Allianz Partners analisa inovações médicas induzidas pela Covid-19 no horizonte de 2040

  • ECO Seguros
  • 3 Julho 2022

A Allianz Partners introduziu um novo capítulo, sobre os efeitos da pandemia sobre a medicina, nas perspetivas para 2040. A sua série futurologista procura antecipar como serão os futuros clientes.

A Allianz Partners decidiu analisar os efeitos introduzidos pela pandemia, designadamente os seus efeitos sobre o desenvolvimento da medicina, dedicando ao tema um capítulo na série futurologista patrocinada pela Allianz Partners, que procura mostrar como será o mundo em 2040 no contexto das áreas específicas de atuação do grupo segurador: saúde internacional, assistência, automóvel e seguros de viagens.

Entre as inovações que surgiram devido à pandemia, destacam-se as que aceleraram o desenvolvimento da ciência e da atenção médica.

Denominado ‘Covid-19: Como acelerou o futuro dos cuidados médicos’, o capítulo da série ‘O mundo em 2040’ dedicado aos efeitos da pandemia aborda a aceleração, a um ritmo muito superior, das tendências em medicina e cuidados de saúde que já haviam sido delineadas no relatório original.

Por um lado, destaca a grande transformação da ciência médica e o imenso esforço coletivo da saúde global e da comunidade científica para desenvolver uma vacina. Segundo o relatório o mundo está prestes a conhecer vários avanços significativos, devido à investigação em curso sobre vacinas de alta tecnologia baseadas em genes, e que atualmente podem beneficiar pacientes com cancro, cardiopatias e doenças infecciosas. Emerge o imenso potencial das tecnologias de ‘mRNA’ (ácido ribonucleico mensageiro).

De acordo com o relatório, os cuidados de saúde serão prestados remotamente através da utilização da tecnologia digital. A telemedicina é uma tendência emergente por excelência da Covid-19, reduzindo a carga sobre médicos e hospitais.

A série, intitulada ‘The World in 2040’ foi desenvolvida pelo futurologista Ray Hammond, que há quase 40 anos escreve e fala sobre as tendências que moldarão o futuro. Em 2010, recebeu a Medalha de Ouro da ONU por Serviços à Futurologia. Hammond vive atualmente no futuro que descreveu há perto de 40 anos.

A série assume a forma de uma série de relatórios, lançados ao longo de 2019. Os relatórios examinam uma ampla gama de tendências e tópicos futuros, que incluem robots e automação que transformarão a vida quotidiana, tanto no trabalho como em casa, múltiplas revoluções médicas que melhorarão e prolongarão a vida e o impacto potencial de automóveis, comboios e aviões que circularão sem motorista e sem piloto.

“Com esta série, a Allianz Partners pretende colocar-se no lugar dos futuros clientes, de forma a antecipar as suas necessidades e a antecipar-se proativamente a curva na compreensão das tendências e inovações que provavelmente afetarão os seus negócios”, referiu o grupo, explicando a iniciativa.

O primeiro relatório centra-se nas mudanças esperadas na área da saúde nas próximas duas décadas, incluindo vastas melhorias na prestação de tratamentos e no acesso aos cuidados de saúde.

O modo como a vida superinteligente transformará o lar de meados do século XXI é o tema do segundo relatório. O terceiro relatório da série explora as prováveis ​​mudanças operadas no transporte rodoviário nos próximos 20 anos. O relatório final procura antecipar como é que a experiência do viajante de negócios e lazer evoluirá nas próximas décadas, tanto nos países desenvolvidos quanto nos que se encontram em desenvolvimento.

O grupo Allianz conta com 100 milhões de clientes em mais de 70 países em todos os continentes, reunindo mais de 150 mil colaboradores.

Em Portugal, reúne 980 mil clientes, englobando uma rede de mediação de 600 colaboradores diretos e seis mil agentes.

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Marcelo teve conversa “muito interessante” com Lula sobre “equilíbrio geopolítico”

  • Lusa e ECO
  • 3 Julho 2022

"Falámos dos temas mundiais importantes, muito importantes, como é que o Presidente Lula via a questão da Ucrânia, a duração da guerra, os efeitos da guerra, o equilíbrio geopolítico", disse Marcelo.

O chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, que hoje se reuniu com o antigo Presidente brasileiro Lula da Silva, afirmou que falaram da guerra na Ucrânia e do “equilíbrio geopolítico”, numa conversa “muito interessante”.

O encontro entre Marcelo Rebelo de Sousa e Lula da Silva – que defrontará o Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, nas eleições presidenciais de 02 de outubro – realizou-se na residência oficial do cônsul-geral de Portugal em São Paulo, Paulo Nascimento, e durou cerca de uma hora e 45 minutos.

