Chefes da diplomacia da UE aprovam sanções a 29 pessoas e 3 entidades por repressão aos protestos no Irão

  • Lusa
  • 14 Novembro 2022

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE avançaram com sanções contra responsáveis iranianos, na sequência da detenção e da morte da jovem Mahsa Amini, de 22 anos, em setembro.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE) adotaram esta segunda-feira novas sanções contra os responsáveis pela repressão aos protestos no Irão, depois da morte de uma jovem iraniana, abrangendo 29 indivíduos e três entidades.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros adotaram novas sanções contra 29 indivíduos e três entidades no Irão devido ao seu papel na morte de Mahsa Amini e na resposta violenta às manifestações em curso”, anunciou a presidência checa do Conselho da UE numa publicação na rede social Twitter.

No dia em que os chefes da diplomacia da UE se reúnem em Bruxelas, a presidência semestral rotativa assumida pela República Checa acrescenta que “a decisão entra em vigor após a sua publicação no Jornal Oficial”.

A decisão foi adotada pelos 27 num Conselho de Negócios Estrangeiros que englobará, na terça-feira, uma reunião ao nível de ministros da Defesa da UE, e segue-se à aprovação, em meados de outubro, de sanções contra responsáveis iranianos, na sequência da detenção e da morte da jovem Mahsa Amini, de 22 anos, em meados de setembro em Teerão.

O Irão tem sido palco de protestos desde a morte desta jovem, que foi violentamente agredida e detida pela política da moralidade por infringir o rígido código de vestuário feminino, porque embora envergasse o ‘hijab’ (véu islâmico), este deixava ver parte do seu cabelo.

Os chefes de diplomacia aprovaram, assim, o acordo político já alcançado ao nível de embaixadores dos 27 relativamente a um reforço das sanções ao Irão, com a ampliação da lista de pessoas e entidades alvo de medidas restritivas, para incluir responsáveis pela violenta repressão de protestos pacíficos.

No domingo, um tribunal de Teerão condenou pela primeira vez à morte uma pessoa acusada de participar nos “motins”, considerando-a culpada por “ter incendiado um edifício governamental, por perturbar a ordem pública, por atos de reunião e conspiração para cometer um crime contra a segurança nacional, e por ser inimigo de Deus”.

No mesmo dia, a Justiça iraniana acusou 440 pessoas pela participação nos protestos, considerando culpados 276 dos acusados, o que os obriga a ir a julgamento. As autoridades iranianas não referiram o número total de detidos nem mortos no país, mas a organização não-governamental (ONG) Iran Human Rights, com sede em Oslo, estima que haja 326 mortos.

Depois da reunião de hoje, o Conselho de Negócios Estrangeiros da UE terá uma segunda sessão na terça-feira, mas na vertente de Defesa, na qual os ministros titulares desta pasta – entre os quais a ministra Helena Carreiras – discutirão também a situação na Ucrânia, e na qual participará o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg.

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Bezos promete doar maior parte da fortuna de 124 mil milhões de dólares em vida

Jeff Bezos, o fundador da Amazon, anunciou esta segunda-feira que planeia doar a maior parte da sua fortuna para financiar o combate às alterações climáticas e às clivagens políticas e sociais.

O fundador da Amazon, Jezz Bezos, anunciou esta segunda-feira que pretende doar em vida a maior parte da sua fortuna, atualmente avaliada em cerca de 124 mil milhões de dólares.

Numa entrevista à CNN, o multimilionário explicou que os donativos terão como objetivo o combate às alterações climáticas e o apoio a pessoas que consigam unir a humanidade face às profundas clivagens políticas e sociais que existem atualmente.

Bezos não partilhou detalhes adicionais sobre o plano, mas foi a primeira vez que o dono da Amazon se pronunciou quanto a uma doação para caridade. O anúncio surge depois de o multimilionário ser criticado por não assinar o Giving Pledge, um compromisso por parte das pessoas mais ricas do mundo em como vão doar parte da sua riqueza.

As declarações do multimilionário foram prestadas numa entrevista de 20 minutos concedida na sua residência, na cidade norte-americana de Washington DC. Ao lado da sua companheira, Lauren Sánchez, o casal admitiu que se encontra a desenvolver “a capacidade” para doar este dinheiro.

Esta também foi a primeira vez que o casal concedeu uma entrevista conjunta desde que se juntou em 2019, tendo como objetivo destacar o prémio Bezos Courage and Civility Award, que foi entregue este ano à cantora Dolly Parton.

(Notícia atualizada às 14h55)

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CCA assina parceria com a Unicorn Factory Lisboa

No âmbito desta parceria, a CCA irá acompanhar e apoiar o desenvolvimento das startups e scaling ups através dos vários programas e iniciativas criadas pela Unicorn Factory Lisboa.

