5 coisas que vão marcar o dia

António Costa e Pedro Sánchez protagonizam mais uma cimeira ibérica no Minho, enquanto em Lisboa é dia de encerramento da Web Summit. BPI e Semapa apresentam resultados.

É entre Braga e Viana do Castelo que se realiza esta sexta-feira a 33ª Cimeira Luso-Espanhola, dedicada ao tema da inovação. No Parque das Nações queimam-se os últimos cartuchos da Web Summit, no Parlamento são ouvidas mais duas ministras sobre o OE2023 e no Estoril arranca o Congresso da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas. Calendário de apresentação de resultados até setembro prossegue com BPI e Semapa.

Cimeira ibérica no Minho

Viana do Castelo recebe esta sexta-feira a 33ª Cimeira Luso-Espanhola, presidida pelo primeiro-ministro português, António Costa, e pelo homólogo de Espanha, Pedro Sánchez. Este encontro que “dá continuidade ao aprofundamento das relações bilaterais e é dedicado à inovação” arranca, no entanto, em Braga, com uma visita dos dois chefes de Governo ao Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia. Seguem depois para a capital do Alto Minho, para uma cerimónia de honras militares e cumprimentos na Praça da República antes do arranque dos trabalhos na Pousada de Santa Luzia, onde serão assinados os acordos e será realizada a conferência de imprensa conjunta.

Web Summit: da energia aos robôs

Aí está o último dia da Web Summit. No fecho da conferência de tecnologia que se realiza anualmente em Lisboa, os destaques vão para a participação do CEO do grupo EDP, Miguel Stilwell d’Andrade, num painel sobre a transição para as energias renováveis; a CEO da Altice Portugal, Ana Figueiredo, vai explicar como a empresa ajuda a “dar vida” a este evento; e Julian Holguin, CEO da Doodles, abordará os mercados de criptomoedas e NFT. Os apaixonados por robótica podem ver ElliQ em funcionamento numa sessão sobre o futuro das empresas deste setor.

Mais duas ministras ouvidas sobre o OE2023

Prosseguem também esta sexta-feira as audições parlamentares sobre o Orçamento do Estado para 2023, que está em discussão na especialidade depois do primeiro voto favorável na Assembleia da República. A partir das 9h, os deputados vão inquirir a ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras. A partir das 16h, é a vez da ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, defender o documento orçamental para o próximo ano.

Resultados do BPI e da Semapa

O BPI, da parte da manhã, e a Semapa, ao final da tarde, vão apresentar contas relativas aos primeiros nove meses do ano. O banco dos espanhóis do CaixaBank registou no primeiro semestre uma subida de 8,6% dos lucros, para 201 milhões de euros, com Angola a contribuir com 100 milhões. No caso do grupo liderado por Ricardo Pires, o resultado quase duplicou até junho, em termos homólogos, com a Navigator (pasta de papel) a dar o maior contributo para esta performance e o negócio do cimento (Secil) a cair 39% no semestre.

Congresso da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas no Estoril

O XIV Congresso da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, subordinado ao tema “Uma profissão para o País”, começa esta sexta-feira no Centro de Congressos do Estoril, com os trabalhos a prolongarem-se até sábado. Entre os participantes destacam-se, por exemplo, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a comissária europeia para a Coesão e Reformas, Elisa Ferreira, o presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, ou o advogado e comentador político, Luís Marques Mendes.

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Estudo do BCE desmente Costa. Procura está a puxar pela inflação tanto como a oferta

O primeiro-ministro contesta a subida dos juros pelo BCE com o argumento de que a inflação se deve à escassez de oferta. Estudo do BCE mostra que é cada vez mais um problema de pressão da procura.

A subida das taxas de juro pelo Banco Central Europeu (BCE) tem merecido a oposição do primeiro-ministro português e de outros líderes internacionais. António Costa argumenta que a inflação é provocada pela rutura das cadeias de abastecimento – um problema de escassez de oferta, que não pode ser resolvido pela autoridade monetária. O governador do Banco de Portugal saiu em defesa do BCE e um dos argumentos é de que há uma “pressão sobre o lado da procura muito visível”. Um estudo publicado pelo banco central da Zona Euro, de que é co-autor um economista português, mostra que a subida dos preços está a ser alimentada por ambas as variáveis, e em semelhante medida.

“Não é com a subida das taxas de juro que combatemos esta inflação”, afirmou o primeiro-ministro no início da semana passada em resposta às questões dos jornalistas, após a participação na abertura do Fórum das Competências Digitais. “Entendemos que esta inflação resulta menos de haver uma grande massa monetária em circulação e mais de uma causa importada e bem conhecida que é a guerra da Rússia contra a Ucrânia – uma guerra que agravou a rutura nas cadeias de abastecimento e introduziu o fator acrescido de uma crise energética”, explicou.

