República considerou que prevalece “a ideia de que ainda há uma justiça para os ricos e outra para os pobres” e defendeu “a exigência de maior comunicação e melhor comunicação por parte do poder judicial, incluindo naquela justiça que é menos mediática, mas não é menos relevante”.

Em seguida, deixou alertas sobre “a concentração dos cidadãos num número preciso de casos processuais, generalizando o que sobre eles entendeu à justiça como um todo” e sobre “a crónica queixa da violação do segredo de justiça, sem resultados visíveis, a não ser a crença de que os processos aparecem nos média por um fenómeno de iluminação vinda de outra galáxia”.

O chefe de Estado advertiu também para “a tentação de fazer justiça na praça pública, porque a impaciência e a velocidade da opinião escrita e falada se contenta cada vez menos com esperas infindáveis e prefere julgar logo a ter de aguardar umas décadas” e para “a preocupação crescente com a prevenção dos litígios ou da violação da lei, antes mesmo da intervenção dos tribunais”.

Marcelo apela a “nova fase” no combate à corrupção e reafirmação da democracia

O Presidente da República apelou também a que se abra “uma nova fase” no combate à corrupção em Portugal, considerando que a opinião pública exige urgência nesta matéria, e a que se reafirme os princípios democráticos. Marcelo Rebelo de Sousa referiu que “o Governo avançou com novo mecanismo de combate à corrupção, que se espera seja verdadeiramente independente e que conjugue a sua atuação com o Tribunal de Contas”.

“Podemos, se quisermos, tentar abrir uma nova fase em que a vontade de combater essa chaga não só permita multiplicar investigações – o que já começou a ocorrer no passado recente – como converter esperas de década, década e meia, duas décadas até uma decisão final num tempo muitíssimo mais razoável em democracia”, afirmou.

O chefe de Estado assinalou que a Assembleia da República aprovou no fim da anterior legislatura, “em muitos casos por unanimidade, um conjunto de diplomas contra a corrupção” e foi “até perto de matéria sensível” para “mais reforçado combate ao enriquecimento ilícito, mas que passe no juízo de apreciação do Tribunal Constitucional”.

Se as “leis para apertar a malha aos que surgem com património incompatível com rendimentos de cargos políticos ou públicos, ou para travar favores, preferências” são ainda insuficientes, então “que se façam, mas comedidamente, com ponderação, para serem eficazes”, e que “se aplique essas leis, ainda que imperfeitas ou incompletas, testando o seu alcance e eficácia”, disse.

Por outro lado, o Presidente da República realçou que “as magistraturas desejam e merecem mais e melhores meios” e pediu que, se “há falta de magistrados” ou “problemas no acesso”, então “que se resolva”.

Marcelo Rebelo de Sousa considerou que “a justiça relacionada com o combate à corrupção ganha aos olhos da opinião pública uma ainda maior urgência coletiva e uma ainda maior dramatização, mais acentuada ainda na opinião publicada“.

“Como responder a essa sensação de mal estar social de convicção de que a corrupção continuaria a estar imparável e de que quase tudo e quase todos sucumbiriam às suas tentações: políticos, funcionários, magistrados, grupos empresariais, entidades associativas, cidadãos?”, questionou, dando a resposta: “Em tempos como este cumpre manter cabeça fria e serena e agir consistentemente”.

“Há erros de perceção a esclarecer, com rigor e clareza? Que se esclareça”, acrescentou. O Presidente da República terminou a sua intervenção com a defesa do regime democrático, argumentando que “a mais imperfeita das democracias é sempre mais justa do que a mais sofisticada das ditaduras”.

“Nós queremos uma muito melhor democracia, mas democracia, não queremos aventuras ou seduções de democracias ditas iliberais, ou seja, ditaduras dissimuladas. Reafirmemos, pois, os valores os princípios democráticos e pratiquemo-los no dia-a-dia. Evitemos as condutas que enfraqueçam aqueles valores e princípios. Previnamos o seu desrespeito. Combatamos a sua violação. Reformemos a justiça onde e quando e como tal se revele necessário, sem messianismos, que são próprios de instituições débeis ou frágeis, mas com instituições fortes e prestigiadas e, sobretudo, com cidadania exemplar”, apelou.