“Falámos dos temas mundiais importantes, muito importantes, como é que o Presidente Lula via a questão da Ucrânia, a duração da guerra, os efeitos da guerra, o equilíbrio geopolítico, a situação económico-social”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, no fim da reunião.

Lula da Silva esteve acompanhado por Celso Amorim, que foi ministro das Relações Exteriores nos seus dois governos, e não prestou declarações à comunicação social. Segundo o Presidente português, “foi uma análise muito, muito abrangente, muito longa, por isso mesmo muito abrangente, mas muito interessante”.

Interrogado se quanto à invasão da Ucrânia pela Rússia houve alguma aproximação ou pontos de vista totalmente opostos, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu que as posições são diferentes e que no Brasil esta guerra é vista “como um conflito europeu”.

“Daí a importância desta conversa, porque não é apenas um conflito europeu, há aqui um problema de equilíbrio geopolítico. E é bom que quem está noutros continentes tenha a noção exata de que esse equilíbrio geopolítico toca a todos, quer dizer, o mundo de hoje já não conhece separações, não conhece fronteiras”, considerou.

Marcelo Rebelo de Sousa realçou que Portugal é membro da União Europeia e da NATO e tem uma posição “muito clara” sobre a guerra na Ucrânia. “Nós somos não só solidários como claramente determinados nas posições da União Europeia e da NATO. Portugal, além do apoio humanitário, tem dado inclusive apoio militar. Não é essa a posição do Brasil e não é essa a visão que se tem no Brasil e se tem noutros continentes em relação àquele conflito”, referiu.

A comitiva portuguesa neste encontro incluiu o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, e o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Francisco André. Também estiveram presentes Luís Faro Ramos, embaixador de Portugal em Brasília, e Maria Amélia Paiva, consultora do Presidente da República para as relações internacionais.

Marcelo reprograma agenda em São Paulo e deixa cair ida a Brasília

O chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou hoje que deixou cair a ida a Brasília para um encontro com o Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, e já está a reprogramar a sua agenda em São Paulo.

Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas no fim de um pequeno-almoço com o antigo Presidente do Brasil Lula da Silva, na residência oficial do cônsul-geral de Portugal em São Paulo, que durou cerca de uma hora e 45 minutos.

Interrogado se vai ou não viajar hoje ao fim do dia para Brasília para se encontrar com Bolsonaro na segunda-feira, respondeu: “Houve um convite escrito, eu aceitei por escrito. Na medida em que não aparece uma confirmação escrita, isto quer dizer que, de facto, eu vou ficar no programa originário”. E acrescentou: “Não tem drama nenhum”.

O Presidente da República assinalou que o programa inicial desta sua visita ao Brasil só incluía Rio de Janeiro, para assinalar os cem anos da travessia aérea do Atlântico Sul, e São Paulo, para a Bienal do Livro. Depois surgiu o convite de Jair Bolsonaro para ir a Brasília.

Até agora, continuava oficialmente em aberto se Marcelo Rebelo de Sousa iria ou não viajar para Brasília hoje ao fim do dia, para um encontro seguido de almoço com o Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, no Palácio Itamaraty, na segunda-feira.

Jair Bolsonaro declarou à CNN Brasil na sexta-feira que tinha decidido cancelar o almoço entre os dois, o que justificou com o facto de Marcelo Rebelo de Sousa se ir encontrar hoje com Lula da Silva. O Presidente português desvalorizou reiteradamente este episódio e disse que aguardava uma eventual comunicação por escrito do seu homólogo.

Bolsonaro vai recandidatar-se ao cargo nas presidenciais marcadas para 02 de outubro, nas quais irá defrontar Lula da Silva.

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Anacom recolhe contributos sobre convénio de preços do serviço postal universal prestado pelos CTT

  • Lusa
  • 3 Julho 2022

“A Anacom recolhe contributos sobre o princípio de acordo relativo ao projeto de convénio de preços do serviço postal universal até 15 de julho”, informou a autoridade.

A Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) anunciou hoje que o projeto de convénio para definir os preços do serviço postal universal prestado pelos CTT – Correios de Portugal vai recolher contributos até 15 de julho.

“A Anacom recolhe contributos sobre o princípio de acordo relativo ao projeto de convénio de preços do serviço postal universal até 15 de julho”, informou esta autoridade, indicando que a participação na consulta pública é feita “por escrito e em língua portuguesa, para o endereço de correio eletrónico [email protected]”.

Em causa está a alteração ao regime jurídico da prestação de serviços postais, prevista num decreto-lei publicado em 07 de fevereiro deste ano e que entrou em vigor no dia seguinte, determinando que os critérios a que deve obedecer a formação dos preços dos serviços postais que compõem o serviço universal passam a ser estabelecidos, “por um período de três anos, por convénio a celebrar entre a Anacom, a Direção-Geral do Consumidor (DGC) e os CTT (enquanto prestador do serviço universal)”.

