Número de camas em residências para estudantes cresce mais de 25% em três anos

Camas em residências para estudantes passam de 18 mil para mais de 22 mil num espaço de três anos, principalmente devido à oferta privada, concentrando-se em Lisboa, seguida do Porto e Coimbra.

O número de camas em residências para estudantes em Portugal passou de cerca de 18.000, há três anos, para 22.600 no ano letivo 2021/2022. Um aumento superior a 25%, impulsionado, sobretudo, pela oferta privada, segundo um estudo setorial da Informa D&B.

Os dados indicam ainda um crescimento de 4,3% no número de camas no ano letivo 2021/2022, face ao ano letivo anterior.

No ano letivo 2021/2022, houve um total de 210 residências para estudantes, das quais 144 geridas por instituições públicas, principalmente universidades, 20 por instituições religiosas e 46 por empresas privadas. Dentro do grupo de residências pertencentes a instituições públicas, foram disponibilizadas 15.340 camas, compreendendo 68% do total, ao passo que as instituições religiosas forneceram 1.060 (5% do total) e as empresas privadas cerca 6.200 (27%).

Ao comparar a oferta por região, os dados concluem que Lisboa dispõe de cerca de 5.500 camas, concentrando a maior oferta do país. Atrás fica o Porto, com 4.600 camas, seguida de Coimbra, com 2.100 camas. Já ao considerar apenas a oferta privada, a Informa D&B conclui que mais de 88% das camas encontram-se nos distritos do Porto e de Lisboa.

“Com uma oferta muito inferior à procura, as residências para estudantes foram alvo nos últimos anos de um interesse crescente por parte de investidores privados”, indica o comunicado. Neste sentido, a empresa esclarece que este interesse crescente se traduziu num “forte aumento” de projetos, tanto para construção de novas residências como para operações de compra e venda de unidades já em funcionamento.

Por este motivo, a Informa D&B garante que será expectável um aumento da oferta nos próximos anos, quer nas instituições públicas, quer nos operadores privados.

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Projeto vai baixar custos energéticos das micro e pequenas empresas das Caldas da Rainha

  • Lusa
  • 18 Outubro 2022

Associação Empresarial da Região Oeste avança com "projeto pioneiro" para fornecer energia às micro e pequenas empresas das Caldas da Rainha que em 20 anos permitirá poupanças de 2,8 milhões de euros.

A Associação Empresarial da Região Oeste (AIRO) vai avançar com um “projeto pioneiro” para fornecer energia a preços competitivos às micro e pequenas empresas das Caldas da Rainha. A estimativa da AIRO é para uma poupança de 141.513,75 euros no primeiro ano de funcionamento da comunidade de energia, valor que, ao fim de 15 anos, subirá para 1.415.137,50 euros e no período de 20 anos atingirá os 2.830.275 euros.

Segundo o presidente da AIRO, Jorge Barosa, que falava durante a assinatura de um protocolo de cedência de terrenos para a instalação dos painéis fotovoltaicos que vão permitir produzir no primeiro ano 1.426 megawatts (MWh) de eletricidade e servir entre “100 a 120 microempresas”, o projeto Comunidade de Energia da Rainha “será pioneiro não só na região Oeste, mas a nível nacional”.

“As micro e pequenas empresas, nomeadamente os comerciantes do centro da cidade não têm soluções competitivas a nível energético, porque em determinadas zonas dos centros históricos não é possível a colocação de painéis solares ou os telhados, pela sua dimensão ou orientação solar, não o permite”, explicou Jorge Barrosa, que na segunda-feira à noite assinou com a Câmara das Caldas da Rainha a cedência de um hectare de terreno onde os painéis vão ser instalados.

A cedência vigorará por um período de 25 anos e contribuirá para “uma redução de custos fixos na ordem dos 40 a 70%”, consoante o setor de atividade e o horário de funcionamento, explicou o presidente da AIRO.

Numa loja com um consumo mensal de 1.111 kWh e uma fatura na ordem dos 200 euros, “a redução será de 63 euros por mês, ascendendo a 754 euros por ano”, exemplificou, acrescentando que no caso de um restaurante, com uma fatura mensal de energia de 450 euros, a redução poderá chegar aos 191 euros por mês e aos 2.292 euros por ano. Numa empresa de serviços, com uma fatura mensal de 150 euros, a poupança estimada é de 47 euros por mês e 566 euros por ano, acrescentou ainda.