Dois dias depois, no debate do Orçamento do Estado na generalidade, voltou à carga. “A crise inflacionista na Europa resulta da rutura das cadeias de abastecimento e do aumento dos preços da energia e não é com a subida das taxas de juro que se resolve esta crise inflacionista”, afirmou António Costa, acrescentando que a política monetária se arriscava a contribuir para “aumentar o risco de recessão nas economias europeias”.

No dia seguinte, Christine Lagarde anunciou mais um aumento de 75 pontos base nas taxas de referência do euro.

O Presidente da República partilha das dúvidas do primeiro-ministro. “Vale a pena pensar o mais próximo possível se é de continuar este galope porque pode não ser a maneira correta de resolver o problema da inflação nem do crescimento”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, também na semana passada.

A alternativa, que seria manter taxas de inflação elevadas, mesmo que sejam em parte justificadas pela guerra, tem um custo recessivo maior do que aquele que o aumento das taxas de juro provoca.

Mário Centeno

Governador do Banco de Portugal

O governador do Banco de Portugal veio esta quinta-feira em defesa das decisões do conselho do Banco Central Europeu, onde tem assento. “A alternativa, que seria manter taxas de inflação elevadas, mesmo que sejam em parte justificadas pela guerra, tem um custo recessivo maior do que aquele que o aumento das taxas de juro provoca”, afirmou Mário Centeno em entrevista ao Público.

Se António Costa sustenta que a inflação é alimentada pela escassez de oferta provocada pela rutura das cadeias de abastecimento em consequência da guerra na Ucrânia, o seu ex-ministro das Finanças diz que isso é só parte da explicação.

Mais à frente na entrevista, Mário Centeno afirma que “há outros fatores a contribuir neste momento para a inflação, para além dos do lado da oferta. Devido ao volume de poupanças que as famílias e as empresas acumularam ao longo da crise do Covid e ao estado do mercado de trabalho, que é muito bom, assistimos principalmente durante o segundo e terceiro trimestres deste ano a uma pressão sobre o lado da procura muito visível“.

Nos meses mais recentes, os fatores da oferta e procura desempenharam, em grande parte, papéis similares no índice de inflação excluindo energia e alimentos.

Eduardo Gonçalves e Gerrit Koester

Segundo um paper publicado pelo BCE, da autoria de um economista português, Eduardo Gonçalves, e de um colega, Gerrit Koester, a oferta e a procura têm um contributo semelhante para a aceleração da inflação, que chegou aos 10,7% na Zona Euro em outubro, segundo a estimativa rápida do Eurostat. A inflação subjacente, que exclui energia e produtos alimentares, atingiu os 5%. Esta é também a que mais preocupa o banco central, já que permite aferir melhor se a subida dos preços está ou não a generalizar-se e a ficar entrincheirada.

O estudo, que usa dados de setembro, analisa de forma desagregada o papel da procura e da oferta em cada componente do índice de inflação subjacente, cruzando a variação dos preços com a evolução da atividade. O exercício conclui que “o aumento na inflação subjacente que começou no terceiro trimestre de 2021 era inicialmente impulsionado sobretudo pela oferta, mas a importância dos fatores da procura aumentaram com o passar do tempo. Nos meses mais recentes, os fatores da oferta e procura desempenharam, em grande parte, papéis similares no índice de inflação excluindo energia e alimentos“.

O efeito da procura é mais relevante nos serviços do que nos bens industriais não energéticos. “Mais recentemente, a contribuição de componentes impulsionados predominantemente pela procura para a inflação nos serviços superaram os componentes impulsionados predominantemente pela oferta”, conclui o estudo The role of demand and supply in underlying inflation – decomposing HICPX inflation into components. Exemplos de componentes em que a procura é o fator mais determinante são os pacotes de férias e os voos de avião.

Quando refere a pressão do lado da procura, Mário Centeno também aponta o exemplo do turismo: “A recuperação do turismo estava prevista acontecer até ao final de 2023, mas ela já aconteceu no segundo e terceiro trimestre deste ano a nível europeu. E Portugal lidera a este nível”.

“Os dados do PIB desta segunda-feira mostram que Portugal é um dos países que mais crescem, quer em termos homólogos quer em cadeia, na União Europeia. Isso é extraordinário que aconteça, e bom. Mas tem este problema: há de facto um avolumar de algumas pressões, que eu acho que são localizadas, não são generalizadas, do lado da procura. Isto, com a manutenção das pressões do lado da oferta, conflui numa pressão inflacionista que não está a abater”, acrescenta o governador do Banco de Portugal.

Se a pressão da procura não for controlada agora, a dinâmica acentua-se, a política monetária tem de ser ainda mais restritiva, com perdas em termos de ‘output’ maiores.

António Nogueira Leite

Economista

A pressão da procura reforça o argumento para a subida das taxas de juro. “As expectativas dos agentes económicos sobre a inflação vão sendo cada vez mais elevadas. Há um processo de autoalimentação que é preciso quebrar. Só com uma política monetária mais restritiva é possível pôr termo a esse ajustamento em alta”, defende também o economista António Nogueira Leite.

