PSD responsabiliza Costa por “desgoverno” e assume-se como alternativa
Social-democratas vão chamar ao Parlamento ministros Fernando Medina e Pedro Nuno Santos, além de gestores da TAP e da CMVM após demissão de Alexandra Reis como secretária de Estado do Tesouro.
A nona saída de um membro do Governo em nove meses levou o PSD a assumir-se como alternativa política ao PS. Os social-democratas reagiram à demissão da secretária de Estado do Tesouro, Alexandra Reis, com pedidos de audição aos ministros Fernando Medina e Pedro Nuno Santos, além de gestores da TAP e da CMVM. O PSD fala num país que entrou em “piloto automático”.
“Há uma ausência de controlo governativo sobre o que se passa na TAP“, contestou Miguel Pinto Luz, vice-presidente do PSD, em declarações difundidas pela RTP3. O dirigente notou que a demissão de Alexandra Reis “é só mais um episódio desta série de trapalhadas”, que “são a normalidade da ação governativa”.
O PSD aproveita a saída da secretária de Estado do Tesouro para subir o tom e assumir-se como alternativa política ao PS. “Se o Governo não souber inverter, o PSD vai assumir as responsabilidades históricas. Somos pela estabilidade governativa mas nunca deixaremos de assumir as nossas responsabilidades junto dos portugueses“, afirmou Miguel Pinto Luz.
O partido considera que o país “é como um avião em piloto automático, com os pilotos distraídos enquanto a tempestade se aproxima”, lembrando os efeitos da inflação e da subida de custos junto dos cidadãos e das empresas.
Para obter mais esclarecimentos sobre a saída de Alexandra Reis e a polémica indemnização da TAP, o PSD vai chamar ao Parlamento o ministro das Finanças, Fernando Medina; o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos; o conselho de administração da TAP; e ainda o conselho de administração da CMVM. O regulador dos mercados recebeu, em fevereiro, um comunicado em que era afirmada que a saída de Alexandra Reis tinha sido por sua iniciativa em vez de ser determinada pela comissão executiva da transportadora aérea.
Alexandra Reis foi demitida como secretária de Estado do Tesouro após o Correio da Manhã ter noticiado no sábado que esta recebeu uma indemnização no valor de 500 mil euros por sair antecipadamente do cargo de administradora executiva da companhia aérea.
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