Governo pondera ajustar restrições à circulação após consenso europeu

  • Lusa
  • 26 Janeiro 2022

Governo vai ponderar eventuais ajustes às regras em vigor no quadro jurídico nacional, tendo em conta o teor dessa recomendação e também a evolução da situação epidemiológica em Portugal.

O Governo pondera ajustar as regras em vigor para a entrada em Portugal face à recomendação que os Estados-membros da UE acordaram para que as pessoas com Certificado Covid-19 válido não sejam submetidas a restrições adicionais à circulação.

Os Estados-membros da União Europeia (UE) acordaram na terça-feira que as pessoas com Certificado Covid-19 válido, como vacinados ou recuperados, não sejam submetidas a restrições adicionais à circulação, considerando que isso traz clareza.

Esta quarta-feira, fonte do gabinete da ministra da Administração Interna disse à agência Lusa que, “como sempre, o Governo ponderará eventuais ajustes às regras em vigor no quadro jurídico nacional, tendo em conta o teor dessa recomendação e também a evolução da situação epidemiológica em Portugal”.

A mesma fonte lembrou que a recomendação vai entrar em vigor a 1 de fevereiro e terá ainda de ser publicada no Jornal Oficial da UE.

Desde 1 de dezembro de 2021 que todos os passageiros que cheguem a Portugal por via área são obrigados a apresentar teste negativo ou certificado de recuperação no desembarque.

Estão isentos da obrigatoriedade de testes, PCR ou rápido, os passageiros de voos domésticos, os menores de 12 anos e as tripulações. Este controlo vai prolongar-se até 9 de fevereiro.

O Conselho da União Europeia informou na terça-feira em comunicado que “as medidas relativas à Covid-19 devem ser aplicadas tendo em conta o estatuto da pessoa e não a situação a nível regional, com exceção das áreas onde o vírus circula a níveis muito elevados”.

Na prática, “isto significa que a vacinação, teste ou estado de recuperação da Covid-19 de um viajante, tal como evidenciado por um Certificado Covid-19 da UE válido, deve ser o determinante fundamental”, acrescenta o Conselho da UE, vincando que esta nova “abordagem baseada na pessoa simplificará substancialmente as regras aplicáveis e proporcionará clareza e previsibilidade adicionais aos viajantes”.

Prevê-se, então, que quem tenha o Certificado Covid-19 da UE válido, como vacinados, recuperados ou testados, “não deva estar sujeito a restrições adicionais à livre circulação”, isto é, de nova testagem ou quarentenas.

Esta recomendação responde ao aumento significativo da adoção de vacinas e à rápida implementação do Certificado Covid-19 da UE”, adianta o Conselho da UE, atualmente presidido por França.

A nova recomendação, acordada no Conselho de Assuntos Gerais, substitui as regras existentes ao entrar em vigor a 1 de fevereiro, quando começam também a estar operacional um novo período de aceitação de 270 dias para os certificados de vacinação.

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Composto de canábis para já só trava a Covid no tubo de ensaio

  • ECO
  • 26 Janeiro 2022

Estudos preliminares feitos em tubos de ensaio sugerem que o CBD poderá ajudar a prevenir ou tratar a Covid-19. Investigadores dizem que são necessários ensaios clínicos mais rigorosos.

Estudos preliminares feitos em tubos de ensaio sugerem que o CBD (canabidiol), composto não psicoativo derivado da canábis, poderá ajudar a prevenir ou tratar a Covid-19, avança a Reuters (acesso condicionado, conteúdo em inglês). Investigadores dizem que são necessários ensaios clínicos mais rigorosos.

Um dos estudos foi realizado pela Universidade de Chicago e sugere que o CBD pode ajudar a conter o SARS-CoV-2 em células infetadas, segundo demonstraram os ensaios experimentais. “As nossas descobertas não garantem que isso funcionará em pacientes. As nossas descobertas são um forte argumento para se avançar para os ensaios clínicos”, afirmou Marsha Rosner, que liderou a equipa de investigadores deste estudo. “O objetivo é ter a menor dosagem eficaz possível”, acrescentou Rosner, justificando que dado que o medicamento é filtrado pelo fígado pode provocar efeitos colaterais.