A CCA Law Firm oficializou a parceria com a Unicorn Factory Lisboa, uma iniciativa que pretende incentivar a inovação, reter talento e apoiar novas ideias, garantindo um acompanhamento personalizado às empresas em todas as etapas decrescimento. No âmbito desta parceria, a CCA irá acompanhar e apoiar o desenvolvimento das startups e scaling ups através dos vários programas e iniciativas criadas pela Unicorn Factory Lisboa.

“É indiscutível a presença da CCA Law Firm neste ecossistema, ao longo da última década, apoiando os seus vários players. Parceiros oficiais desde 2020, a CCA Law Firm tem apoiado a Startup Lisboa, em vários programas, nomeadamente, dando apoio, numa fase inicial, a empreendedores e startups que pretendam deslocar-se para Portugal através do programa Launch in Lisbon, da Startup Lisboa”, explicam em comunicado.

A Unicorn Factory Lisboa é uma plataforma de programas e de hubs que se inspira nas melhores práticas internacionais e que procura um desenvolvimento sustentável e eficiente dos processos. Este projeto pretende apoiar em quatro principais áreas, na incubação de startups, nos programas de “crescimento” para scaleups, no apoio “soft landing” para startups e scaleups internacionais e nos hubs de inovação.

“Na CCA temos uma cultura muito voltada para o futuro e para a inovação, que pretende ajudar as organizações a conseguir as melhores soluções. Fazia todo o sentido que nos associássemos à Unicorn Factory Lisboa, que em tudo reflete o nosso posicionamento”, sublinhou Domingos Cruz, managing partner da CCA.

A CCA Law Firm junta-se, assim, à Unicorn Factory Lisboa, associando-se ao programa Soft Landing que tem, por objetivo, conferir todas as ferramentas, recursos e informação às empresas internacionais que se queiram mudar ou expandir para Lisboa.

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Ikea vai pagar bónus de salário e meio a todos os trabalhadores em Portugal

Prémio, equivalente a um salário e meio, será pago em dezembro e resulta dos resultados positivos que a empresa sueca alcançou no ano fiscal de 2022, como forma de apoio no contexto da inflação.

A Ikea Portugal vai pagar um bónus de salário e meio a todos os trabalhadores no mês de dezembro, anunciou a empresa sueca esta segunda-feira, detalhando que o prémio “resulta de uma distribuição dos resultados obtidos no ano fiscal de 2022”, num “momento de maior dificuldade económica”.

É uma das três medidas anunciadas pela Ikea, numa altura em que a inflação tem disparado, mas em que a empresa viu as vendas crescerem 19,5% face ao ano anterior, para um total de 552 milhões de euros. “O excelente desempenho que tivemos só foi possível graças ao esforço coletivo de todos, superando as metas pré-estabelecidas”, diz Ricardo Pereira, deputy country manager da Ikea Portugal, citado em comunicado.

Além disso, a empresa sueca vai reforçar globalmente o fundo social no valor de dez milhões de euros para apoiar os colaboradores em situações mais sensíveis ao nível financeiro. “Este valor será distribuído de forma equitativa pelos diversos mercados”, lê-se. Em Portugal, este fundo irá reforçar o programa CÖNTIGO que, desde 2019, apoia colaboradores que enfrentam desafios de saúde e/ou financeiros.

A terceira medida, pensada para “ajudar a mitigar o aumento dos preços da energia e alimentação”, prevê a duplicação do desconto de colaborador nas compras Ikea numa seleção de produtos que permitem a poupança de energia e em produtos da Mercearia Sueca. Também em outubro, o subsídio de alimentação passou de 4,55 euros para seis euros diários líquidos para um colaborador a tempo inteiro.

“Na Ikea, e em linha com os nossos valores, queremos estar ao lado das pessoas num momento de maior dificuldade económica, provocado pela inflação e pelos efeitos da guerra na economia europeia. Queremos que os nossos colaboradores saibam que existe uma rede de apoio para os ajudar caso necessitem“, diz Cláudio Valente, People & Culture Manager da Ikea Portugal.

(Notícia atualizada às 14h52 com mais informação)

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OPEP reduz estimativa de consumo mundial de petróleo até fim de 2023

  • Lusa
  • 14 Novembro 2022

Cartel baixou a estimativa do consumo mundial de petróleo até ao fim de 2023 em pelo menos 200 mil barris por dia, devido à guerra na Ucrânia e aos confinamentos na China.