O chefe de Estado sustentou que uma sociedade justa depende da “honestidade pessoal e cívica de todos e de cada um”, sem a qual “não nascerá nem crescerá espontaneamente a honestidade pessoal e cívica” dos seus representantes, que são “o espelho” do povo.

“Eu persisto em acreditar que nós somos um povo visceralmente honesto. Não vejo razão para acreditar que esse povo honesto deixe de escolher pelo seu voto”, declarou.

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Trabalhadores da indústria conserveira realizam greve nacional quinta-feira

  • Lusa
  • 20 Abril 2022

A Associação Nacional dos Industriais das Conservas de Peixe recusa negociar a tabela salarial e a revisão do Contrato Coletivo de Trabalho, critica o sindicato.

Os trabalhadores da indústria conserveira vão realizar na quinta-feira uma greve nacional, reivindicando um novo contrato coletivo de trabalho, estando prevista uma concentração pelas 14:30 na lota da Figueira da Foz, segundo o dirigente do SINTAB Avelino Mesquita.

De acordo com o sindicalista, a Associação Nacional dos Industriais das Conservas de Peixe (ANCIP) recusa negociar a tabela salarial e a revisão do Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) e defendeu que deve haver a valorização de um setor “essencial” e que esteve “na linha da frente” durante a pandemia.

“A ANCIP não quer negociar o CCT das conservas. Já andamos nisto há dois anos e sempre a dizerem que negoceiam, que negoceiam e, chega-se às horas, e, por um motivo ou outro, não negoceiam”, disse o dirigente sindical do Sindicato nacional dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos (SINTAB), à Lusa, por telefone.

Avelino Mesquita explicou que esta é “uma tentativa de negociar, pelo menos, o CCT” e o aumento salarial. “O que queremos é que o CCT esteja em vigor (…) e o aumento do salário, porque empresas que estiveram na linha da frente [durante o pico da pandemia], que tiveram milhões e milhões de lucros e só têm os trabalhadores pelo salário mínimo nacional, não se compreende que não queiram aumentar mais que o salário mínimo”, lamentou o sindicalista.

Avelino Mesquita não consegue antever ainda a adesão à greve, mas remeteu para as anteriores, nas quais disse ter havido adesões de 100%. “Aqui na COFISA, na Figueira da Foz, tivemos, no dia 31, uma a 100%, e pensamos que amanhã [quinta-feira], será também a 100% que é para mostrar, quer à administração da empresa, quer à associação, que os trabalhadores não vão largar enquanto não for negociado”, sublinhou.

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BCP avança 3% e segura ganhos na bolsa de Lisboa

Banco liderado por Miguel Maya somou 3% e segurou a bolsa de Lisboa em terreno positivo. Sessão foi bastante favorável para a banca europeia.

A bolsa de Lisboa encerrou a sessão desta quarta-feira em alta, muito graças ao bom desempenho das ações do BCP, que somaram mais de 3%, permitindo ao PSI acompanhar a rota dos ganhos nos índices europeus.

O índice de referência nacional ganhou 0,28% para 6.123,51 pontos, com a sessão a ficar marcada por algum equilíbrio na balança dos ganhos e das perdas: sete cotadas registaram subidas, outras sete saíram a perder e uma (REN) não registou qualquer oscilação em relação à sessão anterior.

No prato dos ganhos, destacaram-se as ações do BCP: avançaram 3,08% para 0,1743 euros, também impulsionadas pelo dia positivo que o setor europeu registou. O índice financeiro do Stoxx fechou em alta de 2%, com bancos franceses como o Société Générale, BNP Paribas ou Crédit Agricole a ganharem 3%.

Outros pesos pesados como a EDP e EDP Renováveis também deram um contributo positivo, ao valorizarem 1,07% e 0,92%, respetivamente. E a retalhista Jerónimo Martins ganhou 0,19%.

A pesar mais no lado das perdas estiveram as ações da Galp, que deslizaram 2,21% para 11,515 euros, e isto num dia em que os preços do barril de petróleo recuperam ligeiramente depois da queda de 5% na última sessão.

Contas feitas, Lisboa conseguiu acompanhar o otimismo dos investidores europeus. Os índices de Madrid, Frankfurt e Paris tiveram ganhos de quase 1,5%. O Stoxx 600 avançou também cerca de 1%.