Este não foi o único estudo divulgado que aponta que o CBD poderá ter resultados promissores no tratamento de pacientes infetados por Covid-19. Um estudo realizado por uma equipa de investigadores da Oregon State University, também nos Estados Unidos, revelou que altas dosagens de CBG e CBD, duas componentes presentes na canábis, conseguiram impedir o Sars-CoV-2 de entrar nas células humanas saudáveis em testes feitos em laboratório.

Richard van Breemen, um dos cientistas que participou neste estudo, explicou à Reuters que ficou demonstrado que as dosagens testadas pelos investigadores não eram tóxicas para as células, contudo, ainda não é claro se estas seriam seguras para os humanos.

No entanto, outro estudo realizado no Brasil, em que participaram 105 voluntários com doença leve e moderada e que receberam CBD ou o placebo por 14 dias, revelou que este composto da canábis não teve um efeito aparente, de acordo com o relatório divulgado em outubro pela Cannabis and Cannabinoid Research.

Importa sublinhar que muitos dos estudos experimentais feitos em laboratório e que se mostraram promissores — como por exemplo a hidroxicloroquina e vários outros medicamentos usados ​​para tratar o cancro ou outras doenças — acabaram por não se demonstrar benéficos para o tratamento de pacientes infetados por Covid-19 quando avançaram para ensaios clínicos.

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“Vai ser preciso um entendimento”, após as eleições, diz BE

  • Lusa
  • 26 Janeiro 2022

A coordenadora do Bloco de Esquerda insistiu que “vai ser preciso um entendimento no dia a seguir às eleições para construir soluções” e acusa o PSD de “querer nivelar por baixo os salários” .

A coordenadora do BE acusou esta quarta-feira o PSD de “querer nivelar por baixo os salários” e de esconder o programa por saber que não há uma maioria popular que o apoie, considerando que continua a faltar clareza ao PS.

Catarina Martins começou o dia de novo numa feira, apostando no contacto com a população, desta vez em Vila Nova de Famalicão, distrito de Braga, e no final, em declarações aos jornalistas, deixou os mais duros ataques para o presidente do PSD, Rui Rio, que acusou de estar “a esconder o seu programa”.

“Rui Rio quer nivelar por baixo os salários, que o mínimo não suba para que os médios não percebam como estão mal. As pessoas sabem em Portugal que os salários médios não chegam e têm de subir e Rui Rio não o fará”, avisou.

Outra crítica da líder do BE vai para a proposta de “colocar as pensões nas seguradoras”, considerando que “o problema em Portugal não é perder uma pequena parte das pensões, é que as pensões são pequenas demais”.

“O programa de Rui Rio explica-se muito rapidamente. Rui Rio sabe é que não há uma maioria popular em Portugal que vote num programa que ataca as pensões, os salários, o acesso à saúde ou acesso à escola e é por isso que prefere falar do gato, mas as eleições merecem respeito pelos eleitores e no BE cá estamos para dizer ao que vimos”, contrapôs.

Em relação ao PS, quando questionada sobre já considerava que o partido de António Costa estava a ser claro sobre os acordos pós-eleitorais, Catarina Martins insistiu que todos sabem que “vai ser preciso um entendimento no dia a seguir às eleições para construir soluções”, um convite que fez no fim de semana aos socialistas.

“Porque é verdade que o PS não tem clareza e, portanto, será nas urnas, com o voto do povo, que haverá essa clareza e o voto no BE será o voto que garante um contrato à esquerda pelo país”, apelou.

Sublinhando que “os votos vão decidir como é que Portugal vai estar no dia a seguir às eleições”, a líder bloquista pediu o voto de quem “não quer a direita e quem não quer que a direita tenha influência no Governo”.

Sobre a disponibilidade para vir a integrar o Governo, Catarina Martins começou por responder que “quem vota é quem decide”, garantindo que o “BE está pronto, disponível e determinado a assumir todas as responsabilidades”.

“Mas como sabem são os votos que decidem e nós temos uma enorme humildade quando vimos a eleições. Há já uma coisa que se percebeu, que o PS fez uma birra para tentar uma maioria absoluta, mas que esse cenário está afastado. O que estamos a decidir nestas eleições é que contrato teremos para o país no dia seguinte”, afirmou.