A OPEP baixou a estimativa do consumo mundial de petróleo até ao fim de 2023 em menos 200.000 barris por dia, devido ao impacto económico da invasão da Ucrânia pela Rússia e aos confinamentos na China.

No relatório mensal, a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) estima que a procura de “ouro negro” será em média de 99,57 milhões de barris por dia, este ano, mais 2,43% do que no ano passado, mas menos 100.000 barris por dia do que o calculado há um mês.

A OPEP também reduziu em mais 100.000 barris por dia a previsão de crescimento para 2023 e agora coloca-o em 2,24 milhões de barris por dia (2,25%) – em vez dos 2,34 milhões de barris por dia previstos em outubro – de modo a que o consumo seja em média de 101,82 milhões de barris por dia no próximo ano ou menos 200 milhões de barris por dia do que o esperado.

A continuação da estratégia “zero-Covid-19” da China, com as repetidas restrições severas à mobilidade para combater quaisquer surtos do novo coronavírus, é uma das razões para a revisão em baixa. O documento atribui-o também a “incertezas geopolíticas contínuas (a guerra na Ucrânia) e ao enfraquecimento das atividades económicas”.

No entanto, os peritos da OPEP deixaram inalterado o crescimento económico global para 2022 e 2023, em 2,7% e 2,5% respetivamente, nos quais baseia as suas estimativas, embora alerte para um elevado grau de “incerteza”.

O aumento da procura de petróleo este ano será partilhado igualmente entre nações industrializadas agrupadas na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e países não-OCDE, mas será muito diferente em 2023.

De acordo com a visão apresentada esta segunda-feira, o aumento anual de 1,3 milhões de barris que a OCDE irá apresentar em 2022, com o consumo total de petróleo a 46,1 milhões de barris, cairá para 0,3 milhões de barris por dia no próximo ano, elevando a procura para 46,5 mbd.

Em contraste, para os países não pertencentes à OPEP, a organização prevê que a procura adicional irá aumentar de 1,3 milhões de barris por dia este ano (o mesmo que na região da OCDE) para 1,9 milhões de barris por dia em 2023, levando estas nações a queimar um total de 55,4 milhões de barris por dia. Este forte crescimento será liderado pela China e pela Índia, observa o relatório.

Apesar das incertezas, a OPEP espera “um aumento constante da procura de combustíveis industriais e de transportes, apoiado por uma possível recuperação da atividade económica” nas grandes economias.

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Metyis expande-se com novos escritórios em França e Itália

  • Servimedia
  • 14 Novembro 2022

A Metyis vai alargar a sua presença na Europa com a abertura de dois novos escritórios em França e Itália. Além dos 15 escritórios que já tem, a empresa pretende expandir-se para mais 10 países.

A Metyis, uma nova empresa de consultoria estratégica de negócios, está a reforçar a sua posição no mercado europeu com a abertura de novas divisões em França e Itália, noticia a Servimedia. A empresa pretende impulsionar a sua estratégia de crescimento global com novos escritórios para além dos seus 15 escritórios em mais de 10 países.

As filiais nos territórios europeus irão incorporar seis novos parceiros à empresa, de forma a consolidar a sua presença num mercado chave e reforçar a experiência da Metyis em consultoria e execução estratégica, e Data & analytics, com um claro enfoque na inovação e digitalização.

“Estamos muito orgulhosos de ter connosco os nossos seis novos parceiros, uma vez que eles trazem uma experiência significativa e conhecimentos profundos em dados, tecnologia, design e estratégia. Os novos escritórios não só nos ajudarão a construir e fazer crescer a nossa firma em Itália e França, mas também se juntarão ao resto dos sócios e diretores da Metyis para construir e fortalecer a nossa firma a nível global“, afirmou Yogen Singh, sócio principal e membro do Conselho de Administração da Metyis.

Em Itália, o novo escritório Metyis, que abriu em Setembro, está localizado em Milão e será dirigido por Sasha Wijeyesekera e Paolo Pellegrini, dois novos sócios que vão trazer uma vasta experiência profissional para melhorar o posicionamento da empresa no território.

Devido à sua especialização em estratégia e transformação digital e marketing orientado por dados, Sasha Wijeyesekera tornou-se o responsável por liderar a filial italiana. Antes de se juntar à Metyis, esteve envolvido no sucesso de Jakala, uma das empresas de consultoria de crescimento mais rápido na UE.

Paolo Pellegrini fornecerá a sua experiência multissetorial na utilização de análise de dados e Inteligência Artificial para otimizar o desempenho das empresas e ajudá-las a gerar novos modelos de negócio. Na sua carreira, Paolo tem sido fundamental no lançamento de duas empresas de consultoria de gestão em Itália, e tem sido recentemente responsável por novas ofertas centradas na tecnologia de dados para grandes grupos internacionais.

