Gasóleo deve subir quatro cêntimos, gasolina descer dois
Litro de gasóleo simples vai permanecer acima da fasquia dos dois euros e o da gasolina simples 95 descerá para 2,15 euros. Mas valores ainda podem sofrer ajustamentos.
Os preços dos combustíveis voltam a ter um comportamento diferente na próxima semana. Se tem um carro a gasóleo, então não espere por segunda-feira para abastecer porque o preço deverá subir quatro cêntimos, uma subida inferior aos 13 cêntimos desta semana e que levaram o preço médio do gasóleo a ultrapassar, pela primeira vez, a fasquia dos dois euros. Mas se o motor do seu carro é a gasolina, as notícias são positivas, porque o litro deverá descer dois cêntimos, apurou o ECO junto de fonte do setor.
Tendo em conta os valores médios praticados nas bombas esta segunda-feira, isso significa que o litro de gasóleo simples vai permanecer acima da fasquia dos dois euros, ao custar 2,064 cêntimos, e o da gasolina simples 95 descerá para 2,15 euros. Mas estes valores ainda podem sofrer um ajustamento, tendo em conta o fecho das cotações do brent esta sexta-feira e do mercado cambial.
Ainda assim, na próxima semana voltará a haver mudanças decorrentes da fiscalidade, ao contrário do que aconteceu esta semana. O Ministério das Finanças, por causa dos feriados, decidiu não fazer a habitual atualização semanal do ISP, pelo que o preço final não sofreu alterações. Mas o valor do imposto voltará a ser atualizado esta sexta-feira, 17 de junho, através do mecanismo de ajuste que devolve a receita adicional de IVA ditada pelo aumento dos preços dos combustíveis.
Já o desconto do ISP equivalente à redução do IVA para 13% entrou em vigor na primeira segunda-feira de junho com os valores 0,5 cêntimos no caso da gasolina e em 0,3 cêntimos no caso do gasóleo e assim se manterá ao longo do mês, o último em que a medida se aplica. No entanto, o decreto-lei publicado em Diário da República prevê que a medida possa ser prolongada até dezembro.
O agravamento dos preços do gasóleo é um resultado da subida da cotação do petróleo, que se tem mantido sistematicamente acima do 120 dólares por barril, e chegou ao longo da semana a aproximar-se de máximos de três meses. Mas com o aumento das taxas de juro pela Reserva Federal dos Estados Unidos em 0,75 pontos percentuais — o maior aumento desde 1994 — os preços arrefeceram na sequência de uma queda da procura. E o dólar valorizou face ao euro, o que são más notícias para os europeus, já que o mercado cambial também influencia o preço a pagar na bomba.
Para o arrefecimento dos preços contribuiu também um ligeiro aumento da produção nos Estados Unidos, dos stocks de crude nos EUA e dos inventários de combustíveis refinados e claro, as mais recentes preocupações de abrandamento da procura na sequência de novos sinais de possíveis confinamentos na China para travar a evolução da pandemia.
Preços do petróleo mais elevados e previsões económicas revistas em baixa estão a diminuir as perspetivas de procura futuras, disse na quarta-feira a Agência Internacional de Energia. Mas as preocupações persistentes de oferta limitada mantiveram os preços do barril a rondar 120 dólares por barril.
Brent segue em alta
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