“É fundamental que os bancos centrais atuem neste momento através da subida das taxas de juro. Se a pressão da procura não for controlada agora, a dinâmica acentua-se, a política monetária tem de ser ainda mais restritiva, com perdas em termos de output maiores“, acrescenta o professor catedrático da faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa.

Para o economista, “é inconsistente o Governo dizer que não é um problema de procura e estar a atuar do lado da procura restringindo os rendimentos reais disponíveis de funcionários e pensionistas“. “Em Portugal os salários não são um problema porque estão a subir bem menos do que a inflação acumulada nos últimos anos, em particular no Estado. O rendimento real dos salários e pensões está a baixar, o que significa que a política restritiva do Governo é consistente com o combate à inflação. Estão a atuar bem, mas estão com o discurso errado”, conclui.

No Boletim Económico de outono, o Banco de Portugal previa que a variação no índice de preços atingisse “o ponto máximo no terceiro trimestre (9,5%)”, “diminuindo ligeiramente no final do ano”. A previsão foi atualizada pelo governador na entrevista ao público, depois de a variação homóloga do índice de preços ter acelerado de 9,3% em setembro para 10,2% em outubro.

“Podemos esperar que quando a inflação atingir um pico — e as expectativas são as de que isso possa acontecer no quarto trimestre deste ano —, embora reconheça que já não é a primeira vez que é previsto esse pico e que depois tenha acabado por não acontecer —, se irá ganhar um grau de previsibilidade sobre a política monetária muito significativo”, disse Centeno.

As expectativas a médio prazo continuam ancoradas, não há razão para achar que a inflação se irá manter elevada por muito mais tempo.

Pedro Brinca

Economista

O economista Pedro Brinca também antecipa um alívio na inflação. “Nos EUA parece que esse pico já está mais ou menos claro e ficaria surpreendido se na Europa, com a subida acentuada das taxas de juro, fim dos programas de compra de divida pública e privada, e com a consolidação orçamental que está a ser feita a inflação não cedesse de forma acentuada nos próximos meses”, afirma. “As expectativas a médio prazo continuam ancoradas, não há razão para achar que a inflação se irá manter elevada por muito mais tempo”.

Os problemas do lado da oferta também serão menores, prevê o professor associado da Nova SBE. “A capacidade da Europa em lidar com a ausência das importações de energia da Rússia melhora a cada dia e tem surpreendido pela positiva. Se olharmos para os principais mercados de bens, aço, ferro, alumínio, trigo, até o gás natural, todos tem tido quebras acentuadas. Mesmo o preço dos contentores ou o tempo médio de transporte de mercadorias já estão em valores bastante inferiores ao observado no princípio do verão”, aponta. “A pergunta chave aqui é o tempo que levará a que essa quebra se expresse nos preços dos bens e serviços finais”.

“Existe uma questão importante relacionada com a falta de coordenação das políticas monetárias e orçamentais, com governos a cederem a pressões populistas e distribuírem liquidez de forma indiscriminada e trabalhando contra o BCE”, sublinha Pedro Brinca. Em vez de medidas que impulsionam a procura de forma generalizada, o economista defende que as ajudas devem ser “cirúrgicas e focadas nos casos de emergência social e não demasiado abrangentes, para não contribuírem para parte do problema da inflação e ajudarem a evitar subidas das taxas de juro ainda mais pronunciadas”.

(notícia atualizada às 9h30 com declarações de Pedro Brinca)

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Hannover Re aumenta rendimento líquido apesar de perdas

  • ECO Seguros
  • 3 Novembro 2022

Hannover Re continua confiante em alcançar os seus objectivos para 2022, apesar das consideráveis perdas registadas este ano.

A resseguradora alemã Hannover Re reportou um crescimento do rendimento líquido do grupo de 1,7% a 871 milhões de euros para os primeiros nove meses de 2022, apesar das perdas líquidas da empresa terem ficado acima do orçamento para o período, em 1,484 mil milhões de euros.

Além de um ligeiro crescimento do rendimento líquido, o lucro operacional dos nove meses de 2022 da Hannover Re aumentou 3,7%, numa base anual, para 1,3 mil milhões de euros, enquanto o rendimento dos capitais próprios permaneceu acima do objetivo mínimo de 11,5%.

Em todo o grupo, o prémio bruto escrito (PAG) subiu 21% para 26,3 mil milhões de euros em comparação com 21,6 mil milhões de euros no ano anterior, uma vez que os prémios líquidos obtidos aumentaram 22% para 21,6 mil milhões de euros, contra 17,6 mil milhões de euros no período do ano anterior.

Durante o período de nove meses de 2022, a divisão de resseguros de bens e acidentes (P&C) da resseguradora experimentou despesas de grandes perdas acima da média como resultado de numerosos eventos de catástrofes naturais.

No total, a empresa registou custos líquidos de grandes perdas de 1,484 mil milhões de euros nos nove meses de 2022, o que é superior ao total de 1,07 mil milhões de euros do ano passado, e também superior ao nível esperado de 1,079 mil milhões de euros orçamentados para o período.

