EUA não têm estratégia de mudança de regime na Rússia, esclarece Blinken

Biden disse este sábado que Putin "não pode continuar no poder". Kremlin respondeu que não cabe ao Presidente dos EUA decidir isso. Casa Branca já esclareceu declarações.

Os EUA não têm uma estratégia de mudança de regime na Rússia, esclareceu o secretário de Estado Antony Blinken, este domingo, e isto depois de o Presidente Joe Biden ter dito este sábado que Vladimir Putin “não pode continuar no poder”.

“Penso que o Presidente, a Casa Branca, afirmou ontem à noite que, simplesmente, o Presidente Putin não pode ter o poder de fazer guerra ou de se envolver numa agressão contra a Ucrânia ou qualquer outra pessoa”, disse Blinken durante uma visita a Jerusalém.

“Como nos ouviram dizer repetidamente, não temos uma estratégia de mudança de regime na Rússia – ou em qualquer outro lugar, aliás. Neste caso, como em qualquer outro, cabe ao povo do país em questão. Depende do povo russo”, defendeu Blinken.

Num discurso em Varsóvia, o Presidente dos EUA disse este sábado que Putin não deve permanecer na liderança da Rússia: “Por amor de Deus, este homem não pode continuar no poder”. Declarações que a Casa Branca veio esclarecer logo a seguir, dizendo que se destinavam a preparar as democracias do mundo para um conflito prolongado sobre a Ucrânia, e não a apoiar a mudança de regime na Rússia.

Já antes Biden tinha chamado Putin de “carniceiro” no que pareceu ser uma escalada das acusações contra o regime russo por causa da invasão da Ucrânia.

Blinken disse agora que a estratégia dos EUA passa por “apoiar fortemente a Ucrânia”. “Temos uma estratégia de pressão sem precedentes sobre a Rússia e estamos a levar isso adiante. E temos uma estratégia para garantir que estamos a fornecer todo o apoio humanitário que pudermos, e uma estratégia para reforçar a NATO”, acrescentou.

As palavras de Biden também tiveram eco no Kremlin. “Isso não cabe a Biden decidir”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, à agência Reuters. “O presidente da Rússia é eleito pelos russos”, acrescentou o responsável.

Também o Presidente francês, Emmanuel Macron, reagiu às declarações de Biden dizendo que não usaria este tipo de palavras pois continua em conversações com Putin.

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Bancos de Macau preparam aliança com bancos lusófonos

  • Lusa
  • 27 Março 2022

A Associação de Bancos de Macau quer criar uma aliança com os bancos lusófonos para “melhorar as ligações de Macau com a China e os países de língua portuguesa".

A Associação de Bancos de Macau (ABM) quer criar uma aliança com os bancos dos países de língua portuguesa, disse à Lusa o vice-presidente da ABM, Sam Tou. A nova direção da ABM decidiu criar uma comissão dedicada aos serviços financeiros entre a China e os mercados lusófonos, liderada pelo Banco Nacional Ultramarino (BNU), que faz parte do grupo Caixa Geral de Depósitos.

A nova comissão inclui ainda a sucursal em Macau do Banco da China, que tem presença em Portugal, Brasil, Angola e Moçambique, o Banco Well Link, que incorporou o Novo Banco Ásia, e a sucursal em Macau do Haitong Bank, o sucessor do Banco Espírito Santo Investimento.

Sam Tou disse que a comissão tem dois principais objetivos: “melhorar as ligações de Macau com a China e os países de língua portuguesa e tornar-se uma plataforma de serviços financeiros”.

Objetivos que passam pela criação de uma aliança que reúna os bancos de Macau e dos países de língua portuguesa, explicou o também diretor executivo do BNU.

A ABM está a preparar o terreno e em fevereiro teve uma reunião online com o secretariado executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, adiantou Sam Tou.

O executivo disse que a associação “tem estado a trabalhar ativamente com as suas congéneres nos países de língua portuguesa e estabeleceu uma rede muito estreita de contactos e cooperação”.

