Musk ataca Apple por reduzir anúncios no Twitter

  • Joana Abrantes Gomes
  • 28 Novembro 2022

O CEO da rede social alega que a Apple "parou na sua maioria" de mostrar anúncios publicitários no Twitter e questiona se a fabricante do iPhone detesta a "liberdade de expressão".

A Apple terá reduzido a sua publicidade no Twitter, de acordo com o CEO desta rede social. Numa publicação no Twitter, Elon Musk reclama que a gigante tecnológica “na sua maioria parou” os seus anúncios na rede social, perguntando se a Apple detesta “liberdade de expressão”.

Musk continuou a publicar uma série de tweets acerca da Apple, identificando até Tim Cook, CEO da fabricante do iPhone, questionando-o sobre “o que se passa”. “A Apple também ameaçou retirar o Twitter da sua App Store, mas não nos diz o porquê“, alega ainda o empresário norte-americano.

Numa outra publicação, o empresário norte-americano faz uma sondagem em que questiona se a Apple deveria “publicar todas as ações de censura” que tomou e que tiveram impacto nos seus clientes.

Desde que Musk assumiu a liderança do Twitter, vários anunciantes têm vindo a recuar nas campanhas publicitárias das suas marcas na rede do “passarinho azul” devido à abordagem do empresário norte-americano, que já anunciou a reativação de contas previamente suspensas e proibidas, como a do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump.

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Perito independente vai fixar preço de ações da Patris na saída da Euronext Growth

  • Lusa
  • 28 Novembro 2022

A Patris justifica saída da Euronext com a "reduzida dispersão do capital social, a ausência de transações no mercado há mais de três anos, os custos para a sociedade e para os acionistas".

A Patris anunciou que será um perito independente a fixar o preço das ações que irá comprar, no âmbito da saída da Euronext Growth, e que será votada numa assembleia-geral (AG) no dia 14 de dezembro, segundo um comunicado ao mercado.

Na nota, publicada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Patris Investimentos justificou que “considerando a reduzida dispersão do capital social, a ausência de transações no mercado há mais de três anos, os custos para a sociedade e para os acionistas e a posição manifestada pela maioria dos acionistas da sociedade quanto à manutenção da negociação das ações da sociedade no sistema de negociação multilateral Euronext Growth, propõe-se deliberar a saída da sociedade do mercado Euronext Growth e a consequente exclusão de negociação naquele mercado das ações representativas do capital social da sociedade”.

Esta exclusão terá de ser “deliberada por uma maioria não inferior a 90% dos direitos de voto correspondentes ao capital social da sociedade”, indicou o grupo, acrescentando que, “desde já, se indica que será a sociedade que adquirirá, no prazo de três meses após o deferimento pela CMVM da exclusão voluntária da negociação, aos acionistas que não votaram a favor dessa exclusão, as ações de que eram titulares à data da assembleia geral”.

De acordo com a Patris, “não tendo havido, nos últimos seis meses, aquisição de ações próprias nem transações das ações da Sociedade no mercado Euronext Growth que permita apurar o seu preço médio ponderado, a contrapartida desta aquisição é fixada por perito independente nos termos do nº 2 do artigo 188º do CVM [Código dos Valores Mobiliários]”.

O grupo avisou que “constituirá condição resolutiva da deliberação e, consequentemente, do processo de exclusão de negociação das ações da sociedade no sistema de negociação multilateral Euronext Growth a fixação, pelo perito independente, de um valor superior a 1,06 euros por ação, no caso das ações ordinárias, em conformidade com o valor máximo autorizado pela Assembleia Geral da Patris Investimentos realizada a 29/05/2018 e posteriormente renovado para a aquisição de ações próprias, ajustado tendo em conta o ‘stock-split’ realizado posteriormente”.

No entanto, “na medida em que será a sociedade que adquirirá, no prazo de três meses após o deferimento pela CMVM da exclusão voluntária da negociação, aos acionistas que não votaram a favor dessa exclusão, as ações de que eram titulares à data da assembleia-geral, a sociedade poderá renunciar à verificação da condição resolutiva prevista” e “pagar àqueles acionistas a contrapartida da aquisição fixada pelo perito independente”, sublinhou a Patris.

