Bloco quer limitar atualização das rendas à inflação de 2021

Partido propõe que "todos os aumentos de renda" no próximo ano "sejam limitados ao aumento da inflação de 2021" para "proteger as famílias".

O Bloco de Esquerda vai apresentar uma proposta para impor um teto máximo de atualização das rendas em 2023. O objetivo do partido é que a atualização anual das rendas seja limitada ao aumento da inflação de 2021 e não de 2022, impedindo, assim, “aumentos que podem chegar aos 5%”.

“O que o Bloco propõe é que nenhuma família tenha de suportar um aumento de renda que esteja a par da inflação em 2022”, explicou esta quinta-feira a deputada Mariana Mortágua. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), a inflação de junho fixou-se em 8,6%, o valor mais elevado desde a criação do euro.

“Queremos que todos os aumentos de renda sejam limitados ao aumento da inflação de 2021“, disse a deputada bloquista. Recorde-se que, no ano passado, a inflação no país fixou-se em 1,3%, o que ditou um aumento máximo de 0,43% nas rendas em 2022.

Esta medida, continuou Mariana Mortágua, “protege as famílias de aumentos que podem chegar aos 5% nas rendas e controla a inflação. Porque ao controlar os preços da habitação e das rendas estamos a contribuir para controlar a inflação e o efeito de aumento das rendas”, disse.

De acordo com as contas feitas pelo ECO, tendo por base a evolução da inflação este ano, as rendas poderão aumentar entre dez a 32,5 euros em janeiro. Isto porque a inflação média dos últimos 12 meses terminados em junho, sem habitação, foi de 4,13%.

O Bloco de Esquerda quer, assim, “colocar um teto de atualização de rendas” e apresenta agora esta proposta para que, em agosto, quando o INE publicar o coeficiente que vai servir de base para calcular a evolução das rendas no ano seguinte, “ele já esteja congelado ao que vigorou” em 2021.

“É uma medida da mais elementar justiça e deve aplicar-se transversalmente a toda a sociedade“, disse Mariana Mortágua. “Não é uma medida de proteção de famílias carenciadas, mas sim de racionalidade económica”, continuou, afirmando que não se tem de esperar por apoios extraordinários do Governo.

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