A Anacom fica responsável pela coordenação dos trabalhos do convénio, inclusive a articulação das partes no contexto da negociação. “Na sequência do processo negocial entretanto desenvolvido pelas partes (Anacom, DGC e CTT), chegou-se a um princípio de acordo relativamente a um projeto de texto para o convénio a celebrar”, informou o regulador.

Neste âmbito, a Anacom considerou “ser útil” recolher os contributos dos utilizadores finais, incluindo consumidores, outros prestadores de serviços postais e outras organizações, sobre o princípio de acordo relativo ao convénio de preços do serviço postal universal.

“O convénio continua a abranger os mesmos serviços que eram objeto das anteriores decisões da Anacom sobre os critérios de formação de preços do serviço universal”, referiu a autoridade reguladora, numa nota publicada no seu ‘site’, referindo que o projeto em consulta pública mantém a inclusão dos serviços de correspondências, encomendas e jornais e publicações periódicas que integram a oferta do serviço universal, incluindo o serviço de correio registado utilizado em procedimentos judiciais ou administrativos.

A Anacom adiantou ainda que, “de igual modo, o convénio não se aplica aos preços especiais e condições associadas dos serviços postais que integram a oferta do serviço universal”, aplicados pelos CTT, nomeadamente para serviços às empresas, a remetentes de envios em quantidade ou a intermediários responsáveis pelo agrupamento de envios de vários utilizadores, os quais obedecem ao regime específico previsto no regime jurídico aplicável à prestação de serviços postais.

“A fixação dos preços dos serviços postais objeto do convénio continua a obedecer aos seguintes princípios tarifários: acessibilidade a todos os utilizadores; orientação para os custos, devendo os preços incentivar uma prestação eficiente do serviço universal; e transparência e não discriminação”, informou o regulador, acrescentando que, em linha com o que se tem verificado no passado, estes preços estão sujeitos a uma variação anual máxima e uma variação máxima para o período global de duração do convénio.

De acordo com a Anacom, o projeto de convénio mantém o princípio da uniformidade tarifária, com a aplicação de um preço único em todo o território, nos envios de correspondência, de âmbito nacional, com peso inferior a 50 gramas, assim como a disponibilização, de forma gratuita, no serviço nacional e internacional, de envios para os cegos e amblíopes expedidos, à exceção das sobretaxas aéreas, caso existam.

No final de fevereiro, o Governo afirmou que o novo contrato de concessão do serviço postal universal aos CTT, que entrou em vigor nesse mês e que terá a duração de sete anos, visa “garantir a continuidade” da prestação anterior, mas com “ajustamentos” que asseguram uma melhoria da satisfação das necessidades e a coesão territorial.

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Multicare promove saúde mental

  • ECO Seguros
  • 3 Julho 2022

A seguradora de saúde do grupo Fidelidade associa-se a espetáculo do humorista António Raminhos na promoção da saúde mental para destacar a sua cobertura inovadora nesta área.

A Multicare, seguradora de saúde do grupo Fidelidade, vai ser a principal patrocinadora do espetáculo de António Raminhos ‘Não sou eu…é a minha cabeça’ que vai percorrer o país de setembro a novembro e no qual o humorista irá partilhar com o público a sua experiência de vida e os problemas relacionados com a saúde mental, numa abordagem temperada pela leveza do humor.

António Raminhos: a Multicare associa-se ao seu espetáculo na promoção da saúde mental

A associação ao humorista tem como objetivo chamar a atenção para a saúde mental e insere-se no âmbito da cobertura abrangente disponibilizada pela seguradora tendo por objetivo a prevenção e tratamento da doença de foro psiquiátrico e dirigida a clientes da oferta standard com capital de ambulatório.

“Com a associação ao António Raminhos, a Multicare pretende desmistificar alguns dogmas ou preconceitos associados às doenças de foro psiquiátrico considerando o seu impacto junto da população. Portugal é o 5º país da União Europeia com maior prevalência de doenças mentais, considerando que cerca de 20% da população portuguesa tem uma doença mental neste momento e 50% já teve ou terá uma doença mental durante a vida”, refere uma nota da seguradora.

A cobertura de saúde mental da Multicare, inovadora no mercado português, assenta em dois pilares. O primeiro está relacionado com a prevenção e tem em vista a adoção de um estilo de vida saudável, domínio em que a seguradora conta com o programa Vitality, que implica um sistema de recompensas. O segundo pilar corresponde ao tratamento, procurando a seguradora, face a uma patologia instalada, dar resposta terapêutica a vários níveis, abrangendo consultas de psicologia, psiquiatria e sessões de psicoterapia, contando com a inclusão da cobertura de internamento psiquiátrico nas suas apólices. Esta proteção é uma das especialidades disponíveis na medicina online da Multicare.

