Montenegro atira referendo sobre regionalização para depois de 2026, pelo menos

Novo líder do PSD diz que partido está "focado nos problemas dos portugueses" e considera que processo de descentralização "tem sido turbulento".

Para Luís Montenegro, pelo menos até 2026 não deve avançar o referendo sobre a regionalização. O novo líder do PSD foi recebido pelo Presidente da República nesta terça-feira e reforçou os argumentos contra a consulta popular.

“Sou completamente contra a realização de um referendo em 2024”, manifestou Luís Montenegro à saída da audiência, em declarações citadas pela RTP3. O novo líder dos sociais-democratas justificou a posição com vários atos eleitorais previstos entre 2024 e 2026.

Em 2024, realizam-se as eleições europeias e as regionais dos Açores; para 2025 estão programadas eleições autárquicas; para 2026 estão previstas eleições eleições presidenciais e legislativas. “Não haverá oportunidade para referendo até 2026″, rematou.

As consequências da subida da taxa de inflação e dos efeitos da invasão da Ucrânia pela Rússia são os outros dois motivos apresentados por Luís Montenegro para afastar a consulta popular nos próximos anos.

Luís Montenegro acusou ainda o Governo de conduzir um processo de descentralização “turbulento e que não tem tido resultados efetivos”. Para o político, “um Governo que em três anos não foi capaz sequer de tratar das competências essenciais, numa matéria sem grandes divergências parlamentares e em acordo com o PSD, não se pode abalançar de colocar ao país essa questão”.

O novo líder do PSD acusou ainda o Governo de “desinvestimento nos últimos anos” no aeroporto de Lisboa, o que justifica os sucessivos cancelamentos de voos desde sexta-feira.

Na audiência com o Presidente da República ficou afastado o tema da moção de censura ao Governo pelo partido Chega, na qual o PSD irá abster-se.

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Investimentos na rede de gás de olhos postos no hidrogénio

Esta terça-feira foi debatido no Parlamento o Plano de Desenvolvimento e Investimento na Rede de Transporte de Eletricidade (PDIRTE) e o Plano de Desenvolvimento e Investimento na Rede de Gás Natural.

A necessidade de investimento nas redes de gás de forma a acomodar a injeção de hidrogénio verde foi questionada esta terça-feira pelos deputados, mas o regulador da energia, a Direção Geral da Energia e Geologia (DGEG) e a REN – Redes Energéticas Nacionais foram unânimes acerca da relevância destes investimentos, apesar da imaturidade atual da tecnologia.

Esta terça-feira foi debatido no Parlamento o Plano de Desenvolvimento e Investimento na Rede de Transporte de Eletricidade (PDIRTE) e o Plano de Desenvolvimento e Investimento na Rede de Gás Natural, elaborados pela REN. O operador da rede propõe um investimento de 831 milhões de euros na rede elétrica entre 2022 e 2031 e o PDIRG pressupõe investimento de 124 milhões de euros.

O presidente da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, Pedro Verdelho, afirmou que o regulador teve uma “atitude de prudência” em relação a estes planos, em particular no que diz respeito ao gás natural, já que, no que diz respeito a esta fonte, “perspetiva-se que as necessidades tenderão a diminuir”. Nesse sentido, afirmou procurar investimentos “à prova do futuro”, ou seja, preparados para gases descarbonizados, como o hidrogénio verde. E deixou do lado do operador de rede o planeamento das necessidades.

No PDIRG, conta-se que a adaptação das redes de gás ao hidrogénio verde custe 40,3 milhões de euros até 2031, um número que pode cair para os 16,1 milhões caso estes investimentos sejam subsidiados por fundos europeus, em particular o Fundo para a Inovação, lê-se no plano.

Verdelho reforçou que o hidrogénio verde não exige a construção de uma nova rede, mas sim a adaptação da já existente, um processo com um “custo menor”. Um ponto reforçado pelo presidente da REN, Rodrigo Costa, considerando este um dos “pontos-chave” dos projetos em discussão.

O líder do regulador defende que os planos climáticos dos vários países europeus deverão estar alinhados “para assegurar que através desta discussão possamos ultrapassar as incertezas que a metamorfose tecnológica nos oferece”.