“Com a cedência do terreno por parte do município das Caldas da Rainha será possível ter um preço por kW/ hora manifestamente mais baixo e competitivo para todos os aderentes”, afirmou o responsável, adiantando também que o preço estimado de venda será de 0,09 euros para os clientes de baixa tensão e 0,04 para os de média tensão.

A colocação dos painéis fotovoltaicos deverá acontecer dentro de oito meses e a sua entrada em funcionamento ocorrerá cerca de seis meses depois. Mas os empresários já podem fazer a sua inscrição na AIRO, sendo selecionados por ordem de inscrição e de acordo com a capacidade financeira.

A AIRO pretende ainda que “5% da energia produzida seja doada a famílias carenciadas indicadas pelo município”, prevendo que venha a beneficiar entre 10 a 15 famílias.

Numa segunda fase, a produção de energia será alargada e a AIRO prevê também a formação de mais quatro comunidades de energia, através de protocolos com outras entidades e que possam beneficiar outro tipo de empresas.

As comunidades de energia e soluções de autoconsumo são uma das medidas que a AIRO tem vindo a trabalhar nos últimos dois anos, no âmbito do plano estratégico de apoio aos empresários da região Oeste.

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Revisão de preços das empreitadas dita descida nos materiais em julho

Índice usado na atualização do valor das empreitadas mostra descidas em vários materiais de construção em julho. Aumento desde janeiro continuam a ser muito expressivos, superando os 40% nas telhas.

Os valores de referência para a atualização dos preços de alguns materiais nas empreitadas de construção civil foram revistos em baixa. Telhas, tijolos, aço, ou betumes a granel estão agora mais baratos, segundo o índice de revisão de preços referente a julho. Desde janeiro, os aumentos continuam a ser muito expressivos.

Entre junho e julho, o índice de preços das telhas cerâmicas desceu 8,1%, o aço em varão e perfilados desceu 8,2% e o aço para betão armado 9,63%, segundo o aviso publicado esta terça-feira em Diário da República. Embora menos expressivas, há também descidas nos azulejos e mosaicos (2,19%) ou no fio de cobre revestido (3,07%). A última atualização não trouxe apenas descidas. O cimento em saco foi atualizado em 4,1%, as madeiras de pinho em 6,4% e as janelas e portas de alumínio e PVC em 8,4%.

Olhando para os últimos seis meses, continuam a existir aumentos muito significativos. Apesar da queda em julho, o índice das telhas cerâmicas ainda sobe 41,1% desde janeiro, os betumes a granel 29,9%, os tubos em PVC 22,8% e a chapa de aço macio 20%.

Cimento em saco (17,5%), azulejos e mosaicos (15,5%), tijolos cerâmicos (13,7%), vidro (12,5%), madeiras de pinho (12,4%) e janelas e portas de alumínio e PVC (10,6%) também registam todos aumentos de dois dígitos. Variações que exprimem a subida do custo das matérias-primas nos mercados internacionais e os constrangimentos logísticos agravados pela guerra na Ucrânia.

Foram apenas considerados alguns dos materiais mais representantes de uma lista que inclui 58. Foi divulgado também o indicado referente aos equipamentos de apoio, que aumentou 0,3% em relação a junho e 4% face a janeiro. Os valores de referência para a mão-de-obra serão conhecidos posteriormente.

Os índices de custos de mão-de-obra, de materiais e de equipamentos de apoio, são os indicadores económicos usados para refletir a variação dos custos numa empreitada, integrando as fórmulas tipo para efeitos de revisão de preços nas empreitadas face ao preço inicial contratado. Os valores são fixados, mensalmente, pelo Ministério das Infraestruturas e Habitação, sob proposta do Instituto dos Mercados Públicos do Imobiliário e Construção. A sua divulgação, que era trimestral,

Segundo o índice de custos de construção de habitação nova do INE, relativo a agosto, os preços aumentaram 12,6% em relação ao mesmo mês de 2021. A subida foi, no entanto, 0,7 pontos percentuais inferior à verificada no em junho. Este recuo na variação em cadeia é sustentado, sobretudo, por uma ligeira desaceleração dos preços dos materiais e do custo da mão-de-obra, indicou o INE.