À expansão no mercado italiano, Metyis acrescentou a aquisição de Southpigalle, uma boutique de design e tecnologia em Paris, com significativa experiência em dados, tecnologia, design e estratégia. Com esta adição, a consultora acrescenta quatro novos parceiros com vasta experiência em estratégia e execução digital que estão alinhados com a cultura empresarial, valores e abordagem centrada no cliente da multinacional holandesa.

A equipa francesa será acompanhada por Olivier de Cointet, um consultor com um forte historial em consultoria estratégica. Por sua vez, Olivier será acompanhado por Louis de Cointet, um especialista em TI e dados com uma sólida experiência de mais de 20 anos em consultoria estratégica. Aos dois juntar-se-á o empresário Henri d’Anterroches, conhecido por lançar vários negócios digitais e tecnológicos e com vasta experiência no serviço de marcas de comércio eletrónico, luxo e TI de renome. Toda a equipa será acompanhada pela Pascal Plat, com 25 anos de experiência de TI em projetos multidisciplinares de conceção de software e implementação de soluções.

Este passo estratégico em França e Itália consolida a trajetória global da Metyis e reforça o seu posicionamento como uma consultoria estratégica com uma clara missão internacional. Com esta incorporação, a multinacional consolida o seu crescimento e fortalece o seu pessoal com equipas de colaboração e com uma qualificação de qualidade para ajudar os seus clientes a destacarem-se num mercado cada vez mais competitivo.

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Administração da TAP diz que atual AE “torna impossível” que tripulantes voem 900 horas/ano

  • Lusa
  • 14 Novembro 2022

Administração da TAP aplaude que SNPVAC considere “possível e desejável” que estes voem 900 horas por ano mas ressalva que Acordo de Empresa tem de ser revisto visto estar “desajustado e desadequado”.

A Comissão Executiva da TAP aplaudiu esta segunda-feira que o sindicato dos tripulantes considere “possível e desejável” que estes voem 900 horas por ano, mas salientou que tal implica “rever” cláusulas no Acordo de Empresa que atualmente o “tornam impossível”.

“A TAP regozija-se por verificar que o SNPVAC [Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil] também entende que é possível e desejável que os tripulantes de cabina possam voar 900 horas por ano”, sustenta a administração liderada por Christine Ourmières-Widener numa mensagem enviada esta segunda-feira a estes trabalhadores, a que a agência Lusa teve acesso.

A Comissão Executiva salienta, contudo, que “a realidade […] é que existem muitas cláusulas no Acordo de Empresa [AE] e no RUPT (Regulamento de Utilização e Prestação de Trabalho) em vigor que tornam impossível que isso aconteça na prática”.

“É precisamente para rever esse tipo de cláusulas e permitir que os tripulantes da TAP possam efetivamente voar tanto quanto os seus colegas da maioria das companhias com que a TAP concorre diretamente que a empresa abriu as negociações com o SNPVAC tendo em vista a celebração de um novo Acordo de Empresa. Acreditamos que o acordo será alcançado através do diálogo e que a versão final será diferente da proposta inicial de base que a TAP apresentou”, sustenta.

Citando dados deste ano, a administração da TAP diz que, na realidade, “10% dos tripulantes da companhia fazem menos de 66 horas de voo por ano, 25% fazem menos de 427 horas, 50% fazem menos de 584 horas e apenas 25% fazem mais de 667 horas de voo por ano“.

“E isto não é assim devido a falhas de gestão, mas sim porque o AE e o RUPT que dele decorre são totalmente desajustados e desadequados à realidade operacional da companhia”, refere, considerando que “isto não é surpreendente num acordo assinado em 2006 e nunca revisto”.

Em causa estão, segundo a Comissão Executiva, “cláusulas como a que limita o Período de Serviço de Voo (PSV) a 06:30 [seis horas e trinta minutos] quando se verifica o despertar em período crítico fora da base, a que diz que a realização de quatro setores no mesmo dia obriga a folga, independentemente do tempo trabalhado, ou as que obrigam a folga obrigatória após voo de longo curso ou após voo noturno”.

De acordo com a administração, estas cláusulas “retiram, na prática, a possibilidade de planear os tempos de trabalho de modo a que todo o PNC [pessoal navegante comercial] tenha horas de voo anuais semelhantes e leva à disparidade de tempos de trabalho indicadas”.

“Na verdade, o AE e o RUPT em vigor na TAP obrigam a períodos de descanso e a dias sem atividade bem acima do limite regulado pelo regulamento europeu”, argumenta, acrescentando que “estes problemas são agravados por índices muito elevados de absentismo, sobretudo em períodos de pico de operação, durante os quais um grupo pequeno de tripulantes trabalham muito e muitos tripulantes voam menos horas do que seria necessário e desejável”.

