Coimbra quer investir 500 milhões de euros com fundos comunitários

  • Lusa e ECO
  • 18 Outubro 2022

A Câmara de Coimbra tem intenções de investimento de cerca de 500 milhões de euros para o próximo quadro comunitário, adiantou o presidente da autarquia José Manuel Silva.

“Há uma diferença significativa relativamente ao passado. Ao PT2020 [Portugal 2020] a Câmara de Coimbra apresentou projetos no valor de 100 milhões de euros. Ao PT2030 [a autarquia] apresentou projetos no valor de 500 milhões de euros”, adianta José Manuel Silva, que tomou posse como presidente da Câmara de Coimbra há um ano, depois de encabeçar a coligação Juntos Somos Coimbra que conquistou a autarquia ao PS.

A autarquia de Coimbra tem, por isso, intenções de investimento de cerca de 500 milhões de euros para o próximo quadro comunitário, segundo José Manuel Silva. O edil afirma que a autarquia tem “muitos projetos diferenciadores para a cidade”, sendo necessário “começarem as negociações” com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC).

É importante que Coimbra se assuma como motor de desenvolvimento de toda a região.

José Manuel Silva

Presidente da Câmara Municipal de Coimbra

“Algo que também é consensual na CIM [Comunidade Intermunicipal] é de que o desenvolvimento de Coimbra é fundamental para o desenvolvimento da região. É importante que Coimbra se assuma como motor de desenvolvimento de toda a região e, nesse sentido, os projetos são fundamentais para alavancar o desenvolvimento de toda a região”, realçou.

Entre os projetos previstos, está um “plano Marshall” para a Baixa da cidade de aquisição e requalificação de prédios naquela zona da cidade, o Centro de Arte Contemporânea de Coimbra e a transformação do antigo Pediátrico num espaço com valência de residências artísticas, mas que também acolha associações do concelho. Nesse último caso, José Manuel Silva referiu que há abertura “total” do Governo para a transferência da dominialidade daquele antigo hospital para a Câmara de Coimbra.

Questionado sobre a criação de um pavilhão para eventos de maiores dimensões, o autarca assumiu que Coimbra tem essa necessidade, mas a ideia inicial de o localizar “no espaço intramuros do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova” poderá não avançar face aos condicionamentos de utilização de parte daquele monumento para um projeto hoteleiro.

Outra possibilidade, notou, será na construção da nova estação intermodal de Coimbra, já que o projeto inicial do arquiteto catalão Joan Busquets, que o atual executivo recuperou, previa “uma nave de eventos naquela zona”.

Fomos informados de que não há financiamento para o novo Palácio da Justiça e não aceitaremos que Coimbra esteja à espera deste projeto há 50 anos e que o Governo considere na área da justiça qualquer outra obra prioritária que não o Palácio.

José Manuel Silva

Presidente da Câmara Municipal de Coimbra

Em entrevista à agência Lusa, José Manuel Silva disse que a relação com o Governo tem sido “excelente”, apesar de não receber acolhimento de tudo o que é pedido pela autarquia.

Se no caso da nova maternidade de Coimbra tudo está a correr tal como previsto no cronograma, já na área da justiça o presidente da Câmara aponta críticas à ausência de respostas do Governo para alguns investimentos fundamentais na cidade. “Fomos informados de que não há financiamento para o novo Palácio da Justiça e não aceitaremos que Coimbra esteja à espera deste projeto há 50 anos e que o Governo considere na área da justiça qualquer outra obra prioritária que não o Palácio”, protestou.

Relativamente à Prisão de Coimbra, o autarca também não aceita que a sua deslocalização seja “relegada para segundo plano”.

Questionado sobre o acordo de utilização do Estádio Cidade de Coimbra com a Associação Académica – Organismo Autónomo de Futebol, José Manuel Silva explicou que, na revisão do acordo, que termina em 2024, estará “em debate o modelo de exploração” daquele espaço, nomeadamente um maior uso da infraestrutura para grandes eventos culturais e musicais.

“Isso implica, desde logo, encontrar uma solução alternativa para a pista de tartan e estamos a trabalhar nisso, num processo de triangulação com a Universidade de Coimbra e uma possível valorização do Estádio Universitário”, concluiu.

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Ataques russos contra Kiev atingem instalações elétricas

  • ECO e Lusa
  • 18 Outubro 2022

O país esteve em estado de alerta aéreo geral no início da manhã. autoridade de energia atómica ucraniana Energoatom acusou a Rússia de ter raptado dois funcionários da central de Zaporijia.

Instalações elétricas em Kiev foram atingidas esta terça-feira por três ataques russos, um dia depois da cidade ter sido atacada por “drones”, disse o gabinete da presidência da Ucrânia.

“De acordo com as primeiras informações, foram lançados três ataques contra instalações elétricas” na zona oriental da cidade de Kiev, indicou Kyrylo Tymochenko, conselheiro do Chefe de Estado da Ucrânia sem fornecer mais detalhes.

Ataques russos, com o uso de “drones suicidas”, (aeronaves não tripuladas) de fabrico iraniano mataram pelo menos oito pessoas, incluindo quatro em Kiev na segunda-feira, e atingiram instalações de energia em várias regiões do país.

O país esteve em estado de alerta aéreo geral, de acordo com o mapa publicado diariamente pelas autoridades ucranianas. No arranque do dia ouviram-se explosões em Mykolaïv, no sul, e em Kryvyi Rih, a cidade natal de Volodymyr Zelensky no sudeste do país. Também houve relatos de explosões em Kharkiv. Às 9h00 de Lsiboa apenas a região de Luhanks continuava em alerta.

