Mota-Engil ganha contrato de 196 milhões na Costa do Marfim

Através da participada em África, o grupo português vai participar nos trabalhos de mineração do projeto de exploração Seguela Gold.

A participada da Mota-Engil em África ganhou um novo contrato no valor de 213 milhões de dólares (196 milhões de euros) na Costa do Martim, cujas obras vão ter início em dezembro deste ano, com uma duração prevista de 66 meses.

Numa nota enviada à CMVM, o grupo português indica que em causa está o projeto Seguela Gold, na região de Worodougou, distrito de Woroba, que consiste na exploração dos depósitos de minérios em Antenna, Koula, Agouti, Boulder e Ancien.

“Os trabalhos de mineração a realizar ao abrigo do contrato incluem trabalhos preparatórios, drenagem, escavação, perfuração e desmonte de rocha com recurso a explosivos, carregamento e transporte de minérios e estéril”, detalha o grupo liderado por Gonçalo Moura Martins.

De acordo com a nota ao mercado, “as obras têm início previsto para dezembro de 2022 e terão uma duração de 66 meses”. “Com esta adjudicação, o grupo continua a reforçar a sua carteira e a diversificar os clientes e tipos de projetos em África, assegurando um fluxo de receitas mais constante no médio e longo prazo”, indicou ainda a Mota-Engil.

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Banco da Finlândia pede garantias legislativas para serviços de dinheiro em numerário

  • Servimedia
  • 7 Abril 2022

A proposta legislativa determina que "deve ser lançado um projeto regulamentar para definir o nível de serviços em numerário, tanto de acesso, depósito e aceitação como meio de pagamento".

O Banco da Finlândia emitiu um parecer acompanhado por uma proposta legislativa destinada a assegurar um nível de serviço na distribuição de dinheiro em numerário, noticia a Servimedia.

Especificamente, esta proposta legislativa, citada pela agência de notícias espanhola, determina que “deve ser lançado um projeto regulamentar para definir o nível de serviços em numerário, tanto de acesso, depósito e aceitação como meio de pagamento, antes que os serviços fiquem abaixo de um nível razoável para a sociedade”.

O memorando recorda que a natureza do dinheiro físico como moeda com curso legal e como método de pagamento igualmente disponível para todos os cidadãos justifica que o seu estatuto “seja regulamentado de forma parlamentar”.

O Banco da Finlândia observa que os serviços em numerário, referidos como a possibilidade de levantar, utilizar e depositar notas e moedas de euro a partir de uma conta, “são utilizados para manter a igualdade de condições para os finlandeses se envolverem em atividades financeiras utilizando o método de pagamento que considerem melhor”. Por conseguinte, sugere que a sua manutenção requer que todos os aspetos dos serviços em numerário funcionem suficientemente bem.

Como se afirma no parecer, o dinheiro desempenha um papel importante nas situações empresariais, mercados e eventos locais, tendo um forte impacto sobre estes últimos. Além disso, na ausência de mecanismos alternativos de contingência, os pagamentos em numerário devem poder responder a qualquer perturbação grave do pagamento eletrónico, sendo a única opção de pagamento nestas situações.

“A regulação do numerário implementou-se noutros países nórdicos”, especifica a proposta legislativa, ao que acrescenta: “Foram adotadas medidas para assegurar serviços adequados em numerário nos Países Baixos, Letónia, Lituânia e Polónia, embora a maioria deles tenha uma proporção claramente mais elevada de numerário em pagamentos ou disponibilidade de serviços de numerário do que na Finlândia”.

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Sinistro Automóvel: O que deve saber sobre direito a veículo de substituição

  • ECO Seguros
  • 7 Abril 2022

Autoridade de Supervisão, através da Academia do Consumidor, divulgou esclarecimentos sobre direito a veículo de substituição nos casos em que a outra seguradora cobre danos do sinistro.

