Bruxelas aguarda “novos esclarecimentos” de Portugal sobre tarifa social da energia

  • Lusa
  • 28 Novembro 2022

Comissão Europeia aguarda “novos esclarecimentos” de Portugal sobre o modelo de financiamento da tarifa social de energia, após Bruxelas confirmar caráter discriminatório do modelo após queixa da EDP.

A Comissão Europeia está a aguardar “novos esclarecimentos” de Portugal sobre o modelo de financiamento da tarifa social de energia, após um pedido de verificação feito pela EDP em 2020 alegando caráter discriminatório, informou esta segunda-feira fonte comunitária.

Fonte comunitária indicou à agência Lusa que “a Comissão tem estado em contacto com as autoridades nacionais para avaliar a queixa da EDP sobre a tarifa social”.

“Na sequência dos contactos entre a Comissão e o Governo português, a Comissão aguarda novos esclarecimentos de Portugal”, adiantou a mesma fonte.

Na semana passada, a EDP disse à Lusa que a Comissão Europeia confirmou o caráter discriminatório do modelo de financiamento da tarifa social de energia, em resposta ao pedido de verificação feito pela empresa em 2020.

“Na sua resposta, a Comissão Europeia reconhece a legitimidade das questões que têm sido levantadas e confirma o caráter discriminatório do modelo de financiamento da tarifa social em Portugal, em vigor desde 2010, não seguindo este as orientações europeias a este respeito”, disse na altura fonte oficial da EDP.

Segundo a elétrica, na resposta, o executivo comunitário recordou ainda “o acórdão do Tribunal Europeu de Justiça sobre um tema de idêntica natureza, envolvendo a Viesgo e outras empresas espanholas, cujas conclusões também se aplicam a Portugal, atendendo ao caráter discriminatório”.

A EDP reiterou que é “favorável à existência de uma tarifa social, mas discorda do atual modelo de financiamento”, em que cabe às empresas suportar o custo da medida.

A elétrica anunciou, em 29 de outubro de 2020, que iria pedir à Comissão Europeia uma análise sobre o mecanismo de financiamento da tarifa social a cargo dos produtores, uma vez que, desde 2011 até então, foi imputado à elétrica um custo superior a 460 milhões de euros.

“A EDP decidiu, na sequência da análise periódica de litigância, que irá suscitar junto da Comissão Europeia a análise da conformidade relativamente ao futuro do mecanismo de financiamento da tarifa social, a cargo dos produtores em regime ordinário, face às normas e princípios da União Europeia”, lia-se num comunicado com resultados do terceiro trimestre daquele ano remetido à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

A tarifa social de energia garante um desconto de 33,8% sobre as tarifas de venda a clientes finais para agregados com dificuldades financeiras, tendo sido alargada, em 2020, às situações de desemprego.

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Mercedes “aterra” investimento de seis milhões de euros na Maia

Sociedade Comercial C. Santos, representante nortenha da Mercedes-Benz e smart com 350 funcionários e vendas anuais de 135 milhões de euros, triplica área de exposição junto ao aeroporto Sá Carneiro.

A Sociedade Comercial C. Santos acaba de inaugurar um investimento seis milhões de euros que triplicou a área de exposição na sede da histórica concessionária nortenha da Mercedes-Benz e smart, localizada junto ao aeroporto Francisco Sá Carneiro, na Maia.

Quase quatro anos – e uma pandemia – depois de ter sido iniciada a construção, o novo edifício de três pisos, com uma área total superior a 6.000 metros quadrados, integra o novo showroom da empresa e também zonas de trabalho das equipas comerciais e administrativas.

Fundada em 1946, a Sociedade Comercial C. Santos tem também instalações no Porto (Boavista) e em Felgueiras, empregando perto de 350 pessoas. Fechou 2021 com cerca de 3.200 veículos novos e usados vendidos (-12% face a 2020), mas com um crescimento homólogo de 6% no volume de negócios, para 135 milhões de euros.