A Multicare, a seguradora de saúde do grupo Fidelidade, conta com mais de um milhão de clientes, garantindo a maior rede privada de prestadores de saúde no país. Esta abarca 88 hospitais (incluindo internamento) e 2.500 clínicas (em regime ambulatório), bem como uma rede exclusiva com mais de 700 prestadores em países como Espanha, Angola, Moçambique e Cabo Verde.

A Fidelidade reforçou, em 2021, a liderança do setor segurador em Portugal, apresentando um crescimento de 44% na produção, para 3,88 mil milhões de euros e um reforço na quota de mercado, que passou para 29,1% do total.

 

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Da saúde aos impostos: As sete prioridades de Luís Montenegro para o país

O novo líder do PSD enumerou as prioridades do partido no seu mandato, que contemplam a saúde, os impostos, políticas para os jovens e a atração de imigrantes.

No discurso de encerramento do congresso do PSD, o novo líder Luís Montenegro elencou sete temas que serão prioritários para o seu tempo à frente do partido. São eles o combate a carestia de vida, combate ao caos e desgoverno na saúde, defesa de sociedade com menos impostos, políticas que retenham jovens e talento em Portugal, implementação de programa nacional de atração, acolhimento e integração de imigrantes, pacto sobre transição digital, energética e ambiental e, finalmente, descentralização e oposição a um referendo à regionalização em 2024.

A primeira prioridade é então o combate a carestia de vida: com uma inflação que caminha para o dobro da estimada, começa por dizer o presidente do PSD, “todos estão a perder poder de compra, mas num país de baixos salários e pensões baixas, os mais frágeis vivem impactos de maior aflição”.

Criticando a resposta do Governo, Montenegro defende a “criação de um programa de emergência social que aproveite excedente criado pela inflação na cobrança de impostos”, nomeadamente com um vale mensal a famílias de mais baixos rendimentos, descidas na fiscalidade sobre combustíveis e apoios ao setor agrícola, pecuário e pescas.

Segue-se a saúde, com o líder do PSD a sublinhar que o Governo é “responsável pela degradação do SNS” e “não pode assobiar para o lado”. Para Montenegro, “é o complexo ideológico que tem impedido o sistema público de saúde” de se desenvolver, propondo assim que “aqueles que têm mais fracos recursos também possam aceder a cuidados privados e do setor social, porque o Estado consegue ter eficiência que não tem se os concentrar apenas no SNS”.

O terceiro tema apontado foi a “defesa de sociedade com menos impostos, como contributo para o crescimento económico, que deve ser sólido com repartição da riqueza”. Montenegro acusa o Governo de ser “campeão da carga fiscal e líder do sufoco fiscal”, afirmando que o projeto do PSD, cujas propostas serão apresentadas nos próximos meses, é de “alívio da carga fiscal”.

Em quarto lugar, o novo líder social-democrata defendeu “políticas que retenham jovens e talento em Portugal”. “São necessárias medidas fiscais, que possam discriminar em sede de IRS os jovens”, disse, defendendo que “é possível acomodar no sistema fiscal uma taxa máxima de 15% para os jovens até aos 35 anos, com exceção do ultimo escalão”.

Além disso, os “jovens querem também que se removam obstáculos a natalidade”, apontou, propondo assim “garantir acesso universal ao ensino pré-escolar dos 0 aos 7 anos”.

Na lista de Montenegro seguiu-se a “implementação de um programa nacional de atração, acolhimento e integração de imigrantes”, notando que “além de criar condições para que portugueses possam regressar, devemos idealizar a forma de chamar cidadãos de outras nacionalidades a ajudar país”. “Só atrairemos os melhores se impulsionarmos a nossa economia e salários e tivermos políticas de integração atrativas”, apontou.

O penúltimo ponto foi que se possa “ter um pacto sobre transição digital, energética e ambiental”, num “compromisso que junte poderes públicos, academia, parceiros sociais e associativos, que determine metas e objetivos”.

Finalmente, Montenegro mostrou-se contra um referendo à regionalização daqui a dois anos, que era um compromisso socialista, apontando que tal “não é adequado” numa altura de crise, devido à “gravidade da situação internacional e consequências económicas e sociais muito sérias que estão a atingir os portugueses”. Assim, se o Governo avançar com este tema, “não vai ter cobertura e aval do PSD”.

Montenegro demarca-se de “políticas xenófobas e racistas”

No seu discurso final, Montenegro demarcou-se também do Chega, reiterando que “não somos populistas nem ultraliberais, e muito menos nos associaremos algum dia a qualquer política xenófoba e racista”. “Não somos daqueles que ultrapassam muros do extremismo só para sobreviver politicamente”, disse, atirando farpas “ao PS de Costa e dos seus delfins”.