No âmbito do projeto Academia do Consumidor, a Autoridade de Supervisão de Seguros e de Fundos de Pensões (ASF) divulgou um vídeo abordando o tema do direito a um veículo de substituição em caso de acidente automóvel. O conteúdo informativo com o título “6 Esclarecimentos sobre Veículo de Substituição” identifica as situações que conferem esse direito e fornece orientação sobre procedimentos a seguir pelos lesados nesta matéria.

Entre outras questões, o suporte digital esclarece, a data (depois do acidente), a partir da qual o segurado tem direito a veículo de substituição; durante quanto tempo e/ou o que acontece se o consumidor tiver contratado apólice com cobertura de danos próprios. Tomando como exemplo uma situação de acidente em que a seguradora do outro veículo assume a responsabilidade civil exclusiva pelo sinistro:

  • O Consumidor tem direito a veículo de substituição sempre que o seu veículo fique imobilizado em resultado do acidente;
  • Quando não seja possível disponibilizar veículo com características idênticas ao sinistrado, a empresa de seguros deve pagar indemnização equivalente ao aluguer de veículo igual ao seu;
  • Enquanto a seguradora da outra parte não disponibilizar veículo de substituição, o Consumidor tem direito a ser compensado pelo excesso de despesa de transporte em que incorreu em consequência de imobilização do seu veículo. Neste caso, convém guardar sempre as faturas comprovativas dos gastos;
  • Na eventualidade de perda total do veículo, o Consumidor tem direito ao veículo de substituição enquanto a seguradora que assumiu a responsabilidade pela cobertura dos danos não o indemnizar.

Ainda, nos seguros que cobrem danos próprios, o direito a veículo de substituição observa as regras definidas na apólice. O vídeo com todos os “6 esclarecimentos sobe o veículo de substituição” está acessível aqui.

Academia do Consumidor
ASF é uma nova ferramenta de informação e formação dos consumidores de seguros e de fundos de pensões que inclui uma componente interativa, permitindo testar conhecimentos através da resposta a pequenos quizzes. Brevemente, adianta a ASF, serão disponibilizados vídeos sobre outros temas, incluindo o direito de regresso da empresa de seguros no seguro de responsabilidade civil automóvel e o reembolso antecipado de Planos de Poupança Reforma.

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Cascais com plano de saúde gratuito Portinsurance para refugiados

  • ECO Seguros e Lusa
  • 7 Abril 2022

Cerca de 1500 ucranianos vão ter direito ao Plano de Saúde + Ucrânia, um pacote oferecido pela mediadora com telemedicina em ucraniano e russo e consultas médicas ao domicílio.

A Câmara Municipal de Cascais, no distrito de Lisboa, vai disponibilizar, durante seis meses, um plano de saúde gratuito a cerca de 1500 refugiados da Ucrânia que vão viver no concelho, anunciou a autarquia.

A equipa do projeto: José Dantas, administrador da Portinsurance, Nuno Catarino, director na Costa Duarte Corretores, João Pascoal, director Comercial da RNA – Rede Nacional de Assistência, Luís Pinto Coelho, administrador da SMP-Serviço Médico Permanente, Maria João Macdonald – Directora Geral da SMP, Paula Arrobas, partner Portinsurance e o consultor Miguel Arrobas.

A Câmara Municipal de Cascais explicou que a medida resulta de um protocolo estabelecido entre a autarquia e a mediadora Portinsurance Care, tendo como objetivo “garantir um conjunto de serviços e benefícios na área da saúde, permitindo aceder de forma imediata a hospitais, clínicas e médicos de várias especialidades”.

“Entre outros segmentos de negócio, estamos a trabalhar na área da Saúde”, justifica José Dantas, administrador do grupo Portinsurance, o propósito deste programa estabelecido com a Câmara de Cascais, “temos vários acordos de distribuição de Planos de Saúde, nomeadamente o Plano de Saúde de Leão – do Sporting Clube de Portugal, Saúde Total com a Smile-Up, Luzigás, LusoClinic, OZ Energia entre outros”, conclui.

O presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras sublinha que a iniciativa visa, sobretudo, proporcionar aos cidadãos ucranianos “todas as condições para que se sintam em casa”.

O “Plano de Saúde + Ucrânia”, que vigorará durante seis meses e poderá ser utilizado por todos os refugiados ucranianos inscritos no concelho de Cascais, não implica qualquer investimento por parte da Câmara de Cascais, sendo inteiramente assegurado pela Portinsurance Care.

Entre outras características, o plano de saúde não terá limite de utilização e de idade, está isento de período de carência e contempla serviços como telemedicina (com médicos que falam ucraniano e russo) e consultas médicas ao domicílio.

Segundo dados divulgados pelo município, ao longo dos últimos 40 dias passaram pelo concelho de Cascais cerca de 1.500 cidadãos ucranianos, sendo que nas quatro respostas de acolhimento do município estão alojadas 40 famílias.

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PRR

Verba adicional do PRR irá para as agendas mobilizadoras

O primeiro-ministro revelou que essa verba adicional é de 1.600 milhões de euros e que irá para a "dimensão verde" das agendas mobilizadoras.

Como a economia portuguesa encolheu mais do que o previsto durante a pandemia, Portugal vai receber mais 1,6 mil milhões de euros, em cima dos 16,6 mil milhões de euros já garantidos, ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Esta verba adicional será dedicada às agendas mobilizadoras e às agendas verdes para a inovação empresarial, uma das componentes do PRR, cuja dotação inicial é de 930 milhões de euros.

Essas verbas vão ser destinadas na sua essência ao reforço do programa agendas mobilizadoras“, anunciou o primeiro-ministro esta quinta-feira no debate na Assembleia da República sobre o programa de Governo. Serão 1,6 mil milhões de euros na forma de subvenções que vão mais do duplicar o valor disponível neste momento.

Segundo António Costa, muitos dos projetos das candidaturas passam por investimentos industriais na fileira da economia verde. “É uma área que temos de alimentar e de fortalecer de forma a poder expandir a sua atividade“, diz, referindo que os consórcios entre o sistema científico e tecnológico, as empresas e as autarquias têm um “valor muito significativo”.

“Provavelmente será mesmo dirigido para essas áreas”, explicou, porque as preocupações da Comissão Europeias nas recomendações específicas por país, ao abrigo do semestre europeu, estarão relacionadas com a transição verde.

Candidataram-se 144 consórcios às agendas mobilizadoras e foram selecionadas 64 para a apresentação de candidaturas a financiamento constituídas por propostas finais. O objetivo é “consolidar e expandir sinergias entre o tecido empresarial e o sistema científico e tecnológico em Portugal, contribuindo para o incremento da competitividade e resiliência da economia portuguesa, com base em I&D, na inovação e na diversificação e especialização da estrutura produtiva”, de acordo com o Governo.

Esta verba adicional é explicada por uma parte da distribuição das subvenções do PRR que dependia da variação do PIB em 2020 e 2021. Apurados os números de 2021, a conclusão é que Portugal recebe mais, dado que registou uma contração maior do que o previsto anteriormente. Estes cálculos têm por base os 4,9% de estimativa de crescimento, em 2021, já avançada pelo Instituto Nacional de Estatística, uma revisão em baixa face aos 5,4% que a Comissão Europeia antecipava nas previsões de outono de 2020.

A maioria dos partidos com assento parlamentar tem como prioridades o ambiente e a habitação para este reforço do PRR. Para o PSD o foco deveria a água, “uma questão pouco abordada no PRR”, e “o reforço da capitalização das empresas, face à subida das taxas de juro que já começou e que irá continuar nos próximos tempos”.

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Porto de Sines pode duplicar capacidade do terminal de gás

  • Lusa
  • 7 Abril 2022

O porto de Sines pode duplicar a capacidade do seu terminal de gás em menos de dois anos, indicou o presidente do Conselho de Administração.