Sam Tou lembrou que a ABM assinou em maio de 2019 um acordo de cooperação com associações de bancos de Portugal, Moçambique, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe.

O acordo previa a criação de uma aliança para apoiar o lançamento na China de produtos financeiros dos países de língua portuguesa e para oferecer serviços financeiros a empresas chinesas interessadas em investir em mercados lusófonos.

Apesar dos obstáculos criados pela pandemia, o interesse chinês na “cooperação comercial e económica e no investimento” nos países de língua portuguesa “não diminuiu”, disse à Lusa Cai Chun Yan.

O diretor-geral adjunto da sucursal do Banco da China em Macau disse que “há algumas décadas” que as empresas chinesas se aventuraram “sozinhas” em mercados como Portugal, Brasil e Angola.

Mas atualmente, “mesmo alguns grandes grupos domésticos”, preferem ir através de Macau, aproveitando “o conhecimento sobre os países de língua portuguesa” na cidade, defendeu Cai Chun Yan.

Na direção oposta, disse Sam Tou, países como Moçambique, Cabo Verde, Timor-Leste e São Tomé e Príncipe estão “cada vez mais atentos” à ajuda que Macau lhes pode dar a identificar “oportunidades de desenvolvimento” na China.

O BNU abriu em 2017 uma sucursal em Hengqin (ilha da Montanha), adjacente a Macau, que pode ajudar o banco a aproveitar o desenvolvimento da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau, disse o executivo.

Sam Tou disse que o BNU quer ter uma maior presença na região da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau e está a ponderar abrir uma nova agência em Guangzhou ou Shenzhen.

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📹 Adeus PSI-20, olá PSI. O que mudou na nova bolsa de Lisboa?

Lançado há 30 anos, o PSI-20 deu lugar ao PSI. Cotadas-zombie deixaram de ter lugar na principal montra acionista com as novas regras mais exigentes. O que mudou?

Lançado há 30 anos, o principal índice da bolsa de Lisboa mudou. Zombies como a Pharol deixaram de ter lugar na principal montra acionista portuguesa, que passou a ser dominada pela energia. O PSI-20 deu lugar ao PSI e tem menos empresas. Com as novas regras, a Euronext quer atrair mais investidores e empresas. Mas o que mudou? Veja o vídeo.

https://videos.sapo.pt/LK9AqrZ3nwU3EqEEoWz1

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Angola tem nova Lei de Seguros e Resseguros. Receita de prémios atinge 520 milhões em 2021

  • ECO Seguros
  • 27 Março 2022

Assembleia Nacional de Angola acaba de aprovar nova Lei da Atividade Seguradora. 5 maiores companhias captaram cerca de 76% da receita total em 2021. Fidelidade liderou ramo Vida no 4T de 2021.

O parlamento angolano acaba de aprovar, em sessão plenária, a “Lei da Actividade Seguradora e Resseguradora“, concretizando o processo de revisão do quadro normativo que serve de base ao funcionamento do setor no país.

Em linhas gerais, segundo informa o organismo regulador (ARSEG) do setor, o diploma governamental tem como principais objetivos
“reforçar a proteção dos tomadores de seguros, segurados e beneficiários; e prevenir e reprimir atuações contrárias à lei“. Além de dotar o sistema de regulação e supervisão financeira de instrumentos “tecnicamente mais avançados para o acompanhamento e fiscalização da atividade seguradora, por forma a procurar assegurar a estabilidade e robustez do sistema, como também ajustar as normas atualmente em vigor” a novo enquadramento legal do setor financeiro, a Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG) lista as inovações:

Reforço dos poderes de supervisão e regulação da ARSEG;

Abertura do mercado a sucursais de empresas de seguros com sede fora do território nacional e possibilidade de as empresas nacionais abrirem representações no exterior;

-Reforço das exigências no sistema de governação e gestão de riscos e controlo interno, destacando-se criação de funções-chave e a intervenção dos atuários;

-Ajustamentos no que respeita às garantias financeiras, em particular na margem de solvência e provisões;

-Definição das condições e limites ao endividamento das empresas de seguros;

-Criação de um privilégio para salvaguarda dos créditos dos tomadores de seguros.