Segundo sustenta a TAP, “se os tripulantes de cabina quiserem, com um Acordo de Empresa revisto e adequado que permita voar em média mais horas do que na atualidade, todos ganham, começando pelos próprios tripulantes, que poderão atingir níveis remuneratórios superiores aos que tinham mesmo antes dos cortes salariais decorrentes dos acordos de emergência”.

“Para se garantir o futuro da TAP, esta impossibilidade prática de realização de mais horas de voo tem de ser eliminada e os tripulantes são parte ativa da negociação para que se alcance um acordo em que todos possam ganhar”, reitera.

Afirmando-se convicta que, “com bom senso e com vontade de construir um novo futuro”, será possível, “em conjunto, criar um Acordo de Empresa mais moderno, mais claro e com ganhos de produtividade e remuneratórios, respetivamente para a TAP e os tripulantes”, a administração garante que “está, como sempre, aberta ao diálogo”.

Num comunicado divulgado no sábado, o SNPVAC acusou a TAP de desconhecer o atual AE, destacando que desde 2006 que os tripulantes da TAP “podem voar 900 horas por ano” e sustentando que “o facto de esse número não ser atingido se deve única e exclusivamente à incompetência na gestão mensal e diária dos tripulantes e da operação no geral”.

Este comunicado seguiu-se a declarações do administrador com o pelouro financeiro da TAP (CFO), Gonçalo Pires, que, em entrevista à Lusa, garantiu que “todos os tripulantes de cabine da TAP podem vir a ganhar mais do que ganhavam em 2019”, mas que para isso têm de “trabalhar mais”.

“Nós temos todos que ser mais produtivos, incluindo os tripulantes de cabine. Na British Airways podem trabalhar até 900 horas por ano. Porque é que na TAP só se pode trabalhar até 600?”, questionou.

Citando um estudo efetuado por uma consultora para a companhia, o gestor referiu que, “para as duas grandes categorias profissionais de tripulantes de cabine, na do comissário assistente na TAP ganham 25% mais, já depois dos cortes salariais, e no caso do topo da carreira, dos supervisores de cabine, 50% mais” do que na British Airways.

Na opinião do CFO da TAP, os atuais acordos “são antigos” e “fora de prazo”, sendo preciso ajustá-los “aos tempos modernos”.

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Mundial: “Não esquecemos os direitos humanos”, dizem Meo e Amnistia Internacional

O Meo e a Amninistia internacional lançam esta segunda-feira uma campanha para sensibilizar os portugueses para os Direitos Humanos. A criatividade é da Partners.

O Meo e a Amninistia internacional vão lançar esta segunda-feira uma campanha que pretende sensibilizar os portugueses para os pilares fundamentais da Humanidade: os Direitos Humanos. Os abusos generalizados no decorrer da preparação do Mundial do Qatar, enquanto país organizador da competição, tem sido palco de uma das maiores violações dos Direitos Humanos, um autêntico atentado à vida, à dignidade, à liberdade e segurança pessoal dos trabalhadores migrantes e das suas famílias, na construção de estádios e outras infraestruturas. Uma situação que constitui um óbvio desrespeito pelo artigo 4º da Declaração Universal dos Direitos Humanos, diz a marca. “Não esquecemos os Direitos Humanos” é claim da campanha, assinada pela Partners.

“A violação dos direitos humanos, no contexto mundial tão delicado que vivemos, não se esgota no Qatar. A marca MEO que, desde 2018, assina “Humaniza-te”, tem um papel a desempenhar e não pode, nem deve, ficar indiferente. Somos patrocinadores da Seleção Portuguesa de Futebol com muito orgulho há mais de duas décadas e estaremos sempre ao lado dos nossos e em claro apoio da Equipa de todos os portugueses, por isto mesmo temos uma responsabilidade acrescida que não nos permite ignorar os acontecimentos e a violação dos Direitos Humanos”, diz citado em comunicado João Epifânio, CSO B2C da Altice Portugal.

A operadora convida então os portugueses a apoiar a Amnistia Internacional, “enquanto veículo de ajuda às famílias dos milhares de trabalhadores que viram as suas vidas e os seus direitos básicos recusados”. O donativo pode ser através do botão amarelo do comando MEO, através do 761 200 000, ou do site meo.pt/amnistia. Por cada euro doado pelos clientes, o MEO também doa um euro.