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De volta à campanha Jerónimo diz que Costa caiu “na realidade” e por isso largou discurso da maioria absoluta

  • Lusa e ECO
  • 26 Janeiro 2022

"Acho que António Costa percebeu que esse objetivo [da maioria absoluta] estava um pouco longínquo", disse o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, que regressou esta quarta-feira à campanha.

O secretário-geral comunista, que regressou esta quarta-feira à campanha eleitoral depois da operação a que foi submetido, considerou António Costa “caiu um pouco na realidade” e percebeu que o objetivo da maioria absoluta “estava longínquo”. Para Jerónimo de Sousa cabe agora ao PCP demonstrar-lhe que essa meta era “uma inutilidade”.

António Costa deixou ‘cair’ o discurso de apelo à maioria absoluta nos últimos dias e admitiu entendimentos com quase todos os partidos. Questionado pelos jornalistas sobre esta alteração de discurso, Jerónimo de Sousa respondeu que o também primeiro-ministro “caiu um pouco na realidade”.

Acho que António Costa percebeu que esse objetivo estava um pouco longínquo e, esta é que é a nota de preocupação, teve logo tendência para conversa de promessas e de trocas de apoios que não vão resolver o problema, antes pelo contrário”, sustentou.

Cabe-nos agora a nós mostrar a inutilidade desse objetivo [a maioria absoluta]”, completou o secretário-geral do PCP, que esteve afastado da campanha para as eleições legislativas enquanto recuperava de uma operação de urgência à carótida interna esquerda, a que foi submetido há duas semanas.

Jerónimo de Sousa diz que PCP acertou na escolha dos substitutos

Jerónimo de Sousa considerou ainda que foi “uma acertada decisão” substituí-lo na campanha eleitoral por João Ferreira, João Oliveira e Bernardino Soares, acrescentando que “valeu a pena a experiência”.

Questionado pelos jornalistas sobre o desempenho dos substitutos durante grande parte da campanha eleitoral, Jerónimo de Sousa disse que “foi uma acertada decisão da direção do partido meter esses dois camaradas, três [Bernardino Soares], a assumirem a tarefa de conduzirem” a ‘volta’ da CDU.

“Temos um conjunto de quadros que são de uma grande categoria. É uma grande categoria, que se mostrou em plena campanha. Valeu a pena a experiência”, completou.

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Consumo de cimento sobe 5,3% e licenças para fogos novos 11,8% até novembro

  • Lusa
  • 26 Janeiro 2022

O consumo de cimento subiu 5,3% até final de novembro, e as licenças para fogos novos 11,8%, segundo a “Síntese Estatística da Habitação” da AICCOPN. Licenciamento residencial cresce 9,5%.

O consumo de cimento no mercado nacional aumentou 5,3% até final de novembro de 2021, em termos homólogos, tendo as licenças para fogos novos subido 11,8%, divulgou esta quarta-feira a AICCOPN.

De acordo com a “Síntese Estatística da Habitação” da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), até ao final do mês de novembro o consumo de cimento no mercado nacional totalizou 3,507 milhões de toneladas, o que traduz um aumento de 5,3%, em termos homólogos.

Ao nível do licenciamento residencial, nos primeiros 11 meses de 2021 assistiu-se a um crescimento de 9,5% do número de obras de construção nova ou de reabilitação licenciadas pelas câmaras municipais, em termos homólogos.

Já no número de fogos licenciados em construções novas neste período, registou-se um aumento homólogo de 11,8%, para 25.621.

Relativamente ao novo crédito para aquisição de habitação concedido pela banca, até final de novembro totalizou 13.773 milhões de euros, o que corresponde a um acréscimo de 35,2% face aos 10.186 milhões de euros apurados há um ano.

Quanto ao ‘stock’ de crédito à habitação detido pelas instituições financeiras, observa-se no mês de novembro um aumento homólogo de 1,9%, para 96.581 milhões de euros.

A AICCOPN reporta ainda que, no mês em análise, o valor mediano da avaliação da habitação para efeitos de crédito bancário registou uma valorização de 11,2% em termos homólogos, em resultado de acréscimos de 11,9% nos apartamentos e de 8,1% nas moradias.