Por outro lado, a autoridade de energia atómica ucraniana Energoatom acusou a Rússia de ter raptado dois funcionários da central de Zaporijia, a maior central nuclear da Europa, que está sob controlo russo desde 4 de março. As forças russas “raptaram” o diretor de informática da central, Oleg Kostioukov, e o vice-diretor geral Oleg Ocheka, e “levaram-nos para um destino desconhecido”, disse a Energoatom, num comunicado divulgado nas redes sociais.

O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, assegurou que a Rússia e a Ucrânia estão “manifestamente” dispostas a aceitar a criação de uma zona de proteção em torno da central nuclear. A zona poderia garantir que a maior central nuclear da Europa deixe de estar “numa situação tão precária”, disse Grossi, numa entrevista ao jornal argentino La Nación.

Na segunda-feira, Zaporijia ficou novamente sem energia elétrica da rede externa, dependendo de geradores a diesel para o arrefecimento dos reatores, com Ucrânia e Rússia a acusarem-se mutuamente de responsabilidade pela situação. A Energoatom disse que a central foi desligada da rede elétrica durante a madrugada, devido a bombardeamentos russos de uma subestação.

 

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Comissão Europeia disponível para apoiar interligações na Península Ibérica

  • Lusa
  • 18 Outubro 2022

Bruxelas garante estar disponível para apoiar interconexões energéticas na Península Ibérica, mas está ainda reticente sobre imposição de tetos nos preços do gás natural e relativos à eletricidade.

A Comissão Europeia garante estar disponível para apoiar interconexões energéticas na Península Ibérica, lembrando verbas comunitárias existentes para financiar ligações para eletricidade e hidrogénio ‘verde’ e destacando o “bom exemplo” do Porto de Sines no gás natural liquefeito.

“A Comissão e os Estados-membros estabeleceram grupos regionais de alto nível para facilitar o desenvolvimento de infraestruturas numa região específica e Portugal, Espanha e França pertencem ao grupo do sudoeste europeu. No plano [energético] REPowerEU, a Comissão manifestou a sua disponibilidade para ajudar a Península Ibérica a acelerar a implementação das suas infraestruturas através do trabalho deste grupo regional”, recorda em entrevista por escrito à agência Lusa a comissária europeia da Energia, Kadri Simson.

Na entrevista concedida por escrito precisamente devido às várias deslocações de Kadri Simson no quadro da atual crise energética, a responsável recorda que “os fundos da UE do Mecanismo Interligar a Europa estão disponíveis para projetos marcados como projetos de interesse comum”.

“Tanto os projetos de eletricidade como os projetos de hidrogénio são potencialmente elegíveis para tal ao abrigo do regulamento revisto relativo às redes transeuropeias de energia”, aponta a responsável, dias antes de os chefes de Governo de Portugal, Espanha e França se voltarem a reunir para discutir a matéria das interconexões, antes do Conselho Europeu desta semana em Bruxelas, dedicado à crise energética.

No que toca ao REPowerEU, a comissária europeia lembra à Lusa que esse pacote “salientou também que é relevante para a Península Ibérica acelerar a implementação do seu projeto de interligação elétrica, abrangendo o Golfo de Biscaia entre França e Espanha, interligação Portugal e Espanha, agrupamento de linhas internas em Portugal e as chamadas travessias dos Pirenéus entre Espanha e França”.

“O projeto do Golfo da Biscaia já recebeu apoios da UE no valor de 578 milhões de euros através do Mecanismo Interligar a Europa. As linhas internas em Portugal também receberam ambos 250 mil euros do Mecanismo Interligar a Europa para estudos preparatórios e, além desse mecanismo, estes projetos também poderiam receber financiamento ao abrigo do capítulo REPowerEU do fundo de recuperação e resiliência”, precisa Kadri Simson, na resposta dada à Lusa.

O pacote energético RepowerEU prevê a aposta neste tipo de interligações ibéricas, esperando Portugal que se avance com projetos já antigos de interconexão com Espanha, para assim chegar ao resto da Europa, quer de eletricidade, como de gás (natural e, futuramente, hidrogénio).

Apresentado pela Comissão Europeia em maio passado, o REPowerEU é o plano de Bruxelas para aumentar a resiliência energética europeia e tornar a UE independente dos combustíveis fósseis russos antes de 2030, no seguimento da guerra da Ucrânia e dos problemas no abastecimento Espanha e Portugal têm vindo a reivindicar um aumento das interconexões por a Península Ibérica ter poucas interligações energéticas com o resto da UE.

Questionada pela Lusa relativamente ao Porto de Sines, um dos maiores da União Europeia dada a tonelagem de carga movimentada nos terminais, Kadri Simson assinala que o seu papel deve “ser avaliado numa perspetiva mais ampla, uma vez que a Península Ibérica continua a ter fracas ligações relativamente ao resto da UE”.

“O REPowerEU destaca o potencial da Península Ibérica para contribuir para a segurança do aprovisionamento da UE”, pelo que “estamos cientes dos planos para que o Porto de Sines se torne um dos maiores centros verdes da Europa e, naturalmente, acolhemos favoravelmente tais intenções”, refere ainda a responsável.

Para Kadri Simson, o Porto de Sines é um “bom exemplo em que está planeado o transporte de hidrogénio para o resto da Europa, fazendo bom uso das infraestruturas portuárias existentes” para o gás natural liquefeito.