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Fundação AEP lança laboratório de ideias para elaborar manifesto sobre o futuro do país

  • Lusa
  • 18 Outubro 2022

Fundação AEP cria “laboratório de ideias” para refletir sobre o futuro do país e apresentar manifesto com soluções em áreas como descentralização, energia, clima, digitalização ou demografia.

A Fundação AEP – Associação Empresarial de Portugal criou um “laboratório de ideias” para refletir sobre o futuro do país e apresentar um manifesto com soluções em áreas que vão desde a descentralização, passando pela energia, clima, digitalização até à demografia.

Segundo avançou à agência Lusa fonte oficial da AEP, o movimento “Think Tank Portugal por Inteiro/Territórios de Futuro tem em mãos a construção de um manifesto onde se defende que o futuro passa pelos territórios e os territórios são o cerne de uma visão de futuro (e de esperança) para Portugal”. Este laboratório de ideias tem “a missão de promover uma reflexão prospetiva e estratégica sobre os problemas estruturais do país e desenhar um caminho de futuro que aposta nos territórios como motor de desenvolvimento”.

Esta iniciativa vai reunir académicos, empresários, profissionais liberais, dirigentes associativos e diversas personalidades da sociedade civil que deverão contribuir com “um conjunto de propostas temáticas e cenários prospetivos, capazes de enriquecer e influenciar a dimensão territorial das políticas públicas”. Esta reflexão arranca já na quinta-feira com uma conferência intitulada “Os territórios e as pessoas”, que vai ter como convidado o ex-ministro Luís Valente de Oliveira.

“Que Portugal podemos (e queremos) ter num horizonte de duas a três décadas? A resposta terá de ser dada através da reflexão conjunta sobre cenários prospetivos onde terá de caber Portugal por Inteiro, onde os territórios entram e contam sempre”, destaca a AEP. A entidade refere ainda que “a discussão estará centrada num Portugal inclusivo com os seus diferentes territórios, valorizando a sua diversidade e complementaridade, as suas especificidades e idiossincrasias, os seus equilíbrios e as suas assimetrias”.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Fundação AEP, Luís Miguel Ribeiro, admite que “a tarefa é árdua, difícil e incerta”. Mais, adianta o responsável: “Será necessário evoluir para um patamar onde devem estar assentes três premissas fundamentais: um horizonte de médio prazo (20 a 30 anos), uma análise retrospetiva e sistemática dos problemas e bloqueios estruturais do país e, por último, a capacidade de incorporar todos os desafios e oportunidades geradas pelas grandes mutações da sociedade do ponto de vista climático, tecnológico, demográfico e energético”.

Já o diretor executivo do projeto “Portugal por Inteiro” salienta que o objetivo é “pensar o futuro do país e dos seus territórios fora da bolha centralista e tecnocrática e fora da caixa das ideias feitas e das soluções ‘pronto-a-vestir’”. A

Aliás, adianta Luís Leite Ramos, “para enfrentar novos problemas e desafios precisamos de abordagens e soluções inovadoras, mas também de novos modelos de decisão e governança e, sobretudo, de novos intervenientes”. Defende, por isso, “uma (nova) polifonia de sensibilidades, de perspetivas e até de interesses que emanem dos diferentes setores da sociedade e dos diferentes territórios, garantindo um distanciamento saudável aos centros do poder e aos aparelhos administrativos e aos seus referenciais monolíticos e narrativas oficiais”.

Segundo Luís Ramos, o projeto é “um processo que vai percorrer o país, continente e ilhas”, no âmbito do qual “vão sendo produzidos documentos com o que se recolher e for sendo desenvolvido pelas universidades”.

A agenda do projeto “Think Tank Portugal por Inteiro/Territórios de Futuro” prevê a realização de várias conferências dedicadas a temas específicos, a primeira das quais na quinta-feira, na Fundação de Serralves, com Valente de Oliveira, e duas outras já agendadas para o próximo mês de novembro e para janeiro de 2023.

