Líderes internacionais discutem “Plano Marshall” para a Ucrânia
A Comissão Europeia está a planear uma plataforma para coordenar as doações do bloco comunitário à Ucrânia.
A Ucrânia vai apresentar um plano de reconstrução após a invasão da Rússia, numa conferência de dois dias na cidade suíça de Lugano, que já estava marcada antes do início da invasão por Vladimir Putin. O plano terá contributos de vários países, sendo que a Comissão Europeia irá também avançar com uma plataforma para coordenar as doações da União Europeia (UE), que poderão chegar a 500 mil milhões de euros.
Serão vários os líderes presentes nesta conferência, que se centra à volta de um novo “Plano Marshall”, pretendendo uma iniciativa semelhante à dos EUA para a recuperação após a Segunda Guerra Mundial, mas agora para a Ucrânia, com delegações de 37 outros países e 14 organizações internacionais na lista de participantes. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, estará presente, assim como os chefes de Governo da Polónia, Lituânia e República Checa, que exercem a presidência rotativa do Conselho da UE.
A presidente do executivo comunitário tem em vista apresentar uma plataforma para coordenar as doações da UE, para mobilizar o que pode chegar a mais de 500 mil milhões de euros, segundo avança a Bloomberg. A Comissão está a estudar várias formas de angariar esses fundos, incluindo subvenções e empréstimos, bem como empréstimos conjuntos, semelhantes ao fundo de recuperação pandémica da UE, para os quais seria necessária a aprovação dos líderes europeus.
O Banco Europeu de Investimento terá um papel-chave, ao criar um “trust fund”, que canalizará dinheiro para a Ucrânia, de acordo com o Politico. O banco poderá administrar o fundo de forma a permitir contribuições rápidas dos doadores, assegurando também a gestão de risco e reportes. O objetivo é arrecadar 100 mil milhões de euros na primeira ronda de financiamento e completá-lo nos anos seguintes.
Por sua vez, a Ucrânia vai apresentar um plano de reconstrução, que inclui investimentos em infraestrutura, clima e digital. Da conferência deverá resultar também uma declaração comum, para estabelecer as prioridades, método e princípios deste projeto de recuperação.
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