Há uma nova sub-linhagem da Ómicron a emergir em Portugal, diz Temido
Marta Temido sublinha que o elevado número de casos de Covid-19 é justificado, em parte, pela prevalência da sub-linhagem da Ómicron BA.5.
Há uma nova sub-linhagem da Ómicron a emergir em Portugal, numa altura em que quase 90% dos casos de Covid-19 correspondem à linhagem BA.5, salienta a ministra da Saúde, citando o último relatório do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA). Portugal será o país europeu com maior prevalência desta mutação.
O relatório revela que as amostragens semanais por sequenciação têm “mostrado que, após a sua primeira deteção na semana 13 (28 de março a 3 de abril), a linhagem BA.5 tem apresentado uma frequência relativa marcadamente crescente, sendo dominante em Portugal (frequência relativa estimada de 87% ao dia 30 de maio)“.
Questionada pelos jornalistas sobre o impacto do relaxamento de medidas nos números da pandemia, a ministra aponta que “as opções que o Governo português tomou estão alinhadas com a maioria dos governos”, em declarações transmitidas pela RTP3. Marta Temido aponta assim que o que terá diferenciado a situação portuguesa é a sub-linhagem da variante Ómicron.
Segundo o relatório do INSA, cita a ministra, quase 90% dos casos são da sub-linhagem BA.5. Além disso, “temos uma nova sub-linhagem a emergir e sabemos que estamos expostos a estas circunstâncias”, admite. “Portugal, em termos da Europa, é o país que provavelmente estará com maior prevalência desta sub-linhagem e isso justifica em parte os números elevados que estamos a ter”, aponta, recordando que “o uso da máscara deixou de ser legalmente obrigatório mas não deixou de ser recomendação”.
Já sobre a vacinação, a governante adianta que está já concluída a vacinação dos residentes em estruturas residenciais para idosos que eram elegíveis, sendo que agora durante o mês de junho está a ser feito o “reforço da vacinação aos mais de 80 em ambulatório”.
Quanto ao plano de resposta para a vacinação no outono, este está a ser “preparado para ser apresentado” e será “o contexto com o qual” vão “funcionar, num cenário em que tudo se mantenha constante” (sem novas vacinas e epidemia com comportamento cíclico), avança Temido. “Deveremos fazer campanha de vacinação no próximo outono que incida sobre os mais vulneráveis, eventualmente sobre os mais 65 anos, coincidindo a vacina da gripe e da Covid-19″, explica.
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