Alemanha prepara-se para ajudar energéticas em crise com 67 mil milhões
O Banco de Desenvolvimento da Alemanha poderá voltar a recorrer ao fundo criado durante a pandemia para disponibilizar apoios às empresas energéticas mais afetadas pela recente crise.
A Alemanha poderá estar a preparar-se para recorrer ao fundo criado para ajudar as empresas a lidar com o impacto da pandemia para fornecer empréstimos com garantias às energéticas em dificuldades por causa da guerra na Ucrânia.
De acordo com a notícia avançada pela Bloomberg, esta terça-feira, que cita uma fonte próxima do processo, este processo ficaria a cargo do Banco de Desenvolvimento da Alemanha (KfW) e o volume de empréstimos disponíveis poderá rondar os 67 mil milhões de euros. O fundo reforçaria a capacidade do KfW de fornecer apoios à liquidez das empresas de energia mais atingidas pelos cortes às importações de gás da Rússia. O projeto-lei será discutido esta quarta-feira numa reunião entre os membros do governo de Olaf Sholz, que será, depois, discutido em Parlamento.
Esta medida surge depois de energéticas, como a Uniper ou a VNG, terem procurado apoio estatal por causa dos cortes no fornecimento de gás vindos de Moscovo. Neste momento, o Nord Stream 1, o principal gasoduto que liga a Rússia à Europa, através da Alemanha, encontra-se encerrado há quase três semanas por terem sido detetadas fugas de óleo durante os trabalhos de manutenção na estação de compressão de Portovaia, na cidade de Viburgo, na Rússia.
As sucessivas interrupções ao fornecimento de gás ao motor económico e maior dependente deste combustível russo, fazem aumentar as preocupações de uma recessão. Esta segunda-feira, o instituto alemão Ifo divulgou que, em 2023, a economia alemã irá contrair-se em 0,3%, enquanto a inflação será de 9,3%.
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