O presidente da DGEG, João Bernardo admite que “o gás natural é um complemento a prazo” no mix energético, mas acredita que este ainda terá um papel “fundamental”. E avisa, admitindo a opinião como pessoal: “Do ponto de vista da segurança de abastecimento, depender de apenas energia elétrica, deixa-nos muito vulneráveis”. O presidente da ERSE já havia apontado também que uma dificuldade da eletrificação é a obtenção dos metais raros que são necessários, apontando o hidrogénio verde como uma alternativa neste sentido. Isto, ressalvando que o hidrogénio deve ser dirigido a setores onde a eletrificação não seja uma solução.

João Bernardo afirma que “faz todo o sentido fazer mais uma caverna ou duas no Carriço”, onde estas estruturas foram construídas para armazenar gás, e indica que “depois podem servir para armazenar hidrogénio ou metano”.

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Marcelo promulga atualização extraordinária das pensões

  • Lusa
  • 5 Julho 2022

Em causa está um aumento até 10 euros para os pensionistas que recebem até 1.108 euros, que será pago com retroativos a janeiro.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou esta terça-feira o decreto que regulamenta a atualização extraordinária das pensões, medida prevista no Orçamento do Estado para 2022 (OE2022).

Segundo uma nota publicada na página da Presidência, o chefe de Estado promulgou hoje o “decreto regulamentar que define e regulamenta a atualização extraordinária das pensões prevista no artigo 63.º da Lei n.º 12/2022, de 27 de junho, que aprova o Orçamento do Estado para o ano de 2022”.

O decreto agora promulgado foi aprovado em Conselho de Ministros em 30 de junho. Em causa está um aumento até 10 euros para os pensionistas que recebem até 1.108 euros, que será pago com retroativos a janeiro. “Em 2022, o Governo procede a uma atualização extraordinária das pensões, com efeitos a 01 de janeiro de 2022”, estabelece o OE2022.

De acordo com o documento, “a atualização extraordinária é efetuada pelo valor de 10 euros por pensionista, cujo montante global de pensões seja igual ou inferior a 2,5 vezes o valor do indexante dos apoios sociais (IAS)”, ou seja, até 1.108 euros. O valor da atualização regular anual, efetuada em janeiro, é incorporado no valor da atualização extraordinária.

O aumento extraordinário deverá chegar a cerca de dois milhões de pensionistas e terá um custo da ordem dos 200 milhões de euros, de acordo com o executivo. Em 2021, o aumento extraordinário foi pago aos pensionistas que recebem até 658 euros (1,5 IAS).

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Ministro das Finanças britânico demite-se

Rishi Sunak demitiu-se do cargo de ministro das Finanças minutos depois de Sajid Javid renunciar ao cargo de secretário de Estado da Saúde do Reino Unido.

O ministro das Finanças do Reino Unido, Rishi Sunak, apresentou esta terça-feira a demissão, anunciou o próprio na rede social Twitter. Decisão surge pouco depois de Sajid Javid renunciar ao cargo de secretário de Estado da Saúde daquele país. Ambas as demissões acontecem após de ter sido noticiado que Boris Johnson sabia das acusações de assédio sexual contra Chris Pincher quando o nomeou para o Governo.

“O público, com razão, espera que o Governo seja conduzido de forma adequada, competente e séria”, escreveu. “Reconheço que este pode ser o meu último cargo no Governo, mas acredito que vale a pena lutar por esses padrões e é por isso que me demito”, acrescentou, anexando a carta que enviou ao primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.

Minutos antes deste anúncio foi a vez de Sajid Javid renunciar ao cargo de secretário de Estado da Saúde, afirmando que o Reino Unido precisa de um “partido conservador forte e com princípios”. “Foi um enorme privilégio servir esta função, mas lamento não poder continuar de plena consciência”, escreveu no Twitter.

Ao final do dia desta terça-feira, foi a vez de um dos vice-presidentes do Partido Conservador, Bim Afolami, anunciar também a sua demissão, em direto no TalkTV. O momento do anúncio pode ser visto aqui.

Estas demissões acontecem depois de ter sido noticiado que Boris Johnson sabia das acusações de assédio sexual contra Christopher Pincher quando o nomeou para o Governo. McDonald, membro da Câmara Alta do Parlamento do Reino Unido, disse que houve uma investigação sobre Pincher em 2019 e que o primeiro-ministro “foi informado pessoalmente sobre o início e o resultado da investigação”.

