Julho e agosto concentram 43% das dormidas em alojamentos turísticos em 2021 na UE

Em julho e agosto de 2021, foram registadas 782 milhões de dormidas em alojamentos turísticos da UE. Estes meses concentraram 43% do total de dormidas, sendo que agosto foi o mês mais concorrido.

Em 2021, o padrão de sazonalidade das dormidas em alojamentos turísticos na União Europeia (UE) aproximou-se dos níveis pré-pandemia, sendo que os meses de julho e agosto concentraram 43% das dormidas, segundo os dados divulgados esta terça-feira pelo Eurostat.

O setor do turismo foi um dos mais afetados pela pandemia, sendo que, em 2020, houve um decréscimo de mais de 50% tanto nas chegadas como nas dormidas nos estabelecimentos de alojamento turístico na UE, face a 2019. Não obstante, este setor é, em larga medida, afetado pela sazonalidade, pelo que os meses de verão têm habitualmente mais procura.

Nesse contexto, o Eurostat sublinha que apesar de ter existido uma “grande concentração de chegadas e dormidas durante os meses de verão de 2020”, nesse período registou-se uma queda “notável” em termos de valores absolutos. Em contrapartida, o ano passado foi de recuperação, sendo que os meses de julho e agosto concentraram 43% do total de dormidas registadas nesse ano.

Segundo os dados do gabinete de estatísticas, em julho e agosto de 2021 foram registadas 782 milhões de dormidas em alojamentos turísticos da UE, o que representa um aumento de 28% face ao valor registado em igual período de 2020 (610 milhões de dormidas). O Eurostat nota ainda que apesar de haver uma aproximação aos padrões pré-pandémicos, o valor ainda está abaixo de 2019, quando se fixou nas 926 milhões de dormidas (-16%).

De notar que o mês de agosto foi mesmo o mais concorrido, tendo concentrado 24% do total de dormidas em alojamentos turísticos na UE.

Numa análise aos tipos de alojamento procurados, o Eurostat nota ainda que as flutuações sazonais foram menos acentuadas nos hotéis do que para outro tipo de alojamento turístico, acrescentando que se verificou uma maior sazonalidade em “alojamentos que não os hotéis e estabelecimentos similares, principalmente em parques de campismo” devido que dependem mais das condições meteorológicas e dado que estão, muitas vezes, encerrados no inverno.

Neste âmbito, o Eurostat revela, que, em julho e agosto de 2021, o número de noites passadas em parques de campismo ficou muito próximo dos valores de 2019 (a 95% dos níveis pré-pandemia), enquanto no caso de hotéis, bem como no caso de alojamentos de férias e outros alojamentos de curta duração ficaram a 78% e 89%, respetivamente, dos níveis de 2019.

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Já há acordo na UE para redução do consumo de gás natural

O Conselho da UE especificou algumas isenções e possibilidades de pedir uma derrogação da meta de redução obrigatória, de modo a refletir as situações particulares dos Estados-membros.

Já há acordo político na União Europeia (UE) para redução do consumo de gás natural, depois de vários países terem mostrado a sua oposição face à proposta inicial.

“Nesta fase trata-se de um acordo político, pelo que não houve uma votação formal. No entanto, houve um consenso esmagador e apenas um Estado-membro expressou a sua oposição”, informaram fontes diplomáticas, citadas pela Lusa. A Hungria terá sido o único país a opor-se à nova versão do acordo, indicam fontes europeias, citadas pela Reuters.

O acordo mantém a meta de redução voluntária de 15%, que pode tornar-se obrigatória em caso de emergência energética, mas abrange exceções que tomam em consideração consoante o contexto de cada país, explica a Reuters.

Os países europeus concordaram em reduzir o consumo de gás em 15%, em comparação com o seu consumo médio nos últimos cinco anos, entre 1 de agosto de 2022 e 31 de março de 2023. Os meios para atingir este objetivo ficam ao critério de cada país, consta do comunicado entretanto divulgado pela Comissão Europeia.