Bruxelas ainda reticente sobre tetos no gás e relativos à eletricidade

A Comissão Europeia ainda está reticente sobre imposição de tetos nos preços do gás natural, pelos riscos na segurança do abastecimento nomeadamente pela Rússia, e sobre limites no preço do gás na produção de eletricidade, pelas suas desvantagens.

A posição é avançada à agência Lusa pela comissária europeia da Energia, Kadri Simson, que em entrevista escrita a propósito da atual crise energética admite que “intervenções de preços num mercado que funciona de acordo com os sinais de preços implicam claramente riscos, especialmente para a segurança do abastecimento”.

“É por isso que qualquer intervenção no mercado do gás requer uma série de medidas paralelas, incluindo uma maior redução da procura de gás e salvaguardas para os [países] mais afetados”, argumenta a responsável europeia da tutela, quando questionada sobre iniciativas como tetos aos preços do gás, nomeadamente relativamente ao importado pela UE da Rússia.

Segundo Kadri Simson, a Comissão Europeia está agora “a trabalhar arduamente para encontrar uma solução que funcione para todos os Estados-membros”, já que os países mais dependentes das importações de gás russo estão contra esta imposição de limites nos preços.

Em cima da mesa – como verificado durante a cimeira europeia informal do início deste mês e na semana passada entre os ministros da tutela na cidade checa de Praga – está também a criação de tetos ao preço do gás usado para a produção de eletricidade, dado o efeito de contágio pela configuração do mercado europeu marginalista.

No dia em que divulga novas medidas para a UE enfrentar os elevados preços da energia e eventuais ruturas no fornecimento de gás, Kadri Simson diz à Lusa que “este modelo é uma forma de fazer baixar rapidamente os preços da eletricidade, mas há desvantagens”.

“Debatendo este tópico com os ministros da energia em Praga, havia ainda uma série de questões em aberto sobre o seu impacto na procura de gás, sobre os fluxos de eletricidade subsidiada para países vizinhos não pertencentes à UE e benefícios desiguais para países com diferentes cabazes energéticos”, pelo que “temos de trabalhar sobre estas questões e obter um amplo apoio dos Estados-membros, uma vez que teríamos de implementar este modelo em toda a UE da mesma forma a fim de sermos eficazes”, elenca a responsável, nesta entrevista concedida por escrito precisamente devido às suas várias deslocações no quadro da atual crise energética.

Na entrevista à Lusa, Kadri Simson confirma que Bruxelas vai avançar com as compras conjuntas, que a seu ver serão “particularmente cruciais para o reabastecimento do armazenamento após este inverno”, bem como com um “mecanismo temporário para limitar os preços e ajudar os consumidores” e “prosseguir os esforços de redução da procura e assegurar a solidariedade, em particular numa situação de emergência”.

À Lusa, Kadri Simson adianta ainda que “a medida ibérica funciona para um mercado específico, a infraestrutura específica e a situação de abastecimento da Península”, pelo que o executivo comunitário está a desenvolver numa “reforma para melhorar a longo prazo a conceção do mercado de eletricidade”, que será apresentada ainda este ano para avançar em 2023 visando “trazer aos consumidores os benefícios das energias renováveis e tecnologias de baixo carbono a preços acessíveis, preservando ao mesmo tempo os benefícios de um sistema elétrico comum, baseado no mercado”.

Respostas nacionais não são eficientes num mercado aberto

A comissária europeia da Energia vinca que “respostas nacionais não são eficientes num mercado aberto”, exortando a ações conjuntas na União Europeia (UE) para enfrentar a crise energética, com a solidariedade a ser “o cerne” da aposta comunitária.

“A Europa só pode sair desta crise [energética] através de mais unidade e solidariedade. As respostas nacionais não são eficientes num mercado aberto e é crucial manter condições equitativas em todo o nosso mercado único para a nossa indústria e negócio, esta é a lição que aprendemos com a crise da Covid-19”, declara em entrevista por escrito à agência Lusa a comissária europeia da Energia, Kadri Simson.

No dia em que divulga novas medidas para a UE enfrentar os elevados preços da energia e eventuais ruturas no fornecimento de gás, Kadri Simson diz à Lusa que “é evidente que as circunstâncias e os desafios dos Estados-membros são diferentes”.

“Todos os países tomaram medidas para apoiar os seus consumidores neste momento difícil e congratulamo-nos por isso. Ao mesmo tempo, apresentámos medidas à escala da UE e uma caixa de ferramentas para orientar as ações dos Estados-membros, exatamente com o objetivo de nivelar o campo de ação e assegurar uma ação coordenada em toda a UE e isto deve permanecer o cerne das nossas ações para enfrentar a crise energética”, exorta a responsável.

Bruxelas quer UE preparada para pior cenário porque “inverno não será fácil”

A Comissão Europeia quer a União Europeia (UE) “preparada para o pior cenário possível” de crise energética, alertando que este inverno “não será fácil”, dados os preços elevados e as eventuais ruturas no fornecimento de gás à Europa.

“Trabalhámos incansavelmente ao longo dos últimos meses para reforçar a nossa segurança de aprovisionamento através da diversificação, a implementação de uma política de armazenamento comum e o início da redução preventiva da procura de gás e eletricidade de uma forma coordenada, mas não devemos ser demasiado complacentes [porque] este não vai ser um inverno fácil”, afirma em entrevista escrita à agência Lusa a comissária europeia da Energia, Kadri Simson.