Na semana passada, o jornal britânico The Sun avançou que Pincher estava no clube Carlton, um dos mais antigos e exclusivos de Londres, quando assediou dois convidados do sexo masculino. Este acabou por se demitir do cargo de vice-presidente da bancada parlamentar do Partido Conservador, afirmando que tinha “bebido demais” e que se sentia envergonhado.

Este domingo, a imprensa britânica avançou com mais informações, afirmando que Pincher enfrenta seis novas acusações de comportamento impróprio.

Esta terça-feira, Boris Johnson pediu desculpa por ter nomeado Chris Pincher para o Governo britânico. “Acho que foi um erro e peço desculpas por isso. Acho que, em retrospetiva, foi a coisa errada a fazer”, disse o primeiro-ministro, citado pelo The Guardian. “Peço desculpa a todos os que foram gravemente afetados por isso. Quero deixar absolutamente claro que não há lugar neste Governo para qualquer um que abuse do seu poder”.

O primeiro-ministro disse ainda que, se tivesse oportunidade, teria demitido Pincher após o incidente inapropriado quando este estava no Ministério dos Negócios Estrangeiros. “Há cerca de três anos houve uma queixa contra Chris Pincher no Ministério. Essa queixa foi esclarecida, ele desculpou-se. Já fui informado sobre o que tinha acontecido. Se eu tivesse oportunidade, teria pensado nisso e reconhecido que ele não iria aprender nem mudar“.

(Notícia atualizada às 19h57 com mais informação)

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Símbolo do euro em frente ao BCE vai a leilão por manutenção cara

BCE contribui anualmente com 15 mil euros para a manutenção da escultura, mas não está disponível para aumentar a sua contribuição. Vandalismo e manutenção dispendiosa levam a leilão da peça.

A escultura azul do símbolo do euro, localizada em frente da antiga sede do Banco Central Europeu (BCE) em Frankfurt, vai ser leiloada após a sua manutenção se tornar demasiado dispendiosa, avançou esta segunda-feira o Politico (acesso aberto).

Contanto com 14 metros de altura, a escultura erguida pelo artista alemão Ottmar Hörl foi criada em 2001, tendo surgido ao lado da introdução das notas de euro na União Europeia. Após a crise financeira e da dívida soberana, a estátua de 50 toneladas é agora colocada à venda, embora os bancos contactados não se mostrem interessados.

É a organização sem fins lucrativos, Frankfurter Kultur Komitee, quem tem preservado a escultura nos últimos 21 anos, contando com a liderança de Manfred Pohl. “Contactámos 110 bancos nos últimos 12 meses e 90 nem se deram ao trabalho de responder”, admitiu Pohl. O responsável acrescentou que o aumento do vandalismo, aliado à falta de patrocínios, levaram à decisão de leiloar a peça até outubro de 2022.

Embora o BCE contribua anualmente com 15 mil euros para a manutenção da escultura, a entidade não se encontra interessada em aumentar o valor do seu apoio, nem participou numa mesa-redonda, organizada em abril, cujo objetivo pretendia garantir financiamento, esclareceu Pohl. Por outro lado, o responsável da organização partilha haver diversos indivíduos e empresas a manifestar o seu interesse na escultura.

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PSD vai abster-se na moção de censura do Chega ao Governo

  • Lusa
  • 5 Julho 2022

A decisão foi tomada esta terça pela Comissão Permanente Nacional do PSD e remetida à direção do Grupo Parlamentar do PSD.

O PSD anunciou esta terça-feira que irá abster-se na votação da moção de censura ao Governo apresentada pelo partido Chega e que será debatida na Assembleia da República na quarta-feira.

Em comunicado, o PSD informa que a deliberação foi tomada “hoje pela Comissão Permanente Nacional do PSD e remetida à direção do Grupo Parlamentar do PSD”.

“Informa-se que a bancada do PSD se irá abster na votação da moção de censura que será discutida esta quarta-feira”, refere a nota à imprensa.

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Novobanco falha na pesquisa e execução de bens dos devedores, conclui Deloitte

Auditora cita caso de um devedor com negócio internacional que provocou perdas de 40 milhões, mas banco só procurou ativos imobiliários localizados em Portugal.