O porto de Sines pode duplicar a capacidade do seu terminal de gás em menos de dois anos, indicou o presidente do Conselho de Administração, José Luís Cacho, em declarações à AFP.

Desde 2016, o porto recebe gás natural liquefeito norte-americano com destino à União Europeia e os volumes provenientes dos Estados Unidos e da Nigéria têm aumentado bastante, atingindo cerca de quatro milhões de toneladas anuais.

Sines tem condições para chegar a 10 milhões de toneladas“, declarou José Luís Cacho, numa altura em que Portugal e Espanha defendem uma via de abastecimento alternativa ao gás da Rússia. “É preciso duplicar as atuais infraestruturas para atingir esses números, mas os investimentos são relativamente pequenos e, se for tomada agora uma decisão, podemos ter a sua concretização dentro de um ano ou dois”, acrescentou.

Segundo o responsável do porto de Sines, Portugal e Espanha podem encaminhar até 20% das necessidades de gás da Europa por via marítima e através de um gasoduto de ligação à Argélia. O “reforço das interconexões energéticas” figura entre os principais objetivos de política externa inscritos no programa do novo Governo, liderado por António Costa.

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Rússia suspensa do Conselho de Direitos Humanos da ONU

Assembleia geral suspende Rússia do Conselho de Direitos Humanos da ONU pela violação “grave e sistémica” de direitos humanos.

A assembleia geral da Organização das Nações Unidas (ONU) votou pela suspensão da Rússia do Conselho de Direitos Humanos com 93 países a favor, 24 contra e 58 abstenções.

Na resolução, a Assembleia Geral da ONU expressa “grave preocupação com a atual crise humanitária e de direitos humanos na Ucrânia, particularmente com os relatos de violações e abusos dos direitos humanos e violações do direito internacional humanitário pela Federação russa, incluindo violações e abusos graves e sistemáticos dos direitos humanos”.

Entre os 24 países contra a moção liderada pelos Estados Unidos da América (EUA), estão a China, Síria, Irão, Coreia do Norte, Bolívia e Cazaquistão. Já do lado das abstenções a Índia, Indonésia e Egito são alguns dos países a figurar a lista. Portugal votou a favor.

 

Resultados da votação para a proposta de suspensão da Rússia do Conselho de Direitos Humanos. Fonte: ONU

 

Brasil, Índia e México desejam ainda ver primeiro os resultados de uma investigação independente aos alegados crimes russos, antes de tomarem uma decisão. No entanto, a resolução conseguiu uma maioria de dois terços, dos 193 membros, sendo que as abstenções não são contabilizadas.

A Rússia é um membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, e tem poder de veto juntamente com o Reino Unido, a China, França e os EUA. A última vez que um membro da ONU foi suspenso foi em 2011, quando forças leais a Muammar Kadafi reprimiram violentamente manifestantes.

 

Atualizado às 18h41 com mais informação

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EDP Renováveis cai mais de 1% e pressiona Lisboa, mas Nos ampara PSI

A bolsa portuguesa fechou com perdas ligeiras num dia de quedas na Europa. A EDP Renováveis desvalorizou mais de 1% na sessão, mas a subida da Nos contrabalançou o índice.

As bolsas europeias fecharam em baixa, seguindo a tendência das congéneres norte-americanas. Mas as perdas no principal índice português foram mais ligeiras, no dia em que os investidores puderam espreitar as atas da última reunião de política monetária do BCE.

Enquanto o pan-europeu Stoxx 600 caiu 0,2%, o português PSI recuou 0,06%, fechando a cotar em 6.003,18 pontos. Pela Europa, o alemão DAX cedeu 0,5%, o francês CAC-40 deslizou 0,7% e o espanhol IBEX-35 perdeu mesmo 1,4%.

As atas da última reunião do BCE, que teve lugar em 9 e 10 de março, mostram que os responsáveis do banco central estão divididos quanto àquela que deve ser a resposta do banco central aos efeitos da guerra na Europa.