No mesmo texto, lê-se que “enquanto todos os países da UE vão encetar os seus melhores esforços para atingir a redução, o Conselho especificou algumas isenções e possibilidades de pedir uma derrogação da meta de redução obrigatória, de modo a refletir as situações particulares dos Estados-membros”.

Estão isentos das reduções obrigatórias dois grupos de países: aqueles que não possuem interconexões de gás com outros Estados-membros, já que não poderiam libertar volumes significativos que ajudassem os restantes países, mas também aqueles cujas redes elétricas não estão sincronizadas com o sistema elétrico europeu, e estão muito dependentes de gás para a produção de eletricidade, “de forma a evitar o risco de uma crise de fornecimento de eletricidade”, especifica o comunicado.

Antes de entrar na reunião que juntou os ministros da energia da UE, o ministro do Ambiente e da Ação Climática português, Duarte Cordeiro, havia sublinhado que “não podemos, para procurar resolver um problema, uma crise de gás, criar um problema e uma crise no sistema elétrico“. Na mesma ocasião, reconheceu, contudo, que a proposta reformulada que estava na altura em cima da mesa já respondia “a algumas questões” levantadas por Portugal.

Anteriormente, em reação à proposta inicial da Comissão Europeia, o mesmo ministro defendeu que as fracas interligações que existem entre Portugal e a Europa dificultam a operacionalização da medida. Paralelamente, o ano especialmente seco deixa Portugal mais dependente do uso de gás natural, dado o desempenho diminuído das centrais hídricas.

No texto da proposta, concretiza-se que os Estados-Membros podem solicitar uma limitação da redução obrigatória da
procura até um máximo de 5%, desde que consigam demonstrar a impossibilidade de contribuírem significativamente para o reforço do aprovisionamento direto ou indireto de gás de outro Estado-Membro, dada a ausência de interligações com outros
Estados-Membros ou a modicidade das interligações existentes.

Os Estados-Membros que solicitem uma derrogação da redução obrigatória da procura na sequência do acima descrito, devem apresentar elementos que comprovem que as suas capacidades de interligação com outros Estados-Membros ou as suas infraestruturas nacionais de GNL (gás natural liquefeito) são utilizadas para redirecionar gás para outros Estados-Membros
tanto quanto possível. Antes de decidir sobre o pedido de limitação da redução obrigatória da procura, a Comissão consultará o Grupo de Coordenação do Gás (GCG), os grupos de risco e, se for caso disso, outros organismos competentes. A Comissão decidirá sobre o pedido num prazo máximo de dois meses a contar da receção de todas as informações pertinentes enviadas pelo Estado-Membro.

Agora, os Estados membros vão atualizar os planos nacionais de emergência, contemplando as medidas necessárias para atingir a redução, e reportarão com regularidade sobre a evolução da situação nos respetivos países. Sendo uma medida provisória, é lançada agora pelo período de um ano, e a Comissão europeia avaliará a necessidade para a sua extensão em maio de 2023.

(Notícia atualizada pela última vez às 12h36, com mais informação)

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Gás natural volta a disparar. Soma mais de 14%

O preço coloca-se desta forma em máximos de 8 de março, o segundo dia em que foram atingidos preços mais altos desde que a guerra na Ucrânia começou.

O gás natural está a subir 14,37% para os 202 euros por megawatt-hora (MWh), disparando pelo segundo dia consecutivo. O preço coloca-se desta forma em máximos de 8 de março, o segundo dia em que foram atingidos preços mais altos desde que a guerra na Ucrânia começou.

Já esta segunda-feira o contrato com entrega para agosto do holandês TTF, a referência na Europa, subiu cerca de 10%, até aos 176 euros por MWh. Esta subida aconteceu depois de a empresa estatal russa Gazprom informar que parou de funcionar mais uma turbina no gasoduto Nord Stream 1, um gasoduto que liga a Rússia à Alemanha e que tem estado debaixo de holofotes pela diminuição dos fluxos para o Velho Continente, que têm colocado preocupações do ponto de vista da segurança energética. Isto significou uma redução de 50% face aos volumes que estavam a circular no gasoduto, que ficaram reduzidos a 20% do total da capacidade.