O segmento de resseguro de P&C também viu o seu lucro operacional cair 16,4% para 887 milhões de euros, enquanto o lucro líquido diminuiu 26% para 545 milhões de euros.

No ramo de resseguro Vida e Saúde (L&H), a Hannover Re observa que as perdas relacionadas com a pandemia caíram acentuadamente, totalizando 227,8 milhões de euros nos nove meses de 2022, em comparação com 404 milhões de euros no período do ano anterior.

O PAG de resseguro L&H aumentou em 6,6% para 6,8 mil milhões de euros, à medida que o prémio líquido ganho saltou 8,4% para 6 mil milhões de euros.

Jean-Jacques Henchoz, Director Executivo (CEO) da Hannover Re, comentou: “Mesmo antes da extensa devastação causada pelo Furacão ‘Ian’, 2022 foi um ano de grandes perdas acima da média. Além disso, as elevadas taxas de inflação estão a contribuir para os custos de reconstrução. No entanto, a nossa orientação em termos de rendimentos ao longo de todo o ano continua a ser exequível. Entre outras coisas, isto é possível graças a contribuições saudáveis dos lucros dos investimentos, bem como ao resseguro de vida e saúde, e mostra como é importante a interacção da diversificação e da gestão de riscos”.

O Director Financeiro (CFO), Clemens Jungsthöfel, afirmou: “O estável desempenho dos lucros num ambiente moldado por consideráveis perdas naturais resultantes de catástrofes, bem como o nosso contínuo e robusto rácio de adequação de capital, sublinham a capacidade de absorção de riscos da Hannover Re. Isto estabelece as bases para o posicionamento como uma resseguradora particularmente fiável e financeiramente sólida para os nossos clientes e acionistas”.

Hannover Re continua confiante em alcançar os seus objetivos para 2022, apesar das consideráveis perdas consideráveis registadas este ano.

 

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Fidelidade na Web Summit: “Estamos positivamente supreendidos”

  • ECO Seguros
  • 3 Novembro 2022

Tomás Sérvulo, Head of Transformation of Motor & Mobility da Fidelidade, declarou que a companhia está supreendida pela positiva devido à afluência e potencial do maior evento de tecnologia.

Com cerca de 2 mil meios de comunicação registados, 160 países representados e mais de mil oradores, a Web Summit, a mobilizar o Parque das Nações até 4 de novembro, é um evento em grande escala. Mas nos pavilhões da FIL encontramos, entre empresas de tecnologia, investidores e startups, uma seguradora portuguesa, a Fidelidade. Tomás Sérvulo, Head of Transformation of Motor & Mobility da Fidelidade, disse a ECOseguros que estão “positivamente surpreendidos” pela experiência.

Tomás Sérvulo, Head of Transformation of Motor & Mobility da Fidelidade: “É muito mais fácil construir uma aplicação que em três passos chega a um objetivo, do que construir toda a mecânica que está por detrás dessa aplicação, que mesmo feia, consegue automatizar os processos, os sinistros e toda a parte que não está tão exposta”.

O profissional demonstra-se muito satisfeito em relação aos primeiros dois dias. “Estamos a ter muita afluência, e ter um espaço físico ajuda muito, porque os nossos contactos com as startups, virtuais, ficam facilitados. Para aqueles se encontram connosco aqui, é um ponto fixo”, disse. E partilhou: “Cria também buzz. Especialmente, em relação a pessoas que nós não tínhamos abordado antes, muitas passam e vêm cá ter”.

A participação da seguradora na Web Summit está assente na “visão estratégica da empresa, que define o empreendedorismo como uma fonte de inovação essencial na construção das sociedades do futuro”, disse a Fidelidade, previamente, em comunicado. Quando anunciou a participação, a companhia comprometeu-se a promover o networking entre startups, parceiros e investidores durante o evento de tecnologia.

Para isso, a Fidelidade lançou a Pitch Competition. As startups são convidadas a participar na competição, apresentando as suas ideias inovadoras nas áreas de insurtech e de healthtech. Tomás Sérvulo assegurou que “é outra coisa que está a correr bem“. E analisou: “faz com que as startups, quer queiram trabalhar diretamente connosco, quer não, tenham interesse em ganhar esse pitch e, portanto, as próprias também vêm cá proativamente, ainda que por interesses secundários, o que nos está a dar uma exposição com a qual estamos contentes“.

Mas as insurtechs portuguesas estão preparadas para as novas tecnologias, em comparação com as companhias internacionais? O Head of Transformation vê pontos positivos e outros que podem ser melhorados. “Estamos a trabalhar muito bem, estamos com os melhores e temos os exemplos do programa Vitality, do Drive e etc., que nos põe a par com o que de melhor se faz na área”. Mas há espaço para melhorias: “Noutros, estamos ainda atrás, e acho que algumas das coisas que são mais difíceis de avaliar, mas potencialmente mais importantes, consistem no que não se vê”. O profissional da Fidelidade conclui que “é muito mais fácil construir uma aplicação, que em três passos chega a um objetivo, do que toda a mecânica que está por detrás dessa aplicação, que mesmo que seja feia, consegue automatizar os processos, os sinistros, e as dimensões que não estão tão expostas”.