“Comigo e com o PSD, antes quebrar que torcer. Jamais abdicarei dos princípios da social-democracia e dos princípios do programa para governar a qualquer custo”, reiterou, acrescentando ainda que “se algum dia for confrontado com violação dos nossos princípios e valores para formar e suportar Governo, o partido pode decidir o que quiser mas eu não serei o líder desse Governo”.

O novo líder do PSD disse que não tinha linhas verdes e vermelhas, mas definiu também que o PSD é um “partido livre com liberdade de assumir compromissos e entendimentos quando necessário”, mas nunca violará os “princípios e valores”.

Montenegro tomou posse neste fim de semana e as listas que compõem a sua equipa para os órgãos do partido foram todas aprovadas com uma margem larga: a direção foi eleita com 91,6% dos votos, superando o resultado de Pedro Passos Coelho. Contemplam Carlos Moedas a encabeçar a lista para o Conselho Nacional, Paulo Rangel e Miguel Pinto Luz como vice-presidentes e Hugo Soares como secretário-geral do PSD.

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Politécnico de Viana do Castelo lança curso de Turismo de Gastronomia e Vinhos para impulsionar economicamente a região

Politécnico de Viana do Castelo lança novo curso técnico superior profissional em Turismo de Gastronomia e Vinhos para atrair e fixar jovens no concelho. E impulsionar economicamente a região.

O Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC) vai lançar, a partir de setembro deste ano, um novo Curso Técnico Superior Profissional (CTeSP) em Turismo de Gastronomia e Vinhos, anunciou a instituição de ensino que conta com a parceria de 25 entidades e espera impulsionar economicamente a região com esta formação. Além de alavancar ainda mais a valorização do território minhoto.

Setembro vai marcar uma nova etapa para a sub-região de Monção e Melgaço, e para os 30 alunos que vão fazer parte da primeira turma do CTeSP em Turismo de Gastronomia e Vinhos”, afirma o IPVC em comunicado. “Este novo curso, ligado à gastronomia e aos vinhos, vai potenciar a capacidade produtiva e empreendedora do concelho, gerando mais oportunidades para os jovens da região”, afirmou o presidente da Câmara Municipal de Monção, António Barbosa, durante a apresentação deste curso, na localidade. Para o autarca, esta é uma forma de “captar e fixar talento, assim como de ter serviços de qualidade“, no concelho.

Este novo curso, ligado à gastronomia e aos vinhos, vai potenciar a capacidade produtiva e empreendedora do concelho, gerando mais oportunidades para os jovens da região.

António Barbosa

Presidente da Câmara Municipal de Monção

Também a vice-presidente do IPVC, Ana Paula Vale, destacou que esta formação superior, direcionada para o desenvolvimento dos territórios, “vai ajudar a mitigar a falta de população”. Para Ana Paula Vale, este curso vai fazer a diferença na valorização do território ao nível da gastronomia e dos vinhos verdes. “Existe um crescente reconhecimento da importância que a gastronomia e os vinhos têm para a região, tendo em conta o enorme aumento da procura do vinho e os prémios atribuídos à gastronomia regional”, notou a vice-presidente do IPVC. Por isso mesmo, realçou, “vários agentes do setor público e privado, entre os quais representantes de empresas turísticas, quintas produtoras de vinho e Câmaras Municipais, colaboraram com o IPVC na criação deste CTeSP em Turismo de Gastronomia e Vinhos.

O docente Carlos Fernandes, em representação da equipa que desenhou este curso, afirmou, por sua vez, que “só com a formação especializada é que se consegue oferecer serviços de qualidade de excelência”. Acredita mesmo que este curso vai ajudar a “mudar o perfil do turista que visita a sub-região, uma vez que se vai elevar o patamar” do turismo.

Existe um crescente reconhecimento da importância que a gastronomia e os vinhos têm para a região, tendo em conta o enorme aumento da procura do vinho e os prémios atribuídos à gastronomia regional.

Ana Paula Valente

Vice-presidente do Instituto Politécnico de Viana do Castelo

O IPVC vai, assim, dar início à formação de técnicos especializados no planeamento, supervisão e execução da comercialização da gastronomia e vinhos, “assente em valores culturais com atratividade turística”. Depois de dois anos de estudo, estes alunos podem candidatar-se à licenciatura de Turismo ou de Gastronomia e Artes Culinárias.

A componente teórica deste curso vai ser provisoriamente lecionada nas instalações da Escola Profissional do Alto Minho Interior (EPRAMI), em Monção, e as aulas práticas em quintas e noutros território de Monção e de Melgaço.