“As novas instalações permitem-nos encerrar o ciclo de renovação dos edifícios, após há quatro anos termos concluído a construção da nova receção do após-venda (…), e [permite] aumentar a área de exposição e receber os clientes de forma mais interativa e confortável”, refere o administrador-delegado da Sociedade Comercial C. Santos, Abel Pinho da Costa.

O gestor, que esta tarde apresenta o investimento na Maia, valoriza ainda a aposta na sustentabilidade e na eficiência energética. Além de ter mais de duas dezenas de carregadores de automóveis elétricos e híbridos plug-in, um sistema fotovoltaico constituído por 685 módulos cobre a maior parte do telhado, numa poupança anual estimada de 186 toneladas de CO2.

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Antas da Cunha Ecija assessora Metavini

A Metavini, o primeiro marketplace de NFTs de ativos com representação física, com sede em Portugal, possibilita ao produtor a divulgação e a rentabilização dos vinhos selecionados.

A Antas da Cunha Ecija assessorou a Metavini no desenvolvimento do seu ecossistema legal. A Metavini, o primeiro marketplace de NFTs (Non-Fungible Tokens) de ativos com representação física, com sede em Portugal, possibilita ao produtor a divulgação e a rentabilização dos vinhos selecionados.

“A Metavini aposta numa relação interativa com os consumidores, através de “claim” e acesso à utility do seu NFT estimulando, dessa forma, o crescimento do ecossistema. Trata-se de uma plataforma em Web3, registada na rede blockchain Ethereum, que irá ainda permitir o acesso a vinhos com séculos de história“, explicou o escritório.

A Antas da Cunha Ecija foi contratada para conceber os legal standards da plataforma, estabelecer o enquadramento do marketing em ambiente Web3, supervisionar a contratação com fornecedores e prestadores de serviços de minting de ativos virtuais, redigir os termos e condições, definir os direitos associados aos NFTs e proceder à análise fiscal e de compliance de toda a operação.

A equipa envolvida nesta operação foi coordenada por Nuno da Silva Vieira, sócio responsável pela Unidade de Digital Economy, Ana Peixoto, associada da Unidade de Digital Economy, Joana Cunha d’ Almeida, sócia responsável pelo departamento de direito Fiscal, Ana Bastos, sócia responsável pela Unidade de IP/ Cibersegurança, e Alexandra Mota Gomes, sócia responsável pelo departamento de Criminal, Contraordenacional e Compliance.

“Este tipo de projetos multidisciplinares têm desafiado os escritórios de advogados e já exibem uma ‘big picture’ do empreendedorismo português. A Antas da Cunha ECIJA acredita que o ecossistema digital português já sabe que, em plena quarta revolução industrial, não há negócios sem regulação e não há empreendedorismo sem as melhores práticas societárias”, sublinhou Nuno da Silva Vieira.

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Centro 2020 aprova apoio de 100 milhões para mais de 180 projetos

Projeto de maior envergadura é o da mobilidade suave em Viseu Dão Lafões, um projeto Intermunicipal de promoção da mobilidade urbana multimodal sustentável e que vai receber um apoio de 4,23 milhões.

Intervenções em edifícios escolares, centros de saúde, monumentos classificados, espaços públicos, mobilidade sustentável e áreas de acolhimento empresarial são alguns dos 143 novos projetos que a região centro vai financiar com 89 milhões de euros de fundos do Portugal 2020.

“O Programa Operacional Centro 2020 aprovou 100 milhões de euros para projetos de qualificação dos territórios em áreas prioritárias para as populações: educação, regeneração urbana, mobilidade sustentável, áreas de acolhimento empresarial, eficiência energética, saúde e património cultural e natural, promovidos por municípios”, anuncia em comunicado o programa gerido por Isabel Damasceno.

Aos 89 milhões de euros aprovados para financiar os 143 novos projetos somam-se 11 milhões que vão reforçar as dotações de 40 projetos que já tinham recebido luz verde para obter financiamento europeu.