Do outro lado do Atlântico, o índice tecnológico Nasdaq cai cerca de 1%, pressionado sobretudo pelas ações da Netflix, que afundam 36%, na pior sessão em duas décadas, depois de ter anunciado que perdeu 200 mil subscritores no primeiro trimestre do ano — foi a primeira quebra de utilizadores nos últimos dez anos.

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Leão não vê incompatibilidade no cargo de vice-reitor do ISCTE

Ex-ministro, que é agora vice-reitor do ISCTE, garante não ter tido "qualquer intervenção" na decisão do Ministério das Finanças de conceder apoio financeiro a um projeto do próprio ISCTE.

João Leão garantiu não ter tido “qualquer intervenção” no financiamento do próprio Ministério das Finanças ao Centro de Valorização e Transferência de Tecnologias do ISCTE. O ex-ministro das Finanças defendeu ainda que o seu antigo ministério apenas recebeu este projeto aprovado pelo Ministério da Ciência, contrariando o que o ex-ministro do Ensino Superior Manuel Heitor referiu ao jornal Público.

O jornal citou Manuel Heitor para dizer que, dos vários projetos apresentados pelo seu ministério nos últimos cinco anos, apenas o do ISCTE foi aprovado para o apoio da dotação centralizada do Ministério das Finanças. O Público indicou ainda que, por lei, a afetação da verba só pode ser feita com a assinatura do ministro das Finanças.

Em comunicado, João Leão — agora vice-reitor do ISCTE — disse que não foi assim que aconteceu. O ex-ministro das Finanças começou por explicar que, “no Orçamento do Estado de 2017, foi criada uma dotação centralizada para financiar entidades da administração central com dificuldades em executar projetos com fundos europeus devido a necessidades adicionais de contrapartida pública nacional”.

“Ao longo dos últimos anos, várias entidades foram financiadas em diferentes áreas, nomeadamente na Educação e Ciência, na Agricultura, Saúde, na Presidência do Conselho de Ministros, na Administração Interna, entre outras, nos termos que a lei prevê”, continuou.

No que toca à área da Educação e Ciência, “foi financiada a contrapartida pública nacional de projetos de construção e renovação de muitas dezenas de escolas” e, nas universidades, “o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) apenas submeteu um único projeto, o do ISCTE, para financiamento no âmbito desta dotação”.

O referido projeto do ISCTE “obteve aprovação” do MCTES, “foi instruído” pelo Instituto de Gestão Financeira da Educação (IGEEFE) e “obteve parecer positivo” da Direção-Geral do Orçamento, argumentou.

Foi ainda aprovado pelo Ministério do Planeamento e pela Secretaria de Estado do Orçamento, sublinha Leão. Apesar de esta última pertencer à chancela das Finanças, o novo vice-reitor do ISCTE rematou: “Enquanto ministro das Finanças, não tive qualquer intervenção nesta decisão de financiamento.”

João Leão terminou o comunicado dizendo que, “no que se refere aos Institutos Politécnicos, apenas houve um outro processo no âmbito desta dotação referente a três” institutos. “Este processo não obteve parecer positivo dos serviços, não cumprindo os requisitos para atribuição de financiamento por esta via. No entanto, refira-se que estes três Institutos Politécnicos obtiveram reforços extraordinários superiores a 16 milhões de euros desde 2016″, concluiu.

À noite, no Jornal 2 da RTP2, João Leão reiterou a ideia de que “no que se refere a universidades, apenas foi aprovado e submetido pelo Ministério da Ciência” o projeto do ISCTE e que a afetação da verba de 5,2 milhões não passou por uma intervenção direta da sua parte.

Questionado sobre se via alguma incompatibilidade pelo facto de ter saído do Ministério das Finanças para ser vice-reitor do ISCTE, João Leão argumentou que é natural que tenha regressado à universidade onde já tinha assumido vários cargos e que lhe “parecem funções naturais” assumir ao cargo de vice-reitor agora depois de “funções tão complexas como de as de Ministro das Finanças”.

(Notícia atualizada pela última vez às 22h09)

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Aumentar a confiança dos cidadãos e empresas na Justiça é “desígnio a perseguir”, diz ministra da Justiça

  • Lusa
  • 20 Abril 2022

A ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro, afirmou que aumentar a confiança dos cidadãos e das empresas na justiça é "um dos desígnios a perseguir".

A ministra da Justiça afirmou esta quarta-feira que aumentar a confiança dos cidadãos e das empresas na justiça é “um dos desígnios a perseguir”, sendo por isso um dos primeiros desafios práticos contribuir para “a melhoria do conhecimento”.