Esta terça-feira foram também recebidos desenvolvimentos importantes no universo do gás, na medida em que foi aprovada, embora com algumas alterações, a proposta apresentada pela Comissão Europeia, no passado dia 20 de julho, para condicionar o consumo de gás na Europa, de forma a promover a segurança de abastecimento para o inverno.

Vários países, incluindo Portugal, opuseram-se à proposta de Bruxelas. Lisboa considerou-a inadequada ao contexto do país, dado o período atual de seca, que prejudica a produção de eletricidade a partir de fonte hídrica e torna o país mais dependente de gás, mas também tendo em conta as fracas interligações com a Europa e, finalmente, o uso mais frequente do gás para a indústria do que para consumo doméstico, tornando mais difícil a redução inicialmente proposta de 15%.

A proposta aprovada esta terça-feira acomodou exceções que foram ao encontro das questões levantadas por Portugal, de acordo com o ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro.

(Notícia atualizada Às 16:21 com novas cotações do gás e a referência a aprovação das medidas europeias)

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Euribor caem a três, a seis e a 12 meses

  • Lusa
  • 26 Julho 2022

As taxas Euribor desceram esta terça-feira a três, a seis e a 12 meses.

A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 06 de junho, recuou para 0,623%, menos 0,010 pontos que na segunda-feira, contra o máximo desde agosto de 2012, de 0,706% verificado em 22 de julho.

A média da Euribor a seis meses subiu de -0,144% em maio para 0,162% em junho.

A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 06 de novembro de 2015 e 03 de junho de 2022).

A Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, recuou hoje, ao ser fixada em 0,212%, menos 0,021 pontos e contra o máximo desde julho de 20140, de 233%, verificado em 25 de junho.

A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses).

A média da Euribor a três meses subiu de -0,386% em maio para -0,239% em junho.

No prazo de 12 meses, a Euribor também baixou hoje, ao ser fixada em 1,033%, menos 0,007 pontos, contra o máximo desde agosto de 2012, de 1,200% registado em 22 de julho.

Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 05 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril.

A média da Euribor a 12 meses avançou de 0,287% em maio para 0,852% em junho.

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 04 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.

Na reunião de política monetária na passada quinta-feira, 21 de julho, o BCE aumentou em 50 pontos base as três taxas de juro diretoras, a primeira subida em 11 anos, com o objetivo de travar a inflação.

O BCE indicou também que nas próximas reuniões continuará a subir as taxas de juro.

A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras BCE.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Nas notícias lá fora: Biden, Heathrow e Covid

  • ECO
  • 26 Julho 2022

Biden rejeita recessão nos EUA e Heathrow pode manter limite diário de passageiros em vigor por mais um ano.

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, rejeitou que o país esteja a caminho de uma recessão, embora sejam antecipados os números do crescimento da economia federal, e haja a possibilidade de uma contração pelo segundo trimestre consecutivo. A pesar nas economias e na saúde, subvariantes da Omicron estão a alastrar-se na Austrália, atirando para novos máximos o número diário de internamentos, e o número de mortes para o segundo maior em registo. EasyJet reduz prejuízo em 64% para os 135 milhões de euros no segundo trimestre de 2022.

CNN

Biden afasta ideia de recessão nos EUA

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, rejeitou que o país esteja a caminho de uma recessão, embora sejam antecipados os números do crescimento da economia federal, e haja a possibilidade de uma contração pelo segundo trimestre consecutivo. Segundo o Chefe de Estado norte-americano, a baixa taxa de desemprego (3,6%) justifica a sua tomada de posição, e Joe Biden admite ter esperança que se passe de um crescimento rápido da economia, para um crescimento constante. Para o Diretor do Conselho Económico Nacional, Brian Deese, os americanos gozam atualmente de melhores oportunidades de emprego, e os seus salários estão em crescimento.