Analisando a evolução na Área Metropolitana de Lisboa, o número de fogos licenciados em construções novas nos 12 meses terminados em novembro de 2021 foi de 5.972, um aumento de 15,2% face aos 5.185 alojamentos licenciados nos 12 meses anteriores.

Destes, 9% eram de tipologia T0 ou T1, 24% de tipologia T2, 44% de tipologia T3 e 23% de tipologia T4 ou superior.

Quanto ao valor de avaliação bancária na habitação verificou-se, nesta região, uma variação homóloga de 11,1% em novembro.

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Governo aprova regulamento da Comissão Consultiva de Obras de Arte em Obras Públicas

  • Lusa
  • 26 Janeiro 2022

Foi publicado o despacho que regulamenta a gestão e funcionamento da Comissão Consultiva de Obras de Arte em Obras Públicas, que irá apreciar as propostas de integração de arte nestes empreendimentos.

O despacho que regulamenta a gestão e funcionamento da Comissão Consultiva de Obras de Arte em Obras Públicas, que irá apreciar as propostas de integração de arte nestes empreendimentos, é esta quarta-feira publicado em Diário da República (DR).

A aprovação do regulamento surge no seguimento da publicação do decreto-lei, em novembro de 2021, para estabelecer o regime de integração de obras de arte em obras públicas, “para fruição pública”, em vigor desde 1 de janeiro deste ano.

De acordo com a medida, anunciada pelo Governo em abril do ano passado, o valor das obras de arte a incluir em obras públicas, orçamentadas acima de cinco milhões de euros, pode ser superior a 1% do preço base da empreitada.

No despacho n.º 1030/2022, no DR n.º 18/2022, Série II, emitido pelo gabinete da ministra da Cultura, são detalhadas as normas que vão guiar os procedimentos para acompanhar as propostas apresentadas pelas entidades, a incluir nas obras públicas, com o objetivo de “valorizar e promover a arte contemporânea no território”, e a composição da comissão consultiva.

O regime estabelece, “como regra, a obrigação de, nos contratos de empreitada e de concessão de obras públicas de valor igual ou superior a 5 milhões de euros, o Estado, os institutos públicos e as empresas públicas do setor empresarial do Estado preverem a integração de obras de arte no valor correspondente a 1 % do preço base dos contratos a celebrar”.

A entidade adjudicante procede à escolha do artista e respetiva obra de arte, e a comissão consultiva terá por missão “coadjuvar as entidades adjudicantes na escolha do tipo de obras de arte e dos artistas”.

De acordo com o regulamento, caberá à comissão “pronunciar-se sobre a área artística, a tipologia das obras de arte a integrar na obra pública ou o artista que conceba, produza e/ou execute obras adequadas a integrar na obra pública”.

A Comissão funcionará na dependência do membro do Governo responsável pela área da Cultura, e será composta por um representante da Direção-Geral das Artes, que coordena; três especialistas, a indicar pela Direção-Geral das Artes; dois representantes de universidades, na área das Belas-Artes ou noutras áreas artísticas, a indicar pelo Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas; um representante da Ordem dos Arquitetos; um representante da Ordem dos Engenheiros; e um representante das associações da área das artes visuais, a convidar pela Direção-Geral das Artes.

O mandato dos membros da comissão é de três anos, e será possível “solicitar pontualmente a colaboração, a título gratuito, de outros serviços ou organismos públicos, bem como de outras entidades, instituições, associações ou personalidades de reconhecido mérito”.

As deliberações da comissão serão tomadas por maioria simples dos votos dos membros presentes em reunião, tendo o coordenador voto de qualidade.

As entidades adjudicantes, ou as entidades adjudicatárias, no quadro do regulamento, deverão solicitar a consulta da comissão através de requerimento escrito, com proposta fundamentada, e a comissão reúne-se depois para apreciação.

Após execução das obras, caberá à Direção-Geral das Artes criar e dinamizar roteiros de arte pública, “incluindo as obras de arte integradas nas obras públicas, como fator de descentralização e democratização da cultura e de promoção da coesão territorial”, indicava o decreto-lei publicado em novembro de 2021.