O projeto de maior envergadura é o da mobilidade suave em Viseu Dão Lafões, um projeto Intermunicipal de promoção da mobilidade urbana multimodal sustentável e que vai receber um apoio de 4,23 milhões de euros, seguido da criação da área de acolhimento empresarial de Lordosa (Viseu) que será comparticipado em 3,52 milhões de euros. Já a remodelação da escola EB2,3 Marquês de Marialva, em Cantanhede, vai ter um reforço de 2,75 milhões de euros para as obras de requalificação e os passadiços sobre o Vale do Mondego vão receber 2,57 milhões de euros do Portugal 2020.

“Estes investimentos estão já alinhados com as prioridades do próximo período de programação, em particular na reorganização e qualificação da oferta de serviços públicos, no reforço do sistema urbano e na dinamização de ativos territoriais, com intervenções que fixem e atraiam pessoas e investimentos”, sublinha em comunicado Isabel Damasceno.

O Centro 2020, no final de setembro (os dados mais recentes), tinha 9.389 candidaturas aprovadas, que representam um investimento de 4,42 mil milhões de euros, que será apoiado por 2,53 mil milhões. Este programa operacional (PO) regional surge em terceiro lugar em termos de taxa de execução (70%) quando o PO Lisboa tem 73% e o Norte 72%. Os PO Regionais apresentavam no final do terceiro trimestre uma taxa de execução inferior à dos PO temáticos: 71% e 85%, respetivamente.

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SRS Legal assessora Gyrus Capital na aquisição do Grupo KSR

A equipa da SRS Legal que assessorou a Gyrus Capital na aquisição do KSR Group e do Grupo Xcability foi liderada pela sócia Maria Paula Milheirão. 

A SRS Legal assessorou a Gyrus Capital, gestor suíço de fundos de Private Equity, na aquisição do KSR Group, incluindo a subsidiária portuguesa KSR S.A., e do Grupo Xcability, incluindo a subsidiária portuguesa Xcability S.A. A equipa da SRS foi liderada pela sócia Maria Paula Milheirão.

A Gyrus é uma empresa suíça, dedicada a investimentos transformacionais em indústrias que respondem a necessidades estruturais da sociedade e do ambiente e que estão posicionadas para um crescimento sustentável a longo prazo. Já a KSR e a Xcability são líderes internacionais em serviços de TI e grupos de consultoria, ambos sediados em Portugal.

A SRS Legal apoiou a Gyrus com serviços de due diligence jurídicos sobre as empresas portuguesas e todas as restantes filiais do Grupo KSR localizadas no México, Chile, Alemanha, China, Brasil, EUA. Assessorou ainda na negociação dos vários acordos e documentos de transação, como o acordo de acionistas, o acordo de compra de ações, o acordo de transferência de ativos e acordos de reinvestimento, entre outros.

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53.º Encontro Nacional da APG by Pessoas. Assista ao painel “Moving to the next level: o futuro é agora”

  • Trabalho
  • 28 Novembro 2022

A Pessoas está divulgar os vários painéis do Encontro Nacional da APG by Pessoas, que decorreu na Alfândega do Porto.

Nelson Ferreira Pires, CEO da Jaba Recordati Portugal, Reino Unido e Irlanda, foi o último orador do 53.º Encontro Nacional da APG by Pessoas, que decorreu na Alfândega do Porto. No palco abordou as quatro variantes das empresas: produtos, processos, pessoas e performance.

“O mundo vai saltar de global para multiblocal. Nós cada vez mais vamos escolher com quem é que nós queremos fazer negócio, com quem é que nós queremos ter relações e com quem é que nós queremos manter-nos em permanente contacto. Isto é uma inversão total do mundo que nós construímos até hoje”, defendeu Nelson Ferreira Pires.

Veja aqui o painel “Moving to the next level: o futuro é agora” completo:

A Pessoas termina esta segunda-feira a divulgação dos vários painéis do 53.º Encontro Nacional da APG by Pessoas.

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JPAB cria área de Prevenção e Resolução Alternativa de Litígios

Para liderar a nova área de prática de Prevenção e Resolução Alternativa de Litígios, a JPAB – José Pedro Aguiar-Branco Advogados integrou Patrícia Rosário, enquanto of counsel.