“Um dos primeiros desafios práticos é o de contribuir para a melhoria do conhecimento. Do conhecimento para a confiança e do conhecimento para a eficiência. Para tal, é decisivo que se reforce o investimento na melhoria dos indicadores da Justiça, agora com recurso a ferramentas eletrónicas renovadas, e se potencie o seu uso. É também decisivo que se reutilize a abundante informação gerada, sempre no respeito pelas regras de tratamento de dados”, disse Catarina Sarmento e Castro na abertura do ano judicial no Supremo Tribunal de Justiça, em Lisboa, na sua estreia neste tipo de cerimónia.

Segundo a ministra, o conhecimento ajuda “a situar mais corretamente a perceção dos destinatários sobre o sistema de justiça, em permanente escrutínio de resultados”, permitindo o reforço da transparência e, com ela, da confiança.

Para a ministra da Justiça, os dados do conhecimento também permitem reconhecer e assinalar que o grau de eficiência ainda “não é homogéneo em todos os tribunais e em todos os tipos de litígios”, e que “há um caminho que importa percorrer”.

Catarina Sarmento e Castro disse que os diagnósticos estão feitos e há medidas no terreno, sendo agora necessário “resolver as disfuncionalidades que a prática vai revelando”, sublinhando que o conhecimento é também instrumento para um “outro desafio importante destinado a garantir uma justiça mais eficiente, que é o desafio de uma melhor gestão do sistema”.

Referiu a propósito que, na procura da eficiência, medidas gestionárias podem ser aprofundadas de modo a melhorar os métodos de trabalho, a gestão dos recursos humanos, identificando onde fazem falta, melhorando a gestão processual, documental e de apoio e também a articulação das instâncias judiciárias com serviços complementares da Justiça.

Tudo isto, prosseguiu, é fundamental para a resposta em várias vertentes, designadamente na fase de inquérito criminal ou também para proporcionar uma melhor resposta multidisciplinar às vítimas de crimes, com destaque para aquelas que se encontram sem situação de especial vulnerabilidade.

Catarina Sarmento e Castro disse ainda ser “importante que se leve a sério o desafio da tramitação judicial digital por definição, com a exclusividade da tramitação processual eletrónica em todas as jurisdições e instâncias judiciais, inclusive na fase de inquérito, para tornar efetiva a celeridade das decisões”.

“Neste percurso de transição digital, é fundamental a concretização dos investimentos previstos no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)”, enfatizou.

Catarina Sarmento e Castro prometeu que será dado um novo impulso ao processo de digitalização, acelerando-se a modernização dos sistemas de informação e de infraestrutura tecnológica da justiça, com o desenvolvimento e implementação dos sistemas de tramitação processual, o Magistratus (sistema de interface para Juízes dos Tribunais Comuns e dos Tribunais Administrativos e Fiscais) e o MP Codex (para Magistrados do Ministério Público).

Prometeu ainda o reforço do sistema de informação para as Secretarias Judiciais, de interface com mandatários, para assegurar a interoperabilidade de sistemas, a desmaterialização das comunicações e a incorporação de capacidades de analítica e de inteligência artificial.

A par dos desafios do conhecimento, da gestão, do digital e da formação de magistrados, oficiais de justiça e outros operadores judiciários, Catarina Sarmento e Castro apontou também como prioridades implementar um sistema de apoio judiciário efetivo e de qualidade, persistir no combate à corrupção, através da “Estratégia Nacional Anticorrupção 2020-2024” e dar resposta aos desafios do sistema prisional.

“Merecerá reflexão também o aprofundamento da presença no sistema de Justiça de meios alternativos de resolução de conflitos, que potenciam o acesso à justiça, alargando a oferta à procura de tutela”, adiantou.

No novo ciclo que se abre na Justiça, a ministra garantiu que podem contar com ela para “ouvir todos, mas sobretudo para fazer com todos”, mas exigindo que “esse caminho de melhor justiça e para todos” seja percorrido por todos.

“Uma justiça mais eficiente e mais célere, mais próxima, de maior qualidade e mais cognoscível, porque mais transparente e, por isso, refundadora da confiança”, foi outras das metas traçadas por Catarina Sarmento e Castro, que prometeu todo o seu empenho.