Leia a notícia completa na CNN (acesso livre, conteúdo em inglês)

Bloomberg

Aeroporto de Heathrow alerta que limite de viagens pode ficar em vigor no próximo ano

O aeroporto de Londres Heathrow alertou que a limitação no número diário de passageiros deste espaço pode permanecer em vigor, pelo menos, por mais um ano, e remete as culpas para o lento processo de recrutamento de técnicos terrestres das companhias aéreas. Heathrow tem, desde 12 de julho, um limite de 100.000 passageiros diários, sendo que a medida estava originalmente prevista durar dois meses. Segundo a operadora do aeroporto, as companhias têm de se ajustar e reabastecer os seus recursos de assistência em terra, já que o próprio aeroporto de Heathrow efetuou contratações nos últimos seis meses.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Cinco Días

EasyJet reduz perdas do terceiro trimestre em 64% para os 135 milhões de euros

A britânica easyJet anunciou esta terça-feira um prejuízo, antes dos impostos, no valor de 114 milhões de libras (ou 135 milhões de euros), entre abril e junho deste ano. O valor representa uma redução de 64,15% em termos homólogos, quando registou perdas 318 milhões de libras (ou 375 milhões de euros). Para a companhia aérea, o prejuízo deve-se aos constrangimentos em vigor desde o levantamento das restrições devido à pandemia, restrições estas com um custo de 133 milhões de libras (ou 157 milhões de euros), além do aumento das taxas de juro.

Leia a notícia completa na Cinco Días (acesso livre, conteúdo em inglês)

Reuters

Internamentos e mortes por Covid na Austrália aumentam com novas variantes

O número de internamentos por Covid-19 na Austrália atingiu um novo máximo (5.600) pelo segundo dia consecutivo, ao passo que o número diário de mortes (100) aumentou para o segundo maior em registo. Em causa está um surto provocado pelas subvariantes da Omicron BA.4 e 5, sendo que só na última semana foram reportadas quase 330.000 novas infeções, embora as autoridades admitam a possibilidade do número real ser o dobro. Só no estado de Victoria, cerca de 10.000 funcionários no setor da saúde, ou mais de 8%, estão infetados, informou o primeiro-ministro Daniel Andrews.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

The Guardian

Unilever sobe preços em 11% devido à inflação

A multinacional britânica de bens de consumo, Unilever, aumentou os preços em 11% numa transferência dos custos de produção para os seus clientes. A multinacional aumentou os preços em 9,8% no primeiro semestre de 2022, em termos homólogos, sendo que só no segundo trimestre, este aumento foi de 11,2% devido à inflação. O resultado foi um crescimento nas vendas de 8,1% no primeiro semestre do ano, com os volumes a cair 1,6%, fruto de uma migração dos clientes para produtos mais baratos. A empresa espera agora ultrapassar a sua previsão anterior, para o aumento de vendas, entre os 4,5% e 6,5%.

Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês)

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Medo de recessão atira juros da dívida para mínimos de dois meses

Mercados recordam o momento histórico de Mario Draghi com o "whatever it takes" que salvou a Zona Euro há dez anos e dizem que Europa volta a viver momentos desafiantes.

Os juros da dívida de vários países da Zona Euro continuam a cair e atingem esta terça-feira o valor mais baixo em dois meses, com os receios de um travão económico que saíram agora reforçados com as notícias de que a Rússia vai cortar o gás à Europa.

A yield das obrigações portuguesas a dez anos cai para 2,103%, valor mais baixo desde 27 de maio. Neste período chegou a atingir os 3,1% a 14 de junho, quando o Banco Central Europeu (BCE) anunciou a inversão da política monetária. Desde então já caiu 100 pontos.

Taxa portuguesa em mínimos de dois meses

Fonte: Reuters

Também a taxa espanhola no mesmo prazo cai para mínimos de dois meses, negociando nos 2,173%. O mesmo acontece com a referência da Zona Euro, a Alemanha, com os juros das bunds a cederem para 0,981%, o valor mais baixo desde o final de maio.

