UE já prepara embargo ao petróleo russo

  • ECO
  • 14 Abril 2022

O The New York Times noticia que as instituições europeias iniciaram a legislação que levará ao embargo do petróleo russo, mais uma sanção virada ao Kremlin perante a ofensiva na Ucrânia.

Após semanas de resistência, a União Europeia parece inclinada a avançar com um embargo ao petróleo russo. De acordo com o The New York Times, as instituições europeias preparam já o esboço da legislação que permitirá sancionar o petróleo com origem na Rússia, de forma a penalizar mais o país por ter invadido a Ucrânia. Contudo, esta nova sanção não deverá ser discutida a nível europeu até que terminem as eleições francesas, cuja segunda volta acontece a 24 de abril, para evitar que o impacto económico prejudique o incumbente Emmanuel Macron e ajude Marine Le Pen.

Este embargo tem tido a resistência de vários Estados-membros, nomeadamente a Alemanha, por causa dos seus potenciais custos e o risco de disrupção na Europa. Porém, o NYT diz que diplomatas europeus e os responsáveis da UE, que falaram sob anonimato, consideram que os países estão agora preparados para dar este passo, optando por um embargo faseado que dê tempo às economias para arranjarem fornecedores alternativos.

De acordo com dados da Reuters, a UE é o destino de 29% do petróleo russo.

Uma abordagem semelhante foi adotada no caso do embargo da União Europeia ao carvão russo com a concessão de um período de transição de quatro meses. O embargo ao petróleo russo era visto como impensável pelo que esta abordagem faseada será um dos requisitos para convencer os 27 Estados-membros numa altura em que a Rússia prepara-se para um renovado ataque no leste da Ucrânia.

Até ao momento, a UE já aprovou cinco pacotes de sanções tendo a Rússia, indivíduos russos e empresas russas como alvo. Fora da mesa continua um eventual embargo ao gás natural russo.

Em Londres, o barril de Brent valoriza 2,41% para 111,41, ao mesmo tempo que o WTI avança 1,99% para 106,32 dólares.

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Uso de transportes públicos dispara 137% no primeiro trimestre

Metropolitano de Lisboa assistiu a uma maior recuperação. Apesar disso, o número de passageiros continua inferior ao período pré-pandemia.

Entre janeiro e março deste ano, a utilização dos transportes públicos disparou. De acordo com os dados do Ministério do Ambiente, observou-se um aumento de 137% face ao ano passado no uso dos metros do Porto e Lisboa e dos barcos da Soflusa/Transtejo.

“Das três empresas, o Metropolitano de Lisboa foi aquela em que se assistiu a uma maior recuperação“, neste caso de 146% face ao mesmo trimestre do ano passado, diz aquele ministério, em comunicado enviado esta quinta-feira.

Apesar do aumento do número de passageiros, “a procura por estes meios de transportes coletivos ainda está aquém da verificada no primeiro trimestre de 2019”, quando a operação das empresas ainda não estava a ser afetada pela pandemia. Assim, o número de passageiros verificado no primeiro trimestre de 2022 representa 72% da procura registada no primeiro trimestre de 2019 e 77% da procura do primeiro trimestre de 2020.

No triénio 2019-2021, diz o Ministério do Ambiente, as várias iniciativas que o Governo lançou para incentivar ao uso de transportes públicos mobilizaram 662 milhões de euros. Este ano, na proposta de Lei do Orçamento de Estado, estão inscritos 138,6 milhões de euros para o do Programa de Apoio à Redução Tarifária nos Transportes Públicos (PART), tal como em 2021.

A este valor podem acrescer mais 100 milhões de euros para “assegurar os níveis de oferta nos sistemas de transportes públicos abrangidos pelo PART, tendo em conta um cenário mais adverso dos efeitos da crise pandémica no sistema de mobilidade”. O Programa de Apoio à Densificação e Reforço da Oferta de Transporte Público (PROTransP) será reforçado para 15,5 milhões de euros, refere o mesmo comunicado.

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Alemanha antecipa corte do apoio à compra de veículos híbridos e elétricos

Robert Habeck planeia cortar em um terço o apoio à compra de elétricos, passando de 6.000 euros para 4.000 em 2023, e para 3.000 euros em 2024-25. Objetivo é focar na proteção climática.

O Ministério da Economia da Alemanha, Robert Habeck, planeia antecipar o fim do subsídio à compra de veículos híbridos plug-in já no final deste ano, bem como cortar em um terço o apoio à compra de elétricos, a partir de 2023, avançou esta quinta-feira a Bloomberg (acesso condicionado).