Sobre o futuro e a relação entre tecnologia e seguros, Tomás Sérvulo acredita que vai haver um “caminho de parceria e de combinação“. “Não acho que nem uns, nem outros, vão dominar, necessariamente, o espaço. A maior parte das insurtechs que temos conhecido não vêm substituir as seguradoras, vêm complementar e melhorar as formas como fazemos determinados passos da cadeia”. O profissional assegura: “Ainda não vi, em Portugal pelo menos, nenhuma seguradora nova que venha substituir o papel das anteriores, e isso não acho que seja fácil, até mesmo pela complexidade do setor”. Tomás Sérvulo concluiu: “há partes do nosso negócio que serão atacadas, necessariamente, porque irão ser substituídas, mas penso que a alteração da seguradora como um todo é muito mais difícil“.

 

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Passos Coelho reitera estar afastado da política mas “seria tolice” dizer que nunca fará mais nada

  • Lusa
  • 3 Novembro 2022

"Não há nenhuma razão para eu dizer que nunca mais na vida faço coisa nenhuma, porque seria uma tolice dizer coisas dessas, seria um absurdo", disse o antigo primeiro-ministro.

O antigo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho reafirmou esta quinta-feira que está fora da vida política e assim pretende continuar, mas considerou que “seria uma tolice” dizer que nunca mais fará nada na vida.

A margem de uma conferência sobre o Serviço Nacional de Saúde (SNS), que decorreu à porta fechada na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, Pedro Passos Coelho foi questionado pelos jornalistas se pretendia manter-se afastado da vida política, ao contrário do que vaticinou o Presidente da República.

“Não tenciono regressar a espaços políticos, as pessoas sabem disso, estou afastado da atividade política. Não há nenhuma razão para eu dizer que nunca mais na vida faço coisa nenhuma, porque seria uma tolice dizer coisas dessas, seria um absurdo, mas não estou a pensar em coisa nenhuma, estou muito fora de tudo e assim pretendo continuar”, afirmou Pedro Passos Coelho, citado pelo jornal online Observador e pela CNN Portugal.

À saída da iniciativa, Pedro Passos Coelho explicou que o encontro foi reservado aos estudantes daquela instituição a seu pedido e por entender que a sua participação contaminaria sempre o debate público e político. “Não estou no espaço público. Era uma aula, um ambiente académico”, repetiu o antigo primeiro-ministro.

A meio de outubro, numa cerimónia que assinalou o início das comemorações do centenário de Agustina Bessa Luís, em Amarante, à qual assistiu Pedro Passos Coelho, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou que o país ainda “deve esperar muito do contributo” do antigo primeiro-ministro.

“Sendo tão novo [Pedro Passos Coelho], o país pode esperar, deve esperar muito ainda do seu contributo no futuro, não tenho dúvidas”, afirmou aos jornalistas o chefe de Estado, observando que a “resistência” do ex-chefe do Governo no período da troika é reconhecida dentro e fora de Portugal.

“O país deve, num período muito difícil de crise na troika, ao primeiro-ministro Passos Coelho, uma resistência, que ainda há dois dias pude ouvir ser elogiada pela boca da então chanceler Angela Merkel. Portanto, é reconhecida cá dentro e reconhecida lá fora, é um facto”, acrescentou Marcelo Rebelo de Sousa.

No seu discurso na cerimónia, Marcelo Rebelo de Sousa dirigiu-se ao “senhor primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho”, que estava sentado na primeira fila das dezenas de pessoas que assistiam ao momento. “Lembrar quanto Portugal lhe deve no passado e quanto Portugal está seguro de lhe vir a dever, muito mais, no futuro”, disse.

Pedro Passos Coelho, 58 anos, presidente do PSD durante oito anos (2010-2018), foi primeiro-ministro de 2011 a 2015, durante os anos de intervenção da troika. Desde então, afastou-se da política ativa, tendo sido raras as suas intervenções públicas.

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Peritos voltam a reunir-se no Infarmed dia 11 para avaliar pandemia de Covid

  • Lusa
  • 3 Novembro 2022

A interrupção do estado de alerta no início de outubro “não significava” o fim da pandemia, lembrou o ministro da Saúde, Manuel Pizarro.

O ministro da Saúde anunciou esta quinta-feira que vai decorrer no próximo dia 11 uma reunião de peritos no Infarmed para fazer um ponto de situação da Covid-19, descartando a possibilidade de se realizarem reuniões permanentes.

Vamos fazer na sexta-feira, dia 11 [deste mês], uma reunião de atualização no Infarmed porque foi isso que nos comprometemos”, disse Manuel Pizarro, acrescentando que até agora a realidade mostra que a decisão de interromper o estado de alerta (no dia 01 de outubro) foi acertada.