“O processo de pesquisa do património dos devedores e avalistas apresenta limitações ao nível da sua abrangência e do seu timing de execução”, concluiu a Deloitte na mais recente auditoria especial ao Novobanco por conta dos dinheiros públicos injetados na instituição em 2020.

A auditora explica que “os procedimentos implementados no Novobanco não incluem a pesquisa de toda a tipologia de património/ativos dos devedores e avalistas e não são executados numa base periódica, não permitindo ao banco ter um conhecimento atualizado de todo o património dos devedores e avalistas que permita assegurar uma melhor tomada de decisão pelo banco, incluindo em matérias de definição da estratégia de recuperação”.

Além disso, “não estão definidos critérios concretos das circunstâncias em que deve ser efetuada essa pesquisa de bens para cada devedor, tendo em conta a sua classe de risco, nível de garantias associadas ou estratégia de recuperação”.

A Deloitte dá o exemplo de um grande devedor que gerou perdas de 40 milhões de euros ao Novobanco em 2020. Para este cliente, o banco tinha uma estratégia assente na perspetiva de recuperação da dívida através da execução dos colaterais. Porém, “verificámos que a pesquisa de bens deste devedor e dos avalistas foi efetuada internamente pelo banco, circunscrita a ativos imobiliários localizados em Portugal”, isto apesar de a atividade económica deste devedor estar “concentrada fora de Portugal”.

Os auditores destacaram ainda que para 13 devedores da amostra, que provocaram perdas de 80 milhões, “não foram obtidas evidências do processo de pesquisa de ativos dos devedores e/ou avalistas”.

O Novobanco registou prejuízos de 1.329 milhões de euros em 2020 e pediu mais de 500 milhões de euros ao Fundo de Resolução para compensar o impacto das perdas nos rácios regulamentares. A injeção de dinheiros públicos está na base da auditoria especial pela Deloitte, ao abrigo da lei 15/2019.

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Sword Health apresenta nova imagem

A startup portuguesa tem uma nova imagem, através da qual pretende reforçar a sua missão de "libertar 2 mil milhões de pessoas da dor".

A Sword Health tem uma nova imagem, através da qual pretende reforçar a sua missão de “libertar 2 mil milhões de pessoas da dor”.

Estamos a anunciar o início de um movimento global para libertar o mundo da dor“, afirma Virgílio Bento, fundador e CEO da Sword Health. “É muito mais do que apenas um novo olhar e uma nova sensação para nós, é o culminar de anos de investigação e desenvolvimento, destinados a apoiar o objetivo central de curar a dor das pessoas. Estamos confiantes que este movimento expressa tanto a transformação da nossa empresa como um todo, como o futuro de um mundo sem dor”, prossegue em comunicado o fundador da startup portuguesa que criou a primeira solução digital para o tratamento de patologias músculo-esqueléticas.

A nova imagem é comunicada através de um novo site e de um logótipo agora composto por duas formas circulares “que representam o foco da empresa no caminho de cada paciente para uma vida mais saudável – o círculo delineado representa a prevenção, e o círculo preenchido representa o tratamento”. A paleta de cores utilizadas pela empresa, iconografia, fotografia, experiência de paciente e vestuário foram igualmente objeto de uma “atualização estratégica para refletir a evolução da Sword Health”.

A nova imagem foi desenvolvida internamente.

A Sword Health, recorde-se, fechou uma ronda de investimento série D de 189 milhões de dólares, tendo atingido o estatuto unicórnio.

 

 

 

 

 

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Porto vai gastar mais de 3 milhões em refeições escolares por causa da descentralização

A Câmara do Porto gasta mais de três milhões de euros em cantinas escolares, na sequência da descentralização de competências que foi obrigada a aceitar a 1 de abril deste ano.

A Câmara Municipal do Porto vai desembolsar mais de três milhões de euros para cobrir serviços das cantinas escolares como resultado da transferência de competências do Estado para o município, na área da educação, a 1 de abril deste ano.

O aval à contratualização de serviços para cantinas escolares dos estabelecimentos de ensino do 2.º e 3.º ciclos e ensino secundário para os próximos dois anos foi, assim, aprovado em reunião da Assembleia Municipal

A proposta – que teve os votos contra do Bloco de Esquerda e da CDU, e a abstenção do PAN – refere que “tendo em consideração a dimensão e especificidade da prestação do serviço, fundamentada pelo número de locais para o serviço de refeições e o elevado volume diário de refeições, o município do Porto não dispõe de recursos próprios para a execução do fornecimento de refeições”.