A proposta pretende canalizar os atuais subsídios para a proteção do ambiente, e sobre a mesa fica a redução do apoio à compra de elétricos, de 6.000 euros para 4.000 em 2023, e para 3.000 euros em 2024 e 2025. A informação foi avançada inicialmente pelo jornal Frankfurter Allgemeine Zeitung.

“Queremos aprimorar o foco do nosso apoio aos carros elétricos e focar-nos mais na proteção climática”, disse Habeck, acrescentando que, “na nossa opinião, os híbridos plug-in são comercializáveis ​​e já não precisam de financiamento público”.

Em reação, Hildegard Mueller, líder da Associação Alemã da Indústria Automóvel, defendeu que um corte antecipado dos apoios em questão iria colocar “em risco o aumento da mobilidade elétrica e ignoraria as realidades dos consumidores na Alemanha”, visto que os híbridos plug-in são “pioneiros na transição para a mobilidade elétrica”.

Entre as críticas de Mueller, o responsável também mencionou que os apoios em questão estão vinculados à data de entrega dos veículos, o que gera incerteza entre os compradores. Esta incerteza, por sua vez, afeta o valor final no momento de compra de um carro, graças às atuais listas de espera de vários meses associadas aos problemas nas cadeias de abastecimento.

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Lisboa segue ganhos da Europa com BCP a subir mais de 5%

O dia foi positivo nas bolsas europeias, depois de o BCE ter decidido manter os juros e o fim dos estímulos no terceiro trimestre. Em Lisboa, BCP destacou-se nos ganhos.

As bolsas europeias fecharam esta sessão, a última da semana devido ao feriado de Sexta-Feira Santa, em alta, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter decidido manter os juros, bem como o fim dos estímulos no terceiro trimestre. A praça lisboeta não foi exceção, com os ganhos de mais de 5% do BCP a impulsionar o desempenho.

Pela Europa, o Stoxx 600 subiu 0,7% a par com o alemão DAX, enquanto o francês CAC-40 avançou 0,9% e o espanhol IBEX-35 ganhou 1,2%. Já o britânico FTSE 100 valorizou 0,4%.

Por cá, o índice de referência nacional PSI subiu 0,85% para 6.133,52 pontos nesta sessão. Entre as 15 cotadas, a maioria fechou em terreno positivo, com apenas quatro títulos a registar desvalorizações.

A liderar os ganhos ficou então o BCP, que subiu 5,33% para os 0,1699 euros, beneficiando da manutenção da política do BCE, num dia marcado por subidas nas cotadas do setor da banca.

BCP sobe mais de 5%

A família EDP contribuiu também para o desempenho positivo do índice nacional, com a subsidiária EDP Renováveis a somar 1,89% para os 23,13 euros e a casa-mãe EDP a ganhar 0,97% para os 4,69 euros.

Nota ainda para a Greenvolt, que subiu 0,97% para os 7,31 euros, e para a Nos, que valorizou 0,79% para os 4,10 euros.

Já nas perdas encontra-se a Jerónimo Martins, que recuou 1,81% para os 20,64 euros, e a Galp Energia, que perdeu 0,13% para 11,94 euros. Este desempenho dá-se num momento em que os preços do petróleo negociado no mercado internacional recuam cerca de 1%.

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“Mexidas nos escalões do IRS são pequenas e surtem pouco efeito”, critica CCP

  • Lusa
  • 14 Abril 2022

O presidente da CCP, João Vieira Lopes, esperava que a proposta do OE introduzisse medidas adicionais de desagravamento fiscal para mitigar os efeitos na perda generalizada do poder de compra".

A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) defendeu esta quinta-feira que o Governo devia ter sido mais audacioso nas medidas fiscais para as empresas e os cidadãos, no Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), para dinamizar a economia.

O Governo devia ter sido mais audacioso nas medidas fiscais para as empresas e os cidadãos, pois as mexidas nos escalões do IRS são pequenas e surtem pouco efeito”, disse o presidente da CCP, João Vieira Lopes, à agência Lusa.

Vieira Lopes lembrou que, em matéria fiscal, o OE2022 reproduz no essencial as medidas que haviam sido apresentadas na anterior Proposta de Lei chumbada no parlamento em novembro. “Para além da anunciada introdução de dois escalões intermédios no IRS, muito pouco se vislumbra numa primeira apreciação das medidas de natureza fiscal, quando, face ao atual período inflacionista, se esperava que a atual proposta introduzisse medidas adicionais de desagravamento fiscal para mitigar os efeitos na perda generalizada do poder de compra”, disse o presidente da CCP.

