França vai limitar aumentos no preço da eletricidade e do gás em 15% no próximo ano
Face à volatilidade dos preços da energia, o Governo francês avançou com um teto de 15% aos aumentos da eletricidade e do gás em 2023 e atribuição de um cheque a 12 milhões de famílias.
O governo francês vai limitar o aumento do preço do gás e eletricidade em 15%, no próximo ano. O mecanismo, que servirá para amenizar o aumento dos custos para os consumidores e pequenas e médias empresas, irá custar 16 mil milhões de euros ao Estado francês.
A primeira-ministra Elisabeth Borne anunciou esta quarta-feira a decisão em conferência de imprensa, explicando que além desta medida serão atribuídos cheques de até 200 euros a 12 milhões de famílias com menores rendimentos para ajudar a enfrentar o aumento de custos energéticos que se avizinham com a chegada do inverno. Este subsídio custará ao Estado 1,8 milhões de euros.
Assim, a chefe do Governo francês garantiu que, em 2023, os preços do gás e da eletricidade vão sofrer aumentos, mas que se limitarão em “15% em vez de 100%”. “Este é o compromisso que assumimos”, cita o canal televisivo françês TF1, as declarações da governante.
Elisabeth Borne explicou que o aumento destes preços para as famílias será de “25 euros por mês” para os que recorrem ao aquecimento domiciliar a gás, em vez de 200 euros, e de “20 euros em vez de 180 para os que aquecem com eletricidade”. Segundo o ministro da Economia francês Bruno Le Maire, este mecanismo vai custar ao Estado 16 mil milhões de euros, em 2023 – 11 mil milhões para limitar o preço do gás e cinco mil milhões para limitar a eletricidade.
A decisão do governo de Borne chega numa altura em que se assiste a uma grande volatilidade nos preços do gás e da eletricidade em toda a Europa, obrigando à Comissão Europeia a adotar, também, um conjunto de medidas para minimizar os impactos, entre elas reduzir o consumo de eletricidade, um teto nas receitas das empresas que produzem eletricidade a baixo custo e a cobrança de uma taxa solidária às petrolíferas.
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