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Montenegro contra referendo à regionalização em 2024

O novo líder do PSD defende que esta não é a altura adequada para avançar com um referendo à regionalização, devido à situação internacional e nacional.

O novo líder Luís Montenegro elencou sete temas que serão prioritários para o seu tempo à frente do partido, entre os quais se encontra a oposição a um referendo à regionalização em 2024. O presidente social-democrata lançou também críticas ao processo de descentralização, responsabilizando o Governo pelos problemas.

Montenegro mostrou-se assim contra um referendo à regionalização daqui a dois anos, que era um compromisso socialista, apontando que tal “não é adequado” numa altura de crise, devido à “gravidade da situação internacional e consequências económicas e sociais muito sérias que estão a atingir os portugueses”.

“Fazer um referendo neste quadro crítico e delicado seria uma irresponsabilidade, uma precipitação e um erro. Os portugueses não compreenderiam. Tenhamos as noções das prioridades”, defendeu. Assim, se o Governo avançar com este tema, que era uma das promessas de António Costa e foi mesmo incluída no Programa de Governo, “não vai ter cobertura e aval do PSD”, avisou Montenegro.

É de recordar também que este é uma reforma a que Marcelo Rebelo de Sousa se opõe, uma posição tomada já na altura em que o atual Presidente da República liderava o PSD.

O novo líder do PSD defendeu ainda que o processo de descentralização “é um logro”, por “responsabilidade exclusivamente do Governo”, na sua intervenção final no Congresso no PSD.

“Somos, vamos mesmo ser, a alternativa que vai dar esperança e futuro a Portugal”, reiterou Luís Montenegro, após enumerar as suas prioridades para o mandato que se segue. São eles o combate a carestia de vida, combate ao caos e desgoverno na saúde, defesa de sociedade com menos impostos, políticas que retenham jovens e talento em Portugal, implementação de programa nacional de atração, acolhimento e integração de imigrantes, pacto sobre transição digital, energética e ambiental e, finalmente, descentralização e oposição a um referendo à regionalização em 2024.

(Notícia atualizada às 15h25)

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Empresas já investiram 30 milhões de euros desde janeiro deste ano, em Viana do Castelo

Município de Viana do Castelo já aprovou, nos primeiros seis meses deste ano, incentivos para investimentos de empresas na ordem dos 30 milhões de euros e que criam 300 postos de trabalho no concelho.

“Só nos primeiros seis meses de 2022, a autarquia de Viana do Castelo já aprovou incentivos para investimentos de seis empresas, no valor de 30 milhões de euros e 300 postos de trabalho diretos”, avançou o presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Luís Nobre, durante a inauguração do novo Centro de Colisão da Autovalverde, que, segundo o município, é “o único do país com tecnologia Moonwalk”.

O grupo investiu um milhão de euros neste centro de colisão para reparação de carroçarias, na zona industrial de Neiva, em Viana do Castelo, e beneficiou do Regime de Incentivos para 2022 da autarquia que “prevê a continuidade das reduções e isenções de taxas diversas para impulsionar a atividade económica no concelho”, divulgou fonte do município. Para o autarca socialista, este é “um excelente exemplo da política municipal de incentivo ao investimento”.

Luís Nobre destacou ainda o facto deste grupo “ter iniciado a obra em plena pandemia e inaugurado durante a crise internacional”, o que é um forte sinal de confiança dos investidores em Viana do Castelo”. Por isso mesmo, é tão importante o “reconhecimento de todos os empreendedores, como os irmãos Rodrigues, que acreditam no município e criam condições de emprego e de negócio”, destacou o presidente de Câmara.

O centro de colisão da AutoValverde está equipado “com a mais avançada tecnologia de reparação automóvel” — o sistema Moonwalk by PPG — que “economiza tempo de mão-de-obra, reduz os desperdícios, automatiza processos, maximiza a precisão e transforma a sala de pintura num ambiente limpo e seguro”, descreve a autarquia.

Esta é uma empresa familiar que, destacou o autarca socialista, “conseguiu garantir uma sólida transição Intergeracional num processo de investimento continuo, sólido, inovando através de um forte investimento tecnológico, que gerou emprego”. Além disso, arrematou Luís Nobre, a empresa “está voltada para o futuro nas suas diferentes áreas de atividade, apostando em simultâneo nas pessoas e nas suas qualidades”.

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Moedas sabia do plano de Pedro Nuno Santos para o novo aeroporto

O autarca de Lisboa revela que Pedro Nuno Santos contou informalmente o plano para o novo aeroporto. Carlos Moedas diz que é essencial tomar uma decisão.