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ISEG vê economia a crescer entre 6,4% e 6,6% este ano

Os economias do ISEG admitem que a economia portuguesa poderá crescer entre 6,4% e 6,6% este ano. Previsões são mais otimistas do que as do FMI e abarcam a previsão de 6,5% do Governo.

Os economias do ISEG estimam que a economia portuguesa deve crescer entre 6,4%
e 6,6% este ano, tendo em conta a revisão em alta do PIB para o primeiro semestre feita pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). As previsões são mais otimistas face às elaboradas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e estão próximas das do Governo.

Atendendo à recente revisão em alta do INE para o crescimento no primeiro semestre, estima-se que crescimento esperado para a economia portuguesa em 2022 se venha situar entre 6,4% e 6,6%“, escreve o grupo de análise económica do ISEG na nota de conjuntura de outubro, divulgada esta terça-feira.

As estimativas de crescimento da economia portuguesa do ISEG são mais otimistas face às projetadas pelo FMI. Para 2022, a instituição liderada Kristalina Georgieva aponta para um crescimento de 6,2%, abaixo do limite inferior do intervalo do ISEG. Já o Governo antecipa um crescimento de 6,5% este ano, dentro do intervalo do ISEG, enquanto o Conselho de Finanças Públicas e o Banco de Portugal apontam para um crescimento de 6,7% este ano, acima das estimativas do instituto.

No final de agosto, o INE reviu em alta os números de crescimento do PIB do segundo trimestre. Afinal, a economia portuguesa não registou uma contração de 0,2% em cadeia, mas registou uma variação nula no segundo trimestre em relação ao trimestre anterior.

Os economistas explicam que “os dados quantitativos relativos a julho e agosto não apontam para uma desaceleração significativa da atividade económica durante o terceiro trimestre”, mas antes para “para uma certa estabilização do nível de atividade face ao trimestre anterior”. “Em concreto, face ao trimestre anterior, admite-se que o consumo privado terá crescido e que investimento possa ter estabilizado”, acrescentam.

Nesse sentido, o Grupo de Análise Económica do ISEG sinaliza que o “mais provável” é que “a economia portuguesa possa ter continuado a crescer em cadeia durante o terceiro trimestre, nomeadamente num intervalo entre -0,1% e 0,3%, a que corresponde, em termos homólogos, um crescimento entre 4,3% e 4,8%“.

Já para o último trimestre de 2022, os economistas do ISEG admitem que as previsões de crescimento em cadeia “não são melhores, devendo o crescimento real situar-se entre valores marginalmente negativos e marginalmente positivos”.

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Preço do gás natural afunda 7% para mínimos de quatro meses

Temperaturas acima da média reduzem procura e colocam preço dos contratos de gás natural no valor mais baixo desde meados de junho. Comissão Europeia vai tomar novas medidas nesta terça-feira.

O preço do gás natural está a perder terreno pela quinta sessão consecutiva. O valor do contrato TTF para novembro, de referência para as importações europeias, está a cair 7% na sessão desta terça-feira, negociando nos 119 euros por MWh, segundo a plataforma Barchart. Este é o preço mais baixo desde meados de junho.

A descida de procura por causa das temperaturas acima da média para esta altura do ano é apontada como a principal razão para a queda do preço deste contrato do gás.

“A fraca procura e o contínuo fornecimento de gás natural, de forma confortável, vão fortalecer a pressão para a descida dos preços. As novas previsões meteorológicas, a apontarem para temperaturas mais quentes, servem como pressão adicional”, referem os analistas da Engie EnergyScan, citados pela Reuters.

Também a contribuir para a redução dos preços do gás natural está a chegada de navios de transporte de gás natural para a Europa. Ainda assim, há 35 embarcações a aguardarem processamento em todo o Mediterrâneo. Para a próxima semana e meia a procura por gás natural será menor do que a habitual, segundo os especialistas da Refinitiv.

A pressão sobre os preços do gás natural poderá acentuar-se caso a Comissão Europeia apresente nesta terça-feira à tarde a proposta para limitar os preços do gás nos contratos TTF.

