Governo admite risco de Nigéria não cumprir com fornecimento de gás a Portugal
Ministro do Ambiente indica que estão a ser tomadas medidas para ser mitigado o risco de interrupção no fornecimento de gás, nomeadamente a partir da Nigéria, mas este continua presente.
O ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, admite que, apesar de o Governo estar a tentar colmatar o risco no que toca ao fornecimento de gás ao país, um fornecedor chave, a Nigéria, poderá não entregar as quantidades de gás previstas, o que pode significar alterações do preço desta matéria-prima.
“De hoje para amanhã qualquer um [país] pode ter um problema” no fornecimento de gás, indicou Duarte Cordeiro, numa conferência organizada pela PwC e a CNN Portugal. “Queremos acreditar nos nossos fornecedores” mas “o Governo nigeriano coloca-nos a questão de dizer que vamos cumprir os contratos mas existe o risco de não cumprir“, admitiu, ao mesmo tempo que recorda que no passado já se verificou que este fornecedor não entregou a totalidade do gás contratualizado.
A consequência, caso o risco de interrupção no fornecimento se concretize, é que Portugal passa a obter gás a um preço mais alto, e isso alterará os preços de mercado, explicou Duarte Cordeiro.
De acordo com o ministro, o Governo tem procurado mitigar este risco no fornecimento com a diversificação dos fornecedores. No entanto, o mesmo afirma que Portugal gostaria que a Comissão Europeia atuasse com a implementação de plataformas de compras conjuntas e com a definição de preços de importação. “Tudo isso ajudava”, defende.
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