O líder da CCP salientou que, relativamente às empresas, não se prevê qualquer desagravamento em termos de taxas do IRC. Segundo Vieira Lopes, o valor previsto no OE2022 para a inflação “poderá revelar-se otimista, face à conjuntura que se vive”, o mesmo acontecendo relativamente à previsão de crescimento de 4,9%, tendo em conta a atual situação, nomeadamente a duração da guerra na Ucrânia e as suas consequências na economia europeia.

O contributo do Investimento Público para o crescimento da economia também foi considerado insuficiente pelo presidente da CCP, que manifestou dúvidas quanto ao objetivo de um défice de 1,9%. “Não está em causa prosseguir uma trajetória de redução, mas sim o ritmo em que a mesma deverá ocorrer. Com tantas incertezas, não apostar em medidas efetivas de mitigação da crise pode revelar-se um erro”, disse.

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Lucro do Goldman Sachs cai 42% para 3.630 milhões até março

  • Lusa
  • 14 Abril 2022

“Este foi um trimestre turbulento, dominado pela devastadora invasão da Ucrânia”, apontou o presidente executivo do Goldman Sachs, David Solomon.

O Goldman Sachs registou 3.939 milhões de dólares (cerca de 3.630 milhões de euros) de lucro entre janeiro e março, menos 42% do que em igual período do ano passado.

“Este foi um trimestre turbulento, dominado pela devastadora invasão da Ucrânia”, apontou o presidente executivo do Goldman Sachs, David Solomon, citado pela agência EFE.

No primeiro trimestre, o banco aumentou as suas reservas em 561 milhões de dólares (cerca de 517 milhões de euros) para fazer face a problemas “macroeconómicos e geopolíticos”.

Por divisão, o banco de investimento do Goldman Sachs viu reduzida a sua receita em 36%, face à menor atividade no mercado de capitais.

Até março, a faturação da área de gestão de ativos recuou 88%, em comparação com o primeiro trimestre de 2021.

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TAP está a recuperar mais devagar que o setor na maioria dos indicadores

O ECO comparou os números da TAP no ano passado com o setor em seis métricas diferentes. A recuperação da companhia aérea portuguesa está atrasada em quatro deles.

A TAP apresentou um prejuízo recorde de 1.600 milhões em 2021, em grande parte devido aos custos extraordinários de mil milhões com o fecho do negócio de manutenção e engenharia no Brasil, mas o ano foi de recuperação na atividade da companhia aérea. Transportou mais passageiros e as receitas subiram. Mas como compara com o setor?

A comparação pode ser feita com algumas métricas para as quais existem dados internacionais da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, na sigla em inglês) ou indicados pela própria TAP. O ECO reuniu seis indicadores usados pela indústria. Na maioria, a transportadora portuguesa fica aquém do setor. O que poderá não ser alheio ao plano de reestruturação que a empresa teve de implementar a partir do início de 2021 para ver autorizado pela Comissão Europeia um auxílio de Estado de 3,2 mil milhões.

Crescimento no número de passageiros

A TAP transportou 5,83 milhões de passageiros em 2021, um crescimento de 25,1% em relação ao ano anterior. A própria companhia aérea afirma no comunicado de apresentação de resultados que esta evolução fica acima dos 20,1% previstos pela indústria, de acordo com a IATA.

A transportadora portuguesa fez também uma apresentação onde estabelece uma comparação com as pares, elegendo a Lufthansa, Air France KLM e a International Airlines Group IIAG), dona da British Airways, Iberia ou Vueling. Estas três companhias tiveram, em média, um crescimento superior no número de passageiros: 28%.

Conclusão: a TAP teve um crescimento superior à indústria.

Número de passageiros face a 2019

As comparações na aviação, como noutros setores, tendem a ser feitas com o ano anterior à pandemia, para aferir quão perto ou longe está de voltar ao seu melhor ano de sempre. No caso da TAP, ainda está 66% abaixo dos 17 milhões de passageiros transportados em 2019.

Uma distância maior (mas não muito diferente) dos pares, que estão a 64%. A diferença na companhia portuguesa é até inferior à da Lufthansa (-68%) e à da IAG (-67%). A Air France KLM é que baixa a média, tendo transportado menos 57% de passageiros do que no último ano antes da covid-19.

