“Temos todo o interesse” em receber gás de Moçambique em Sines, diz Costa em Maputo
António Costa disse em Maputo que Portugal "tem todo o interesse" em servir de porta de entrada do gás natural moçambicano para a Europa através do porto de Sines.
No último dia da visita oficial a Moçambique, o primeiro-ministro português, António Costa, disse esta sexta-feira ao Presidente moçambicano que Portugal “tem todo o interesse” em receber o gás natural no porto de Sines, o que iria ajudar a resolver a crise energética na Europa.
Questionado sobre o gasoduto entre a Península Ibérica e a Europa através de Espanha e França, António Costa disse ser uma “peça essencial” para abastecer todo o continente, mas, até estar construído, o porto de Sines pode já funcionar como um porto de transfega de gás natural e, nesse sentido, “o gás moçambicano é muito bem-vindo se escolher o porto de Sines como ponto de entrada na Europa”.
Costa lembrou que o porto de Sines tem “condições únicas” para desempenhar esse papel. “Não está sobrelotado como estão os portos do centro e norte da Europa”, referiu.
Além disso, em relação aos portos da Holanda, “significa uma poupança de dois dias a ir e dois dias a vir, ou seja, uma poupança de quatro dias de viagem” importante tendo em conta que “os grandes metaneiros são um bem escasso a nível mundial”. “Poupar quatro dias em cada viagem é aumentar a capacidade de exportação e de fornecimento de gás”, sublinhou.
Ao lado de Filipe Nyusi, o governante português disse que “o início da exploração de gás natural em Moçambique não podia vir em melhor altura para Moçambique e para quem é importador de gás”, como a Europa, que se prepara para atravessar um inverno duro com a redução do abastecimento russo.
“Temos de aumentar a oferta e Moçambique vai ser um feliz contribuinte para a resolução da crise energética mundial”, disse.
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