Com estas inovações, a lei incorporou as melhores práticas internacionalmente reconhecidas na gestão de seguradoras que acrescentam valor na proteção dos direitos e interesses do consumidor de seguro e terceiros lesados, na medida em que atribui competências à ARSEG para regular sobre inúmeras matérias, de entre as quais, os prazos para a regularização de sinistros,” explica a entidade.

Receita de prémios de seguro atinge 520 milhões de euros em 2021

O mercado angolano de seguros cresceu 23% no último ano, totalizando 286,1 mil milhões de kwanzas (AOA) em receita de prémios, o equivalente a cerca de 520 milhões de euros (ao câmbio do dia), indicou a Associação de Seguradoras de Angola (ASAN). De acordo com dados da Supervisão (ARSEG) para o 4º trimestre de 2021, a Fidelidade liderou o ramo Vida, pouco expressivo em Angola.

Angola continua a apresentar nível de concentração muito elevado no setor dos seguros, traduzido num peso relativo de 75,7% para as cinco maiores seguradoras, nomeadamente a ENSA (que espera a privatização), Sanlam, Fidelidade, Nossa Seguros e BIC Seguros. Da sexta à décima posição a quota é de 15,7% enquanto da 11ª a 17ª posição a quota de mercado equivale a apenas 8,7%.

Os dados da entidade associativa englobam 17 companhias de um universo atual de 22 que operam naquele mercado. Pesando perto de 38% do total de seguro direto, o ramo Saúde é o mais representativo, seguindo-se o setor de Petroquímica com 22,6%, Acidentes de Trabalho (9,5%) e os seguros de Automóvel, com 8,8% da carteira. Segundo a edição eletrónica do jornal Mercado, enquanto Outros Danos em Coisas, Incêndio e Transportes representaram, em conjunto, 15% dos prémios, o ramo Vida representou apenas 2,77% do total.

Números da entidade reguladora (ARSEG) relativos ao 4º trimestre do ano passado, indicam que a ENSA, pendente de ser vendida (1ª fase de privatização), mantinha-se líder no ranking geral, com 31,39% de quota, seguida de NOSSA (14,29%) e a Fidelidade (14,15%). Sanlam, com 12,66% de quota e Prudencial, com 5,76% de participação completam o TOP 5 do ranking angolano

Por ramos, enquanto a estatal ENSA detinha perto de 32% em não Vida, a subsidiária local da portuguesa Fidelidade liderou o negócio Vida com 28,56%, seguida de NOSSA, com 22,81% e ENSA (20,28%).

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Milho mais caro faz subir preço das pipocas nos Cinemas Nos

Diretor dos Cinemas Nos revela que a empresa terá de fazer um "pequeno acerto" no preço das pipocas, por causa do encarecimento do milho e do óleo no mercado. Não se esperam alterações nos bilhetes.

Comprar pipocas à entrada do cinema vai ficar mais caro. Face à subida dos preços do óleo e do milho nas últimas semanas, a Nos – líder de mercado em Portugal – vai ter de passar parte deste aumento para os consumidores, através de um “pequeno acerto” no preço das pipocas, disse ao ECO o diretor dos Cinemas Nos, Nuno Aguiar.

Para já, a empresa afasta qualquer alteração ao nível dos preços dos bilhetes, até porque a estratégia agora é chamar novamente os portugueses ao cinema, depois do choque nas vendas provocada pelos confinamentos da pandemia. Quanto ao bar, “é natural que tenha de haver um pequeno acerto”, explicou o responsável, em entrevista ao ECO.

“Ao nível do preço do bilhete não vejo nenhuma pressão para que se faça algum tipo de alteração, até porque isso depois é contraintuitivo em relação à estratégia de captar as pessoas e, portanto, não faria sentido”, indicou Nuno Aguiar. Quanto aos produtos no bar, esperam-se algumas subidas de preços, em resposta ao encarecimento do milho para pipocas e do óleo, confirmou.