Se recorrermos aos dados da IATA, a diferença para a TAP é maior, já que a indústria como um todo terminou 2021 com menos 53% de passageiros do que em 2019. Se for considerada apenas a Europa (60%) a diferença é menor.

Conclusão: a transportadora liderada por Christine Ourmières-Widener está mais longe que o setor dos números que tinha em 2019.

Oferta de lugares face a 2019

A oferta nas companhias aéreas é habitualmente medida usando um indicador chamado Lugares-quilómetro Oferecidos (Available Seat‐Kilometers – ASK), que multiplica a capacidade das aeronaves operadas pela distância percorrida. No caso da TAP, o ASK cresceu 28,8% no ano passado, ficando 55% abaixo do nível de 2019. A indústria como um todo regista uma recuperação mais rápida, tendo terminado o ano passado 48,8% abaixo do pré-pandemia (51,9% no caso da Europa), segundo dados da IATA.

A TAP faz também aqui a comparação com os pares. Neste caso reclama um crescimento superior em 2021, com os seus 28,8% a baterem a média de 23% das três companhias, que é muito penalizada pelos modestos 8% da IAG. Na comparação com 2019, há um empate nos 55%.

Conclusão: a companhia portuguesa está em linha com os pares na recuperação da oferta, mas fica abaixo do setor.

Procura por passagens face a 2019

Neste caso, o indicador mais comum é o Passageiro-quilómetro (Revenue Passenger‐Kilometers – RPK), que corresponde ao número total de passageiros multiplicado pelo número de quilómetros voados. O RPK da TAP cresceu 25,6% em 2021, mas ficou ainda 64,5% abaixo do nível de 2019. Segundo a IATA, o setor terminou o ano 58,4% abaixo do valor registado antes da pandemia. Na Europa a diferença foi de 61,3%.

Conclusão: também na procura a TAP está mais longe de voltar aos níveis de 2019.

Taxa de ocupação

Outra métrica importante é a taxa de ocupação, que se encontra dividindo a procura (Passageiro-quilómetro) pela oferta (Lugares-quilómetro oferecido), conhecida em inglês como load factor. Segundo os dados da IATA, a taxa de ocupação do setor foi de 67,2%, recuperando ligeiramente face aos 65,1% de 2020. Na Europa chegou aos 68,6%.

O relatório e contas de 2021 da companhia aérea indica um load factor de 63%, ligeiramente abaixo dos 64,6% registados no ano anterior. Em 2019 tinha sido de 80,1%,

Conclusão: a taxa de ocupação da TAP está ainda aquém do resto do setor.

Crescimento do negócio de carga

Um dos destaques das contas da TAP foi o crescimento do negócio de carga e correio, que contribui com 236,2 milhões para as receitas de 2021 (17% do total). Um crescimento de 88%, que segundo a transportadora “acompanhou o mercado”.

A TAP diz também no relatório e contas que quer a taxa de ocupação quer a rentabilidade (yield) gerada ficaram “acima da média do mercado”. A companhia portuguesa aumentou a yield em 25% no ano passado, uma evolução superior aos 15% do setor.

O segmento de carga continuará a ser uma aposta em 2022, estando em fase de certificação dois aviões convertidos para servir em exclusivo este mercado.

Conclusão: a fazer fé no relatório e contas, a TAP registou um desempenho em linha ou acima do mercado.

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Combustíveis voltam a subir na próxima semana. Gasóleo deve aumentar 1 cêntimo e gasolina 0,5 cêntimos

O preço do gasóleo e da gasolina deve voltar a subir, ainda que pouco expressivamente. Cálculos apontam para a manutenção do valor do ISP.

Depois de duas semanas de descidas, os combustíveis devem voltar a subir na próxima semana. A partir da próxima segunda-feira, o preço do gasóleo deverá aumentar 1 cêntimo por litro, enquanto a gasolina poderá subir cerca de 0,5 cêntimos, segundo adiantou ao ECO uma fonte do setor.

Atualmente, o gasóleo simples custa 1,864 euros por litro, segundo os dados da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) referentes a segunda-feira. Já a gasolina está a um preço de 1,948 euros por litro. Com as subidas deverão passar a custar 1,874 euros e 1,953 euros, respetivamente.

É de notar que, sendo que se tratam de subidas, o Governo poderá aplicar a fórmula que compensa o aumento de receita de IVA com um corte no ISP. No entanto, aplicando a fórmula, os cálculos apontam para a manutenção do valor do ISP, já que as subidas são pouco expressivas.