Uns defenderam que o BCE deve definir uma data para o fim das compra de ativos e que é adequado começar a subir as taxas de juro no terceiro trimestre. Outros entendem que o banco central deve adotar uma postura de “esperar para ver”, por causa da incerteza que se gerou com a invasão da Rússia à Ucrânia.

As atas do BCE foram divulgadas esta quinta-feira, um dia depois de serem conhecidas as atas da última reunião da Fed norte-americana. Os investidores estão a digerir a hipótese de uma subida mais acelerada das taxas de juro, face à persistente e elevada inflação.

A liderar as perdas no português PSI esteve a EDP Renováveis, que desvalorizou 1,12%, para 23,92 euros por ação. A Galp Energia perdeu 0,64%, para 11,56 euros, também pressionando o índice de referência. A EDP recuou menos, tendo caído 0,37%, seguindo-se o BCP, com um recuo de 0,31%.

A servirem de contrapeso estiveram cotadas como a Nos, que somou 1,03%, para 3,908 euros, mas também a Jerónimo Martins, cujos títulos avançaram 0,37%, para 21,56 euros. A REN ganhou 0,34% nesta penúltima sessão da semana.

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Parlamento alemão rejeita obrigatoriedade da vacina contra a Covid a partir dos 60 anos

  • Lusa
  • 7 Abril 2022

A proposta, apoiada, entre outros, pelo chanceler alemão, Olaf Scholz, e pelo ministro da Saúde, Karl Lauterbach, foi descartada com 296 votos a favor, 378 contra e nove abstenções.

A câmara baixa do parlamento alemão (Bundestag) rejeitou esta quinta-feira a proposta apresentada por vários deputados da coligação governamental, composta por social-democratas, verdes e liberais, para introduzir a obrigatoriedade da vacina contra a covid-19 a partir dos 60 anos.

A proposta, apoiada, entre outros, pelo chanceler alemão, Olaf Scholz, e pelo ministro da Saúde, Karl Lauterbach, foi descartada com 296 votos a favor, 378 contra e nove abstenções.

Com a vacina obrigatória a partir dos 60 anos, podemos evitar 90% de todas as mortes que poderíamos evitar com uma vacina obrigatória a partir dos 18 anos. Vamos aproveitar esta oportunidade”, defendeu Lauterbach aos deputados, no debate anterior à votação.

A incidência acumulada da doença continua a diminuir na Alemanha e situa-se em 1.251,3 novas infeções por 100.000 habitantes nos últimos sete dias. Na quarta-feira, a incidência era de 1.322,2 novas infeções, há uma semana o valor situava-se nas 1.625,1 e há um mês era de 1.259,2 novos infetados.

As autoridades de saúde alemãs relataram 201.729 novos casos positivos de covid-19 e 328 mortes nas últimas 24 horas, sendo que os casos ativos são cerca de 4.203.800, segundo dados do Instituto Robert Koch (RKI) de virologia atualizados esta madrugada.

A campanha de vacinação está praticamente paralisada, com apenas 51 mil doses administradas na quarta-feira e uma média diária de 36 mil. Até quarta-feira, 76,6% da população (63,7 milhões de pessoas) foi vacinada, 76% (63,2 milhões) com o esquema completo, enquanto 58,9% (49 milhões) recebeu reforço.

A covid-19 já provocou pelo menos 6,17 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, tendo o coronavírus SARS-CoV-2 sido detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

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Das famílias às empresas, estas são as medidas de Costa para fintar a inflação

Primeiro-ministro arrancou debate do Programa do Governo com novas medidas para ajudar a economia a resistir à inflação. Pacote tem quatro eixos e apoios para famílias e empresas.