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Marcelo alerta para 2023 “muito mais difícil” do que 2022

  • Lusa
  • 28 Novembro 2022

"Vamos esperar que isto que está a marcar o fim de 2022 e o começo de 2023, não dure todo o ano, dure apenas uma parte limitada do ano, provavelmente um trimestre ou um semestre", disse o Presidente.

O Presidente da República alertou esta segunda-feira para um 2023 “cheio de incertezas”, considerando que o próximo ano “vai ser muito mais difícil” do que 2022, devido à guerra na Ucrânia e ao aumento da inflação e das taxas de juro.

O facto de a guerra continuar, o facto de a inflação continuar e haver uma certa incerteza quando à duração desta situação, que passa para o ano que vem, tudo isso aponta para um ano 2023 mais complicado do que o de 2022 e cheio de incertezas. E, no fundo, o que se passa, é que, quem tem de tomar decisões, como é o caso do Banco Central Europeu (BCE) e de outros bancos centrais, estar perante as incertezas, tomar as suas precauções”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

O chefe de Estado respondia aos jornalistas, após discursar na abertura da 3.ª Unique Summit, que decorre em Braga, quando questionado sobre mais uma subida, hoje, das taxas Euribor – a três, seis e 12 meses –, para novos máximos desde o início de 2009.

“A elevação e a contínua elevação da taxa de juro significa uma preocupação muito grande com a incerteza de 2023. Vamos esperar que isto que está a marcar o fim de 2022 e o começo de 2023, não dure todo o ano, dure apenas uma parte limitada do ano, provavelmente um trimestre ou um semestre, no pior dos cenários. Mas nenhum de nós tem a certeza sobre isso”, salientou o Presidente da República.

Para Marcelo Rebelo de Sousa, “não há ninguém em Portugal, no Governo ou na oposição, que possa dizer que 2023 vai ser mais fácil ou comparável a 2022”. “Vai ser muito mais difícil do que 2022”, reiterou o chefe de Estado. Questionado sobre se este cenário de incertezas e de dificuldades pode comprometer no futuro a ajuda das instituições de solidariedade aos mais pobres, o Presidente da República respondeu que sim.

“Claro, sem dúvida. Os resultados que temos hoje da campanha [de recolha de alimentos] do Banco Alimentar são impressionantes, porque há um aumento de 24% em relação à última campanha. Quer dizer que os portugueses estão a perceber o que se está a passar, nomeadamente com os mais pobres, naqueles que sofrem mais com a situação da crise”, salientou Marcelo.

O Presidente da República partilhou a sua experiência quando contribuiu para a campanha do Banco Alimentar.

“Por exemplo, nas conservas, o número aumentou, muito significativamente, recorrendo aos preços mais baixos. As pessoas não deixaram de contribuir, com sacrifício, mas contribuíram recorrendo aos produtos mais baratos. É isso que está a acontecer provavelmente com a maioria esmagadora dos portugueses, que é reverem padrões de consumo, baixando esse consumo, por um lado, tendo a noção da subida dos preços, por outro lado, prevenindo o futuro no meio da incerteza que vivemos”, disse Marcelo Rebelo de Sousa.

As taxas Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu ter admitido que poderia voltar a subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro, tendência reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia, em 24 de fevereiro.

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Doentes internados com covid-19 passam a poder receber visitas

  • Lusa
  • 28 Novembro 2022

A realização de testes em pessoas sem sintomas deixa também de ser recomendada, bem como em pessoas que não tenham sintomas e que necessitem de realizar intervenções como cirurgias ou exames.

Os testes à infeção com o coronavírus SARS-CoV-2 deixaram de ser recomendados a pessoas sem sintomas de infeção e doentes internados com covid-19 passam a poder receber visitas, avançou esta segunda-feira a Direção-Geral da Saúde (DGS).

As alterações constam de uma norma sobre os casos de suspeita ou confirmação de covid-19, que salienta que a elevada cobertura vacinal e a evolução epidemiológica favorável permitem “progredir para um modelo de resposta focado na prevenção e no tratamento da doença grave, atento ao padrão de circulação e ao aparecimento de novas variantes de SARS-CoV-2”.

A autoridade de saúde adianta que, perante as altas taxas de vacinação em Portugal, a maioria dos casos de covid-19 apresenta uma gravidade ligeira, uma duração autolimitada e requer apenas tratamento sintomático.