A equação nasceu com o objetivo de ajudar a mitigar o impacto da subida do preço dos combustíveis, reduzindo o valor do ISP no montante correspondente ao aumento da receita do IVA, o imposto que é influenciado pelo aumento dos preços. A ideia era criar um mecanismo neutro do ponto de vista fiscal.

Contudo, nas semanas em que os combustíveis descem de preço, o Executivo tem escolhido não aplicar a fórmula (que ditaria uma subida do ISP), deixando o ISP igual. Na última semana, o Governo calculou qual seria o valor acumulado que o ISP teria subido, e sinalizou que iria “diferir este ajustamento para o momento em que se concretize a descida do ISP pela aplicação da fórmula”. É ainda incerto quando tal irá acontecer.

O Governo avançou também uma outra medida que mexe no ISP (equivalente a uma redução do IVA dos combustíveis para 13%), mas que só irá entrar em vigor em maio, já que tem de passar pelo Parlamento.

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Cartier aumenta preços entre 3% e 5%. CEO diz que a procura irá resistir aos aumentos

O CEO da Cartier mostrou-se confiante de que a procura pelos bens de luxo irá resistir ao aumento dos preços esperado para as próximas semanas. Aumento irá compensar custo das matérias-primas.

A marca de luxo francesa Cartier vai aumentar o preço dos seus produtos, entre 3% a 5%, nas próximas semanas, e está confiante de que a procura irá resistir a este aumento, avançou esta quinta-feira a Bloomberg (acesso condicionado).

Segundo o CEO da fabricante de relógios e joalharia, Cyrille Vigneron, este aumento irá compensar, em parte, a valorização do dólar americano e do yuan chinês face ao euro, bem como o aumento dos custos de matérias-primas como diamante, ouro e platina.

Enquanto marcas como a Chanel aumentaram o preço de alguns produtos em mais de 50%, a Cartier planeia um aumento entre 3% e 5%. “Estamos num negócio a longo prazo e temos que ter cuidado para não ajustar os nossos preços demasiado rápido”, disse Vigneron.

Vigneron avançou que a Cartier registou vendas “robustas” nos EUA, Europa, Oriente Médio, Coreia do Sul e Japão, ao passo que o CEO da Cartier na América do Norte, Mercedes Abramo, aponta para uma “tremenda resiliência” do setor. O CEO acrescentou ainda que “o crescimento geral da riqueza mundial e a sua distribuição geral estão a favorecer o luxo”, pelo que o CEO não vê grandes obstáculos ao negócio, mas sim “soluços” a longo prazo.

Vigneron admitiu também que o volume de vendas registado vai ajudar a combater a quebra esperada no mercado asiático, fruto das restrições de combate ao Covid-19 em vigor na China. Apesar disto, o CEO mostra-se confiante de que a China irá recuperar, e ajudar a manter a procura global por bens de luxo, admitindo que o mercado asiático tem “provavelmente, o maior potencial de crescimento nos próximos cinco a dez anos”.

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Já foram entregues 2 milhões de declarações de IRS

Em menos de duas semanas, já foram entregues mais de 2 milhões de declarações de IRS. Os reembolsos deverão demorar em média 17 dias a chegar.

Ainda não passaram duas semanas desde que a campanha de IRS arrancou, mas os portugueses já entregaram mais de 2 milhões de declarações, de acordo com as estatísticas disponíveis no Portal das Finanças. Os reembolsos já começaram a ser processados, sendo que as Finanças estão a apontar para um prazo médio de 17 dias.

Até ao momento, foram entregues 2.034.447 declarações de IRS, segundo os dados da Autoridade Tributária e Aduaneira. No sábado passado, o balanço apontava para 1,5 milhões de declarações, sendo que no primeiro dia em que foi possível submeter a declaração, o número ficou ligeiramente acima das 450 mil até às 18h, de acordo o comunicado do Ministério das Finanças.

Os reembolsos do IRS já começaram a cair na conta bancária dos contribuintes, demorando “cerca de três dias úteis entre o processamento da ordem de reembolso (após liquidação da declaração) e a entrada na conta bancária do contribuinte”, de acordo com as Finanças.

Após dois anos em que não se comprometeu com reembolsos rápidos por causa das condicionantes da pandemia, o Fisco volta a ter prazos rápidos para reembolsar os contribuintes, se for caso disso, com uma previsão de 12 dias para quem entrega pelo IRS Automático e de 19 dias para quem entrega o IRS manualmente — em média, deverá demorar 17 dias. No máximo, o reembolso tem de ser feito até ao final de julho.