António Costa, momentos antes de subir à tribuna na Assembleia da RepúblicaHugo Amaral/ECO

António Costa subiu à tribuna do Parlamento esta quinta-feira, no primeiro dia de debate do Programa do Governo, com um pacote de medidas para ajudar a economia portuguesa a enfrentar a atual conjuntura. A situação é complexa, mas o objetivo é simples: ajudar famílias e empresas a tentar fintar a elevada taxa de inflação, que terá batido o recorde de 5,3% em março, segundo a última estimativa do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Relembrando que a invasão da Ucrânia pela Rússia agravou problemas causados pela pandemia, como “o brutal aumento dos custos da energia e a disrupção das cadeias de abastecimento”, o primeiro-ministro dividiu os apoios em quatro grandes eixos: contenção dos preços da energia, apoios à produção, medidas para as famílias vulneráveis e formas de acelerar a transição energética.

“É imperioso atuar para proteger as nossas famílias e empresas dos efeitos da inflação, que tem uma origem externa, natureza tendencialmente conjuntural e causas conhecidas. Por isso, amanhã [sexta-feira], mal o Governo entre em plenas funções, aprovaremos um novo pacote de medidas direcionadas à contenção dos aumentos de preços dos bens energéticos e agroalimentares, que se junta às medidas que temos vindo a adotar desde outubro”, disse o chefe do novo Executivo de maioria absoluta.

1 – Contenção dos preços da energia

  • Para os combustíveis, enquanto Bruxelas não autorizar a descida do IVA para 13%, o Governo avançará “desde já com a redução do ISP equivalente à redução do IVA para 13%”. Serão mantidos “os mecanismos de compensação dos aumentos da receita fiscal” e alargada “a suspensão do aumento da taxa de carbono até 31 de dezembro”. “Aos preços de hoje, estas medidas traduzem-se numa redução de 52% no acréscimo do preço do gasóleo e de 74% no acréscimo no preço da gasolina que temos registado desde outubro do ano passado”, calculou António Costa.
  • Quanto à eletricidade, o primeiro-ministro lembrou que, na semana passada, foi apresentada à Comissão Europeia uma “proposta ibérica que procura limitar o contágio dos preços da eletricidade por via do aumento do preço do gás” natural. “Esta proposta pode resultar em Portugal numa poupança para as famílias e empresas na ordem dos 690 milhões de euros por mês, suportados direta e exclusivamente pelo setor elétrico”, estimou.

2 – Apoios à produção

  • O Governo tenciona “suportar, por via de ajudas de Estado, uma parte dos aumentos dos custos com gás das empresas intensivas em energia”. “Reduziremos os custos das empresas eletrointensivas e flexibilizaremos os pagamentos fiscais e as contribuições para a Segurança Social dos setores mais vulneráveis: agricultura e pescas, transportes e setores como o têxtil, fabricação da pasta de papel, indústria de cerâmica e do vidro, a siderurgia, a produção de cimento e a indústria química”, detalhou o primeiro-ministro.
  • Será ainda criado o “gás profissional para abastecimento do transporte de mercadorias” e alagado ao setor social “o desconto de 30 cêntimos por litro nos combustíveis”.
  • António Costa apresentou também medidas específicas para os setores da agricultura e pescas: isenção temporária do IVA dos fertilizantes e das rações, redução do ISP sobre o gasóleo colorido e marcado agrícola (redução de 3,432 cêntimos/litro) até ao fim do ano, e mais 18,2 milhões de euros para “mitigar custos acrescidos com alimentação animal e fertilizantes”.
  • Além disso, Costa disse que o Governo está “a lutar” no Conselho da Agricultura “pela criação de uma medida excecional de apoio temporário ao abrigo do segundo pilar da PAC [Política Agrícola Comum], para que países como Portugal, onde o segundo pilar tem um peso muito superior ao primeiro pilar, não sejam discriminatoriamente tratados na autorização já concedida de majoração de apoios à agricultura”. Mais tarde, o primeiro-ministro confirmou que Portugal conseguiu levar a sua avante.
  • “Por fim, reforçaremos em 46 milhões de euros as verbas de apoio à instalação de painéis fotovoltaicos, neste ano e no próximo, na agroindústria, explorações agrícolas e nos aproveitamentos hidroagrícolas”, rematou o primeiro-ministro;
  • No caso das pescas, o Governo pretende utilizar os saldos transitados do Fundo de Compensação Salarial do setor das pescas, de modo a apoiar os aumentos dos custos de produção;