A JPAB – José Pedro Aguiar-Branco Advogados criou uma nova área de prática de Prevenção e Resolução Alternativa de Litígios. Para liderar esta área o escritório integrou Patrícia Rosário, enquanto of counsel.

“Com o lançamento da nova área de prática, a sociedade pretende dar resposta à crescente utilização da arbitragem e mecanismos alternativos de resolução de litígios a que se assiste em Portugal e internacionalmente”, referem em comunicado.

Patrícia Rosário centra a sua prática na área da prevenção e resolução alternativa de litígios desde 2008 e possui uma vasta experiência em dispute boards e arbitragem doméstica e internacional ao serviço de clientes particulares e estruturas empresariais dos mais diversos setores de atividade, nomeadamente construção, infraestruturas e recursos naturais. Exerceu advocacia em Londres e Paris (Baker Botts LLP e Dewey & LeBoeuf LLP), integrou o departamento jurídico da L’OREAL em Paris e estagiou na ICC – International Court of Arbitration.

“O momento da decisão de lançamento desta área de prática está alinhado pelos grandes desafios provocados pela tempestade perfeita que atravessamos e que continuaremos a atravessar nos anos que se avizinham: a herança pós Covid-19, as ruturas nas cadeias logísticas, a guerra na Ucrânia e inerente crise energética. O impacto negativo a nível contratual destes eventos tem-se demonstrado imediato e demolidor, requerendo necessariamente a abertura por parte de todos os atores económicos e governamentais a instrumentos rápidos, flexíveis e informais de resolução de potenciais litígios”, sublinhou o escritório.

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Novo líder da CMVM quer reforçar articulação com reguladores para evitar “vazios” na supervisão

Luís Laginha de Sousa tomou posse como presidente da CMVM e enviou um recado aos outros reguladores: pede reforço da articulação para “evitar zonas de vazios” na supervisão.

O novo presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) considera que o reforço da articulação dos reguladores é “irreversível” e é também importante para evitar que se criem “zonas de vazios” na supervisão que se possam traduzir em riscos para a estabilidade financeira em Portugal.

Apresentação dos membros do Conselho de Administração da CMVM e da ASF - 28NOV22
Apresentação dos membros do Conselho de Administração da CMVM e da ASFHugo Amaral/ECO

“É importante evitar sobreposições de atuação, e, caso existam, eliminá-las. Mas temos, sobretudo, de evitar zonas de vazios em áreas que esse vazio corra o risco de ser preenchido por atividades que possam representar riscos para o bom funcionamento do sistema financeiro e dos supervisionados”, afirmou Luís Laginha de Sousa, no discurso de tomada de posse como presidente da CMVM, que contou a presença dos líderes dos outros dois reguladores: Margarida Corrêa de Aguiar, da Autoridade de Supervisão dos Seguros e Fundos de Pensões (ASF), e Mário Centeno, do Banco de Portugal.

Para Laginha de Sousa, que substitui Gabriel Bernardino no cargo de presidente da CMVM, “o caminho que tem vindo a ser percorrido no sentido do reforço da articulação dos supervisores, seja no âmbito do Conselho Nacional dos Supervisores Financeiros (CNSF) seja além do CNSF, é algo de irreversível”, sendo que isso só será possível se todos tiverem a “noção clara de que, apesar de haver três áreas de atuação distintas entre cada um dos supervisores, o país é um mesmo e um só”.

“Ainda que as responsabilidades possam ser passadas para um ou outro supervisor, as consequências da materialização dos problemas são suportadas por todos”, acrescentou o novo líder do polícia da bolsa.

Além de Luís Laginha de Sousa, tomaram ainda posse, na CMVM, os administradores Inês Drumond, Juliano Ferreira e Teresa Gil, que se juntam a José Miguel Almeida. Na ASF, foram empossados os administradores Diogo Alarcão e Adelaide Cavaleiro, que se juntam a Manuel Caldeira Cabral e à presidente Margarida Corrêa de Aguiar, que destacou a “determinação” do Governo na “recomposição da administração da ASF”.

