Administração do Banco de Fomento em “transição de pastas”
Ministro da Economia fala em interessados nacionais e internacionais credíveis para a Efacec, depois de ter rompido negócio de venda com a Dst. Mas não garante que Estado seja ressarcido da injeção.
A administração do Banco de Fomento está em “transição de pastas”. A afirmação é do ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, durante a audição na especialidade relativa ao Orçamento do Estado para 2023. Sobre a Efacec, Costa Silva garante que há interessados nacionais e internacionais na empresa portuguesa.
“Brevemente, o novo conselho de administração do Banco de Fomento tomará posse. Está a decorrer a transição de pastas”, referiu António Costa Silva quando questionado pelo deputado do PSD Paulo Rios de Oliveira. O ministro diz que o perfil da nova equipa de liderança do Banco de Fomento está “mais ligado às empresas”
Sobre o reinício do processo de venda da Efacec, após o rompimento do negócio com a Dst, o ministro adiantou que “alguns dos interessados são nacionais e outros são internacionais”. “Pensamos que são fiáveis“, referiu o governante em resposta ao mesmo deputado do PSD. O Estado já contribuiu com 165 milhões para manter a Efacec a funcionar: 50 milhões relativos ao processo de venda e 115 milhões de euros em garantias em empréstimos à banca, segundo o ministro.
António Costa Silva afirmou ainda que vai ser feito “tudo” para que o Estado possa ser reembolsado do valor injetado na Efacec, reiterando que está a trabalhar numa solução para a empresa. “Vamos fazer tudo para isso acontecer”, disse, antes de acrescentar que não pode “dar nenhuma garantia” nesse sentido.
Ainda sobre a Efacec, o ministro reforçou que a empresa deve ter gestão privada: “Tenho a forte convicção que o Estado não tem vocação para gerir empresas exceto em casos excecionais, pela sua própria génese. O Estado tem de ser, sobretudo facilitador do desenvolvimento económico”.
Costa Silva também foi questionado sobre o regime dos nómadas digitais. O ministro defende que estas pessoas são “altamente qualificadas a nível tecnológico” e “podem beneficiar o ecossistema de startups” em Portugal.
Na intervenção inicial, António Costa Silva falou sobre a importância da indústria para a economia portuguesa resistir à recessão da Alemanha. Metalomecânica, têxteis e vestuário, calçado e tecnologia foram as áreas industriais destacadas pelo governante como motores da economia nacional.
(Notícia atualizada às 20h13 com declarações adicionais de António Costa Silva)
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