Na entrevista concedida por escrito precisamente devido às várias deslocações de Kadri Simson no quadro da atual crise energética, a responsável argumenta que, “com os novos instrumentos, a UE está certamente num lugar muito melhor do que estava até há alguns meses”. “Encorajo os Estados-membros a continuarem os seus esforços para poupar e armazenar o máximo de gás possível”, salienta.

No dia em que divulga novas medidas para a UE enfrentar os elevados preços da energia e eventuais ruturas no fornecimento de gás, Kadri Simson diz à Lusa que todos os pacotes já propostos contêm “instrumentos para, precisamente, evitar o caos e minimizar os riscos” perante corte no abastecimento russo.

Nos últimos meses, Bruxelas já avançou com medidas como diretrizes aos países para apoiarem os cidadãos devido ao impacto dos preços elevados da energia, obrigações mínimas de 80% de armazenamento de gás na UE, metas de redução de 15% do consumo de gás e de 10% de eletricidade, tetos temporários de 180 euros por Megawatt-hora para eletricidade produzida a partir de fontes como renováveis e nuclear, taxação de 33% sobre os lucros extraordinários das empresas de petróleo, gás, carvão e refinarias e ainda a possibilidade de declarar emergência perante corte de gás russo.

Falando sobre as medidas adotadas, Kadri Simson refere que, através da caixa de ferramentas com orientações, a Comissão Europeia deu “a todos os Estados-membros um vasto conjunto de instrumentos para poderem enfrentar o impacto dos preços elevados da energia, especialmente nos clientes vulneráveis, tanto famílias como empresas”.

“Recentemente, adotámos também novas medidas que permitiriam a todos os Estados-membros recolher receitas excedentárias do setor energético e redistribuí-las aos consumidores que enfrentam preços de energia excecionalmente elevados”, lembrou.

Já questionada sobre os apoios anunciados em Portugal, Kadri Simson adianta “partilhar do objetivo do Governo português de apoiar os consumidores vulneráveis”, embora avisando ser “fundamental que as medidas adotadas sejam bem orientadas para os mais necessitados e que não conduzam a um aumento do consumo de energia”.

Esta terça-feira, a Comissão Europeia vai propor a criação de instrumentos legais para compras conjuntas de gás pela UE, mas que só deverá avançar na primavera de 2023, bem como um mecanismo temporário para limitar preços na principal bolsa europeia de gás natural e regras de solidariedade na UE para disponibilização de gás a todos os Estados-membros em caso de emergência, segundo o rascunho das propostas a que a Lusa teve acesso.

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Portugal entre os países menos competitivos a nível fiscal

  • ECO
  • 18 Outubro 2022

Forte tributação sobre as empresas, o limite ao montante de prejuízos fiscais que as empresas podem abater nos lucros futuros e as diferentes taxas de IVA são consideradas as principais dificuldades.

Portugal é o terceiro pior país da OCDE em termos de competitividade fiscal e piorou a sua pontuação geral elaborada pela Tax Foundation e pelo think tank Instituto + Liberdade, noticia o Jornal de Negócios (acesso pago) e ao qual o ECO também teve acesso.

A tributação sobre as empresas – considerada muito elevada -, o limite ao montante de prejuízos fiscais que as empresas podem abater nos lucros futuros e as diferentes taxas de IVA são consideradas as três principais dificuldades do país. Neste âmbito, Portugal encontra-se no 36.º lugar entre os 38 países analisados, mantendo a mesma posição face ao ano passado. Contudo, uma alteração de metodologia impede comparações diretas entre os dois anos.

Temos a segunda taxa estatutária máxima mais elevada da OCDE (31,5%) – só atrás da Colômbia –, que contempla 21% de IRC aplicado aos negócios residentes e a que ainda se soma a derrama municipal de 1,5% e a derrama estadual, que pode atingir os 9%”, refere André Pinção Lucas, director executivo do Instituto +Liberdade, em comunicado. “Este valor compara com 23,9% na média da OCDE. Mas, mesmo olhando para a taxa efetiva de IRC, esta é a terceira mais elevada dos países europeus da OCDE: 25% face a uma média de 21,7%”.

Ainda no que toca à competitividade fiscal, a Estónia é o país mais bem colocado entre os países analisados, com o relatório a destacar a “taxa sobre empresas de 20%, apenas aplicada aos lucros distribuídos”, seguida pela Letónia. Já no que toca à pontuação geral, Portugal passou de 53,3 pontos para 51,5 pontos numa escala de 100 pontos possíveis, o que coloca o país na 36.ª posição.

Este relatório avalia cinco dimensões: impostos sobre as empresas; sobre os rendimentos individuais; sobre o consumo; sobre a propriedade; e tributação internacional.

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Cigarros eletrónicos rendem oito milhões ao Estado desde 2015

  • ECO
  • 18 Outubro 2022

Desde janeiro de 2015, o Estado já arrecadou quase oito milhões de euros com os cigarros eletrónicos. Só no ano passado, foram cobrados 2,01 milhões de euros, isto é, mais 386 mil euros face a 2020.

Desde janeiro de 2015 o Estado já arrecadou quase oito milhões de euros com os cigarros eletrónicos. 2021 foi o ano em que foi obtida maior receita fiscal sobre o líquido contendo nicotina, no valor de 2,01 milhões de euros, noticia o Jornal de Notícias (acesso condicionado).