Neste momento, os investidores estão a virar as atenções da escalada da inflação para a possibilidade de a Zona Euro deslizar para uma recessão. Estes receios agravaram-se de forma significativa com a possibilidade de Moscovo fechar a torneia do gás à Europa.

Esta segunda-feira a empresa estatal russa Gazprom informou que parou de funcionar mais uma turbina no gasoduto Nord Stream 1 e que os fluxos caíram para apenas 20% da capacidade. O Deutsche Bank considera que se estiver a funcionar a 40% da capacidade, a Alemanha poderá passar o inverno sem dificuldades de maior, mas será necessário racionar o consumo de forma considerável se o nível baixar para 20%.

“O foco está agora na União Europeia e se vai começar a impor um racionamento”, referiu Pooja Kumra, analista da TD Securities, citado pela Reuters.

Os ministros da Energia da União Europeia estão reunidos esta terça-feira em Bruxelas para discutir medidas em relação ao gás, isto depois de a Comissão ter proposto um corte de 15% no consumo. Alguns países rejeitam esta medida.

Whatever it takes” de Draghi foi há dez anos

Esta terça-feira marca ainda o décimo aniversário das famosas palavras do antigo presidente do BCE, Mário Draghi, quando prometeu fazer “whatever it takes” para salvar a Zona Euro. Os analistas consideram que a Europa volta a viver momentos desafiantes, perante uma tempestade perfeita com alta inflação, crise energética e instabilidade política em Itália.

“Dez anos depois do histórico ‘whatever it takes’ de Draghi, as obrigações italianas voltam a precisar de proteção do BCE, tendo em conta as incertezas políticas”, referiu o analista do Commerzbank Rainer Guntermann.

A taxa italiana segue estável nos 3,4%.

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Negócio de manutenção no Brasil da TAP perdeu quase 600 milhões em 13 anos

  • ECO
  • 26 Julho 2022

Manutenção e engenharia da TAP no Brasil acumula perdas de 593 milhões de euros, dos quais 84,3 milhões dizem respeito a 2021. Operação contava com 385 trabalhadores, mas encerrou em maio.

O negócio de manutenção e engenharia da TAP no Brasil (TAP ME, antiga VEM) encerrou no final de maio. Durante os 13 anos em que a transportadora aérea portuguesa deteve a totalidade do capital da ex-VEM, as perdas acumuladas ascendem a 593 milhões, avança esta terça-feira o Público (acesso condicionado).

Os dados são fornecidos por Sérgio Palma Brito, no livro “TAP – que futuro?”, e relatórios recentes da companhia aérea, e concluem que as perdas acumuladas desde 2008 ascendem aos 593 milhões de euros, sendo que só em 2021 foram registados prejuízos no valor de 84,3 milhões. Além destas perdas, a TAP SGPD regista ainda prejuízos de 11,8 milhões de euros na Portugália e 7,8 milhões de euros na Groundforce.

A TAP SA teve um prejuízo de 1.599,1 milhões de euros, resultado dos efeitos negativos do fecho da manutenção no Brasil. Os números apontam para uma imparidade de 884,7 milhões devidos pela holding, que a TAP justifica como “um conjunto acumulado de transferências de fundos” destinado à operação de manutenção no Brasil, para satisfazer necessidades de liquidez. O negócio contava com 385 trabalhadores, mas foi fechado definitivamente em maio passado.

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Futuro do trabalho, Durão Barroso e a elite mundial da hospitalidade. Há uma nova Pessoas nas bancas

  • Trabalho
  • 26 Julho 2022

Mantemos o rigor, mas aumentámos os temas tratados e as entrevistas. Saímos mais para reportagem, reforçámos os artigos de opinião e, agora, a Pessoas chega às suas mãos de seis em seis meses.

Há uma nova Pessoas nas bancas para descobrir. Mantemos o rigor, mas aumentámos os temas tratados e as entrevistas. Saímos mais para reportagem, reforçámos os artigos de opinião e, agora, a Pessoas chega às suas mãos de seis em seis meses, com outra surpresa: o Manual, um suplemento dedicado ao well-being.