A pressão nesta componente é forte, mas [o aumento do preço das pipocas] será sempre numa perspetiva de ser o mínimo possível para que consigamos aguentar.

Nuno Aguiar

Diretor dos Cinemas Nos

Sem indicar quando será feito o aumento (ou se o mesmo já foi feito), Nuno Aguiar garantiu que o objetivo “nunca é para pesar mais em cima do consumidor”. “É, eventualmente, para conseguirmos compensar, não digo que totalmente, mas pelo menos uma parte daquilo que vai ser o acréscimo de custo que isto está a trazer. Não será assim muito grande. A pressão nesta componente é forte, mas será sempre numa perspetiva de ser o mínimo possível para que consigamos aguentar”, detalhou.

Em 24 de março, comprar um pacote de pipocas doces de tamanho pequeno custava 3,5 euros nos cinemas Nos no centro comercial Amoreiras, em Lisboa, e no Almada Forum. O pacote médio custava 3,7 euros e o grande vendia-se a 4,1 euros. Juntando Coca-Cola ao menu, os preços subiam para 5,5, 6,3 e 7,15 euros, respetivamente, consoante o tamanho. Não foi possível apurar se estes preços já incluem o “acerto” referido pelo gestor.

O milho é apenas um dos cereais cujo preço disparou quando a Rússia invadiu a Ucrânia, dado que os dois países são grandes produtores de cereais e, no caso deste último, de óleo de girassol. A guerra tem puxado pelos preços da maioria das matérias-primas no mercado, bem como pelos preços da energia, dos combustíveis à luz, passando pelo gás natural, exacerbando a já elevada taxa de inflação que castigava, mesmo antes, a carteira das famílias portuguesas.

As subidas têm particular impacto no negócio do cinema, dado que foi fortemente castigado pela pandemia e ainda há um longo caminho de recuperação pela frente. Uma retoma que pode nunca se dar por completo, face ao crescimento bastante significativo do streaming no mesmo período.

Em 2021, a Nos vendeu 3,45 milhões de bilhetes, uma queda superior a 60% face a 2019, antes da Covid-19. A empresa acredita que os números vão voltar e até superar os níveis pré-pandemia no médio prazo.

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Ucrânia e Rússia combinam nova ronda de negociações na Turquia

Líder da auto proclamada República Popular de Lugansk, apoiada pela Rússia, no leste da Ucrânia, disse que a região pode realizar um referendo em breve sobre a adesão à Rússia.

Com a invasão no 33.º dia, este domingo fica marcado pelos ataques russos em Lviv e pela destruição de um depósito de mísseis ucraniano perto de Kiev com armas de longo alcance lançadas a partir do mar, segundo anunciou o Kremlin. A ONU avança que já deixaram o país mais de 3,8 milhões de ucranianos.

Já a autoproclamada República Popular de Lugansk, apoiada pela Rússia, no leste da Ucrânia, pode realizar um referendo em breve sobre a adesão à Rússia, de acordo com o líder local Leonid Pasechnik.

Em Jerusalém, o secretário de Estado Antony Blinken esclareceu que os EUA não têm uma estratégia de mudança de regime no Kremlin, depois do discurso de Joe Biden na véspera. Acompanhe aqui todas as incidências do dia.

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Marcelo defende que Portugal está a fazer “tudo o que é possível” para ajudar a Ucrânia

  • Lusa
  • 26 Março 2022

Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, sinalizou Portugal como um dos países que podia fazer mais. Marcelo respondeu que o país está a fazer "tudo o que é possível" para ajudar a Ucrânia.

O Presidente da República reiterou este sábado que o país está a fazer tudo para ajudar a Ucrânia, depois de o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ter sinalizado Portugal como um dos países que podia fazer mais.

Percebo que quem, como o Presidente Zelensky, está a viver uma guerra queira sempre mais: mais armamento, mais meios militares e mais apoios. Nesse quadro, há países muito mais ricos e próximos do que Portugal que podem dar mais do que nós temos dado, sendo que nós temos estado a dar tudo o que podemos e até, em muitos casos, coisas que não esperávamos poder dar”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa.

