MAI anuncia construção de centenas de alojamentos para polícias na região de Lisboa
A Amadora foi a primeira autarquia a ceder terrenos para blocos habitacionais destinados a polícias recém-formados.
O ministro da Administração Interna anunciou esta quarta-feira que algumas centenas de alojamentos destinados a polícias recém-formados vão ser construídos na região de Lisboa, sendo a Amadora a primeira autarquia a ceder terrenos para blocos habitacionais.
Na cerimónia do dia do Comando Metropolitano de Lisboa da Polícia de Segurança Pública (Cometlis), que decorreu na Amadora, José Luís Carneiro afirmou que, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, o Ministério da Administração Interna (MAI) está a trabalhar na execução dos cerca de 40 milhões de euros destinados a alojamento para os polícias e militares recém-formados, bem como para os seus agregados familiares, através dos serviços sociais da GNR e da PSP.
“Só na Área Metropolitana de Lisboa, com o apoio de diversas câmaras municipais, iremos promover a construção e reabilitação de vários espaços habitacionais, que irão garantir alojamento aos agentes que iniciam em Lisboa a sua missão”, precisou o ministro, avançando que, na Amadora, vão ser “a breve prazo” iniciados os procedimentos para a execução de três blocos habitacionais dos serviços sociais da PSP, em terrenos cedidos pela autarquia, que permitirão aos polícias em início de carreira “ter um alojamento digno”.
José Luís Carneiro revelou que estão também em curso diversos processos para construção, aquisição ou reabilitação de edifícios para alojamento nos concelhos de Oeiras, Odivelas, Loures e Lisboa. No final da cerimónia e em declarações aos jornalistas, o ministro deu conta que a Amadora foi “a primeira câmara que avançou com a decisão por unanimidade de ceder ao MAI terrenos que permitirão a construção de três blocos habitacionais”.
“Temos um esforço equivalente em curso noutros municípios, quer para a construção de habitação nova, quer para a reutilização de equipamentos existentes. Amadora, Oeiras, Odivelas, Loures e Lisboa são os municípios mais avançados. Estamos a falar de algumas centenas de alojamentos. O processo ainda não está fechado”, disse.
O ministro estimou que “até ao primeiro trimestre” de 2023 terá “respostas concretas para os novos polícias que são colocados na área metropolitana de Lisboa”. O governante explicou que há diferentes soluções, designadamente a “cedência de terrenos e construção de blocos habitacionais”, o aproveitamento de equipamentos já existentes também cedidos pelas autarquias e requalificados por parte dos serviços sociais da PSP e um processo de aquisição de edificado com condições de alojamento”.
Quando acabam o curso de agentes, a maioria dos novos polícias é colocada no comando de Lisboa e, como muitos deles não são desta região, uma das dificuldades que se têm colocado, ao longo dos anos, é a falta de alojamento.
Na cerimónia de aniversário do Cometlis, o ministro anunciou ainda a realização de um projeto-piloto que está a ser desenvolvido na Amadora e que tem “um caráter particularmente inovador com um “sistema de analítica” que permite mecanismos de alarme e “uma gestão mais eficiente da videovigilância, dado que o sistema irá alertar o operador de imagem para situações que possam configurar perigo para pessoas e bens”.
Segundo o governante, este projeto-piloto consiste na aplicação de inteligência artificial ao sistema de videovigilância, permitindo “estabelecer sistema de alerta que são determinados pela PSP”.
“Esses sistemas de alerta acionam mecanismos e dão condições à PSP para preposicionar ou utilizar de forma mais eficiente os meios na prevenção da criminalidade”, disse, indicando ainda que vão ser iniciados os trabalhos para a terceira fase da implementação da videovigilância no concelho da Amadora.
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