Na edição que assinala o começo desta nova fase, fomos a Londres, à sede do Goldman Sachs Europa, para conversar com Durão Barroso, ex-primeiro-ministro de Portugal e antigo presidente da Comissão Europeia, sobre liderança, o mundo e uma nova globalização, diferente daquela que conhecemos.

Também ouvimos talento e as empresas, para entender o que querem. Em conjunto com a EY, realizámos o inquérito “O Futuro do Trabalho” e, nesta edição, contamos-lhe todas as conclusões a que chegámos.

Voltámos a meter-nos no avião, desta vez rumo à Suíça, para visitar duas business schools que preparam uma elite mundial na área da hospitalidade, e não só. Também estivemos na fábrica da Corticeira Amorim para saber como é que a indústria, num setor tão tradicional como a cortiça, está a disputar o jogo do talento.

Reforçamos os artigos de opinião e, nesta edição, vai poder ler as reflexões sobre o futuro do trabalho de André Ribeiro Pires (Multipessoal), António Dias Martins (Startup Portugal), Carlos Oliveira (Fundação José Neves), Daniela Braga (Defined.ai), Inês Palma Ramalho (Sérvulo e Associados), Isabel Borgas (Nos), José Crespo de Carvalho (Iscte), Marcelo Lebre (Remote), Pedro Ramos (APG), Sofia Mendoça (McDonald’s) e Vítor Hugo Gonçalves (Água de Monchique).

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Kiev coloca Lula da Silva na lista dos que promovem propaganda russa

  • ECO
  • 26 Julho 2022

O brasileiro foi incluído na lista de pessoas que Kiev considera fazer propaganda russa. MNE ucraniano alerta que "a guerra do gás" de Putin "é uma continuação direta da guerra contra a Ucrânia".

O candidato presidencial, Lusa da Silva, é o único brasileiro na lista de 78 pessoas que o regime de Kiev defende que promovem a propaganda russa. Lula, em entrevista à revista Time, disse em maio que Zelenski “é tão responsável quanto o Putin. Ele é tão responsável quanto o Putin. Porque numa guerra não tem apenas um culpado”.

As autoridades militares ucranianas denunciaram esta terça-feira novos ataques russos em Odessa e no porto de Mykolaiv, após as investidas registadas no fim de semana no Mar Negro, durante os preparativos para a exportação de cereais ucranianos.

Ao mesmo tempo, numa publicação através do Twitter, o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano assinalou que “a guerra do gás” de Putin contra a Europa “é uma continuação direta da guerra contra a Ucrânia”. “Ele usará toda a dependência que a Europa tem da Rússia para arruinar a vida normal de todas as famílias europeias. A única maneira é responder com força e livrar-se de qualquer dependência”, avisou Dmytro Kuleba.

Num dia marcado pelo Conselho extraordinário de ministros da Energia da União Europeia, o ministro do Ambiente e da Ação Climática português alertou que não se pode procurar resolver uma crise no gás, criando uma crise no sistema elétrico e assinalou que a nova proposta de Bruxelas sobre a redução de 15% do consumo de gás no bloco comunitário “já responde a algumas questões” levantadas por Portugal, mas sublinha que há que esperar para ver se esta será a última versão do regulamento.

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Comissão Europeia força Governo a aumentar professores

  • ECO
  • 26 Julho 2022

Bruxelas leva Portugal ao Tribunal de Justiça se este não aumentar salários de professores em dois meses. Discriminação de professores contratados é contrária à legislação comunitária.

A Comissão Europeia deu dois meses ao Governo português para aumentar os salários dos professores a contrato. Caso contrário, Bruxelas irá avançar com uma queixa no Tribunal de Justiça da União Europeia, noticia esta terça-feira o Correio da Manhã (acesso pago).

Em causa está o facto de os docentes contratados ganharem sempre o mesmo valor, independentemente do número de anos de serviço, sendo que a Comissão Europeia abriu um procedimento contra Portugal em novembro do ano passado, alegando que discriminação dos professores contratados viola a legislação comunitária.

