Europeus esperam desaceleração nos preços das casas em 2023
Consumidores inquiridos pelo BCE em outubro esperavam que o preço da respetiva casa aumente 3% nos 12 meses seguintes, contra a expectativa de crescimento de 3,4% no mês anterior.
Os cidadãos europeus estão a antecipar um abrandamento na subida dos preços das casas nos próximos meses. No inquérito às expectativas dos consumidores do Banco Central Europeu (BCE) relativo a outubro, que foi publicado esta quarta-feira, os inquiridos antecipam uma subida de 3% nos preço da respetiva habitação nos próximos 12 meses, uma taxa inferior à de 3,4% que era apontada em setembro.
O estudo divulgado esta quarta-feira mostra que os cidadãos do euro esperam que o crescimento do valor do seu imóvel seja de 3% nos 12 meses seguintes. Ou seja, há um menor otimismo, antecipando-se uma desaceleração do mercado imobiliário, uma vez que os consumidores apontavam para uma subida de 3,4% dos preços da habitação em setembro.
Os europeus também esperam que as taxas de juro do crédito à habitação continuem a aumentar. Apontam para uma taxa de 4,7% em 2023, o equivalente a uma subida de 1,4 pontos percentuais face ao início de 2022, segundo o inquérito.
“A perceção de acesso ao crédito de ambos os consumidores nos últimos 12 meses e as expectativas de acesso ao crédito nos próximos 12 meses diminuíram significativamente”, diz ainda o BCE. Apesar disso, a fatia de consumidores que dizem ter pedido um crédito nos últimos três meses aumentou para 13,9% em outubro face a 12,2% em julho.
Em setembro, o BCE apontou para uma descida de até 9% nos preços das casas nos próximos dois anos, fruto da subida das taxas de juro no crédito habitação. Isto porque “a dinâmica do mercado imobiliário é muito sensível às taxas das hipotecas”, explicaram os economistas que assinaram o artigo publicado no mais recente “Boletim Económico” do regulador europeu.
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