Inflação na Zona Euro sobe para 8,1%. É a taxa mais elevada desde a criação da moeda única
Preços continuam a escalar na Zona Euro: a taxa de inflação -- que mede a variação dos preços do que consumimos -- acelerou para 8,1% em maio, a mesma taxa registada em Portugal.
A taxa de inflação na Zona Euro acelerou para 8,1% em maio, com o disparo 39% dos preços da energia, confirmou esta sexta-feira o Eurostat. É a taxa mais elevada desde a criação da moeda única, há mais de duas décadas.
Portugal registou uma taxa de 8,1%, alinhando-se assim com a média da região, mas há países onde a inflação superou os 15%, como a Estónia (20,1%), Lituânia (18,5%) e Letónia (16,8%). Já França e Malta registaram as taxas mais baixas, com ambas a situarem-se nos 5,8% no mês passado.
A taxa de inflação mede a variação dos preços do que consumimos no dia-a-dia, como os alimentos, a energia e outros bens e serviços.
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O Eurostat explica que o maior contributo para a subida dos preços em maio veio da energia, que registou um disparo de 39,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Tanto os preços do petróleo e combustíveis, como também da eletricidade e do gás natural dispararam nos últimos meses com a turbulência sentida nos mercados por causa da guerra russa na Ucrânia. Sem esta componente, a taxa de inflação fixou-se nos 4,6%, acima dos 4,1% em abril.
Já a inflação subjacente — que é tida em conta pelo Banco Central Europeu (BCE) na definição das suas políticas, pois exclui os preços mais voláteis da energia, alimentos, álcool e tabaco — avançou para os 3,8%, acima dos 3,5% no mês anterior e acima do objetivo de médio e longo prazo de 2% do banco central.
A componente de comida, álcool e tabaco registou uma taxa de inflação de 7,5% em maio, acelerando face aos 6,3% registados em abril.
A elevada inflação está a pressionar as famílias e tem sido uma dor de cabeça para os bancos centrais em todo o mundo. O BCE já anunciou que vai começar a subir em julhos as suas taxas de referência para tentar conter a escalada dos preços na região. Outros bancos centrais como a Fed, Banco de Inglaterra ou Banco Central da Suíça já começaram a percorrer esse caminho.
O Eurostat divulgará a estimativa rápida para a evolução dos preços em junho no próximo dia 1 de julho, que serão os dados mais atualizados que o conselho de governadores do BCE terá ao dispor quando se reunir a 21 de julho.
(Notícia atualizada às 10h43)
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