A norma reforça que as pessoas com sintomas respiratórios agudos devem adotar as medidas de prevenção e controlo de infeção, como evitar ambientes fechados ou aglomerados e manter distanciamento físico, utilizar máscara quando em contacto com outras pessoas ou em espaços de utilização partilhada, manter a etiqueta respiratória e a lavagem e desinfeção das mãos, proceder ao arejamento e ventilação dos espaços interiores e à desinfeção de equipamentos e de superfícies.

“A realização de teste para SARS-CoV-2 deve ser integrada no contexto da avaliação clínica e está indicada em pessoas com sintomas de infeção aguda das vias respiratórias”, refere ainda o documento da autoridade de saúde. A DGS alerta que a realização do teste não deve atrasar a prestação de cuidados de saúde adequados à gravidade clínica determinada na triagem do doente, particularmente nas situações de emergência médica.

A realização de testes em pessoas sem sintomas deixa também de ser recomendada, bem como em pessoas que não tenham sintomas e que necessitem de realizar intervenções como cirurgias ou exames”, adianta a DGS.

Quanto às pessoas com sintomas respiratórios agudos, devem ser encaminhadas, através do contacto preferencial com o SNS24, para os “cuidados adequados à sua situação clínica”, que vão desde a emergência médica (INEM), os serviços de urgência hospitalares, os cuidados de saúde primários e o autocuidado.

No caso das pessoas com covid-19 em ambulatório (autocuidados), a norma indica que têm de manter o distanciamento físico, evitando frequência de espaços com aglomerados de pessoas e utilizando a máscara com bom ajuste facial na presença de outras pessoas até, pelo menos, 10 dias desde o início de sintomas.

Além disso, devem vigiar os sintomas e, em caso de agravamento, contactar a sua Unidade de Saúde Familiar ou o SNS24, para encaminhamento conforme o seu estado clínico. “Nas situações em que a pessoa apresente condições para manter o exercício das funções laborais e voluntariamente deseje manter a sua atividade, em concordância com a entidade patronal e dentro do enquadramento legal, recomenda-se sempre que possível a adoção de teletrabalho durante os primeiros cinco dias de sintomas ou diagnóstico de covid-19”, aconselha a direção-geral.

Nos casos de internamento, as administrações dos hospitais, dos centros hospitalares e das unidades locais de saúde devem permitir visitas aos doentes com covid-19, assim como assegurar o direito a acompanhante durante a gravidez, o parto, o puerpério e em contexto pediátrico, desde que garantido o cumprimento das medidas de prevenção e controlo de infeção.

Segundo a DGS, nas pessoas com covid-19 em fase de recuperação, deve ser implementado um plano multidisciplinar de reabilitação funcional e respiratória, bem como a vigilância das sequelas respiratórias, em articulação com as equipas médicas de cuidados de saúde primários.

“As unidades de saúde asseguram a realização das consultas a pessoas com covid-19 em autocuidado em ambulatório, sempre que possível através de telessaúde, minimizando as deslocações destas pessoas para situações de intervenção urgente e inadiável”, avança.

Quanto aos lares de idosos e estruturas similares, durante o período da infeção, as visitas aos doentes com covid-19 devem ser asseguradas, desde que garantido o cumprimento do plano de contingência, incluindo utilização adequada de equipamento de proteção individual, indica a norma da DGS.

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Shell compra produtora de biogás Nature Energy por 2 mil milhões

  • Mariana Marques Tiago
  • 28 Novembro 2022

A britânica Shell vai comprar a produtora de biogás por quase 2 mil milhões de dólares. Aquisição permitirá levar a cabo uma descarbonização do negócio da petrolífera. 

A Shell vai comprar a dinamarquesa Nature Energy por quase 2 mil milhões de dólares (cerca de 1,9 mil milhões de euros), avançou esta segunda-feira a agência Reuters.

Acompanhando a tendência de crescente interesse no biogás, a aquisição da empresa dinamarquesa pela petrolífera britânica permitirá levar a cabo uma descarbonização do seu negócio.

Já em outubro, de acordo com a Reuters, a Shell era uma das várias empresas que demonstrava interesse em adquirir a Nature Energy, tendo participado numa segunda ronda de licitações. A empresa detém 12 centrais de biogás na Dinamarca e uma em França.

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Parque das Serras do Porto investe 3,5 milhões de euros na floresta até 2027

  • Lusa
  • 28 Novembro 2022

Parque das Serras do Porto vai investir 3,5 milhões de euros até 2027 na plantação de 170 mil árvores e arbustos de espécies autóctones.