No total, é expectável que sejam entregues mais de seis milhões de declarações de IRS, tendo em conta o número fixado em 2021. Os contribuintes têm até ao final de junho para o fazer, mas muitos procuram acelerar este processo, obtendo mais rapidamente o reembolso, caso exista lugar a tal.

A entrega da declaração de IRS em 2022, referente aos rendimentos auferidos em 2021, é feita exclusivamente através do Portal das Finanças, sendo que os contribuintes podem recorrer à linha de apoio da AT (217 206 707). Muitos contribuintes beneficiam do IRS Automático, se preferirem, o que facilita o preenchimento da declaração, mas devem verificar os dados uma vez que pode ser mais vantajoso preencher manualmente.

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Feira de formação e emprego Qualifica está de volta à Exponor de 20 a 23 de abril

De olhos postos no futuro dos mais jovens, esta montra de ensino e empregabilidade leva até eles as tendências, orientações e inspirações ditadas pelo mercado.

A Qualifica – Feira de Educação, Formação, Juventude e Emprego está de regresso à Exponor, entre os dias 20 e 23 de abril. Durante quatro dias dedicados ao futuro dos mais jovens, e com o tema da economia circular no centro do debate, 140 expositores dão a conhecer uma vasta oferta de ensino, de formação e de saídas profissionais.

“A feira conta com a presença de várias empresas em processo de recrutamento, escolas de línguas, start-ups, ONG e instituições públicas e privadas de educação e formação, dedicadas a alunos, pais, profissionais dos setores da educação e educadores sociais”, lê-se em comunicado.

Sobre o tema “Economia Circular – Porque Tudo Acaba Onde Começa”, o intuito é reforçar o debate, a inspiração, a mudança e a transição para este modelo económico.

“A 13.ª edição da Qualifica promete sensibilizar os jovens para um sistema de produção e consumo que promove o uso sustentável dos recursos, em ciclos fechados energizados por fontes renováveis, regenerando o capital natural e assegurando o progresso social.”

Too Good To Goo, Bio Boards, ZouriShoes, MyCloma e IAFA – Intercultural Association For All são algumas das organizações que marcarão presença no “Espaço Economia Circular”, com o objetivo de consciencializarem a sociedade para este tema.

Na última edição do evento, que decorreu em 2020, estiveram presentes cerca de 27.000 visitantes de todo o país e 140 expositores. Este ano, a Qualifica vai decorrer na Exponor – Feira Internacional do Porto, de 20 a 23 de abril de 2022.

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FMI vai rever em baixa crescimento económico global

  • Lusa
  • 14 Abril 2022

“Estamos a enfrentar uma crise em cima de uma crise”, disse Kristalina Georgieva, diretora-geral do FMI.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) irá cortar as perspetivas de crescimento económico mundial para este ano e para 2023, nas próximas previsões, anunciou Kristalina Georgieva.

Para a maioria dos países, o crescimento ainda permanecerá em território positivo”, afirmou a diretora-geral da instituição, numa conversa com Tino Cuellar, presidente do Carnegie Endowment for International Peasse, acrescentando que o impacto da guerra irá contribuir para revisão em baixa para 143 economias este ano, representando 86% do PIB mundial.

Segundo Kristalina Georgieva, “a perspetiva económica global é extraordinariamente incerta muito além do intervalo normal”. “Estamos a enfrentar uma crise em cima de uma crise”, afirmou.

A responsável do FMI salientou o impacto da pandemia e a invasão da Ucrânia pela Rússia, afirmando que, além de ser devastadora para o país, “está a enviar ondas de choque” a nível global.

“As consequências económicas da guerra espalharam-se rapidamente” para os vizinhos, atingindo mais duramente as pessoas mais vulneráveis do mundo. Em janeiro, o FMI cortou a previsão de crescimento da economia mundial para este ano em 0,5 pontos percentuais (pp.) para 4,4%.

Segundo disse a instituição na altura, a revisão reflete o impacto das restrições de mobilidade, do encerramento de fronteiras e do efeito na saúde da propagação da variante Ómicron, com um peso diferenciado de país para país, mas que deverão condicionar o crescimento no primeiro trimestre deste ano.

Kristalina Georgieva admitiu também que a inflação deverá permanecer “elevada por mais tempo do que anteriormente estimado”.

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