O imposto cobrado sobre o líquido contendo nicotina usado para carregar os cigarros eletrónicos começou a ser tributado em 2015, sendo que nesse ano o Estado arrecadou 34.776 euros. Já no ano passado, foram cobrados 2,01 milhões de euros, isto é, mais 386 mil euros face a 2020. No total destes anos, foram cobrados 7.941.844,87 euros.

A Associação Portuguesa de Vaporizadores lamenta que a carga fiscal sobre este produto seja superior à média europeia, ao contrário do que acontece com o maço de tabaco, em que o imposto português fica abaixo da média comunitária. Para o próximo ano prevê-se um novo aumento, dado que na proposta de Orçamento do Estado para 2023 a tributação passará dos atuais 0,323 euros por mililitro para os 0,336 euros por mililitro.

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Governo critica Galp por informação alarmista sobre gás da Nigéria

  • Lusa e ECO
  • 18 Outubro 2022

Ministério do Ambiente diz que "não existe neste momento qualquer confirmação de redução nas entregas de gás da Nigéria. Mesmo que tal acontecesse, não há escassez no mercado”.

O Ministério do Ambiente e da Ação Climática adiantou segunda-feira que “não existe neste momento qualquer confirmação de redução nas entregas de gás da Nigéria”, afirmando não haver “escassez no mercado”.

O anúncio surge após a Nigeria LNG Limited ter alertado a Galp para “uma redução substancial no fornecimento de gás”.

“O Ministério do Ambiente e da Ação Climática informa que não existe neste momento qualquer confirmação de redução nas entregas de gás da Nigéria. Mesmo que tal acontecesse, não há escassez no mercado”, salientou o Ministério num comunicado enviado às redações.

Qualquer informação alarmista é desadequada, ainda mais em tempos de incerteza global”, acrescentou o gabinete de Duarte Cordeiro.

Na noite de segunda-feira, a Nigeria LNG Limited alertou a Galp para “uma redução substancial na produção e fornecimento de gás natural liquefeito” devido às chuvas e inundações registadas na África Ocidental e Central, que pode meter em risco o abastecimento em Portugal.

“A Galp informa que recebeu da Nigeria LNG Limited, o seu principal fornecedor de gás natural, um aviso de força maior com base nas vastas inundações que se verificaram na Nigéria, provocando uma redução substancial na produção e fornecimento de gás natural liquefeito e líquidos de gás natural”, lê-se numa nota enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

De acordo com Galp, ainda “não foi disponibilizada qualquer informação que suporte a avaliação dos potenciais impactos do evento, que poderão, no entanto, resultar em perturbações adicionais de abastecimento” à petrolífera portuguesa.

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IGF deteta irregularidades no controlo dos representantes fiscais

  • Lusa
  • 18 Outubro 2022

Maioria dos representantes da amostra (56%) não tinha atividade aberta, nem rendimentos declarados compatíveis com o elevado número de representados.

O Fisco não identificou nem avaliou o risco de omissão de proveitos por representantes fiscais, conclui uma auditoria da IGF, que mostra que 56% dos representantes verificados não tinha atividade aberta nem rendimentos compatíveis com o número de representados.

Na mira desta auditoria a Inspeção-Geral de Finanças (IGF), cujos resultados foram agora divulgados e que abrangeu o período de 2015 a 2019, esteve a avaliação da eficácia da atuação da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) no que diz respeito à atribuição e gestão do NIF sempre que há a intervenção de um representante fiscal e nas situações de cancelamento e suspensão do número de identificação fiscal.

Os resultados mostraram que “a maioria dos representantes da amostra (56%) não tinha atividade aberta, nem rendimentos declarados compatíveis com o elevado número de representados” e que foram, em média, 5.781 entre 2015 e 2019. Além disso, “71,6% destes não constaram de qualquer declaração fiscal ou de documento de cobrança nesse período”.

Apesar desta situação, a IGF refere que “a AT não identificou nem avaliou oportunamente o risco de omissão de proveitos por representantes fiscais e ainda não adotou medidas estruturais para alterar esta realidade” que classifica de “elevado risco”.

A auditoria da IGF revela ainda que os serviços “não têm uma atuação uniforme face a situações anómalas ou quando há indícios de ilícito criminal de falsificação de documento”, não existindo também “evidência de ter sido assegurado o devido encaminhamento para os órgãos competentes de investigação criminal ou para outras entidades públicas, como o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras ou o Instituto da Segurança Social”.

Relativamente aos processos de cancelamento de NIF, a análise dos serviços mostrou que nem sempre foram sido cumpridos os vários requisitos legais, nomeadamente no que diz respeito a fundamento do ato administrativo e de sancionamento superior.

Segundo a IGF, o universo de representantes fiscais que renunciaram à representação não era conhecido, uma vez que “não consta” do Sistema de Gestão de Registo de Contribuintes e “a Direção de Serviços de Registo de Contribuintes não tem registo central dessas situações”.

Apesar de a lei prever a possibilidade de suspensão do NIF sendo este mecanismo legal e aplicável a situações em que existam “fortes indícios da prática do crime de fraude fiscal e a suspensão seja necessária para evitar o prosseguimento da atividade criminosa”, o mesmo nunca foi utilizado “por alegadas dificuldades de aplicação prática”.

A IGF detetou ainda riscos na validação de autenticidade de documentos na atribuição de NIF a não residentes.

Perante este contexto, a Inspeção-Geral de Finanças fez várias recomendações, sendo uma delas dirigida ao Governo para que altere a lei no sentido de “estabelecer que a função de representante fiscal e de gestor de bens ou direitos só possa ser exercida por contribuintes com situação tributária e contributiva regularizada”.