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Inflação não será único fator para decidir aumentos na Função Pública, diz Mariana Vieira da Silva

A atualização salarial nos próximos anos terá também em conta "a avaliação da natureza de inflação, o sucesso de medidas e a situação do país", explica a ministra.

Após as primeiras reuniões do Governo com os sindicatos da Administração Pública, Mariana Vieira da Silva mantém o aumento salarial para os funcionários de 0,9% em 2022. Para os próximos anos, a ministra assegura que serão retomadas as atualizações salariais anuais, mas a inflação não será o único fator a determinar o valor. Além deste indicador, a atualização terá também em conta “a avaliação da natureza da inflação, o sucesso das medidas tomadas e a situação do país”, explica a ministra.

“Todos os passos que são dados têm que ser sustentáveis no tempo”, defende Mariana Vieira da Silva, sinalizando que “todas as instituições internacionais referem que vivemos um pico inflacionista, de conjuntura, que é transitório”. Desta forma, recusa avançar com uma revisão do aumento para este ano, uma das principais reivindicações dos sindicatos.

O ministro das Finanças, Fernando Medina, também já tinha rejeitado aumentos intercalares para a Função Pública, apesar de o antecessor João Leão ter sinalizado que existe margem para tal. Os sindicatos reivindicam uma atualização deste valor, tendo em conta a inflação que se tem verificado nos últimos meses.

Na definição dos aumentos para 2022, o Governo utilizou como referência a inflação a 30 de novembro, que acabou por ditar uma atualização de 0,9%. Se o mesmo mecanismo fosse usado para 2023, o aumento poderia rondar os 4%, já que é essa a previsão do Governo, inscrita no Orçamento do Estado para este ano. No entanto, Mariana Vieira da Silva destacou que existem várias nuances à determinação do valor, nomeadamente a situação internacional que se viver e situação económica e financeira do país. Desta forma, poderá, por exemplo, ser feita a distinção entre o indicador geral ou a inflação core, que exclui componentes mais voláteis, por exemplo.

Confrontada com o desânimo dos sindicatos perante a manutenção do aumento para 2022 nos 0,9%, apesar da inflação que se vive, Mariana Vieira da Silva salientou que a atualização anual “é apenas uma das dimensões” dos salários: o OE “prevê aumento da massa salarial de 2,5% dos funcionários, com o efeito das progressões”, sendo que “o valor aumenta 3,6% com novas admissões”.

As prioridades do Governo para as negociações, cuja calendarização será feita logo após a aprovação final do OE, centram-se em quatro questões: simplificação do recrutamento, a revisão da tabela remuneratória única, revisão das carreiras técnicas superiores e as mudanças no SIADAP.

(Notícia atualizada às 17h18)

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Santos Silva promete empenho para que haja maior clareza e rigor nas leis

  • Lusa
  • 20 Abril 2022

O presidente da AR, Augusto Santos Silva, prometeu empenhar-se para que o parlamento produza leis mais claras, simples e rigorosas, compreensíveis por todos.

O presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, prometeu esta quarta-feira empenhar-se para que o parlamento produza leis mais claras, simples e rigorosas, compreensíveis por todos, considerando que há ainda muito por fazer nesta matéria.

Augusto Santos Silva assumiu esta posição na sua primeira intervenção enquanto presidente da Assembleia da República numa sessão solene de abertura do ano judicial, no Supremo Tribunal de Justiça, em Lisboa.

O presidente da Assembleia da República argumentou que “leis e decisões judiciais claras representam um meio poderosíssimo para induzir a confiança nos contratos, agilizar procedimentos e diminuir burocracias, prevenir e combater a corrupção, facilitar o acesso à justiça e imprimir celeridade na sua administração”.

“Geram, além do mais, substanciais reduções dos custos de contexto na realização de investimentos e enormes poupanças na despesa das famílias, das empresas e do Estado. Temos mesmo de avançar, em conjunto, no esforço de tornar as leis mais rigorosas, mais simples e mais compreensíveis“, defendeu.

Augusto Santos Silva considerou que em Portugal e na Europa vários programas conduziram já a “melhorias concretas” na clareza e rigor da legislação, “mas muito resta ainda por fazer”. Como exemplo de progresso, apontou a “operação de limpeza” do ordenamento jurídico português “de inúmeros diplomas já caducos”.