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Berlim baixa para 3,6% previsão de crescimento do PIB alemão em 2022

  • Lusa
  • 26 Janeiro 2022

O Governo alemão reviu em baixa a previsão de crescimento do PIB para 2022. Aponta agora para um salto de 3,6%, menos 0,5 p.p. do que tinha anteriormente projetado.

O Governo alemão baixou para 3,6% a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha para este ano, menos 0,5 pontos percentuais face às estimativas anteriores, foi anunciado esta quarta-feira.

Ao apresentar o relatório económico anual ao Parlamento, o ministro das Finanças alemão, Robert Habeck, afirmou que as consequências da pandemia ainda se fazem sentir e muitas empresas estão a lutar, mas que economia é forte e que o Governo conta com um crescimento de 3,6% este ano.

O anterior governo alemão tinha previsto em outubro – antes da formação do atual executivo chefiado por Olaf Scholz – um aumento do PIB até 4,1% em 2022, posteriormente o Bundesbank tinha subido a previsão para 4,2% e os consultores do Governo tinham estimado mesmo um crescimento de 4,6%.

A revisão em baixa deve-se em grande parte ao impacto da variante Ómicron que levou a um aumento acentuado dos contágios na Alemanha que se espera que tenha um impacto na atividade económica, especialmente através do aumento das baixas por doença. No entanto, o relatório prevê que com o progresso da vacinação a situação irá melhorar, de modo que se pode esperar uma recuperação clara a partir de abril.

O Governo também espera que o desemprego caia para 5,1% este ano, menos 0,6 pontos percentuais. Habeck acrescentou que agora devem ser lançadas as bases para uma saída rápida da crise, o que exigirá investimentos e uma maior eficiência. A fim de assegurar a competitividade e prosperidade a longo prazo, é também necessário combinar o crescimento com a proteção climática, afirmou.

Esta transformação é um desafio histórico, mas também uma grande oportunidade. Vamos começar este ano a transformar a economia social de mercado passo a passo numa economia de mercado social e ecológica”, disse Habeck. O relatório económico do Governo para 2022 intitula-se “Para uma economia de mercado social e ecológica” e, além das previsões habituais, descreve as orientações de política económica e financeira.

A necessidade de combinar a luta contra a crise climática com o desafio das alterações demográficas e de combinar ambos os desafios com a preservação da prosperidade significa, de acordo com o relatório, que a Alemanha precisa de grandes inovações e de alta produtividade.

Para este fim, o Governo planeia investir 3,5% do PIB em inovação e desenvolvimento e fazer mais uso do potencial da digitalização. O relatório salienta igualmente que o Governo considera a segurança social e económica como a chave para a aceitação das próximas mudanças por parte da população. Neste contexto, refere-se a intenção de aumentar o salário mínimo de nove para 12 euros por hora e as reformas previstas no domínio da assistência social.

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Petróleo supera barreira dos 90 dólares pela primeira vez desde 2014

  • ECO
  • 26 Janeiro 2022

Agravamento do risco geopolítico com ameaça de invasão russa na Ucrânia e ataques de grupo do Iémen nos Emirados impulsionam preços do barril de petróleo para máximos de 2014.

O petróleo superou esta quarta-feira a barreira dos 90 dólares por barril pela primeira vez desde 2014, perante o escalar das tensões geopolíticas na Europa e no Médio Oriente, que motiva preocupações junto dos investidores em relação a uma eventual quebra na produção de barris.

Em Londres, o Brent valoriza mais de 2% para os 90,91 dólares por barril, e negoceia em máximos desde 2014, quando chegou mesmo a superar os 110 dólares. Desde o início do ano já acumula ganhos de 14%. Do outro lado do Atlântico, o crude WTI avança cerca de 2,23% para os 87,51 dólares.

O Presidente americano, Joe Biden, adiantou esta terça-feira que poderá considerar sanções pessoais contra o homólogo russo, Vladimir Putin, em caso de uma invasão russa em solo ucraniano. Já na terça-feira, o movimento iemenita Houthi lançou um míssil contra uma base dos Emirados Árabes Unidos, num novo episódio de tensão naquela região.