O novo presidente do Parque das Serras do Porto, Alexandre Almeida, esta segunda-feira empossado, anunciou que até 2027 vão ser investidos 3,5 milhões de euros em 423 hectares de floresta.

Segundo o autarca de Paredes, vão ser plantados cerca de 170 mil árvores e arbustos de espécies autóctones, no território do parque que compreende os municípios de Gondomar, Paredes e Valongo, no distrito do Porto.

Durante a cerimónia de tomada de posse, Alexandre Almeida sinalizou que as ações vão também controlar espécies invasoras, com a contratação de uma equipa de silvicultura e proteção contra incêndio.

O projeto é apoiado em 2,1 milhões de euros por fundos europeus, no âmbito de uma candidatura apresentada pelo parque ao programa Life.

Nesse âmbito, anotou, vai também ser “instalado um apiário pedagógico e aplicadas técnicas de bioengenharia para aumentar a retenção de água no solo e requalificar as margens dos rios Ferreira e Sousa”.

Constituído em 2017, o Parque das Serras do Porto tem 5.974 hectares e está classificado como paisagem protegida regional.

O projeto, aprovado pela União Europeia, também acautela iniciativas para envolver as populações no parque, nomeadamente ao nível do voluntariado, além da distribuição de material pedagógico.

Entretanto, acrescentou Alexandre Almeida, avançará no próximo ano uma Rede de Estruturação e Valorização Turística, através de um protocolo que incluirá as três autarquias e outros atores, nomeadamente operadores turísticos do território.

Segundo o autarca, pretende-se, com esse instrumento, desenvolver um programa de estruturação do parque ao nível do alojamento, restauração e animação turística. “Aquela bonita zona tem potencial turístico para explorar o parque de uma forma organizada e sustentável”, observou.

O presidente cessante, Marco Martins, autarca de Gondomar, sublinhou que aquele projeto “é uma âncora da região, um projeto da região e para a região”, sublinhando que “há muito trabalho a fazer na valorização dos ativos do parque para construir um futuro mais sustentável e mais verde”.

Por seu turno, o presidente da Câmara de Valongo, José Manuel Ribeiro, disse ser “uma honra e uma sorte” estar em funções, quando foi possível, com o empenhamento dos autarcas, “erguer esta associação”.

Mais, concluiu: “Daqui por 30 anos, vamos medir a qualidade do nosso trabalho presente, porque investir neste tipo de infraestruturas não é um trabalho de curto prazo”.

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Governo quer destinar parte da verba do REPowerEU à eficiência energética

  • Lusa
  • 28 Novembro 2022

"Vamos tomar mais iniciativas, ainda não está fechado, mas vai haver novos avisos para a área da eficiência energética”, disse o Secretário do Estado João Galamba.

O secretário de Estado do Ambiente e da Energia, João Galamba, disse esta segunda-feira que o Governo pretende destinar uma parte da verba do plano REPowerEU, para tornar a Europa independente de combustíveis fósseis russos, à eficiência energética.

Uma parte da verba do REPowerEU pretendemos que vá também para esta área [da eficiência energética]”, afirmou o governante, durante a cerimónia de assinatura dos pactos entre a Adene – Agência para a Energia e a Confederação do Comércio e Serviços Portugal (CCP), a Associação Industrial Portuguesa (AIP) e a Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC), no âmbito do Plano de Poupança de Energia (PPE) 2022-2023.

O REPowerEU é o plano da Comissão Europeia para tornar a Europa independente dos combustíveis fósseis russos antes de 2030, à luz da invasão da Ucrânia pela Rússia.

O Governo continuará a apostar na área da eficiência energética, não só através de planos como este, mas também com o apoio, seja através do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência], ou através do Fundo Ambiental, ou do REPowerEU. […] Vamos tomar mais iniciativas, ainda não está fechado, mas vai haver novos avisos para a área da eficiência energética”, apontou João Galamba.

O governante destacou que a “poupança de energia é a forma de energia mais barata” e que, “apesar de ser prioridade em todos os planos estratégicos, muitas vezes depois não é interpretada como tal”.

Por sua vez, o presidente do Conselho de Administração da Adene, Nelson Laje, destacou que o PPE e os pactos setoriais foram desenhados com base em “muitas reuniões realizadas” com as associações, com o objetivo de adaptar as medidas “às necessidades específicas de cada setor”.