“E o que eu quero hoje aqui dizer a todos os operadores judiciários é que me empenharei para que o parlamento faça, nesta tarefa de todos, a sua parte – que enquanto assembleia representativa de todos os cidadãos portugueses, na pluralidade e diversidade dos interesses e ideias, e enquanto legislador por excelência, o parlamento produza leis claras, tão simples quanto possível, compreensíveis por todos”, afirmou, observando que esta “não é tarefa pouca ou menor, bem pelo contrário”.

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Miranda assessora MadoquaPower2X em projeto para produção de hidrogénio e amoníaco verdes em Sines

A equipa multidisciplinar da Miranda foi liderada pelo sócio Nuno Antunes, co-coordenador da área de prática de Energia e Recursos Naturais.

A Miranda & Associados foi responsável pela assessoria jurídica à MadoquaPower2X, um consórcio formado pelas empresas Madoqua Renewables (luso-neerlandesa), Power2X (neerlandesa) e pelo fundo Copenhagen Infrastructure Partners (dinamarquês), no projeto de produção, à escala industrial, de hidrogénio e amoníaco verdes na Zona Industrial e Logística de Sines.

“O projeto, inteiramente inovador no panorama português e enquadrado nos esforços de transição energética, com um total de investimentos que poderá ultrapassar os mil milhões de euros, e que irá contribuir significativamente para os objetivos estabelecidos na Estratégia Nacional para o Hidrogénio (EN-H2), prevê a instalação de 500MW de capacidade de eletrólise, recorrendo a energia de fontes renováveis“, explica o escritório.

A equipa multidisciplinar da Miranda foi liderada pelo sócio Nuno Antunes, co-coordenador da área de prática de Energia e Recursos Naturais, e inclui as sócias Maria João Mata e Rita Lufinha Borges, bem como Sara Castelo Branco, Catarina Santinha, Catarina Campelo, Luís Leão Neves e Salomé Freitas.

“Este é o tipo de projeto complexo no setor da energia, incluindo em matéria de transição energética, em que a Miranda se tem destacado nas várias jurisdições em que está presente”, notou Nuno Antunes. Para o sócio, o trabalho desenvolvido “assentou numa equipa altamente qualificada e experiente, excecional na sua disponibilidade e dedicação na resposta aos desafios que foram surgindo”.

Por sua vez, Maria João Ribeiro Mata, sócia da área de prática de Comercial e Societário, acrescentou que “foi um privilégio contribuir para a concretização de um projeto pioneiro que promove desígnios ambientais de longo prazo”.

A cerimónia de lançamento irá decorrer na próxima sexta-feira, dia 22 de abril, em Sines, no Centro de Negócios da Zona Industrial e Logística de Sines.

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Mélenchon quer ser primeiro-ministro

Jean-Luc Mélenchon, terceiro colocado na primeira volta das eleições francesas, já se vê como primeiro-ministro, depois de apelar contra o voto em Le Pen.

O terceiro colocado da primeira volta de eleições presidenciais francesas, Jean-Luc Mélenchon, admite que quer ser primeiro-ministro quer vença Emmanuel Macron ou Marine Le Pen na segunda volta deste domingo, avançou esta quarta-feira a Bloomberg (acesso condicionado).

“Peço aos franceses que me elejam enquanto primeiro-ministro” disse Mélenchon, que também apelou aos seus apoiantes a não votarem em Marine Le Pen. No entanto, o líder da esquerda francesa admitiu não ser sua função dizer à população se deveriam, ou não, votar em Macron, votar em branco ou absterem-se.

O candidato de 70 anos obteve 22% dos votos na primeira volta das eleições francesas, ficando 420.000 votos abaixo dos necessários para ir à segunda volta. Mélenchon conta com o apoio da esquerda francesa, representada por cerca de 7,7 milhões de apoiantes. O candidato sugeriu ainda estar recetivo a uma aliança com os restantes partidos à esquerda de modo a obter a maioria no parlamento.

A constituição francesa estabelece que o presidente está encarregue de nomear o primeiro-ministro, mas caso o presidente não tenha a maioria, tradicionalmente, é escolhido um primeiro-ministro da mais recente maioria. Macron e Le Pen já anunciaram políticas sociais ou verdes, de modo a atrair os apoiantes de Mélenchon, sendo que o mesmo ainda não confirmou se iria concorrer às legislativas marcadas para junho, onde se elegem os 577 membros da assembleia francesa.

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