Trump recusa-se a responder a inquérito por suspeitas de fraude financeira
O ex-presidente do EUA descreve a investigação do Procuradoria-Geral de Nova Iorque como “a maior caça às bruxas na história dos Estados Unidos”.
O antigo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recusou-se esta quarta-feira a responder às questões colocadas pelo inquérito da investigação da Procuradoria-Geral de Nova Iorque, levada a cabo por Letitia James, avançou a Agence France-Presse.
Donald Trump referiu não ter outra escolha a não ser invocar a quinta emenda à constituição dos Estados Unidos, que permite o direito ao silêncio como forma de prevenir a autoincriminação. O antigo presidente dos EUA admitiu o recurso ao silêncio sob conselho do seu advogado.
Donald Trump reiterou ainda que a sua família, a sua empresa, e as restantes pessoas à sua volta, estão a ser alvo de “uma caça às bruxas sem fundamento e motivada por razões políticas, que conta com o apoio de advogados, procuradores, e os média das notícias falsas”, pelo que não teve outra escolha senão o recurso ao silêncio, justificou o antigo presidente.
O ex-Presidente norte-americano foi interrogado em Nova Iorque no âmbito de uma investigação cível a suspeitas de fraude financeira nos negócios da Organização Trump, em particular no ramo imobiliário.
Trump utilizou a sua rede social, a Truth Social, para anunciar o interrogatório que acontece dois dias depois das buscas do FBI (polícia federal norte-americana) à sua residência em Mar-a-Lago, na Florida. Estas buscas foram realizadas ao abrigo de uma investigação federal sobre documentos oficiais que terão sido levados para a propriedade do ex-Presidente e não estão relacionadas com este processo cível.
Na mensagem publicada na Truth Social, Trump descreve a investigação do Procuradoria-Geral de Nova Iorque como “a maior caça às bruxas na história dos Estados Unidos”. “A minha grande empresa e eu estamos a ser atacados por todos os lados”, salientou o ex-Presidente republicano (2017-2021).
O inquérito de Nova Iorque está a ser conduzido pela procuradora-geral do estado, Letitia James, que Trump descreve como uma “racista” na sua publicação, que conclui exclamando “República das Bananas!”.
O processo conduzido por Letitia James procura determinar se a Organização Trump inflacionou o valor dos seus ativos de forma a obter empréstimos bancários e, em paralelo, reduziu esse mesmo valor com a intenção de pagar menos impostos. A investigação é cível, pelo que, independentemente das conclusões, não poderá apresentar acusações criminais contra a família Trump.
(atualizado às 16h49 com mais info)
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