Corrêa de Aguiar salientou o papel das seguradoras “na mitigação dos riscos aos quais a vida humana e a atividade económica estão expostos”, e dos fundos de pensões na captação de poupanças e como instrumento de complemento de reforma. Prometeu, assim, regular e supervisionar “o setor para contribuir para a prosperidade económica do país”.

Os novos membros dos conselhos de administração da CMVM e da ASF iniciam funções a 1 de dezembro.

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Transatlantic Business Summit regressa com 2ª edição

  • ECO
  • 28 Novembro 2022

A Câmara de Comércio Americana em Portugal vai organizar a 2ª edição do Transatlantic Business Summit, dia 6 dezembro, na Culturgest. No evento estarão presentes líderes empresariais de todo o mundo.

O Transatlantic Business Summit (TBS) está de regresso para uma segunda edição, que se realizará no dia 6 de dezembro. O evento, organizado pela Câmara de Comércio Americana em Portugal (AmCham Portugal), vai decorrer durante todo o dia (das 8h30 às 17 horas), na Culturgest.

Ao todo, 37 líderes empresariais, decisores e oradores de referência, vão estar reunidos no TBS para, com diferentes abordagens, ajudarem a perceber e refletir sobre como o tecido empresarial se pode preparar para responder aos múltiplos desafios que se apresentam, com um olhar nas relações cada vez mais globais, em particular nas relações transatlânticas.

A iniciativa conta com um programa extenso e diversificado, com quatro mesas redondas sobre “Risks & Security Development”, onde serão colocadas em debate as questões e temas cada vez mais emergentes que surgem da transformação das economias, tais como Pessoas, Supply Chain, Distribuição-Logística Energia, o Negócio e a Transição Digital.

Na mesa sobre “Pessoas”, José Miguel Leonardo, CEO da Randstad, Lígia Cabeçadas, Diretora de RH da IBM, Manuel Maria Correia, Diretor Geral da DXC Technology e Paulo Teixeira, Country Manager at Pfizer vão debater questões como a atração, retenção e engajamento de talentos; pandemias; saúde mental e esgotamento; mudança da natureza de trabalho; as novas gerações entre outros.

Já na mesa sobre “Supply chain, Distribuição e Logística e Energia”, Nuno Rangel, CEO e Vice-presidente da Rangel Logistics Solutions, José Ferrari Careto, Presidente do Conselho Executivo da E-REDES e Thomas Hegel Gunther, Plant manager and Chairman of the Board of Directors of Volkswagen Autoeuropa, vão conversar sobre alterações de padrões consumo; custos; pandemias; guerra; tecnologia; sustentabilidade; escassez de materiais, entre outros, tendo o Nuno Abreu, Diretor Executivo da AON como moderador.

À tarde, e na mesa sobre o “Negócio”, Isabel Vaz, Presidente da Comissão Executiva do Grupo Luz Saúde, Pedro Morais Leitão, Administrador-delegado do Grupo Media Capital e Rodolfo Lavrador, General Manager and Head o International Business and Relations na CGD vão analisar temas como riscos e incerteza; inflação; recuperação; legal & compliance; o mercado; custos operacionais, estando a moderação a cargo de André Veríssimo, redator principal do ECO.

E, por fim, na mesa sobre “A Transição Digital”, Anna Barker, Cisco Customer Experience Centers Director, Honoré Nyuyse, Technology Manager – US Department of Homeland Security, Office of Science and Engineering, Pedro Lomba, Sócio da PLMJ, Coordenador da área de Tecnologia, Media e Telecomunicações e Pedro Barbosa Diretor Geral da Multicert e responsável pelo serviço de cibersegurança da SIBS (o SIBS CyberWatch) vão debater questões como a privacidade de dados; a transição digital; velocidade da aceleração e cibersegurança.

Haverá, ainda, uma conversa sobre a transformação digital como motor do crescimento e do reforço das relações transatlânticas entre Nuno Gonçalves, Partner e Global Consulting Emerging Tech and Inovation Leader at Deloitte, e Rogério Carapuça, Presidente da APDC, na qual irão partilhar as suas ideias e reflexões sobre o tema.