A Comissão abriu um procedimento contra Portugal em novembro de 2021, e embora Portugal tenha respondido no início deste ano, o executivo comunitário considerou que não foram justificadas as diferenças de tratamento. Na segunda etapa do procedimento por infração, a Comissão já emitiu o parecer fundamentado. Em reação, a Fenprof mostrou-se satisfeita pela posição europeia, mas teme agora o surgimento de um regime de exceção. Já o Ministério da Educação não reagiu à decisão.

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Portugal alerta que não se pode criar um problema na eletricidade por causa do gás

Ministro avisa que não se pode procurar resolver uma crise no gás, criando uma crise no sistema elétrico e diz que todos os países devem "contribuir na medida das suas possibilidades e limitações".

O ministro do Ambiente e da Ação Climática alerta que não se pode procurar resolver uma crise no gás, criando uma crise no sistema elétrico e assinala que a nova proposta de Bruxelas “já responde a algumas questões” levantadas por Portugal, mas sublinha que há que esperar para ver se esta será a última versão do regulamento.

Não podemos para procurar resolver um problema, uma crise de gás, criar um problema e uma crise no sistema elétrico“, adverte Duarte Cordeiro, em declarações transmitidas pela RTP3 e Sic Notícias, antes do Conselho Europeu de Energia extraordinário da União Europeia, onde será discutida a redução voluntária do consumo de gás natural face à ameaça cada vez mais real de corte no abastecimento russo.

O ministro alerta que devido às condições climatéricas, Portugal enfrenta neste momento “redução da produção da energia hídrica”, pelo que sinaliza que “é necessário” garantir a “segurança no setor elétrico”. O responsável reitera, por isso, a recusa da proposta inicial da Comissão Europeia para impor uma redução de 15% no consumo de gás, considerando que todos os países devem “contribuir na medida das suas possibilidades e das suas limitações”.

Neste Conselho Europeu, Bruxelas vai colocar à discussão dos Estados-membros um texto revisto face à proposta conhecida na semana passada. Sem adiantar grandes detalhes, o ministro sinaliza que a nova proposta “já responde a algumas questões” levantadas por Portugal, mas sublinha que há que esperar para ver se esta será a última versão do regulamento.

Nesse sentido, Duarte Cordeiro adiantou ainda que Portugal sinalizou a Bruxelas que se pode “aumentar a solidariedade com outros países europeus e colocar o gás onde é necessário” através do Porto de Sines.

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PIB pode encolher até 1,7% com aumento da taxa de carbono

  • ECO
  • 26 Julho 2022

Taxa de imposto sobre carbono superior a 30% pode cortar o PIB nacional em até 1,7%. Ainda assim, BdP sublinha necessidade do aumento. Subida da taxa iria agravar ISP, mas corte no PIB pode ser menor.

Aumentar a taxa de imposto sobre o carbono para mais de 30%, tendo em vista atingir as metas climáticas do Acordo de Paris, pode provocar um corte de até 1,7% no Produto Interno Bruto (PIB) português, segundo um estudo divulgado pelo Banco de Portugal (BdP), avançou esta terça-feira o Jornal de Negócios (acesso pago).

A instituição liderada por Mário Centeno alerta para a necessidade de aumentar este imposto, apesar dos “impactos negativos” na economia e dos “efeitos muito assimétricos” no bem-estar dos trabalhadores. O BdP estima que Portugal tenha de avançar com um imposto sobre o carbono na ordem dos 32,9%, de modo a cumprir com os objetivos do Acordo de Paris, o que iria implicar um agravamento do imposto sobre produtos petrolíferos e energéticos (ISP).

No entanto, este aumento da tributação irá produzir efeitos a longo prazo sobre a evolução do PIB, a menos que o Governo faça uso das “receitas arrecadadas com esse imposto para financiar a economia”, pode ler-se. No caso de o Executivo fazer uso da receita do imposto para financiar os restantes setores económicos não poluentes, a queda no PIB já recua para 1,5%, embora possa situar-se em 0,9% caso a receite subsidie o setor de produção de energia renovável.

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