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Câmara do Porto investe 50 mil euros em obras de arte de artistas da cidade

Câmara Municipal do Porto investe cerca de 50 mil euros em 18 novas obras de artistas da cidade para o núcleo de arte contemporânea da Coleção Municipal de Arte.

A Câmara Municipal do Porto vai adquirir 18 novas obras de artistas da cidade para o núcleo de arte contemporânea da Coleção Municipal de Arte, num investimento de cerca de 50 mil euros, avança a autarquia, liderada pelo independente Rui Moreira. Esta iniciativa decorre no âmbito da modalidade de compra direta a artistas do projeto municipal “Aquisições

Foram submetidas 118 propostas de compra por artistas e coletivos artísticos residentes na cidade do Porto. Um comité de seleção, constituído pelas curadoras Andreia Magalhães e Margarida Mendes e a performer e ativista Melissa Rodrigues, que selecionou as obras, valorizou “a qualidade das propostas apresentadas e a sua pertinência no contexto da coleção presente”.

“A representatividade de género — a maior parte das obras selecionadas são de mulheres, “tendo em conta a sua qualidade e pertinência no contexto artístico local, nacional e internacional” –“, assim como a “diversidade e pluralidade das práticas e linguagens artísticas representadas,” foram mais alguns dos critérios considerados. Além da “inclusão de artistas em início de carreira” e outros já consolidados no meio artístico local, “mas sem representação”.

Entre os artistas selecionados estão Alexandra Rafael, Carla Cruz & Cláudia Lopes, Clarice Cunha, Dinis Santos, Francisco Venâncio, Hilda de Paulo, Inês Leal e Inês Tartaruga Água. Além de Jiôn Kiim, Joana Patrão, Laetitia Morais, Maria Oliveira, Mariana Caló e Francisco Queimadela, Mónica Baptista, Odair Monteiro, Rebecca Moradalizadeh, Tomás Abreu e Vera Matias.

As obras adquiridas para a Coleção Municipal de Arte vão ser expostas entre o final de 2022 e o início de 2023.

O projeto “Aquisições”, criado em 2018, contempla a plataforma de apoio à arte contemporânea Pláka, do Departamento de Arte Contemporânea da empresa municipal Ágora – Cultura e Desporto do Porto. “Dinamizar e valorizar o património artístico do Porto e documentar a memória da prática artística da cidade, através da reativação da Coleção Municipal de Arte” é o principal objetivo deste projeto.

“Para além da modalidade de compra direta a artistas, [o projeto] contempla ainda outra modalidade de aquisição de obras a galerias de arte da cidade, para a qual está disponível um orçamento de 100 mil euros, e cujos resultados de aquisição serão conhecidos até ao fim do ano”, informa o município.

Segundo a autarquia portuense, já foram adquiridas 102 novas obras de arte de 92 artistas e coletivos artísticos.

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Lusíadas quer reposição financeira na PPP de Cascais por causa da pandemia

Lusíadas Saúde não chegou a acordo com o Estado sobre o direito à reposição do equilíbrio financeiro do contrato de gestão, avançando então para tribunal arbitral.

A Lusíadas Saúde exige uma reposição do equilíbrio financeiro do contrato de gestão na Parceria Público Privada (PPP) do Hospital de Cascais, devido ao impacto da pandemia nos anos de 2020 e 2021. A gestora não chegou a acordo com o Estado, pelo que decidiu avançar com um pedido para resolver a questão em tribunal arbitral. Para este efeito, o Governo já determinou que a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) vai representar o Estado neste litígio.

Em causa, para a Lusíadas, está o “direito à reposição do equilíbrio financeiro do contrato de gestão, com fundamento na situação epidemiológica feita sentir no território nacional nos anos de 2020 e 2021, decorrente do surto do vírus SARS-CoV-2, a correspondente condenação do Estado Português ao pagamento da alegada ‘perda de receita’ e dos alegados ‘custos extraordinários’ em que a mesma terá incorrido“, segundo se lê no despacho publicado esta terça-feira em Diário da República.

Como a entidade gestora do estabelecimento e a entidade pública contratante não chegaram a acordo ou a “qualquer entendimento quanto à verificação dos requisitos previstos no contrato de gestão para a reposição do equilíbrio financeiro, a Lusíadas veio apresentar requerimento de constituição do tribunal arbitral, das quantias que a demandante haja incorrido após 31 de dezembro de 2021 e até ao termo do contrato do gestão relativamente à entidade gestora do estabelecimento”.