“A ansiedade em torno de potenciais ruturas na oferta no Médio Oriente e Rússia estão a impulsionar o mercado de petróleo”, disse Stephen Brennocj, da PVM, citado pela agência Reuters.

Petróleo continua em alta

Por outro lado, os stocks petrolíferos nos EUA subiram na última semana, registando um crescimento de 2,4 milhões de barris, contra as expectativas dos analistas, que apontavam para uma queda modesta.

Por outro lado, dentro de uma semana, há nova reunião da OPEP+, cartel que reúne os maiores produtores mundiais e outros produtores como a Rússia, para decidir um novo aumento da produção.

A OPEP+ tem vindo gradualmente a desfazer os cortes de produção que implementou em 2020, por causa da pandemia, e tem vindo a aumentar a meta mensal em 400 mil barris por dia, isto apesar das dificuldades de alguns membros em subir a produção.

(Notícia atualizada às 16h21)

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Portuguesa Kencko recebe dez milhões de dólares para continuar a crescer

  • ECO
  • 26 Janeiro 2022

Startup do setor alimentar completou uma ronda de capital Series A de dez milhões de dólares onde também participou o fundo português Indico Capital Partners.

A Kencko, uma startup portuguesa do setor alimentar, foi alvo de uma ronda de capital Series A de dez milhões de dólares, liderada pela Siddhi Capital, onde também participou a portuguesa Indico Capital Partners.

A empresa fundada por Tomás Froes produz smoothies e gomas a partir de plantas, pretendendo usar este financiamento para expandir o negócio a outros produtos inovadores. Com esta operação, a Kencko já recebeu 13,5 milhões de dólares em capital de risco.

Segundo o fundador, citado em comunicado, a Kencko foi capaz de vender dez milhões de saquetas de pó para smoothies, o equivalente a “660 toneladas de produtos frescos”. Há três anos no mercado, a Kencko garante ter crescido 500% no ano passado, tendo fechado 2021 com 360 mil clientes, mais 173% do que em 2020.

Stephan Morais, líder da Indico, diz seguir a Kencko desde os primeiros dias e vê uma “procura incrível pelos seus produtos de alta qualidade e conveniência”. Para o investidor, a Kencko é “outro exemplo de empreendedores portugueses com mentalidade global e operações significativas tanto em Portugal como nos EUA”.

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Mezze Escola arranca. Inscrições para segunda edição já estão abertas

O curso de cozinha para migrantes e refugiados começou esta semana as aulas, na Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa. A próxima edição também já tem data marcada, e as inscrições já estão abertas.

O Mezze Escola já deu a primeira aula aos migrantes e refugiados que pretendem aprender sobre restauração e inserir-se no mercado de trabalho português. A formação, desenvolvida pela Associação Pão a Pão em parceria com a Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa (EHTL) e apoiado pelo programa Cidadãos Activ@s da Fundação Calouste Gulbenkian, pretende melhorar as condições de acesso ao emprego por parte de migrantes, dando-lhes ferramentas para aperfeiçoar as suas competências técnicas e sociais. A próxima edição começa em abril e as inscrições já estão abertas.

“O curso tem uma duração de seis meses, divididos entre a EHTL, com uma componente teórico-prática, e o Mezze, onde os alunos receberão formação em ambiente real de trabalho. Numa última fase, a Associação Pão a Pão fará a ponte com empregadores, promovendo a realização de estágios profissionais e oportunidades de emprego”, lê-se em comunicado.

Durante a componente teórico-prática, os formandos terão aulas de confeções básicas de cozinha, serviço de restaurante ou higiene e segurança alimentar, mas também de língua portuguesa, desenvolvimento pessoal, social e criativo, literacia financeira ou direito laboral. Estas aulas servem “para que fiquem a conhecer melhor o ambiente de trabalho onde vão estar inseridos”. No final, os formandos que concluírem o curso receberão um certificado de formação emitido pela EHTL.

A próxima formação do Mezze Escola decorre entre 26 de abril e 26 de julho de 2022, sendo que os interessados já podem preencher o formulário de pré-inscrição, através deste link. Seguem-se uma entrevista pessoal e uma seleção final dos candidatos.