Nas recomendações dirigidas à AT, a IGF inclui a adoção de mecanismos de controlo e acompanhamento que permitam identificar se os contribuintes que representam elevado número de cidadãos estrangeiros “possuem atividade aberta e compatível (face à respetiva natureza e/ou rendimentos declarados) com o exercício da representação fiscal”.

As regras que delimitam a obrigatoriedade de um cidadão ter de nomear um representante fiscal foram alteradas este ano, tendo sido reduzido o leque de situações em que tal é obrigatório.

Atualmente apenas é obrigatória a nomeação de um representante fiscal se, após a atribuição de NIF como não residente, e enquanto residir em país terceiro (de fora da União Europeia ou do Espaço Económico Europeu), tiver uma relação jurídica tributária com Portugal, ou seja, se for proprietário de um veículo e/ou de um imóvel em território português, se celebrar cá um contrato de trabalho ou se exercer uma atividade por conta própria em território português.

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Maré verde em Wall Street pela segunda sessão consecutiva

  • ECO
  • 18 Outubro 2022

As principais bolsas norte-americanas encerraram em alta pelo segundo dia consecutivo. Galp castigou PSI após ter recebido um aviso para falhas no fornecimento de gás proveniente da Nigéria.

As principais bolsas norte-americanas encerraram em alta pelo segundo dia consecutivo, à medida que os lucros trimestrais reportados pelo Goldman Sachs e pela Lockheed Martin aliviam as preocupações de uma fraca época de resultados das empresas.

Já a bolsa de Lisboa encerrou a sessão desta terça-feira em terreno negativo, com o PSI a cair 0,48%, para 5.399,98 pontos. A penalizar o índice português esteve a Galp Energia, que caiu 4,47%, para 9,658 euros por ação, após ter comunicado na noite de segunda-feira que recebeu um aviso de falhas de fornecimento de gás natural proveniente da Nigéria.

No sentido inverso, a Mota-Engil avançou 1,96%, para 1,142 euros. A empresa foi a que teve o melhor desempenho da sessão, no dia em que anunciou ter assegurado 67,6 milhões de euros líquidos com uma Oferta de Subscrição de Obrigações ligadas a sustentabilidade e a Troca de Obrigações Taxa Fixa Mota-Engil 2018-2022.

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Hoje nas notícias: competitividade, cigarros e drones

  • ECO
  • 18 Outubro 2022

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Portugal é o terceiro pior país da OCDE em termos de competitividade fiscal. O Estado já arrecadou quase oito milhões de euros com os cigarros eletrónicos, desde 2015. A GNR pediu um avião à Frontex para patrulhar mar dos Açores, mas a decisão apanhou a Marinha e a Força Aérea de surpresa. Conheça estas e outras notícias em destaque esta terça-feira.

Portugal entre os países menos competitivos a nível fiscal

Portugal é o terceiro pior país da OCDE em termos de competitividade fiscal. A tributação sobre as empresas — considerada muito elevada –, o limite ao montante de prejuízos fiscais que as empresas podem abater nos lucros futuros e as diferentes taxas de IVA são consideradas as três principais dificuldades do país. Entre os 38 países avaliados, o melhor é a Estónia, seguido pela Letónia, de acordo com a pontuação elaborada pela Tax Foundation e pelo think tank Instituto + Liberdade.

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Cigarros eletrónicos rendem oito milhões ao Estado desde 2015

Desde janeiro de 2015, o Estado já arrecadou praticamente oito milhões de euros com os cigarros eletrónicos. 2021 foi o ano em que foi obtida maior receita fiscal sobre o líquido contendo nicotina, no valor de 2,01 milhões de euros. A Associação Portuguesa de Vaporizadores lamenta que a carga fiscal sobre este produto seja superior à média europeia, ao contrário do que acontece com o maço de tabaco, em que o imposto português fica abaixo da média comunitária.

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Em seis anos uso de drones aumentou mais de 123 vezes

Se em 2016, a ANAC tinha dado 457 autorizações para uso de de drones na captação de fotografias e vídeos, em 2021 o número de autorizações já ultrapassava as 56.500. Contas feitas, o número de autorizações de levantamento de aeronaves não tripuladas para captação de imagens aumentou mais de 123 vezes. Entre 2017 e 2021, a autoridade de aviação civil recebeu 181 denúncias que deram origem a 75 processos de contra-ordenação. Multas ascendem a 21.300 euros.

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GNR pede avião à Frontex para patrulhar mar dos Açores. Marinha e Força Aérea surpreendidas

A GNR pediu à Frontex (Agência de Fronteiras Europeia) um avião para patrulhar o mar do Açores, onde a sua competência termina nas 12 milhas. Em causa está a aeronave Beechcraft C-12, que está a operar desde domingo. Contudo, a situação causou um mal-estar na Marinha e Força Aérea que não receberam qualquer pedido de apoio da GNR e têm meios de vigilância que ultrapassam as 12 milhas. Questionada pelo Diário de Notícias, a GNR não explica porquê, nem que ameaças específicas prevê para outubro e novembro para efetuar o pedido.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso livre)

Governo “não tem vergonha de dizer tudo e o seu contrário. É populismo light”, diz Moedas

O Presidente da Câmara de Lisboa acusou António Costa e o PS de representarem “um tipo de socialismo que não tem vergonha”, dizendo “tudo e o seu contrário” e lamentou as decisões tomadas sobre o novo aeroporto e a forma como tem sido gerido o dossiê TAP. “O Governo não decidiu absolutamente nada. E não tem desculpa. É uma decisão que o Governo tem de tomar”, afirmou, sobre o novo aeroporto da região de Lisboa, nas jornadas parlamentares do PSD. Carlos Moedas deixou ainda rasgados elogios a Luís Montenegro.