O passo seguinte, explicou, passa por criar uma comissão de acompanhamento para monitorizar a implementação das medidas acordadas. No próximo ano, a Adene pretende lançar também uma campanha direcionada aos cidadãos.

Entre as medidas aprovadas pelo Governo para este plano contam-se iniciativas de poupança de água, com redução do seu uso, e de luz, através do controlo de iluminação e climatização, entre outras. Atualmente, há medidas que são obrigatórias para a Administração Pública e nos setores restantes são voluntárias.

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BlockFi não resiste ao colapso da FTX e declara insolvência

  • ECO
  • 28 Novembro 2022

Empresa de serviços financeiros na área das criptomoedas entrou com um pedido de proteção contra credores, justificando-se com a exposição à falida FTX.

A BlockFi entrou com um pedido de proteção contra os credores num tribunal de Nova Jérsia (EUA), segundo um comunicado divulgado esta segunda-feira. As ondas de choque do colapso da FTX derrubaram a empresa de serviços financeiros na área das criptomoedas.

No processo, a BlockFi, que chegou a estar avaliada em mais de três mil milhões de dólares, indicou ter dívidas para com mais de 100 mil entidades, segundo a CNBC. Por sua vez, o The Wall Street Journal nota que a empresa deve cerca de 1,2 mil milhões de dólares aos dez maiores credores.

O processo expõe ainda um empréstimo de 275 milhões de dólares concedido pela FTX US, a subsidiária norte-americana do agora falido império de Sam Bankman-Fried. O empréstimo dava à FTX uma opção de compra da BlockFi.

Para justificar o pedido de insolvência, a BlockFi faz referência ao colapso da FTX e das empresas associadas, incluindo a Alameda, que também era detida pelo fundador da FTX. A empresa e as oito subsidiárias explicam que avançaram como o pedido para poderem “estabilizar o negócio e dar à companhia a oportunidade de consumar uma reestruturação aprofundada que maximize o valor para os clientes e outros acionistas”.

Tal como a FTX, a BlockFi também possui uma subsidiária nas Bahamas. Essa subsidiária entrou com pedido de falência nas Bahamas, em simultâneo com o pedido num tribunal norte-americano.

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Cascais já tem ecocentros para reciclar cápsulas de café

  • ECO
  • 28 Novembro 2022

O projeto, desenvolvido pela AICC, arrancou esta semana em parceria com a Câmara de Cascais através de ecocentros disponibilizados para a recolha de cápsulas de café de qualquer marca e material.

A Associação Industrial e Comercial do Café (AICC) está a desenvolver um projeto de reciclagem de cápsulas de café que envolve seis empresas representantes de 12 marcas de café, entre elas as marcas que a Nestlé comercializa em Portugal: Nespresso, Nescafé Dolce Gusto, Buondi, Sical e Starbucks. Todas elas tratarão de fazer a reciclagem das cápsulas recolhidas.

A fase piloto deste projeto teve início esta semana, a partir de uma parceria com a Câmara Municipal de Cascais e através da disponibilização de mais um fluxo na rede de ecocentros deste município, que passam agora a recolher para reciclar e valorizar as cápsulas de café usadas, independentemente das marcas e dos materiais em que são fabricadas.

“Este é um projeto de que estamos muito orgulhosos. Ao longo destes quatro anos de trabalho conjunto, a Nestlé pôde contribuir com a experiência que resulta de mais de uma década de trabalho realizado na recolha e reciclagem de todos os materiais que compõem as cápsulas de café dos sistemas Nespresso e Nescafé Dolce Gusto. Estou certa de que a proximidade e a conveniência que este projeto vem trazer aos consumidores serão muito importantes para o seu sucesso. Esperamos que esta iniciativa possa contribuir para inspirar outros autarcas noutros concelhos do país”, afirmou Anna Lenz, diretora-geral da Nestlé Portugal.

No total, são oito os ecocentros fixos e móveis distribuídos pelo Município de Cascais e que agora passam a recolher também cápsulas de café usadas. Os consumidores podem assim depositar as suas cápsulas usadas, independentemente de serem de plástico ou alumínio, para que sejam totalmente recicladas.

