Faro e Funchal lideram zonas urbanas com mais contratos a prazo
Capitais do Algarve e Madeira são as áreas citadinas em Portugal com maior proporção de trabalhadores por conta de outrem com contratos a termo, que recebem, em média, 13% abaixo da média.
Em 2020, havia um total de 2.244.715 trabalhadores em Portugal por conta de outrem (TCO), com horário completo e remuneração completas. Faro (35,8%) e Funchal (31,8%) eram as chamadas áreas urbanas funcionais (FUA na sigla inglesa) que registavam a maior proporção de funcionários com contratos a termo, isto é, de duração limitada.
Com valores acima da média nacional (29,1%) destacavam-se ainda as zonas de Braga (30,4%), Aveiro (29,8%), Póvoa de Varzim (29,7%), Ponta Delgada (29,7%) e Lisboa (29,6%), enquanto Guimarães registava o valor mais baixo neste indicador, mostram os dados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Os trabalhadores com contrato de trabalho de duração limitada recebiam, em média, menos do que a generalidade dos contratados em Portugal. O ganho médio mensal entre os que têm contrato a termo rondava os 1.082 euros, um valor 13% inferior ao ganho médio mensal total. Apenas nas zonas de Lisboa (1.066 euros) e do Porto (1.044 euros) se ganhava acima da média destas áreas urbanas, fixada nos 1.041 euros.
Numa análise ao grau de ensino dos trabalhadores por conta de outrem no país, o gabinete de estatística sublinha que, no período em análise, a proporção de trabalhadores com ensino superior era mais elevada nas áreas urbanas funcionais de Lisboa (33,3%) e do Porto (30,4%), sendo estas as únicas a registar “valores acima da média registada para o total de territórios incluídos em FUA (29,8%)”. Já com valores também acima da média nacional destaca ainda as áreas urbanas funcionais de Coimbra (26,9%), de Aveiro (25,5%) e de Braga (24,8%).
Em matéria de salários, a zona da capital era a que tinha o maior ganho médio mensal entre os trabalhadores diplomados em 2020, de acordo com os dados publicados esta quinta-feira pelo INE, ficando acima da média para o total das áreas urbanas funcionais, que se fixou nos 2.042 euros por mês.
Das 12 áreas urbanas funcionais, Lisboa e Porto concentravam quase metade (46%) dos trabalhadores por conta de outrem, considerando ainda os que tinham horário e também remuneração completos. Nessa dúzia de áreas citadinas, o valor médio do salário rondava os 1.366 euros, acima da média nacional (1.247 euros). Onde se ganhava mais? Lisboa, Porto e Aveiro.
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