A campanha multimeios é lançada esta segunda-feira e vai estar no ar até 18 de dezembro. A camisola amarela, inspirada nos coletes usados pelos trabalhadores no Qatar, é a protagonista da campanha idealizada pela Partners. “Uma campanha que nasce nos pés de uma criança a dar toques numa bola de futebol e da esperança de um futuro melhor. Um futuro onde os direitos do ser humano são respeitados. Por todos. Independentemente da sua etnia, idade, género ou geografia. Uma criança que veste uma camisola amarela inspirada nos coletes dos trabalhadores do Catar. Uma camisola que, nas costas, traz gravado o artigo 4.º da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Uma camisola que presta tributo a todos os trabalhadores vitimados e suas famílias. Uma camisola que poderia ser vestida com orgulho por todos os que são adeptos dos Direitos Humanos”, diz a marca.

 

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Ministro da Economia vai reunir com jovens ativistas do clima

  • Lusa
  • 14 Novembro 2022

Uma das porta-vozes confirmou que os alunos aceitaram suspender a ocupação da escola a partir de terça-feira.

O Ministério da Economia e do Mar afirmou que iria entrar esta segunda-feira em contacto com os jovens ativistas climáticos que ocuparam o Liceu Camões para marcarem uma reunião, após um convite público feito pelos manifestantes, disse à Lusa uma fonte oficial do ministério. Os manifestantes confirmam o contacto e a disponibilidade para reunirem com o governante. Esta terça-feira cessa a ocupação do liceu.

Os ativistas climáticos convidaram, no domingo, o ministro da Economia a visitar a ocupação no Liceu Camões, em Lisboa, e assistir à palestra que irão ministrar, depois de António Costa Silva se ter mostrado disponível para ouvir os movimentos.

Contactada pela agência Lusa, uma fonte do ministério afirmou que “o gabinete vai entrar em contacto com o movimento ainda hoje para se marcar reunião a realizar no Ministério”. Uma ativista confirmou que o movimento já foi contactado pelo Ministério da Economia e do Mar e afirmou que os estudantes estão disponíveis para se reunir com o ministro Antonio Costa Silva.

O convite público surgiu depois de o ministro da Economia, António Costa Silva, se ter afirmado no domingo, em declarações à Lusa, solidário com os movimentos climáticos e ter dito que nos últimos 20 anos não foi apologista de maior uso do petróleo, considerando que as manifestações são legítimas e mostrando disponibilidade para se reunir com os ativistas.

Por sua vez, em reação às declarações de António Costa Silva, Alice Gato, porta-voz do movimento “Fim ao Fóssil: Ocupa”, disse à Lusa ser necessária uma transição energética: “O que estamos a verificar é uma expansão energética, por responsabilidade também do ministro da Economia”.

A ativista argumentou ser necessário que “não haja novo gasoduto” e “que não haja greenwashing”.

Em declarações à Lusa, António Costa Silva, disse estar solidário com movimentos climáticos, com os quais afirma partilhar as preocupações. No entanto, em reação ao pedido da sua demissão pelos ativistas, o governante argumentou: “Em todo o meu percurso ao longo de 20 anos não só fui um defensor das energias renováveis, como agora no Governo estamos a potenciar a aplicação dessas energias e a desenvolver tudo para que a transição energética funcione”.

Quando questionado sobre o momento na marcha pelo clima, no sábado, em que dezenas de manifestantes invadiram um edifício em Lisboa, onde decorria um evento privado onde estava, António Costa Silva considerou a manifestação “absolutamente legítima”.

“Os jovens estavam a manifestar-se, não houve de facto possibilidade de encetar qualquer tipo de diálogo naquelas condições, mas estarei sempre pronto para dialogar com os jovens, explicar o que estamos a fazer, ouvir as suas opiniões e incorporá-las em tudo o que estamos a sistematizar em termos das políticas públicas. Sou um homem de diálogo”, afirmou, apesar de recordar que o Ministério da Economia não tem a gestão do ambiente e da energia e que, por isso, terá de ser feito em articulação, garantiu ter disponibilidade para o fazer.

Os estudantes que fecharam esta segunda-feira a cadeado o Liceu Camões, em Lisboa, em protesto contra as alterações climáticas, aceitaram que a escola retome o normal funcionamento na terça-feira, anunciou o diretor, informação entretanto confirmada pelo movimento.

Em declarações aos jornalistas junto àquela Escola Secundária, o diretor do Liceu Camões, João Jaime Pires, adiantou que houve uma reunião esta manhã em que ficou decidido que a escola voltará a funcionar normalmente a partir de terça-feira e que fica desta forma aberto o compromisso, por parte da direção, para que o tema das alterações climáticas e do combate aos combustíveis fósseis seja debatido em ambiente escolar.