A localização destes oito ecocentros pode ser consultada no site do município. As cápsulas depositadas nos ecocentros serão recolhidas e armazenadas pela Tratolixo para posterior reciclagem a cargo das empresas parceiras no projeto. Os sistemas dedicados à recolha e reciclagem de cápsulas Nespresso e Nescafé Dolce Gusto continuarão a funcionar em paralelo.

Uma vez entregues ao reciclador, as cápsulas são tratadas de forma a separar os seus distintos materiais, com vista a uma segunda vida. As borras de café convertem-se em composto orgânico para uso agrícola e outros materiais – alumínio e plástico – serão canalizados para uma utilização circular.

O alumínio, por ser infinitamente reciclável, pode ser transformado em novos objetos do quotidiano (esferográficas, lapiseiras, outros) e o plástico transformado num material a utilizar posteriormente no fabrico de novos objetos, como peças de mobiliário urbano.

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Flexdeal reforça participação na Raize para 33,1%

  • Joana Abrantes Gomes
  • 28 Novembro 2022

A sociedade liderada por Alberto Amaral chegou a acordo para a compra de uma participação de 14,1% na Raize, reforçando assim a atual posição maioritária de 19%.

A Flexdeal, uma sociedade de investimento mobiliário para o fomento da economia (SIMFE), anunciou esta segunda-feira a celebração de um acordo para adquirir 14,1% do capital social da Raize por 775.553,90 euros. A concretizar-se, a sociedade liderada por Alberto Amaral passará a deter 33,1% do capital da Raize em vez dos atuais 19%, reforçando a posição de maior acionista.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Raize detalha que o contrato de compra e venda de ações pressupõe que a Flexdeal compre 585 mil ações a José Maria Antunes dos Santos Rego, correspondentes a 11,70% do capital da empresa, e adquira 120.049 ações a António José Ribeiro da Silva Marques, o que equivale a 2,40%.

Ao todo, a Flexdeal prepara-se para adquirir 705.049 ações da Raize ao preço unitário de 1,10 euros. A operação encontra-se agora sujeita “à condição suspensiva da não oposição à aquisição de participação participada por parte do Banco de Portugal”, refere o comunicado.

Atualmente, a Flexdeal é o maior acionista da Raize, na qual detém 19% de ações representativas do capital social, adquiridas na oferta pública de aquisição (OPA) concluída a 30 de dezembro de 2020.

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“Se o negócio não gerar dinheiro, também não há dinheiro para a parte social e ambiental”, avisa Mota-Engil

Empresários alertam que negócio também tem de ser lucrativo para ser sustentável e contribuir para a redução da pegada ambiental como resposta aos critérios de sustentabilidade ESG.

 

“Se o negócio não gerar dinheiro, também não há dinheiro para a parte social e ambiental. É uma ilusão, uma intenção”, defendeu o diretor Global Sustentabilidade & Sheq do Grupo Mota-Engil, José da Silva Almeida, a propósito dos critérios de sustentabilidade ESG (ambientais, social e de governança) que as empresas têm de aplicar para estar na dianteira da competitividade.

Os próprios “investidores já fazem uma filtragem tendo em conta este tipo de preocupações” ambientais num mercado competitivo, sublinhou o diretor Global Sustentabilidade & Sheq do Grupo Mota Engil, durante a 2ª edição do Green Economy Forum, em Vila Nova de Gaia, sob a temática “sustentabilidade como modelo de negócio” como pontapé de arranque.

O grupo assume, por isso, um compromisso para implementar políticas de sustentabilidade. José da Silva Almeida advertiu, contudo, que para ser sustentável e contribuir para a redução da pegada ambiental, um negócio também tem de ser lucrativo.

Não é tanto na própria construção, mas o grande segredo é estarmos mais sensíveis no design e apresentar projetos que façam a diferença.

José da Silva Almeida

Diretor Global Sustentabilidade & Sheq do Grupo Mota Engil

Já José Eduardo Martins, sócio da Abreu Advogados, é apologista de que para se ser sustentável tem de se “gastar mais dinheiro”. Por isso mesmo, diz o antigo secretário de Estado do Ambiente, “ninguém pode levar a mal que os empresários se defendam”, deixando um alerta de que “países como Portugal vão pagar a descarbonização mais cara”, vão ter uma fatura a pagar. Neste ponto, José Eduardo Martins, acrescenta que “o principal inimigo da economia circular e da sustentabilidade é o conforto a que nos elevamos“.