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YouTube contribuiu com 50 milhões para a economia nacional em 2020

  • Lusa
  • 18 Outubro 2022

estudo reforça papel do YouTube na internacionalização do conteúdo dos portugueses: 72% dos criadores conseguem exportar conteúdo para audiências internacionais que, de outra forma, não alcançariam.

O YouTube contribuiu, em 2020, com 50 milhões de euros para a economia portuguesa, contando com cerca de 3.900 postos de trabalho associados à sua atividade, de acordo com um estudo da consultora Oxford Economics.

Segundo um post de Francesca Mortari, diretora do YouTube Southern Europe, uma das principais conclusões do estudo “aponta para que o ecossistema criativo do YouTube tenha contribuído com cerca de 50 milhões de euros para o Produto Interno Bruto Português (PIB) em 2020”, sendo que, “além do contributo financeiro, 3.900 postos de trabalho em Portugal (o equivalente a tempo completo) estão vinculados ao ecossistema do YouTube”.

A mesma fonte referiu que “o estudo reforça também o papel do YouTube na internacionalização do conteúdo dos portugueses: 72% dos criadores conseguem exportar conteúdo para audiências internacionais que, de outra forma, não conseguiriam alcançar”.

“Com cerca de mil milhões de horas de vídeo visualizadas no YouTube todos os dias, em todo o mundo, estas visualizações geram receitas substanciais para os criadores do YouTube e outros negócios que, por sua vez, geram atividade económica e empregos nas suas cadeias de valor e na economia em geral”, lê-se na mesma nota, segundo a qual “57% dos criadores portugueses entrevistados dizem que o YouTube lhes proporciona a oportunidade para criar conteúdo e ganhar dinheiro que não poderiam obter dos media tradicionais”.

De acordo com o estudo, “em Portugal, 80% dos criadores de conteúdos concordam que o acesso a audiências fora de Portugal é essencial para a sustentabilidade do seu canal até porque 50% do tempo de visualização de conteúdo produzido por canais em Portugal vem de audiências fora” do país.

Além disso, indicou a mesma nota, “83% dos professores que usam o YouTube afirmam que usam conteúdos do YouTube nas suas aulas e 78% dos utilizadores com crianças com menos de 13 anos (que usam o YouTube Kids em aulas e para tarefas) concordam que o YouTube Kids torna a aprendizagem mais divertida”, sendo que “os vídeos de faça você mesmo (DIY) e como fazer são também bastante procurados no YouTube com 62% dos utilizadores a dizerem que veem regularmente este tipo de vídeos na plataforma o que mostra que canais educacionais podem ter um grande impacto”.

A mesma fonte garantiu que “a plataforma continua a crescer em Portugal contando hoje com mais de 700 canais com mais de 100.000 subscritores e mais de 60 canais com mais de um milhão de subscritores – e ambos a crescer 15% ao ano”.

Para este estudo, “a Oxford Economics utilizou os resultados dos inquéritos e dados publicados para estimar o contributo do YouTube para métricas económicas populares, como o PIB e o emprego”, tendo realizado “um inquérito anónimo a 2.000 utilizadores em Portugal” e sondou “500 negócios do sul da Europa e mais de 1.460 criadores de conteúdo sul-europeus, dos quais 180 em Portugal”.

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5 coisas que vão marcar o dia

Pelos mercados, a Mota-Engil apresenta os resultados da Oferta de Subscrição de Obrigações e há a divulgação das contas da Goldman Sachs e da Netflix.

Será um dia marcado pela discussão à volta da crise energética, com a Comissão Europeia a discutir um pacote de medidas e o Eurostat a divulgar dados sobre os stocks. Pelos mercados, a Mota-Engil apresenta os resultados da Oferta de Subscrição de Obrigações e há a divulgação das contas da Goldman Sachs, bem como da Netflix.

Bruxelas discute medidas para crise energética

A Comissão Europeia vai reunir esta terça-feira para discutir o pacote das medidas para combater crise energética, sendo que mais tarde irá dar uma conferência de imprensa para apresentar as conclusões finais sobre como enfrentar os preços elevados da energia que se têm registado no continente.

Mota-Engil apresenta resultados das obrigações

A construtora portuguesa Mota-Engil, em conjunto com a gestora da bolsa Euronext Lisbon, onde está cotada, apresentam esta terça-feira os resultados da Oferta de Subscrição de Obrigações ligadas a sustentabilidade, Mota-Engil 2022-2027, bem como da Troca de Obrigações Taxa Fixa Mota-Engil 2018-2022.

Época de resultados continua em Wall Street

Durante esta semana continuam a ser divulgados os resultados das cotadas nas bolsas norte-americanas. Esta terça-feira chega a altura de conhecer as contas do terceiro trimestre da Goldman Sachs, bem como da Netflix, que na última divulgação mostrou que perdeu vários assinantes, apesar de ter sido em menor proporção do que o esperado.

Como estão os stocks de emergência do petróleo?

O Eurostat divulga esta terça-feira dados sobre as reservas de emergência de petróleo, para este ano, na União Europeia. Estes stocks ganham uma relevância importante nesta altura em que se veem ainda grandes flutuações nos preços energéticos, bem como preocupações à volta do corte de produção da OPEP.