Luiz de Mello, Diretor da Secção de Estudos Políticos do Departamento de Economia da OCDE, e Paulo Medas, Chefe de Divisão no Departamento de Assuntos Fiscais do FMI e supervisor do Monitor Fiscal do FMI, também irão intervir no TBS com os seguintes tópicos – “The outlook for the global economy: Dealing with headwinds” e “Fiscal Policy in an Era of Turbulence”, respetivamente.

O impacto da guerra nas relações transatlânticas

Tendo em conta que o tema do TBS se relaciona com relações transatlânticas, o tema da guerra entre a Rússia e a Ucrânia não poderia ficar de fora. Por isso mesmo, paralelamente ao evento, e em colaboração com a embaixada ucraniana, vão estar presentes no hall da Culturgest, oito a 10 empresas ucranianas para se darem conhecer e explorarem eventuais formas de colaboração com empresas portuguesas e americanas presentes no Summit.

Além disso, Joseph P. Quinlan, co-autor do estudo “The Transatlantic Economy Annual Survey”, publicado desde 2004, irá abordar o mesmo tema com o mote “The Transatlantic Partnership in an Era of uncertainty – The key challenges before the transatlantic economy— the war in Ukraine, raging inflation, China decoupling—and how the partnership and thrive in the tumulotus decade ahead”.

Ainda no mesmo tema, Daniela Braga, presidente da DefinedCrowd e membro da Task Force National “Artificial Research Resource” também irá intervir para ajudar a perceber o futuro da comunicação e da vivência entre Homens e máquinas, mas também como aproximar a competitividade europeia na área da inteligência artificial (IA) à dos Estados Unidos.

O evento conta, ainda, com comunicações do Embaixador de Portugal nos EUA, Francisco Duarte Lopes, da Deputy Chief of Mission US Embassy, Rebecca Neff, do Senhor Secretario da Internacionalização, Bernardo Ivo Cruz e do Presidente da AICEP Luis Castro Henriques.

O fecho do Transatlantic Business Summit ficará a cargo de António Martins da Costa, presidente da AmCham Portugal. Os interessados em assistir ao evento deverão inscrever-se aqui.

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Ucrânia alerta para risco de novos bombardeamentos russos contra abastecimento de água e energia

Navio russo no Mar Negro deixa Ucrânia em alerta para novo bombardeamento de infraestruturas críticas ao abastecimento de água e energia. Dados apontam para 329 crianças desaparecidas no país.

As autoridades ucranianas alertaram a população esta segunda-feira para o risco de uma nova vaga de bombardeamentos russos.

Segundo a porta-voz do comando sul do exército ucraniano, Natalia Humeniuk, citada pela AFP, “é altamente provável que o início da semana seja marcado por tal ataque”.

Entre os potenciais alvos estão infraestruturas críticas que poderão afetar o fornecimento de água e energia, particularmente na capital, Kiev.

Em causa está a presença de um navio russo no Mar Negro, “um portador de mísseis de superfície que transporta oito mísseis do tipo Kalibr”, referiu a porta-voz. O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, já advertiu no passado domingo em como esta semana pode ser “tão difícil” como a anterior, referindo-se aos bombardeamentos que provocaram cortes de energia no país, onde as temperaturas estão a descer.

A marcar o arranque desta semana no conflito estão também dados do gabinete do procurador-geral da Ucrânia que apontam para 329 crianças atualmente desaparecidas, noticia o The Guardian. Os dados de 28 de novembro apontam ainda para 12.034 crianças deportadas e 7.819 já encontradas. No entanto, o gabinete alerta que estes dados não são finais.

Segundo um portal do governo ucraniano, 440 crianças morreram desde o início da invasão e 851 foram feridas. Já os dados do gabinete do procurador-geral da Ucrânia apontam para um total de 1.291 crianças mortas, com os maiores números a serem registados nas regiões de Donetsk, Kharkiv e Kiev.