Inês Esteves, uma das porta-vozes da Greve Climática Estudantil, por detrás do protesto integrado no movimento internacional “End Fossil: Occupy!”, confirmou que os alunos aceitaram suspender a ocupação da escola a partir de terça-feira e que irão permanecer no liceu até à meia-noite desta segunda-feira.

 

 

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Governo autoriza 867 mil euros até 2024 para projeto do hidrogénio verde

  • Lusa
  • 14 Novembro 2022

O ‘Green Pipeline Project’ é liderado pela Galp Gás Natural Distribuição (GGND), e pretende começar por injetar 2% de hidrogénio verde na rede de gás natural, e aumentar gradualmente até aos 20%.

O Governo autorizou, por portaria publicada, o Fundo Ambiental a encargos de 867.692 euros até 2024 para o ‘Green Pipeline Project’, projeto-piloto sobre injeção de hidrogénio verde na rede de gás natural e descarbonização do setor energético.

A maior fatia de encargos do projeto, no valor de 607.384 euros, é autorizada para este ano, 230.307 no próximo ano e os restantes 30 mil euros em 2024, mas a importância fixada para 2023 e 2024 pode ser acrescida do saldo que se apurar na execução orçamental dos anos anteriores, segundo a portaria publicada esta segunda-feira em Diário da República.

O ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, e a secretária de Estado do Orçamento, Sofia Batalha, que assinam o diploma, determinam que os encargos emergentes da portaria “serão satisfeitos por verbas adequadas inscritas ou a inscrever” no orçamento do Fundo Ambiental.

A Galp Gás Natural Distribuição, empresa responsável pela gestão e desenvolvimento do Green Pipeline Project, apresentou ao Fundo de Apoio à Inovação (FAI) uma candidatura para obtenção de incentivos financeiros, com o propósito de desenvolver um projeto para injeção e distribuição de hidrogénio (H2) verde na rede de gás natural, em particular na área geográfica do Seixal.

“Foi assim outorgado, em 24-8-2021, um contrato de concessão de incentivos entre o FAI e a Galp Gás Natural Distribuição, para apoio ao Green Pipeline Project, com o valor máximo de incentivo de 867.692,81 euros, que corresponde a uma taxa de 85,43% do custo do projeto, o qual tem uma duração de 27 meses”, lê-se no documento.

Os governantes, no preâmbulo do diploma, lembram que o FAI foi extinto no final de 2021, tendo-lhe sucedido o Fundo Ambiental, e destacam ser necessário que este fundo assegure toda a tramitação legal dos processos que se encontram em curso de anos anteriores. O Fundo de Apoio à Inovação estava fora do perímetro do Orçamento do Estado.

O ‘Green Pipeline Project’ é liderado pela Galp Gás Natural Distribuição (GGND) e conta com a participação de vários parceiros, desde a área da engenharia à construção, juntando os contributos da academia e de instituições públicas e privadas. O hidrogénio verde, combustível 100% renovável, vai ser produzido no Parque Industrial do Seixal, através da parceria da GGND com a empresa portuguesa Gestene.

Numa fase inicial do projeto será injetado 2% de hidrogénio na rede de gás natural, subindo gradualmente esta percentagem até um máximo de 20% num período de dois anos. Todo o processo será monitorizado e acompanhado em detalhe por um grupo de especialistas, para que este projeto possa servir de exemplo de boas práticas, para outros projetos futuros, tanto a nível nacional como internacional.

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Fisco aumenta “eficiência” da Unidade de Grandes Contribuintes com duas novas divisões

Diretora-geral da Autoridade Tributária constituiu duas novas divisões dentro da Unidade de Grandes Contribuintes, completando o projeto e melhorando a "eficiência".

A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) conta agora com duas novas divisões dentro da Unidade de Grandes Contribuintes (UGC), o serviço interno que se ocupa “exclusivamente” das maiores empresas e dos indivíduos com as maiores fortunas. A criação da Divisão de Tributação e da Divisão de Preços de Transferência foram constituídas no início do mês por despacho da diretora-geral, Helena Borges, publicado esta segunda-feira no Diário da República.

Segundo a responsável, a criação destas duas divisões completa o projeto da UGC “com a estruturação da área da Gestão Tributária, dotando-a de uma estrutura que lhe permita níveis acrescidos de eficiência na gestão das competências que lhe estão atribuídas”.

O despacho explica que a Divisão de Tributação vai desempenhar “funções de conceção, liquidação e administração das cinco contribuições extraordinárias que lhe estão atribuídas, da tributação dos impostos sobre o rendimento que requerem autorizações prévias e da liquidação de outros tributos relativos aos contribuintes que integram o cadastro, nas vertentes serviços regionais e serviços locais”.