Mas a Mota-Engil tem um trunfo na manga: posicionar-se no mercado pela diferença. “Não é tanto na própria construção, mas o grande segredo é estarmos mais sensíveis no design e apresentar projetos que façam a diferença”, afirma o responsável pela área da sustentabilidade do grupo.

Na realidade, frisou José da Silva Almeida, “a construção é um mal necessário”. Mais, justificou: Todos precisamos de habitação, de nos dirigir a algum lado. A questão é que vai haver sempre um impacto negativo na construção, porque há um uso de território”. Entende, contudo, que “não se pode olhar para a Mota Engil só como construtora. Tem de haver uma análise estratégica em cada área de negocio”.

Estamos numa fase em que estamos a instalar painéis solares e começámos a produzir energia solar para autoconsumo.

Maria Rebelo

Head of Sustainability dos CTT

Também os CTT já têm trabalho feito no campo da descarbonização e estão alinhados com o compromisso da neutralidade carbónica, reduzindo a pegada no ambiente. “Já trabalhamos para melhorar a eficiência energética, há mais de uma década, muito associado à aquisição de energia verde. Agora, estamos numa fase em que estamos a instalar painéis solares e começámos a produzir energia solar para autoconsumo”, avançou Maria Rebelo, head of Sustainability dos CTT.

“Este projeto tem impacto nas comunidades envolventes”, alicerçado neste “equilíbrio da vertente social e económica”, destacou Maria Rebelo.

O trabalho dos CTT continua a ser feito nesse sentido, por exemplo através da aquisição de veículos elétricos. “O setor dos transportes tem o seu peso na pegada carbónica global”, reitera de olhos postos na eficiência energética para atenuar o problema das alterações climáticas no planeta.

Além da produção de energias renováveis, o grupo também aponta baterias para a reutilização de embalagens.

“Relativamente à taxonomia, tenho esperança que seja um processo evolutivo. E que se possa comparar os CTT com os correios espanhóis e perceber onde está o investimento verde e as receitas”, afirma a responsável dos CTT. “Mas tentando fazer este equilíbrio entre a gestão ambiental e económica”, refere, terminando: “Espero que o novo mercado de carbono traga novidades”.

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Diretores de RH podem receber mais 5% até 84 mil euros em 2023

Comunicação, organização e trabalho sob pressão são competências muito valorizadas no recrutamento de profissionais de RH.

Nas grandes empresas e multinacionais, um diretor de recursos humanos pode receber entre 49 mil a 84 mil euros brutos por ano, um crescimento na ordem dos 5% para 2023. O pacote salarial vai continuar a ser um fator importante, mas não será decisivo. Outros benefícios, como a cultura e clima organizacional, oportunidades de formação, desenvolvimento e crescimento, bem como o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, são cada vez mais importantes na tomada de decisão, prevê o estudo anual da Michael Page sobre as principais tendências no mercado de trabalho para os quadros executivos em empresas de grande dimensão para o próximo ano.

“A profissionalização e o reconhecimento do papel estratégico que as funções de recursos humanos desempenham para o desenvolvimento do negócio e das empresas acentuou o dinamismo do setor e marcou o aumento do quadro salarial“, explica a consultora.

“Num período extremamente desafiante para todas as organizações, as equipas de recursos humanos foram decisivas para a reação, adaptação e desenvolvimento de estratégias de gestão de recursos humanos, num curto espaço de tempo, e tiveram de reforçar a sua proximidade com os restantes departamentos”, lê-se em comunicado.

Assim, é previsível que se mantenha o investimento por parte das empresas na gestão e desenvolvimento dos seus talentos, com políticas avançadas de recursos humanos e foco numa abordagem analítica e interdisciplinar.

Maior procura de perfis de HR operations

Relativamente aos candidatos, a tecnologia promoveu a procura de perfis transversais que contribuam com conhecimentos especializados como finanças, análises de dados e sistemas informáticos. Observou-se uma maior procura de perfis de HR operations, destacando a importância de indicadores no setor de recursos humanos, através do desenvolvimento de KPIs, esquemas de payroll, forte planeamento de C&B e controlo de custos.

“Os profissionais orientados para objetivos e para o cliente interno são os mais procurados e, neste contexto, as competências de comunicação, organização e trabalho sob pressão são elementos muito valorizados”, detalha a Michael Page.

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