Do outro lado do Atlântico, o Pentágono norte-americano está a considerar uma proposta da fabricante aérea Boeing para o fornecimento à Ucrânia de bombas de precisão mais acessíveis. Caso a proposta avance, este armamento dará à Ucrânia mais força de ataque contra as forças russas e poderá ser entregue na primavera de 2023.

Com o decorrer da guerra, o stock militar norte-americano e dos aliados está a encolher, pelo que a proposta atual procura assegurar “quantidade a um custo barato”, refere Tom Karako, especialista em armas e segurança do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, nos EUA. Segundo fontes citadas pela Reuters, a proposta da Boeing é apenas um de seis planos destinados à produção de munições para a Ucrânia e outros países aliados no leste europeu.

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Portugal vai ter energia mais barata a médio prazo, diz Costa Silva

  • Lusa
  • 28 Novembro 2022

Ministro da Economia defendeu que o país vai ter a médio prazo energia mais barata e mais competitiva e relembrou que 60% da energia consumida já provém de fontes renováveis "altamente competitivas".

O ministro da Economia defendeu que Portugal vai ter, a médio prazo, energia mais barata e mais competitiva, lembrando que 60% da energia consumida no país já provém de fontes renováveis “altamente competitivas”.

“São [as energias renováveis] altamente competitivas, como esta crise energética na Europa está a demonstrar. E, portanto, a médio prazo vamos ter energia mais barata, mais competitiva”, afirmou António Costa Silva, na inauguração do novo centro da Nokia de investigação e desenvolvimento em 5G e 6G, em Alfragide.

O ministro destacou que a Nokia é muito “bem-vinda” a Portugal, assim como os seus investimentos, porque a empresa “está em linha” com as preocupações nacionais de transição energética.

Segundo o governante, a Nokia emprega 2.800 pessoas em Portugal, das quais 2.500 trabalhadores altamente qualificadas, e que o novo centro vai criar 100 postos de trabalho nos próximos dois anos.

Costa Silva disse ainda que Portugal é o terceiro país da União Europeia que mais engenheiros produz, destacando a segurança que se vive em Portugal que atrai investidores.

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Portugal sobe nove lugares no ranking europeu de pedidos de patentes entre 2001 e 2020

  • Lusa
  • 28 Novembro 2022

Região Norte mantém liderança nos pedidos de patente europeia, alcançando 47% dos pedidos entre 2019 e 2021. Região Centro segue em segundo lugar com 21,7% e uma “significativa taxa de crescimento”.

Portugal subiu nove posições no ‘ranking’ europeu de pedidos de patente entre 2001 e 2020 e poderá ultrapassar, “em breve”, o Luxemburgo e a República Checa neste indicador, segundo o ‘Barómetro Inventa 2022 – Patentes Made in Portugal’.

“Portugal subiu nove posições no ‘ranking’ [do 29.º para o 20.º lugar] quando se comparam os valores de 2020 com os valores de 2001, tendo um aumento de seis vezes no intervalo avaliado”, aponta o barómetro, divulgado esta segunda-feira pela consultora especializada em propriedade intelectual Inventa.

Segundo acrescenta, “apesar do número absoluto de pedidos de patente relativamente baixo [1.874 em 2020, contra 305 em 2001], Portugal apresenta a maior taxa de crescimento, sendo expectável que ultrapasse em breve o Luxemburgo e a República Checa neste indicador”.

De acordo com o barómetro, “os efeitos da pandemia também ficaram evidentes nestes resultados, pois a maioria dos países teve uma redução do número de pedidos de patente depositados em 2020 em relação a 2019, em que no caso de Portugal a redução foi de 12,8%”.

Analisando o período de 2002 a 2020, o crescimento do número total de pedidos depositados por requerentes portugueses no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) foi de 9,3%, enquanto nos pedidos de patente depositados por requerentes portugueses nas restantes jurisdições (incluindo o Instituto Europeu de Patentes – EPO) a subida foi de 13,4%.