A quem se dirige?

Condições de acesso:

  • Maiores de 18 anos;
  • Imigrantes, pessoas refugiadas ou requerentes de asilo;
  • Ter título de residência (definitivo ou provisório);
  • Ter NIF e NISS;
  • Algum domínio da língua portuguesa (nível A2 no mínimo);
  • Estar disponível para turnos rotativos, diurnos e noturnos.

Critérios de valorização:

  • Não beneficiar de apoio de acolhimento estatal;
  • Mulheres;
  • Jovens adultos até aos 30 anos;
  • Ter alguma experiência na área da restauração;
  • Estar em Portugal há pelo menos três anos;
  • Falar árabe;
  • Ter paixão pela cozinha/restauração.

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Banco Montepio e diretor condenados a coima de mais de meio milhão do Banco de Portugal

Banco Montepio foi multado em 475 mil euros e o responsável Jorge Barros Luís em 50 mil euros por questões relacionadas com o reporte de investimento em produtos complexos da PT. Ambos recorreram.

O Banco Montepio e o diretor Jorge Barros Luís foram condenados a coimas que superam o meio milhão de euros pelo Banco de Portugal, por questões relacionadas com investimentos em produtos complexos da Portugal Telecom, factos que ocorreram em 2015. Ambos impugnaram a decisão para o tribunal de Santarém.

De acordo com o supervisor, o banco (na altura liderado por Tomás Correia) e o diretor foram condenados a coimas de 280 mil euros e 45 mil euros, respetivamente, por “incumprimento do dever de divulgação de informação sobre requisitos de fundos próprios do risco de posição em derivados de crédito de forma exata no relatório de disciplina de mercado” pela “não contabilização e apuramento de requisitos de fundos próprios pelos swaps de risco de incumprimento sobre a Portugal Telecom International Finance BV e por ter divulgado informação inexata”.

Neste processo, a instituição financeira foi ainda condenada a uma outra coima no valor de 260 mil euros por incumprimento do dever de reporte de exposição de montante superior a 10% dos fundos próprios, de forma completa, isto “por não ter refletido a exposição total à Portugal Telecom International Finance BV como um grande risco”.

No final, atentas às várias contraordenações praticas por ambos, a instituição e o diretor foram alvos de coimas únicas de 475 mil euros e 50 mil euros, respetivamente, decisão da qual recorreram junto do Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão, em Santarém, “pelo que a referida decisão ainda não transitou em julgado”, lembra o Banco de Portugal.

Banco de Portugal aplica coimas de 1,7 milhões

Durante o último trimestre de 2021, o Banco de Portugal instaurou 92 e decidiu 40 processos de contraordenação, sendo que, no contexto das decisões proferidas, foram aplicadas coimas no total de 1,68 milhões de euros, segundo a informação divulgada esta quarta-feira.

Destas coimas, cerca de 103 mil euros estão suspensos na sua execução.

Em relação aos 40 processos decididos, 19 respeitaram a infrações de natureza comportamental, 13 tinham a ver com infrações de natureza prudencial, quatro respeitaram a infrações a deveres relativos à prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo e outros quatro respeitaram a infrações relacionadas com atividade financeira ilícita, detalha o supervisor.

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Tribunal da Relação mantém pena de dois anos de prisão efetiva para Armando Vara

  • Lusa
  • 26 Janeiro 2022

O Tribunal da Relação de Lisboa manteve a pena de dois anos de prisão efetiva aplicada a Armando Vara por branqueamento de capitais, ao rejeitar o recurso da defesa do ex-ministro.

O Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) manteve a pena de dois anos de prisão efetiva aplicada a Armando Vara por branqueamento de capitais, ao rejeitar o recurso da defesa do ex-ministro num processo separado da Operação Marquês.

Armando Vara tinha sido condenado em primeira instância no Tribunal Criminal de Lisboa, em julho de 2021, por um crime de branqueamento de capitais.

Acordam em negar provimento ao recurso e confirmam o acórdão recorrido”, pode ler-se no acórdão do TRL proferido, a que a Lusa teve acesso, e de que foi relatora a desembargadora Alda Tomé Casimiro e adjunta Anabela Simões Cardoso.

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