Rastreios vão ser alargados a cancro do pulmão, próstata e estômago, diz ministro
"Vamos trabalhar de imediato e julgo que, para qualquer um destes casos [de rastreio a cancros], haverá já em 2023 programas-piloto”, afirmou Manuel Pizarro.
O ministro da Saúde anunciou esta sexta-feira o alargamento do programa de rastreios oncológicos aos cancros do pulmão, da próstata e do estômago, que arrancarão no próximo ano com projetos-piloto. “No caso concreto de Portugal, vamos trabalhar de imediato e julgo que, para qualquer um destes casos, haverá já em 2023 programas-piloto”, afirmou Manuel Pizarro em Bruxelas, onde participou hoje Conselho de ministros da Saúde da União Europeia.
Segundo o governante, nesta reunião foi aprovada uma recomendação do Conselho que atualiza os programas de rastreio, prevendo que, no caso do cancro da mama, passem a ser incluídas mulheres mais jovens e mais velhas do que as abrangidas no atual programa de despiste da doença.
“Este programa de rastreio vai ser estendido ao cancro do pulmão, da próstata e do estômago em certos casos”, avançou Manuel Pizarro, que admitiu que, logo no primeiro ano, não será possível alcançar uma cobertura plena da população-alvo destes novos rastreios.
De acordo com o ministro, o rastreio do cancro do pulmão será dirigido aos grandes fumadores, o do cancro do estômago “às comunidades onde o risco é mais significativo” e o da próstata a todos os homens com idades superiores a 50 e 55 anos, conforme os casos.
O rastreio é um processo de diagnóstico precoce em pessoas que não apresentam sintomas e, em Portugal, existe um programa de despiste para o cancro de mama, colorretal e colo do útero. Segundo os dados da Direção-Geral da Saúde (DGS), estes rastreios têm demonstrado uma redução de mortalidade de aproximadamente 30% no cancro da mama, 20% no cancro colorretal e 80% no colo do útero.
Manuel Pizarro adiantou ainda que, no Conselho de ministros da Saúde da União Europeia, foi feito um apelo à Comissão Europeia para que estabeleça um plano de ação para a promoção da saúde mental, uma das áreas que sofreu maior impacto com a pandemia da covid-19. “Houve quase unanimidade no apelo à Comissão Europeia para que seja lançado um plano de ação para a promoção da saúde mental, com a concretização de 2024 como o Ano Europeu da Saúde Mental”, disse o ministro.
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