INE calcula subida da luz, mas ERSE diz que preços desceram
INE calculou que os preços da eletricidade subiram 10,3% em julho, em cadeia, enquanto o regulador diz que aquele foi o mês em que a "maioria" das empresas do mercado livre baixou tarifários.
Dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) e da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) sobre a evolução dos preços da eletricidade entre junho e julho apresentam trajetórias distintas, sugerindo que as duas entidades têm leituras diferentes sobre a direção do mercado, denuncia o Público esta terça-feira.
A subida dos encargos com a eletricidade continua a ser uma das principais dores de cabeça das famílias. Ora, segundo o INE, entre junho e julho, os preços da eletricidade subiram 10,3% para as famílias portuguesas, uma das componentes que deu gás à taxa de inflação nesse mês. No entanto, julho foi também o mês em que, segundo a ERSE, “a maioria” das empresas que vendem eletricidade baixou os tarifários aos clientes, na sequência da revisão extraordinária das tarifas reguladas.
Em resposta ao jornal, a ERSE diz que se baseia na informação sobre as ofertas comerciais que os comercializadores de energia estão legalmente obrigados a fornecer-lhe. Já o INE esclarece, no destaque com os dados de julho, que o índice “é apurado com base num vasto conjunto de preços praticados por uma amostra das maiores empresas comercializadoras de eletricidade, bem como informação disponibilizada pela ERSE”. Ao Público, o analista de mercado de Energia e Sustentabilidade da Deco Proteste, Pedro Silva, manifesta estranheza por “duas entidades independentes, mas dentro da esfera pública, darem dois retratos diferentes de uma mesma realidade que é o preço da eletricidade”.
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