Eurostat divulga dados sobre situação laboral dos migrantes

O gabinete de estatísticas da União Europeia vai também publicar neste dia dados estatísticos sobre a situação laboral dos migrantes e os seus descendentes imediatos ao longo do ano de 2021. No ano anterior, a taxa de emprego regional mais elevada em 2020 para os cidadãos de outros Estados-membros da UE foi de 95,6% em Mecklenburg-Vorpommern (Alemanha).

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PlanApp gastou 1,7 milhões em formação. Ainda não há bolsa de peritos externos

Ainda não foram financiados estágios em organizações internacionais. “O assunto está a ser estudado e a expectativa é iniciar esse processo em 2023”, avança fonte oficial ao ECO.

Lembra-se do PlanApp? A consultora do Estado criada para ajudar os governos a tomar decisões, sem necessitar de especialistas externos e que a oposição denunciou serem as funções que Sérgio Figueiredo ia desempenhar junto do ministro das Finanças, Fernando Medina? Esta entidade já recebeu 1,7 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) que gastou na formação de técnicos. Mas ainda não criou a bolsa de consultores externos que estava prevista, nem arrancou o programa de estágios em instituições internacionais.

No PRR está inscrito um investimento de 11,69 milhões de euros, a fundo perdido, que têm como beneficiário o PlanAPP que tem por objetivo levar a cabo uma “reforma funcional e orgânica da Administração Pública, nomeadamente, em organismos de suporte do Estado”, explicou ao ECO fonte oficial da instituição. Entre estes organismos de suporte estão, “entre outros, os serviços partilhados, como é o caso dos centros de competências, no qual o PlanAPP se insere”, precisa a mesma fonte.

Para já o PlanAPP recebeu como adiantamento “10% desse valor, ou seja, cerca de 1,7 milhões de euros, de acordo com as regras previstas no regulamento do respetivo fundo comunitário”, avançou fonte oficial da entidade liderada por Paulo Areosa Feio.

E com este dinheiro foi paga a “formação inicial dos técnicos superiores que entraram no PlanAPP ao abrigo do recrutamento centralizado”, mas também a “contratação da OCDE para apoiar a instalação do PlanAPP como centro de competências fundamental da Administração Pública portuguesa, através do acesso à experiência de organismos homólogos noutros países da OCDE e às melhores práticas internacionais na área da governança pública”.

Na listagem de como o PlanAPP iria gastar as verbas do PRR estão especificados 1,35 milhões de euros para a aquisição de serviços de formação, nomeadamente, o “desenvolvimento de um programa de formação em 2021-2022 em áreas específicas associadas a prospetiva e avaliação de políticas públicas a toda a rede do PlanAPP (90 pessoas) para nivelamento das competências da rede”, uma iniciativa que tinha um custo definido de dez mil euros por pessoa; e ainda “a realização de 25 workshops técnicos de dinamização da Rede e de disseminação de conhecimento, entre 2022 e 2025, envolvendo 750 participantes, com um custo de 600 euros por participante (custos com a organização e participação)”.

A função deste centro de competências são as “políticas públicas em geral, sobretudo a elaboração de documentos de estratégia e do Programa Nacional de Reformas”, segundo o secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros. Razão pela qual “o PlanApp não esgota atividade noutras áreas governativas. Não há sobreposição de representantes nas mesmas áreas”, dizia André Moz Caldas para tentar esvaziar a polémica em torno da contratação de Sérgio Figueiredo que acabou por não avançar já que o próprio desistiu do cargo.

E para elaborar estes documentos de estratégia o PlanAPP está desde maio à procura de especialistas para formar uma bolsa de consultores externos. O PlanAPP procurava consultores externos em cinco áreas: determinantes da produtividade; políticas e mercados de habitação; sustentabilidade climática e ambiental; demografia e condições de vida; governança, envolvimento público e ecossistema de políticas, tal como o ECO escreveu quando o despacho foi publicado em Diário da República. O objetivo é dar resposta técnica às áreas onde o centro não tem know how suficiente, tendo assim à sua disposição especialistas que podem ser contratados temporariamente consoante os projetos.

Mas, entretanto, já foram contratados “dois consultores ao abrigo da prestação de serviço no âmbito de projetos específicos”, confirmou fonte oficial. José Vítor Malheiros, ex-jornalista e ex-consultor de Comunicação de Ciência, foi a mais recente contratação como consultor associado. A lei determina que “o número máximo de consultores seniores, de consultores coordenadores, de consultores principais e de consultores associados que podem exercer funções no PanAPP é fixado, respetivamente, em 3, 4, 5 e 10”. E para pagar estas contratações o PRR tem reservados 6,5 milhões de euros. Estando prevista a “contratação de 13 consultores/ peritos/ ano, entre 2021 e 2025, com custo anual de 100 mil euros/ consultor/ perito”, pode ler-se no Portal da Transparência.

Outra fatia da verba alocada ao PlanApp está reservada para estágios de três e seis meses em organizações internacionais de referência para troca de experiências e capacitação. São 800 mil euros que têm por base um custo médio de cinco mil euros/ mês por pessoa, ou seja, dez estágios por ano ao longo de 4 anos entre 2022 e 2025 (média 4 meses).

Mas até agora ainda não foi realizado qualquer estágio. “Ainda não foram financiados estágios”, confirmou fonte oficial. “O assunto está a ser estudado e a expectativa é iniciar esse processo em 2023”, concluiu.

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