O presidente da Câmara de Lisboa sabia do plano de Pedro Nuno Santos para o novo aeroporto, já que teve uma conversa “informal” com o ministro sobre o assunto, segundo revelou em entrevista à Rádio Observador. Quanto à sua posição sobre o tema, Carlos Moedas afirma que precisa de mais informação, apontando que “avançar rapidamente é essencial”.

A revelação desta conversa informal foi feita no sábado, e o autarca voltou a explicar a situação à SIC, no Congresso do PSD. “Falei durante 5 minutos no carro com Pedro Nuno Santos e ele contou em linhas gerais o que estava a pensar”, contou, acrescentando que “não foi informação formal, foi totalmente informal, porque eu perguntei e ele me quis contar onde estava no projeto”.

Carlos Moedas diz que elogiou a decisão de avançar em si e não propriamente a solução, “porque precisamos de novo aeroporto em Lisboa”, ou seja, “temos que ir para frente e Governo tem de tomar decisão”. “O Governo há sete anos não faz nada, tem de decidir”, salientando que a Câmara de Lisboa “tem de fazer parte da decisão”.

Questionado sobre qual será a melhor opção, o presidente da Câmara de Lisboa recorda que “o que sempre disse é que precisávamos tecnicamente de avançar com decisão”, sendo que a “solução tem que vir do Governo”. Sobre as declarações do primeiro-ministro a sinalizar que esperava a posição do PSD, diz que “o Governo é que governa”, ironizando que é “extraordinário por o ónus da decisão no PSD”.

O autarca critica também o facto de o ministro ter apresentado a solução, que lhe tinha informalmente contado, dois dias antes de congresso do PSD. “O anúncio antes de congresso do PSD não me parece que tenha sido muito boa ideia”, indicou. Mesmo assim, diz querer estar “do lado da solução”, mas para tal precisa “de mais informação e de saber politicamente”.

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Rússia anuncia controlo total de Lugansk

O ministro da Defesa russo Serguei Shoigu anunciou que as forças russas já controlam toda a região ucraniana de Lugansk.

No 130º dia da invasão russa da Ucrânia, continuam a desenrolar-se combates em áreas-chave do país. O ministro da Defesa russo Serguei Shoigu anunciou que as forças russas já controlam toda a região ucraniana de Lugansk, no Donbass. No entanto, alguns dos anúncios de conquista de cidades têm sido disputados pela Ucrânia.

É o caso da cidade de Lysychansk, no sul, sobre a qual um porta-voz do Ministério da Defesa ucraniano nega as alegações de Moscovo de que a cidade está agora sob “controlo total” das forças russas.

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Direções da RTP com corte de 5% no orçamento

  • Lusa
  • 3 Julho 2022

A RTP deverá ter prejuízos este ano, tendo em conta o aumento de custos, a guerra, a que se soma o encargo de 12 milhões de euros do Mundial de Futebol no Qatar.

O presidente da RTP diz, em entrevista à Lusa, que foi pedido às direções um corte de 5% do seu orçamento, tendo em conta o aumento dos custos, sublinhando que a empresa “é sustentável” com resultados positivos há 12 anos.

No início de junho, o presidente do Conselho de Administração da RTP, Nicolau Santos, que assumiu o cargo há cerca de um ano, afirmou que provavelmente a RTP vai ter prejuízos este ano, tendo em conta o aumento de custos, a guerra, a que se soma o encargo de 12 milhões de euros do Mundial de Futebol no Qatar, contrato em 2011, mas que só agora vai ser contabilizado.

“Primeira questão, a RTP é uma empresa sustentável, há 12 anos que dá resultados positivos“, começa por sublinhar Nicolau Santos, referindo que, “ao contrário do que se possa pensar e a ideia de que todas as empresas públicas dão prejuízo, não é verdade, a RTP há 12 anos que dá resultados positivos e é muito importante que isso seja claro para toda a gente”.

Ou seja, o que mudou este ano, em primeiro lugar, foi “um aumento brutal dos custos da energia”, aponta. “Nós tínhamos orçamentado 1,5 milhões de euros de custos de energia, que era mais ou menos o normal e, de repente, somos confrontados com um aumento três vezes superior, passamos para 4,5 milhões de custos de energia só para este ano”, contabiliza Nicolau Santos.

Depois, “somos confrontados com uma situação que está a afetar a generalidade das empresas e, sobretudo, aquelas que necessitam muito de equipamentos tecnológicos, que é o aumento a dois dígitos dos fornecedores de tecnologia”, pelo que cada contrato de 100 mil euros na RTP, “quando tem um aumento em cima de dois dígitos, obviamente cresce muito a fatura”, prossegue.

Além disso, há a guerra na Ucrânia, o que resulta no envio de equipas da rádio e da televisão para fazer a cobertura, o que “oneram claramente o orçamento”, diz, ultrapassando os orçamentos que estavam previstos para informação dos dois meios.