O chefe de Estado falou aos jornalistas à margem do 12.º congresso do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP), em Vilamoura, para reforçar a disponibilidade limitada de meios militares que possam fazer a diferença na guerra com a Rússia.

“Entendemos que estamos a fazer todos aquilo que é possível fazer nas circunstâncias, isto é, no plano político e diplomático, tudo o que está ao nosso alcance; no plano militar: dentro das nossas disponibilidades. Quem tem disponibilidades e capacidades que nós não temos pode fornecer essas capacidades, nós podemos dentro do nosso limite. Em termos de acolhimento, a nossa posição é muito simples: quem quiser vir é bem-vindo”, observou.

Agradecendo aos portugueses a recetividade ao acolhimento de refugiados ucranianos, Marcelo Rebelo de Sousa recusou ainda comentar as palavras do seu homólogo norte-americano, Joe Biden, que qualificou o Presidente russo, Vladimir Putin, como “um carniceiro”.

Não vou comentar as declarações do Presidente aliado sobre o Presidente do país agressor. Não é a minha função, mas considero positivo que o Presidente Biden se esteja a empenhar da forma como se está a empenhar, vindo à cimeira da NATO, estando com os líderes europeus, visitando a Polónia e estando ali junto da fronteira da NATO. Não há nada como ver o fenómeno humanitário dos refugiados para se ter a noção da gravidade da situação”, concluiu.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou, entre a população civil, pelo menos 1.081 mortos, incluindo 93 crianças, e 1.707 feridos, entre os quais 120 são menores, e provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, das quais 3,7 milhões foram para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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Biden sobre Putin: “Por amor de Deus, este homem não pode continuar no poder”

Em Varsóvia, Joe Biden disse que Vladimir Putin "não pode continuar no poder" depois do ataque não provocado à Ucrânia.

Depois de ter chamado Vladimir Putin de “carniceiro” numa visita a um centro de refugiados na Polónia, Joe Biden fez um longo discurso em Varsóvia onde culpou o Presidente russo pela guerra na Ucrânia. Terminou a sua intervenção pedindo a sua remoção do Kremlin: “Por amor de Deus, este homem não pode continuar no poder”.

É a primeira vez que Washington pede uma mudança de governo na Rússia devido à guerra na Ucrânia.

O Presidente americano defendeu que “não há justificação nem provocação para a escolha da Rússia para a guerra” e que o país deve ser punido, apesar do povo russo não ser o inimigo.

“A minha mensagem é clara para o povo russo. O povo russo não é o nosso inimigo. Não são vocês que matam pessoas inocentes, bombardeiam hospitais, maternidades escolas, disse Biden.

Para o Kremlin “esta guerra é já um falhanço estratégico”, acrescentou Biden. A economia está a sofrer muito com as sanções impostas. 200 rublos valem hoje um dólar, disse para demonstrar o impacto das medidas tomadas pelo Ocidente. Há muitos russos a abandonarem o país. “Há uma fuga de cérebros”, lembrou.

Culpando Putin pelo ataque, Biden defendeu que a NATO não quer desestabilizar a Rússia, “é uma aliança defensiva” que até saiu reforçada com a invasão militar russa na Ucrânia, ao contrário do que seria uma expectativa do Presidente russo. Se “Putin tinha medo da NATO, agora conseguiu uma NATO mais reforçada na Europa”, afirmou.

Biden alertou ainda a Europa para se preparar para um longo combate contra a agressão russa

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Morreram todos os 132 ocupantes do avião que caiu no sul da China

  • Lusa
  • 26 Março 2022

O Boeing 737-800 caiu na segunda-feira, numa encosta arborizada, perto da cidade de Wuzhou, no sul da província de Guangxi. Os 132 ocupantes do avião morreram.

Os 132 ocupantes do avião que se despenhou na segunda-feira no sul da China estão mortos, noticiou este sábado a televisão pública chinesa CCTV. “Os 123 passageiros e nove membros da tripulação do voo MU5735 da companhia China Eastern morreram a bordo em 21 de março”, noticiou a CCTV, citando o diretor-geral adjunto da administração da aviação civil, Hu Zhenjiang.