O governante falava aos jornalistas em Campo Maior (Portalegre), à margem da sessão de encerramento do XIV Encontro de Intervenção Precoce “Desenvolvimento Infantil: Um passo atrás do outro”. Manuel Pizarro referiu também que a interrupção do estado de alerta no início de outubro “não significava” o fim da pandemia.

“É isso que vamos fazer no dia 11, é uma vez mais uma reunião com peritos que nos vão dar informação sobre a situação internacional e a situação nacional da pandemia e sobre os dados de monitorização que nós temos até agora”, explicou.

Segundo o ministro, esses dados baseiam-se “não tanto no número de pessoas com infeção, porque esse diagnóstico já não é feito de forma generalizada como era, mas sobretudo das pessoas que precisam de recorrer ao internamento ou precisam ou têm um desfecho menos positivo”.

O ministro da Saúde fez ainda questão de sublinhar que nesta altura “não há nenhum indicador” do ponto de vista epidemiológico ou do ponto de vista da gravidade da doença que justifique efetuar reuniões permanentemente.

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VidaCaixa com liderança forte nos seguros Vida em Espanha

  • ECO Seguros
  • 3 Novembro 2022

A casa-mãe da BPI Vida e Pensões mantém cerca de 30% da produção de seguros de Vida em Espanha, onde ainda se destacam Santander Seguros, Mapfre, Zurich e Santalucia.

A VidaCaixa, que em Portugal detém a BPI Vida e Pensões, continua a ser a maior seguradora espanhola e por inerência do Ramo Vida, tendo atingido uma produção de 5,5 mil milhões nos primeiros nove meses deste ano naquele país. Seguem-se no ranking, publicado em Espanha pela BDS INESE, a Santander Seguros que conseguiu um crescimento excecional completando o top 5, a Mapfre, a Zurich e a Santalucia que tem uma parceria em Portugal com a Fidelidade.

Até ao lugar 10 em produção estão a Catalana Occidente, Ibercaja, AXA, o Grupo Mutualidade de La Advocacia, uma seguradora criada em 1948 para assegurar a poupança, o investimento dos profissionais da área do Direito. Encerra o top 10 do 3º trimestre de 2022 a Generali.

Quanto ao volume de provisões a VidaCaixa gere 65 mil milhões de euros, representando 33% do total do mercado. Seguem-se as seguradoras que mais relevantes em produção com a inclusão da BBVA seguros que gere 10,7 mil milhões de euros.

O top 10 em produção Vida em Espanha de janeiro a setembro deste ano são:

O volume de provisões em 30 de setembro em Espanha era de 191 mil milhões de euros, um valor cerca de 5,5 vezes superior ao do mercado português.

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Lucros da Sonaecom aumentaram 22,7% para 83,3 milhões até setembro

  • Lusa
  • 3 Novembro 2022

Já o volume de negócios consolidado foi, entre janeiro e setembro, de 13,1 milhões de euros, mais 8,8% do que no período homólogo.

A Sonaecom registou, nos primeiros nove meses do ano, lucros atribuíveis de 83,3 milhões de euros, um crescimento de 22,7% em relação a igual período do ano passado, “impulsionado pelo crescimento dos resultados diretos e indiretos”.

Em comunicado publicado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa adiantou que o seu volume de negócios consolidado foi, entre janeiro e setembro, de 13,1 milhões de euros, mais 8,8% do que no período homólogo, sendo que o EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) cresceu 27,2%, para 52,7 milhões de euros, devido aos “resultados de equivalência patrimonial, de 43,8 milhões de euros”, um aumento de 53,4%, e aos “itens não recorrentes de 17,8 milhões de euros, impulsionados pelas mais-valias geradas nas vendas da CiValue, Beamy e Cellwize”.

Assim, referiu, o resultado direto aumentou 35,3% nos primeiros nove meses, em termos homólogos para 51,1 milhões de euros, destacou. Já o resultado indireto chegou aos 31,3 milhões de euros tendo sido positivamente afetado “pelos ajustamentos ao justo valor dos ativos do portefólio”, referiu o grupo.

Em 28 de setembro, a Sonaecom anunciou que tinha deixado de ser acionista da ZOPT, que passa a ser totalmente detida pela Unitel International Holdings e kento Holding Limited, sociedades controladas por Isabel dos Santos.

Já em outubro, a empresa e os restantes acionistas venderam a totalidade do capital social da Maxive à Thales Europe, uma operação que tem um valor de mercado de 120 milhões de euros. Esta operação resultou num impacto positivo nos resultados do grupo de cerca de 64,8 milhões de euros, indicou no comunicado hoje divulgado.

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Governo cria apoio de 10 cêntimos por litro para gasóleo colorido

  • Lusa
  • 3 Novembro 2022

O apoio vai abranger cerca de 140.000 agricultores, de acordo com a ministra da Agricultura.

O Governo criou um apoio de 10 cêntimos por litro para o gasóleo colorido e marcado consumido em 2021, anunciou esta quinta-feira a ministra da Agricultura.

Durante a sua intervenção numa audição parlamentar, Maria do Céu Antunes, destacou a criação de um apoio “aos custos com combustíveis na agricultura de 0,10 euros por litro”.