3 – Apoio às famílias vulneráveis

  • Sobre este eixo, Costa disse apenas que o Governo vai “alargar a todas as famílias titulares de prestações sociais mínimas as medidas já em vigor de apoio ao preço do cabaz alimentar e do gás de botija“.
  • O Governo pretende ainda “estender ao interior do país o programa da Docapesca de compra, por esta entidade, de pescado e entrega, através das Juntas de Freguesia, a famílias carenciadas”, segundo um documento do gabinete do primeiro-ministro.

4 – Acelerar a transição energética

  • Indicando que só a transição energética “nos prepara para o futuro”, António Costa alinhavou o pacote de medidas com a “simplificação de procedimentos relativos à descarbonização da indústria de painéis solares”, reforçando as verbas de apoio de 51 milhões de euros para 97 milhões de euros (aumento de 46 milhões de euros) para a agroindústria, exploração agrícola e aproveitamentos hidroagrícolas.
  • Há ainda a “simplificação dos procedimentos relativos à descarbonização da indústria com hidrogénio verde”.
  • Está ainda prevista a “redução para a taxa mínima de IVA de todos os equipamentos elétricos que permitam menor dependência de gás por parte das famílias”.

(Notícia atualizada às 18h05 com mais informação)

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Comissão Europeia leva Portugal a tribunal por não transpor nova lei europeia das telecomunicações

Portugal está ano e meio atrasado na transposição do Código Europeu das Comunicações Eletrónicas. A Comissão Europeia deixou cair a tolerância e avançou contra o país no tribunal da UE.

A Comissão Europeia intentou uma ação contra Portugal no Tribunal de Justiça da União Europeia (UE), por o país não ter transposto atempadamente o Código Europeu das Comunicações Eletrónicas, trabalho que deveria ter sido concluído para entrar em vigor em 21 de dezembro de 2020. Outros nove Estados-membros também estão em situação irregular e foram igualmente alvo de processos, podendo vir a ser alvo de sanções pecuniárias.

“A Comissão Europeia intentou hoje [quarta-feira, 6 de abril] uma ação no Tribunal de Justiça da UE contra Espanha, Croácia, Letónia, Lituânia, Irlanda, Portugal, Roménia, Eslovénia e Suécia, por não terem transposto integralmente e não lhe terem comunicado de que forma as medidas nacionais transpõem o Código das Comunicações Eletrónicas da UE”, lê-se num comunicado divulgado na quarta-feira.

“No trabalho, em casa ou enquanto se deslocam, os europeus esperam poder aceder a uma ligação à Internet rápida e fiável. O código moderniza as regras da UE em matéria de telecomunicações, em benefício dos consumidores e da indústria, estimulando a concorrência, incentivando os investimentos, reforçando o mercado interno e os direitos dos consumidores”, destaca a Comissão na mesma nota.

Ora, o Governo deveria ter transposto este enquadramento legal para a lei portuguesa, em substituição da atual Lei das Comunicações Eletrónicas, até 21 de dezembro de 2020. A proposta de transposição chegou a ser submetida ao Parlamento, já com atraso, mas os trabalhos não chegaram a ser concluídos. Em outubro, a Assembleia da República foi dissolvida pelo Presidente da República, após chumbo do Orçamento do Estado. Resumindo, o atraso português já leva ano e meio.