No que se refere aos institutos de patentes mais escolhidos pelos requerentes portugueses quando procuram internacionalizar os seus pedidos, verifica-se “um forte interesse no mercado europeu (EPO), norte-americano (EUA e Canadá) e asiático (Japão, China ou Coreia do Sul), além do expectável interesse no Brasil, que constitui um mercado muito significativo”.

Os dados disponíveis evidenciam um crescimento superior a 20% para as internacionalizações no Japão e no Canadá, sendo que, em valores absolutos, os EUA e o EPO destacam-se como os institutos internacionais que mais recebem pedidos com origem em Portugal.

Comparando a evolução dos pedidos de patente nos diversos países do mundo apresentados por requerentes com origem em Portugal e por requerentes com origem nas cinco principais economias da União Europeia (Alemanha, França, Itália, Espanha e Países Baixos), apura-se que “Portugal apresenta, com grande diferença, a maior taxa de crescimento no depósito de pedidos de patente por requerentes nacionais (11,21%)”.

Ainda assim, uma análise mais cautelosa demonstra que “o valor absoluto do número total de pedidos de patente depositados de 2002 a 2020 (21.033) é ainda muito baixo face ao número de pedidos depositados nos diversos países do mundo por nacionais dos cinco países tomados para comparação”.

Por exemplo, o número total de pedidos de patente com origem na Alemanha superou os três milhões (3.181.703), enquanto em França superou um milhão (1.195.977).

Já analisando comparativamente o crescimento no número de concessões de patentes com origem em Portugal e de concessões de patentes de requerentes com origem nas cinco maiores economias da União Europeia pelos diversos institutos de patentes do mundo, conclui-se que, “embora Portugal apresente bons resultados (30,20% e 6.352 patentes) e um crescimento contínuo no número de concessões nos últimos quatro anos, os valores observados estão muito aquém das cinco principais economias da UE”.

Itália lidera o grupo de países estudados, com um crescimento de 72,65% para as concessões, enquanto, em valores absolutos, a Alemanha destaca-se por contar com mais de um milhão e meio de patentes concedidas ao longo do período analisado (2002-2020).

“Em números absolutos e em comparação com outras economias europeias, Portugal ainda tem um longo caminho a percorrer”, conclui o barómetro.

E detalha que “Portugal apresenta uma elevada taxa de média de crescimento anual no depósito de pedidos de patente nos institutos de patentes do exterior (13,4%), mas o valor absoluto mantêm-se baixo quando comparado com outras economias europeias”, registando-se a mesma tendência relativamente às concessões de patentes.

O barómetro da Inventa revela ainda que o número de patentes com origem em Portugal que permanecem válidas no país ou no estrangeiro “continua a crescer, tendo alcançado um crescimento de 11,49% no número de concessões” e sendo esta taxa ainda maior para os pedidos depositados no exterior, com 14,54%.

Conforme explica, “a sobrevivência das patentes ao longo dos anos indica um interesse na exploração das tecnologias nelas descritas e esse indicador demonstra um melhor aproveitamento do sistema de patentes por parte dos requerentes e, igualmente importante, um retorno económico concretizado ou expectável das invenções”.

Uma análise ao depósito de pedidos de patente europeia no EPO por região portuguesa revela que o “Norte mantém a liderança nos pedidos europeus e no percentual do total de pedidos de 2019 a 2021, alcançando 47% dos pedidos durante este período”.

A região Centro posiciona-se logo a seguir, com 21,7% dos pedidos no período avaliado e com uma significativa taxa de crescimento nos pedidos depositados em 2021”, nota o barómetro.

Em relação ao número de pedidos depositados no INPI, “observa-se um padrão similar aos resultados do EPO, sendo que a região Norte mantém a liderança e uma tendência de crescimento do número de pedidos depositados no país”, atribuída à “maior concentração do tecido industrial português, e consequentemente, da atividade de investigação e desenvolvimento”.

Por sua vez, o número total de pedidos da Área Metropolitana de Lisboa é ligeiramente superior à região Centro, enquanto o Algarve possui o desempenho mais baixo de Portugal continental em relação ao percentual de pedidos depositados (2,1%), “muito em parte influenciado pela sua economia voltada para o turismo”.

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