Como o processo arbitral “pode trazer efeitos em sede de execução do contrato de gestão do Hospital de Cascais cujo acompanhamento está acometido à ARSLVT”, o Governo decidiu nomear esta entidade para representar o Estado no tribunal arbitral “com vista a dirimir o litígio”, no despacho assinado pelo ministro da Saúde, Manuel Pizarro, e pelo secretário de Estado do Tesouro, João Nuno Mendes.

A Lusíadas Saúde vai sair desta PPP no próximo ano, sendo que o Governo decidiu avançar com um novo concurso e o grupo desistiu de concorrer. O contrato acabou assim por ser adjudicado aos espanhóis da RiberaSalud, tendo um VAL (valor atual líquido) de 561,2 milhões de euros, segundo a proposta de Orçamento do Estado para 2023.

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Euribor com novos máximos a seis e 12 meses, mas taxa recua a três meses

  • Lusa
  • 18 Outubro 2022

Taxas que servem de indexante nos contratos de crédito à habitação voltaram a subir a seis e a 12 meses, mas prazo a três meses inverte a tendência das últimas sessões.

As taxas Euribor desceram esta terça-feira a três meses e subiram a seis e a 12 meses para novos máximos, desde, respetivamente, fevereiro e janeiro de 2009.

  • A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 6 de junho, avançou esta terça-feira, para 2,038%, mais 0,006 pontos e um novo máximo desde fevereiro de 2009. A média da Euribor a seis meses subiu de 0,837% em agosto para 1,596% em setembro. A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022).
  • No prazo de 12 meses, a Euribor também avançou esta terça-feira, ao ser fixada em 2,698%, mais 0,019 pontos e um novo máximo desde janeiro de 2009. Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 5 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril. A média da Euribor a 12 meses avançou de 1,249% em agosto para 2,233% em setembro.
  • Em sentido contrário, a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, inverteu esta terça-feira a tendência das últimas sessões, ao ser fixada em 1,456%, menos 0,002 pontos do que na segunda-feira e contra o atual máximo desde dezembro de 2011, de 1,458%, verificado em 17 de outubro. A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses). A média da Euribor a três meses subiu de 0,395% em agosto para 1,011% em setembro.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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“Não é claro” ainda se inundações na Nigéria vão causar mais ruturas, diz Galp

  • Lusa
  • 18 Outubro 2022

Fonte oficial da Galp adiantou à Lusa ainda não ser claro "se os impactos" das inundações na Nigéria "poderão resultar em ruturas adicionais de abastecimento" para Portugal.

A Galp afirmou esta terça-feira que “não é claro neste momento” se as inundações da Nigéria, principal fornecedor nacional de gás natural, poderão causar ruturas adicionais de abastecimento e garantiu estar a monitorizar a situação.

“Não é claro neste momento quando é que as operações locais serão restauradas ou se os impactos deste evento poderão resultar em ruturas adicionais de abastecimento para Galp”, disse fonte oficial da petrolífera, em resposta escrita à Lusa.

A Galp garantiu ainda que “está a monitorizar os desenvolvimentos na Nigéria”.

A Nigeria LNG Limited alertou a Galp para “uma redução substancial na produção e fornecimento de gás natural liquefeito” devido às chuvas e inundações registadas na África Ocidental e Central, que pode meter em risco o abastecimento em Portugal, segundo nota enviada pela empresa portuguesa à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), na noite de segunda-feira.

Naquela nota, a Galp dizia que ainda “não foi disponibilizada qualquer informação que suporte a avaliação dos potenciais impactos do evento, que poderão, no entanto, resultar em perturbações adicionais de abastecimento” à petrolífera portuguesa.

No seguimento daquele anúncio, o Ministério do Ambiente e da Ação Climática adiantou que “não existe neste momento qualquer confirmação de redução nas entregas de gás da Nigéria”, afirmando não haver “escassez no mercado”.