“Tendo terminado, em 21 de dezembro de 2020, o prazo de transposição do Código das Comunicações Eletrónicas da UE, a Comissão deu início a 24 procedimentos de infração com o envio de notificações para cumprir em 4 de fevereiro de 2021, e, em 23 de setembro de 2021, enviou pareceres fundamentados a 18 Estados-membros. Até à data, os Estados-membros acima referidos ainda não cumpriam as obrigações de comunicação das medidas nacionais de transposição que lhes incumbem por força do código, pelo que a Comissão submeteu os processos à apreciação do Tribunal de Justiça”, explica Bruxelas.

Esta ação contra Portugal e outros países visa penalizar o país pelo desrespeito das regras europeias. “A Comissão pode solicitar ao Tribunal de Justiça da UE que imponha sanções pecuniárias” aos Estados-membros, lê-se no comunicado.

Neste período, face à situação pandémica, o Governo decidiu autonomizar uma das medidas do código europeu: a tarifa social de internet. Essa medida já se encontra em vigor.

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Portugal apoiaria embargo total da UE a gás e petróleo da Rússia, diz Gomes Cravinho

  • Lusa
  • 7 Abril 2022

No dia em que Parlamento Europeu apelou a “um embargo total imediato às importações russas" de energia, João Gomes Cravinho adiantou que Portugal apoiaria "qualquer medida coletiva nesse sentido".

Portugal apoiaria um embargo total da União Europeia às importações de todas as matérias-primas energéticas da Rússia, incluindo gás e petróleo, para ajudar a paralisar o financiamento da máquina de guerra russa, disse esta quinta-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros.

No mesmo dia em que o Parlamento Europeu apelou, em Estrasburgo, a “um embargo total imediato às importações russas de petróleo, carvão, combustível nuclear e gás” e questionado sobre se será esse o caminho a seguir, João Gomes Cravinho respondeu que “a prazo, vai ser”.

“Ou seja, a dependência energética por parte de alguns países europeus vai ter de ser completamente repensada. Do lado português, nós naturalmente que apoiaríamos qualquer medida coletiva nesse sentido”, disse o governante, que participou em Bruxelas numa reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO.

Gomes Cravinho observou que a dependência energética de Portugal face à Rússia “é relativamente limitada”, o que “não quer dizer que (a eventual decisão) não tenha algumas consequências negativas”.

“Mas em termos de ajudar a paralisar a economia que sustenta a máquina de guerra russa, é algo que, do nosso lado, nós apoiaríamos. Há outros países europeus para os quais é mais difícil e para esses países o fundamental é conseguirem encontrar outras soluções para diminuírem a sua dependência em relação à Rússia”, disse.

Numa resolução adotada na sessão plenária em Estrasburgo, o Parlamento Europeu apelou a um “embargo total” da UE às importações de matérias-primas energéticas da Rússia, em represália à invasão da Ucrânia, uma questão que divide os Estados-membros, mas que parece colher cada vez mais apoios.

Na quarta-feira, dirigindo-se precisamente ao Parlamento Europeu, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, disse acreditar que as sanções da UE à Rússia devido à sua agressão à Ucrânia deverão abranger, “mais cedo ou mais tarde”, importações de petróleo e gás russo.

“Eu penso que medidas sobre o petróleo e mesmo o gás também serão necessárias mais cedo ou mais tarde”, disse.

Intervindo a seguir a Charles Michel, a presidente da Comissão Europeia, que na véspera propôs uma proibição de importação pela União Europeia de carvão russo, explicou no hemiciclo o alcance deste quinto pacote de sanções colocado sobre a mesa, que, sublinhou, não será o último.

“Neste ponto crítico da guerra, temos de aumentar a pressão sobre (o Presidente russo Vladimir) Putin e o governo russo. É por isso que propomos um endurecimento ainda maior das nossas sanções. […] Vamos impor uma proibição de importação de carvão da Rússia, no valor de quatro mil milhões de euros por ano. Esta é a primeira vez que sancionamos diretamente a importação de combustíveis fósseis da Rússia, cortando assim uma importante fonte de receitas”, sublinhou.

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