Este apoio vai abranger cerca de 140.000 agricultores. Em comunicado, o Ministério da Agricultura adiantou que este apoio, assinado com os parceiros sociais, vai ser pago “de uma só vez” até ao final do ano.

Podem beneficiar desta ajuda os detentores de cartões para abastecimento de gasóleo colorido e marcado, emitidos pela Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGARD) e registados na base de dados do IB – Identificação do Beneficiário.

Citada na mesma nota, Maria do Céu Antunes considerou que este apoio “é relevante para a estabilidade da atividade agrícola”, uma vez que tem por objetivo mitigar o aumento dos custos de produção ligados aos combustíveis.

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Freguesias querem mais dinheiro para suportar aumento de salários e energia

  • ECO e Lusa
  • 3 Novembro 2022

Associação Nacional de Freguesias pede reforço das transferências financeiras do Estado para fazer face aos aumentos salariais, custos energéticos e matérias-primas.

“A Anafre [Associação Nacional de Freguesias] gostaria de ver contemplado neste Orçamento do Estado um aumento de 0,5% no montante do Fundo de Financiamento das Freguesias, que representa cerca de 11 milhões de euros, para fazer face aos encargos com os aumentos salariais, custos energéticos e matérias-primas”, reivindicou o presidente desta associação, Jorge Veloso, no Parlamento.

Durante uma audição conjunta das comissões parlamentares de Orçamento e Finanças e Administração Pública, Ordenamento do Território e Poder Local, a propósito da proposta de Orçamento do Estado para 2023 (OE2023), o presidente da ANAFRE referiu que os orçamentos da maioria das freguesias não suportam o atual aumento de preços. E que as subidas anunciadas para 2023 continuarão a consumir “parte significativa” do fundo de financiamento, sendo “justo” exigir ao Governo uma compensação financeira.

Jorge Veloso defendeu ainda o pagamento das despesas extraordinárias que as freguesias tiveram no combate à Covid-19, lembrando que isso não está contemplado na proposta de OE, “apesar de todos reconhecerem o trabalho” destas autarquias no combate à pandemia.

Antes da audição da Anafre nas comissões parlamentares, a presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), Luísa Salgueiro, já tinha garantido que vai continuar a reivindicar o pagamento de 156 milhões de euros aos municípios relativamente às despesas no combate à Covid-19, depois de o Governo afirmar não ter condições para o fazer.

Entre outras reivindicações, Jorge Veloso pediu também a criação de um programa específico para a integração de trabalhadores precários, destacando que a carência de recursos humanos, sobretudo qualificados, tem sido um “problema recorrente” nas freguesias.

Alterações ao regime de IVA aplicado às freguesias, assim como ao Imposto Municipal sobre Imóveis Urbano são outras das medidas defendidas pela Anafre.

Jorge Veloso aproveitou ainda para criticar a manutenção do corte de 5% no vencimento dos autarcas, implementado há mais de 10 anos e lamentou que o processo de transferência de competências de municípios para freguesias continue a marcar passo, três anos depois do seu início, no final de 2019. Altura em que cerca de 2.300 juntas manifestaram vontade de aceitar novas competências.

“O que é certo é que faltarão, neste momento, cerca de 1.000 freguesias [das 2.300]. Nós temos feito o nosso trabalho, tentando sensibilizar também os municípios, e é verdade que se assiste nos últimos tempos a algum crescimento” na celebração de autos de transferência de competências de municípios para freguesias, afimrou.

Na audição, o líder da Anafre destacou também que, atualmente, as freguesias que já assinaram autos de transferência de competências recebem “cerca de 104/105 milhões de euros”.

Mais, destacou o responsável: “O orçamento prevê que, em 2023, possamos chegar aos 133/134 milhões de euros. O que, apesar de não ser ótimo, é um sinal evidente de que continuamos a caminhar no sentido de que pelo menos as 2.300 freguesias – e, como disse, faltarão cerca de 1.000 – possam aceder aos autos transferência de competências”. O que vai permitir às freguesias “terem essencialmente uma gestão com muito mais qualidade”.

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Novo Plano de contas das seguradoras já tem versão final e começa em 1 de janeiro

  • ECO Seguros
  • 3 Novembro 2022

Em 1 de janeiro e milhões de investimentos depois, as seguradoras vão ter mesmo de alterar a sua contabilidade para que esta fique mais clara para clientes, investidores e supervisor.

Acaba de ser publicado o novo Plano de Contas para as Empresas de Seguros (PCES), já incorporando as normas IFRS 17, Norma Internacional de Relato Financeiro, que durante anos levou a grandes investimentos da parte das seguradoras que devem alterar a sua contabilidade antes de 1 de janeiro de 2023, data em que entra em vigor.

Com 2 anos de atraso a nível europeu, entrada em vigor da IFRS 17 obriga as empresas de seguros a proceder a alterações significativas nas suas demonstrações financeiras. O PCES foi elaborado com o intuito de que as empresas de seguros, através da sua aplicação, possam elaborar as suas demonstrações financeiras e criar sinergias para outras áreas, nomeadamente, o reporte de informação para efeitos de supervisão, bem como as divulgações exigidas nas notas às demonstrações financeiras.