O Boeing 737-800 caiu na segunda-feira, numa encosta arborizada, perto da cidade de Wuzhou, no sul da província de Guangxi, cerca de uma hora depois de o avião partir de Kunming, capital da província vizinha de Yunnan.

Já este sábado, as autoridades da aviação civil anunciaram ter identificado 120 das 132 pessoas que seguiam a bordo e adiantaram que o trabalho de recuperação continua.

Segundo o diretor dos Bombeiros da região, um laboratório de física e química examinou 41 das 66 amostras recolhidas no local do acidente e não localizou vestígios de explosivos.

O acidente, em que o avião desceu rapidamente de uma altitude superior a 8.000 metros, é considerado muito pouco comum. O avião pareceu corrigir o seu rumo brevemente durante a descida, mas de seguida despenhou-se contra um bosque.

Segundo as autoridades, foram realizadas várias tentativas de contactar a tripulação, mas não houve resposta. Cerca de três minutos após o início da descida, o sinal desapareceu.

O voo MU5735 fazia a ligação entre Kunming (sudoeste) e Guangzhou (sul) quando caiu, cerca de uma hora depois de partir de Kunming, capital da província vizinha de Yunnan.

A companhia aérea China Eastern, que operava o voo, é uma das quatro principais transportadoras chinesas, juntamente com a Air China, a China Southern Airlines e o grupo HNA.

Fundada em 1995, a empresa China Eastern tem sede no Aeroporto Internacional de Pudong, em Xangai. Desde 2010 que a China, um dos três principais mercados de aviação civil do mundo, não registava qualquer acidente aéreo com mais de cinco mortes.

Em 24 de agosto de 2010, um Embraer ERJ 190-100, operado pela Henan Airlines e com 96 pessoas a bordo, despenhou-se quando se preparava para aterrar em Yichun, no nordeste do país.

No acidente e no incêndio que deflagrou morreram 44 pessoas, enquanto 52 sobreviveram. Os investigadores atribuíram o acidente a um erro do piloto, que estava a aterrar à noite, com visibilidade reduzida.

A segurança da indústria no país asiático melhorou bastante depois da ocorrência de uma série de acidentes mortais nas décadas de 1990 e 2000.

As Forças Armadas chinesas sofreram alguns acidentes fatais, mas há pouca informação disponível.

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Oficial: PS venceu legislativas com 42,50% e 2.302.601 votos

  • Lusa
  • 26 Março 2022

Comissão Nacional de Eleições publicou este sábado em Diário da República o mapa oficial com os resultados das eleições e a relação dos deputados eleitos para a Assembleia da República.

O PS venceu as eleições legislativas de 30 de janeiro com 2.302.601 votos, correspondentes a 42,50% do total de votantes, elegendo 120 deputados, de acordo com o mapa oficial dos resultados publicado em Diário da República.

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) publicou este sábado em Diário da República o mapa oficial com os resultados das eleições e a relação dos deputados eleitos para a Assembleia da República.

A publicação dos resultados oficiais ocorre quase dois meses depois do dia da eleição por causa da repetição do sufrágio no círculo da Europa, depois de o Tribunal Constitucional (TC) ter anulado 80% do total dos votos naquele círculo (157.000 votos).

O PS foi o partido mais votado com 2.302.601 votos, correspondentes a 42,50% do total, elegendo 120 deputados.

O PSD ficou em segundo lugar e elegeu 77 deputados. Os sociais-democratas obtiveram 1.539.415 votos nos círculos eleitorais de Portugal continental, da Europa e Fora da Europa, ou seja, 28,41% do total de votos expressos, elegendo 72 deputados.

Na Madeira, o PSD concorreu coligado com o CDS-PP, coligação que obteve 50.636 votos e deu mais três deputados à bancada social-democrata. Nos Açores, a coligação entre PSD, CDS-PP e PPM conseguiu 28.330 votos e elegeu mais dois deputados.