Já a Divisão de Preços de Transferência tem “responsabilidades a nível internacional, quer ao nível dos preços de transferência e acordos prévios de preços de transferência, quer ao nível da cooperação administrativa com obrigações de reporte de informação e ainda da problemática relacionada com não residentes sem estabelecimento estável com atividade económica supervisionada pelo Banco de Portugal”.

Quando foi criada em 2012 (e regulamentada mais tarde, em 2013), a UGC era composta por uma Divisão de Gestão e Assistência Tributária; uma Divisão de Inspeção a Bancos e outras Instituições Financeiras; uma Divisão de Inspeção a Empresas não Financeiras I; e uma Divisão de Inspeção a Empresas não Financeiras II. Em 2018, foi constituída a Divisão de Pessoas Singulares; a Divisão de Justiça Tributária; e a Divisão de Gestão de Créditos Tributários.

Quatro anos depois da última atualização, a estrutura organizacional é completada com duas novas divisões para melhorar a eficiência desta unidade especial.

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Preço da energia obriga a rever teto de despesa no Metro de Lisboa

Só o primeiro ano de contrato quase esgotou o plafond até 2025 que tinha sido aprovado pelo Governo para o fornecimento de eletricidade às linhas, oficinas e edifícios do metropolitano da capital.

O “aumento exponencial” do preço da energia, em resultado da atual conjuntura internacional, obrigou o Governo a avançar com a “reprogramação financeira e temporal” relativa ao contrato de aquisição de serviços de fornecimento de energia elétrica para as instalações do Metropolitano de Lisboa, como as linhas, os parques oficinais e os edifícios administrativos.

Em agosto do ano passado, o Executivo tinha autorizado a despesa com um teto de 26,3 milhões de euros para o fornecimento de energia elétrica em alta tensão, média tensão, baixa tensão especial para o período entre 2022 e 2025. No entanto, na sequência do concurso público internacional lançado em janeiro, as quatro propostas recebidas, só para o lote correspondente a um dos anos (maio 2022 / abril 2023), ficaram todas acima dos 20 milhões de euros.

Numa portaria conjunta das Finanças e do Ambiente surge agora uma nova autorização de despesa no montante global de 22 milhões de euros (acrescidos de IVA), repartidos por este ano e pelo próximo, para assegurar o fornecimento de eletricidade à empresa de transportes da capital, apenas para este primeiro período contratual. O diploma prevê a entrada em vigor esta terça-feira, 15 de novembro, com efeito retroativo a janeiro.

Outras duas portarias, assinadas igualmente pelo ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, e pela secretária de Estado do Orçamento, Sofia Batalha, publicadas em Diário da República esta segunda-feira, autorizam a Metro de Lisboa a despender quase três milhões de euros com a aquisição de serviços para a atualização das máquinas automáticas de venda de títulos de transporte; e outros 588 mil euros em obras para “reabilitação estrutural” da estação do Cais do Sodré.

Em outubro, o número de utentes no Metro de Lisboa totalizou 13,584 milhões, ficando 25% abaixo do registo anterior à pandemia de Covid-19 (outubro de 2019), de acordo com os dados revelados no final da semana passada. Nos primeiros dez meses deste ano, a perda de passageiros no metropolitano da capital é a mais significativa (-27%) entre as três transportadoras geridas pelo Ministério do Ambiente e da Ação Climática — as outras são o Metro do Porto e a Transtejo/Soflusa –, para 110,165 milhões de passageiros.

Manutenção dos navios da Soflusa custa 14,6 milhões até 2025

As duas empresas de transporte fluvial que operam serviços na região de Lisboa, ligando as duas margens da foz do rio Tejo, também contam com novas verbas desbloqueadas pelas Finanças. O maior montante (14,58 milhões de euros + IVA) é canalizado para os serviços de manutenção global dos navios da Soflusa nos próximos três anos. Há ainda um montante adicional de quase 700 mil euros para os serviços limpeza e fornecimento de produtos de higiene para as instalações e para as suas embarcações.

No caso da Transtejo, o Ministério tutelado por Fernando Medina autorizou gastos no valor de 1,287 milhões de euros relativos ainda a um contrato de aquisição de bens para remotorização dos catamarãs “Algés”, “Castelo” e “Chiado” – foi celebrado há dois anos, mas “a sua execução tem vindo a ser marcada por constrangimentos que impediram a conclusão dos trabalhos nos prazos inicialmente previstos”, lê-se no diploma publicado – e também uma despesa em serviços na área da limpeza avaliada em 878,3 mil euros até 2025.

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