Durante a sessão, a vereadora Catarina Araújo – em substituição do presidente Câmara do Porto, Rui Moreira – deu ainda conta de que “aquilo que é transferido para o município é 1,48 euros”. Só que “cada refeição custa 2,10 euros. E são 800 mil”, acrescentou, por sua vez, o deputado do PSD, Nuno Borges.

O socialista Fernando Rodrigues reiterou, contudo, que o Governo e a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) têm vindo a negociar o valor a transferir por refeição, e que, neste momento ronda os 2,75 euros.

“Para nós, e não é desde 1 de abril [data em que a transferência das competências na educação entrou em vigor], a importância das refeições é muita, foi sempre um bem maior. É por isso que garantimos os refeitórios abertos em alturas de férias”, acrescentou Catarina Araújo.

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Governo garante água para consumo humano nos próximos dois anos

  • Lusa
  • 5 Julho 2022

Garantia foi dada pelo secretário de Estado da Conservação da Natureza, das Florestas e Ordenamento do Território, assumindo, no entanto, preocupação face aos efeitos da seca.

O Governo garantiu esta terça-feira que, apesar da seca, o país tem água para consumo humano nos próximos dois anos, mas admitiu racionamentos em determinadas zonas do país, relativamente a alguns usos, como na agricultura.

A garantia foi dada pelo secretário de Estado da Conservação da Natureza, das Florestas e Ordenamento do Território, João Catarino, à margem de uma visita ao concelho de Terras de Bouro, distrito de Braga, onde foi assinalar a melhoria das condições de visitação do Parque Nacional da Peneda Gerês.

Questionado sobre notícias a dar conta hoje de que há “barragens próximas do volume morte” (reserva técnica que fica abaixo dos canos de captação), ou de o nordeste transmontano estar em alerta e com ameaça de corte de água durante a noite, o governante assume a preocupação face aos efeitos da seca, mas assegura que o país não terá falta de água para consumo humano nos próximos dois anos, mesmo sem chuva.

[A seca] é uma situação que tem de nos preocupar a todos. Obviamente que o Governo, como responsável, tem de estar preocupado, mas preocupado na dimensão em que sabemos e garantimos que não vai faltar água para consumo humano. Esta é a nota que temos de deixar: Portugal tem hoje condições para garantir que não faltará água para consumo humano, mesmo que as condições se mantenham, e, que, pelos vistos, se vão agravar”, disse João Catarino, aos jornalistas.

O secretário de Estado avisa que, se há menos água, é preciso que haja um uso “mais eficiente” em todas as suas dimensões.

“Em casa, na rega dos espaços públicos, na agricultura. Temos de ter consciência que se a água é menos, temos de gastar muito menos. Ao Governo compete garantir o consumo humano de água e esse está garantido para dois anos, para este ano e para o [próximo] ano, mesmo que não chovesse este ano e no próximo, que esperamos não aconteça, de forma alguma”, declarou o governante.

O secretário de Estado da Conservação da Natureza, das Florestas e Ordenamento do Território admite, contudo, o racionamento de água em determinadas zonas do país, para alguns fins.

[Racionamento de água] sim, isso é possível que tenha de existir para alguns usos, obviamente, mas, para o consumo humano, estaremos sempre atentos. Serão utilizadas todas as formas alternativas, se as condutas que estão estabilizadas não forem suficientes. Mas, o Governo está em condições de garantir que não haverá falta de água para consumo humano durante o verão, sem dúvida”, afirmou João Catarino.

O secretário de Estado alertou ainda para a onda de calor prevista para os próximos dias pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a qual, conjugada com a situação de seca, vai criar condições de risco extremo de incêndio.

“Alertava para o facto de termos muito cuidado com a utilização de alguns instrumentos, nomeadamente em termos agrícolas ou florestais, que possam provocar ignições nos próximos dias, porque as condições vão agravar-se substancialmente”, sublinhou o governante. Para João Catarino, a seca e os incêndios florestais “são duas preocupações permanentes do Governo”.