A ASF, entidade reguladora do setor, afirma que o PCES é aplicável às empresas de seguros e de resseguros sediadas em Portugal, incluindo as suas sucursais em Estado membro da União Europeia ou em país terceiro, e às sucursais em Portugal das empresas de seguros e de resseguros de um país terceiro. A aplicação do PCES é extensível às empresas de seguros e de resseguros com sede em outro Estado membro da União Europeia, para efeitos de determinação do lucro tributável, nos termos do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas.

Incorporando as normas IFRS 17, o novo sistema vai permitir:

  • Melhor Avaliação de responsabilidades atuais e futuras. As responsabilidades da seguradora são avaliadas com base em estimativas e pressupostos em linha com a informação de mercado, que refletem a evolução futura das taxas de juro, bem como os níveis de incerteza associados às garantias e opções dos contratos. Quaisquer discrepâncias detetadas pela avaliação dos riscos serão evidenciadas na posição financeira da seguradora.
  • Aperfeiçoar o cálculo da margem de lucro da carteira de seguros. A margem de lucro resultante do reconhecimento inicial dos contratos é avaliada periodicamente, e a sua transferência para os resultados da seguradora baseia-se numa alocação sistemática. Assim, a seguradora tem sempre informação muito clara no que diz respeito à proveniência da rentabilidade das diferentes carteiras, bem como da sua evolução ao longo do tempo.
  • Melhor gestão do risco. O nível de agregação, que constitui um dos pontos críticos da norma IFRS 17, envolve um juízo de valor por parte de cada seguradora e está diretamente relacionado com a gestão do risco dos contratos. Aqueles que dão prejuízo são separados dos que dão lucro, sendo a perda, caso exista, reconhecida de imediato nas demonstrações financeiras. Ao contrário do que hoje acontece, não existe compensação entre os grupos de contratos lucrativos e aqueles que geram prejuízos.
  • Aumento da confiança dos investidores. A maior transparência das demonstrações financeiras, bem como a possibilidade de comparação entre diferentes seguradoras e indústrias, confere aos investidores e analistas uma confiança acrescida.
  • Aumentar a proteção dos clientes. O aumento qualitativo da informação sobre a posição financeira da seguradora contribui para um reforço das condições promotoras da sua estabilidade financeira, conferindo, ao mesmo tempo, maior proteção aos seus clientes.

O PCES que entrará em vigor no dia 1 de janeiro de 2023 pode ser visto aqui.

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Sindicatos defendem que pagamento suplementar do BCP deveria ser mais abrangente

  • Lusa
  • 3 Novembro 2022

Os sindicatos saudaram o apoio extra do BCP de 500 euros para mitigar o efeito da inflação, mas defenderam que deve abranger todos os trabalhadores e não só os que não tem carro atribuído.

O Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários e o Sindicato Independente da Banca congratularam-se com a decisão do BCP de pagamento extraordinário de 500 euros aos colaboradores sem viatura atribuída, mas consideram que deveria abranger todos os trabalhadores.

“O SNQTB [Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários] e o Sindicato Independente da Banca [SIB] saúdam a implementação destas medidas pelo BCP, na sequência da iniciativa destes Sindicatos e correspondendo às preocupações que foram manifestadas”, referem os sindicatos num comunicado conjunto, divulgado esta quinta-feira.

O BCP anunciou esta quarta-feira que irá atribuir um pagamento extraordinário de 500 euros a todos os colaboradores sem viatura atribuída, que será processado com o salário de dezembro, bem como a possibilidade de receber em duodécimos o subsídio de Natal de 2023, a partir de janeiro desse ano e a possibilidade de fixação por um ano da prestação do crédito à habitação concedido ao abrigo do Acordo Coletivo de Trabalho do grupo BCP.

Os sindicatos destacaram que as propostas que apresentaram aos bancos “continuam a ter aceitação (ainda que parcial)”, neste caso pelo BCP. No entanto, os sindicatos consideram que as medidas “deveriam ser muito mais abrangentes”, nomeadamente o pagamento extraordinário e suplementar de 500 euros. “Além de se justificar ser em montante superior, deveria ocorrer quanto a todos trabalhadores sem exceção”, referem.

O SNQTB e o SIB defendem “ainda que atualização dos subsídios de estudo e infantis e o valor pago por quilómetro nas deslocações para o local de trabalho carecem de particular atenção por parte dos bancos”.

Discordamos da exclusão da atribuição destes apoios aos trabalhadores que, em 2022, tenham sido objeto de sanção disciplinar superior a repreensão verbal. Não deve, nem pode existir dupla penalização disciplinar”, pode ler-se em comunicado. Os sindicatos assinalam ainda que não obtiveram resposta “efetiva” relativamente à reivindicação para que os bancários reformados recebam o complemento excecional a pensionistas.

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