Há ainda os aumentos salariais, que estavam previstos, mas que que ainda não está fechado: “Esses aumentos salariais não existem na RTP desde 2019, portanto vai haver este ano”. Sobre o montante, “ainda não podemos precisar exatamente qual será em termos de encargos de aumento da massa salarial para a RTP”, refere.

Nós pedimos, por exemplo, a todos os diretores, a todas as direções para fazer um esforço de cortarem em pelo menos 5% do orçamento que tinham e já temos esses dados

Nicolau Santos

Por último, e não menos importante, está a decisão tomada em 2011 pela administração liderada por Guilherme Costa, “que decidiu comprar a transmissão de todos os jogos do Mundial de futebol do Qatar“, que se realiza no final do ano naquele país. “Esse encargo é de 12 milhões de euros, foi contratado em 2011, mas é este ano que vai ter de ser contabilizado”, sublinha Nicolau Santos.

Questionado se o prejuízo da RTP vai ser de um ou dois dígitos, o gestor salienta que está dependente destas várias situações e das medidas que estão a ser tomadas diariamente.

“Nós pedimos, por exemplo, a todos os diretores, a todas as direções para fazer um esforço de cortarem em pelo menos 5% do orçamento que tinham e já temos esses dados”, diz, salientando que a empresa está a tentar conter despesas em várias áreas, bem como a sensibilizar a menor utilização de energia.

“Algo que vai pesar aqui claramente é a nossa negociação com os canais privados, com as estações privadas que obviamente não quererão estar a dois meses no final do ano sem nenhum espetáculo desportivo e, portanto, vão seguramente negociar com a RTP para comprar parte deste pacote de 12 milhões que nós comprámos em 2011”, pelo que “valor final das contas da RTP em 2022” também decorrerá disso, acrescenta.

Nicolau Santos adianta que este ano “aumentou tudo, não há nada que não tenha aumentado significativamente e esse é um dos problemas cruciais da RTP e que tem a ver com a sustentabilidade da empresa”. O que se tem assistido este ano, com particular relevo, “mas é uma trajetória que vinha sendo seguida, é o aumento constante e consistente dos custos”, destaca.

Por exemplo, só pelo Acordo de Empresa, a RTP tem um crescimento “da massa salarial de cerca de 500.000 euros todos os anos”, sem aumentos, a que acresce todas as outras despesas. “Só que este ano as coisas estão a ser mais graves”, com a guerra na Ucrânia, os aumentos dos fornecedores de energia, entre outros. E, em contrapartida, “no lado das receitas”, lembra que a empresa está “muito” limitada”.

A Contribuição do Audiovisual “está congelada desde 2014 e as nossas receitas comerciais também de algum modo estão limitadas, porque continuamos a ter na RTP1, onde é possível adquirir mais publicidade”, um limite de de seis minutos por hora de emissão. Portanto, “tudo isto leva a que as nossas receitas sejam razoavelmente congeladas e os custos têm vindo a crescer”, aponta, considerando que “este caminho não é sustentável” e que “é preciso encontrar soluções”.

Ou seja, “é preciso fazer uma profunda reflexão sobre o modelo de financiamento da RTP e sobre o que é que se quer da RTP. E estou a falar do grupo RTP”, no seu todo, sublinha. “Só para se ter uma ideia, os custos e os encargos salariais neste momento já são mais de 50% da Contribuição do Audiovisual. Portanto, não é possível continuar com este caminho sem uma profunda reflexão sobre que RTP queremos no futuro”, remata.

Quanto a 2021, “os resultados ainda não estão completamente fechados, mas serão na casa dos 900 mil euros”, diz o gestor. Relativamente aos precários, Nicolau Santos adianta que os trabalhadores que estavam para entrar no âmbito da Comissão de Avaliação Bipartida (CAB) estão resolvidas. Nos últimos quatro anos entraram na RTP 261 pessoas que levaram a que os encargos com pessoal crescessem 10 milhões de euros.

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📹 Rendas sobem no primeiro trimestre

  • ECO
  • 3 Julho 2022

Lisboa continua a ser a cidade mais cara do país para viver, com o preço do metro quadrado a chegar aos 12 euros, mas foi no Funchal que os preços mais subiram.

Arrendar uma casa é cada vez mais caro. As rendas subiram 6,4% no primeiro trimestre, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), para uma mediana nacional de 6,16 euros por metro quadrado. Lisboa continua a ser a cidade mais cara do país para viver, com o preço do metro quadrado a chegar aos 12 euros, mas foi no Funchal que os preços mais dispararam no início do ano.

Veja como evoluíram as rendas no país.

http://videos.sapo.pt/TU56LUW5cKNDZnHlrzLc

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