“Que nos deve convocar a todos, incluindo a comunicação social, a alertar as pessoas, porque estamos, efetivamente, no risco extremo nos próximos dias. Obviamente a seca vai prolongar-se, e temos agora também os eventos extremos, com temperaturas elevadas e humidade relativa baixa que se prevê para os próximos dias. Por isso, temos de ter muito cuidado, no uso da água e no uso de instrumentos que possam provocar ignições em espaço rural”, apelou o secretário de Estado da Conservação da Natureza, das Florestas e Ordenamento do Território.

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British Airways cancela 11% dos voos previstos até outubro por escassez de pessoal

  • Lusa
  • 5 Julho 2022

A companhia aérea indicou também que quer pôr em prática a sua maior campanha de contratação de pessoal.

A companhia aérea British Airways (BA), do grupo IAG, anunciou esta terça-feira o cancelamento de cerca de 11% dos seus voos entre abril e outubro devido à escassez de pessoal e dificuldades nas operações após a pandemia.

Ao avançar com esta redução, que afetará os voos em Heathrow e Gatwick, a BA quer evitar cancelamentos de última hora que provoquem maior caos nos aeroportos. Em comunicado, a companhia aérea reconhece que as medidas “preventivas” adotadas no início do ano para reduzir o calendário de operações no verão não foi suficiente.

“Infelizmente foi preciso fazer reduções adicionais”, afirmou a companhia, que iniciou contactos com os passageiros para lhes oferecer novas reservas ou um reembolso. Para tentar ajudar as companhias, o Governo britânico permitiu que as faixas horárias previstas para a aterragem e descolagem se mantenham sem penalizações mesmo sem serem utilizadas.

“Saudamos estas novas medidas, que nos ajudam a oferecer aos nossos clientes a certeza que merecem” ao facilitar a gestão dos voos, disse a BA numa nota. A companhia aérea teve de aumentar a sua capacidade de transporte de 30 para 80% a curto prazo após o levantamento das restrições impostas durante a crise sanitária.

A British Airways indicou também que quer pôr em prática a sua maior campanha de contratação de pessoal e aumentar a resiliência operacional.

O aumento da procura em período de férias coincide com a falta de tripulantes, de trabalhadores no setor das bagagens e segurança dos aeroportos e de controladores de tráfego aéreo. Além disso, os funcionários de terra da BA preparam uma greve durante o verão para exigir aumentos salariais.

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PSI tomba quase 3%, com Galp a perder perto de 7%

Com todas as empresas em terreno negativo, principal praça portuguesa foi arrastada pelas fortes descidas da Galp e do BCP. Na Europa, principais mercados caíram mais de 2%.

O PSI não escapou à maré vermelha desta terça-feira. O principal índice bolsista português perdeu perto de 3% e portou-se pior que várias das principais congéneres europeias. A praça nacional foi arrastada pelos tombos da Galp e do BCP.

No fecho da sessão, a cotação do PSI deslizou 2,89%, para 5.879,42 pontos, com todas as 15 cotadas a terminarem o dia em terreno negativo.

Dois dos pesados pesados da bolsa nacional derreteram mais de 5% na sessão desta terça-feira: as ações da Galp perderam 6,81%, para 10,19 euros, por conta da forte desvalorização do preço do petróleo; o BCP caiu 5,10%, para 14,88 cêntimos.

Mas a maior descida do dia foi para a papeleira Altri, que tombou 9,64%, para 5,81%. Ainda na indústria do papel, as ações da Navigator cederam 5,57%, para 3,626 euros.

Os desempenhos menos negativos ficaram por conta da Jerónimo Martins (menos 0,09%, para 21,16 euros) e da EDP Renováveis (menos 0,17%, para 23,18 euros).

No dia em que o euro negociou em mínimos de quase 20 anos face ao dólar, as praças do Velho Continente tingiram-se de vermelho: o espanhol IBEX 35 travou 2,31%, para 7.972,3 pontos; o francês CAC 40 cedeu 2,68%, para 5.794,96 pontos; o italiano MIB deslizou 2,98%, para 20.708,01 pontos; o britânico FTSE 100 perdeu 2,95%, para 7.019,62 pontos.

O índice Stoxx 600, que reúne as 600 maiores cotadas europeias, perdeu 2,14%, para 400,57 pontos.

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