O universo eleitoral era de 10.813.246 eleitores e votaram 5.564.539, tendo-se registado uma taxa de abstenção de 48,54%, menor do que nas eleições legislativas de 06 de outubro de 2019.

O número de votos expresso, no entanto, foi de 5.417.715. Os votos em branco foram 63.103, ou seja 1,13%, e os nulos foram 83.721, 1,50%.

Em terceiro lugar ficou o Chega com 399.659 votos, 7,38%, elegendo 12 deputados (mais 11 do que em 2019). A quarta força política mais votada foi a Iniciativa Liberal, que elegeu oito deputados (mais sete do que há dois anos) com 273.687 votos, 5,05%.

A CDU, coligação composta pelo PCP e pelo PEV, obteve 238.920 votos, 4,41%, e elegeu seis deputados (menos quatro do que em 2019). O PEV não elegeu deputados e foi uma das duas forças políticas que perdeu a representação (dois deputados) que tinha na Assembleia da República.

O BE conseguiu 244.603 votos, 4,52%, e elegeu cinco deputados, menos 14 do que os que tinha obtido em 2019.

Ainda em relação aos partidos com assento parlamentar, o PAN perdeu três dos quatro deputados eleitos há dois anos, elegendo apenas um com 88.152 votos, 1,63%, enquanto o Livre repetiu a eleição de um deputado, com 71.232 votos, correspondentes a 1,71% dos votos expressos.

O CDS-PP foi a outra força política a perder a representação parlamentar, obtendo 89.181 votos, ou seja, 1,65% do total.

O R.I.R obteve 23.233 votos, ou seja, 0,43%, o PCTP/MRPP alcançou 11.265 votos (0,21%), a JPP 10.786 votos (0,20%), o ADN 10.874 (0,20%), o MPT 7.561 (0,14%), o Volt 6.240 votos (0,12%), o MAS 6.157 (0,11%), o Ergue-te 5.043 (0,09%), o Nós Cidadãos 3.880 (0,07%), o PTP 3.533 (0,07%), a Aliança, 2.467 (0,05%) e o PPM 260 (0,00%) – referindo-se as percentagens aos votos expressos.

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Anonymous publicam milhares de documentos secretos do Banco Central da Rússia

  • Lusa
  • 26 Março 2022

Em conjunto com os 28 gigabytes de documentos, o grupo de hackers advertiu o Presidente russo, Vladimir Putin, num vídeo divulgado, em que diz que todos os seus segredos serão revelados.

O grupo de hackers Anonymous revelou que publicou 28 gigabytes de documentos que obteve depois de penetrar no sistema de segurança informático do Banco Central da Rússia.

Em conjunto com os 28 gigabytes de documentos, o grupo de hackers advertiu o Presidente russo, Vladimir Putin, num vídeo divulgado, em que diz que todos os seus segredos serão revelados.

“A extorsão de documentos do Banco Central da Rússia (28 gigabytes) foi difundida pelo Anonymous”, disse o grupo na rede social Twitter, indicando que espalhou os documentos por vários pontos da internet e que, caso os links sejam censurados, partilhá-los-á noutros novos pontos da internet.

No vídeo, os hackers afirmam que o presidente russo é “mentiroso, ditador, criminoso de guerra e assassino de crianças”.

Até agora, milhares de civis inocentes morreram, centenas de milhares foram deslocados, hospitais, escolas e abrigos foram bombardeados, crianças perderam as suas famílias e as famílias perderam seus filhos, devido à decisão de Putin ter desencadeado uma “operação especial” na Ucrânia, como o Kremlin a qualifica.

“Vladimir Putin, nenhum segredo é seguro, estamos em todos os lados: no seu palácio, onde come, na sua mesa, no seu quarto”, adverte um pirata informático usando a típica máscara do Anonymous.

E prossegue: “Agora partilhamos milhares de documentos pertencentes ao Banco Central da Rússia”.

Entre os documentos, afirma ainda o pirata informático, estão acordos, correspondência, transferências de dinheiro, segredos comerciais dos oligarcas russos, relatórios económicos que “Putin esconde do público”, diz.

Além disso, constam também “acordos comerciais que Putin assinou com outros países, declarações, informações dos seus apoiantes com cadastro, videoconferências [do presidente russo] e os programas usados” por Vladimir Putin, revela o hacker pertencente ao grupo Anonymous.

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COAG: “Se quisermos manter os níveis de produção agora, precisamos de mais financiamento”

  • Servimedia
  • 26 Março 2022

O diretor da associação patronal agrícola de Espanha alerta para a importância do financiamento para fazer face à crise no setor. Caixabank e Abanca redobram esforços para apoiar agricultores.

O diretor técnico da Coordenadora das Organizações de Agricultores e Criadores de gado (COAG) espanhola, José Luis Miguel, considera que num contexto tão difícil para o setor como o atual, “o papel das instituições financeiras é essencial se quisermos manter os níveis de produção. Precisamos de mais financiamento para as atividades agrícolas e pecuárias”, explicou declarações à Servimedia.

O Caixabank e o Abanca são duas das entidades que estão a redobrar os seus esforços tendo em conta a difícil situação que o setor atravessa em resultado do aumento do preço da energia e da falta de chuva, agora agravada pela crise na Ucrânia.

José Luis Miguel sustenta que a guerra “piorou muito a difícil situação do setor agrícola”, especialmente no fornecimento de elementos básicos e matérias-primas para a produção agrícola e pecuária. “Somos muito dependentes tanto de matérias-primas como de energia. Os preços subiram acentuadamente, embora o petróleo pareça estar a descer um pouco e possamos ter atingido o pico”, adiantou o responsável à agência de notícias espanhola.

Por outro lado, os fertilizantes, potassa e fosfatos também entraram numa escalada de preços e José Luis Miguel aponta também a escassez de matérias-primas, como os cereais e o milho, como um fator que contribui para a tensão do mercado. E, por exemplo, “não sabemos se será possível semear na Ucrânia nesta primavera e, portanto, poderá haver uma maior escassez”, explica.

Reconhece, contudo, que “a crise no setor remonta a antes da guerra, a situação já era muito má em 2021, com um aumento de custos de 30%”, uma percentagem que neste momento “poderia situar-se entre 38 e 40%”.

Face a esta tempestade perfeita, o financiamento é a única forma que permite a muitos empresários independentes continuarem a sua atividade. “As instituições financeiras desempenham um papel crítico”, salienta a COAG, citada pela Servimedia.

Neste contexto, o Caixabank, através da sua linha de negócios Agrobank, é um dos mais empenhados na atividade agroalimentar: em 2021 financiou o setor com quase 17.400 milhões de euros e para fazer face à situação atual, a entidade conta com 1.175 sucursais especializadas, a maior rede de sucursais do setor e uma presença em todas as províncias.

Tem também 3.500 gestores especializados que, entre outras tarefas, orientam os agricultores e criadores de gado em desafios como a sustentabilidade e a digitalização. Mais de 500 mil agricultores (um em cada dois profissionais do setor) são apoiados pelo Agrobank.

O Abanca, por seu lado, através da sua unidade especializada Abanca Agro, está também a assumir um forte compromisso com o setor e assinou recentemente acordos com várias associações agrícolas, como Extremadura ou Castilla y León para oferecer produtos como um adiantamento sobre a colheita ou um empréstimo para fazer face às despesas habituais de futuras campanhas, entre outras ações, bem como financiar projetos de sustentabilidade.

Nesta linha, José Luis Miguel acredita que no contexto actual, “a sustentabilidade e a digitalização não devem ser deixadas de lado porque são elementos interrelacionados que nos vão ajudar muito. Com eles, seremos mais eficientes e economicamente viáveis. Podemos também ser mais sustentáveis com poupanças de custos, com menos impacto ambiental, uma tendência necessária para o setor. Depois de todas as vicissitudes que nos estão a acontecer, devemos pensar a médio e longo prazo, e não há dúvida de que a sustentabilidade e a digitalização se encaixam”, concluiu.

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