“O Ministério do Ambiente e da Ação Climática informa que não existe neste momento qualquer confirmação de redução nas entregas de gás da Nigéria. Mesmo que tal acontecesse, não há escassez no mercado”, salientou o ministério num comunicado enviado às redações.

“Qualquer informação alarmista é desadequada, ainda mais em tempos de incerteza global”, acrescentou o gabinete de Duarte Cordeiro.

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Depois da Great Resignation, a Great Negotiation?

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  • 18 Outubro 2022

Se há fenómeno que não passou despercebido nos últimos anos, no setor dos recursos humanos, foi a Great Resignation. A pandemia virou o mundo do avesso e o mercado de trabalho não foi exceção.

Depois de serem sujeitos a uma nova realidade, que inicialmente trouxe muita angústia e ansiedade, os profissionais rapidamente se habituaram aos novos modelos e regimes de trabalho e, mais do que isso, às novas circunstâncias de vida que estes vieram proporcionar.

Para muitos, a descoberta de mais tempo livre para a família e amigos, a perceção de que a deslocação para o local de emprego afinal não é assim tão necessária, ou a formação de um novo sistema de valores e prioridades no qual não cabem maus ambientes de trabalho, desavenças com as chefias ou falta de reconhecimento e compensação adequados, traduziram-se na decisão de mudar. Em alguns setores, como é o caso da Hotelaria e Restauração, os efeitos destas “demissões em massa” ainda se estão, aliás, a fazer sentir.

Ora, agora que a poeira parece estar a assentar, é inegável que o mercado de trabalho está mais dinâmico do que nunca e não há dúvida de que a balança pende, cada vez mais, a favor dos profissionais. Muitos já tomaram consciência disso mesmo e, ainda que não tenham feito parte do tal êxodo, não deixaram de parar para analisar as suas realidades e possibilidades. Com a taxa de desemprego em níveis historicamente muito baixos, as oportunidades e propostas abundam, e, ainda que não planeiam necessariamente mudar de emprego, muitos profissionais estão a tirar partido deste cenário.

Rute Belo, National Senior Manager da área de Recrutamento e Seleção Especializado da Multipessoal

Depois da Great Resignation, deparamo-nos agora com a Great Negotiation – muitos candidatos entram em processos de recrutamento para ver o que está do lado de lá, na expetativa de virem a receber melhores propostas, que possam depois alavancar junto do seu empregador atual. Isto pode passar por uma melhor oferta salarial, pelo acesso a mais benefícios ou mesmo pela possibilidade de ter maior flexibilidade e autonomia. Perante a perspetiva de virem a perder pessoas, muitas organizações acabam por ceder e repensar as condições destes colaboradores, sob pena de terem de incorrer num processo muito mais complexo, custoso e demorado de recrutamento e integração de uma nova pessoa na equipa.

Mas será que podemos mesmo pensar nisto como uma cedência? Ou estaremos antes a falar de uma inevitabilidade que só peca por tardia? Num momento em que a atração e retenção de talento é um dos grandes desafios das empresas, não é suficiente — e é mesmo arriscado — apenas reagir. É preciso antecipar e ser proativo, ouvir os colaboradores e auscultar o seu nível de satisfação e realização no trabalho. É crucial reconhecer que o perfil, motivações, prioridades e expectativas dos profissionais se alteraram profundamente, e que colocar todas as fichas no “amor à camisola” já não basta.

Ao final do dia, a questão é muito simples: as empresas não vivem sem o talento, e, como diz o ditado, “mais vale prevenir do que remediar”…

Texto por Rute Belo, National Senior Manager da área de Recrutamento e Seleção Especializado da Multipessoal

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Casalinho regressa ao BPI para liderar área da sustentabilidade

Depois de uma década no IGCP, Cristina Casalinho regressa ao BPI como diretora executiva de Sustentabilidade, com o objetivo apoiar a transição sustentável de empresas e famílias.

Depois de uma década à frente do IGCP, Cristina Casalinho regressou ao BPI para liderar a área de sustentabilidade do banco. “Estou particularmente entusiasmada com o desafio”, diz a antiga gestora da dívida pública, que vai agora apoiar a transição sustentável de empresas e famílias.

Casalinho foi economista-chefe do BPI até 2012, de onde saiu para o IGCP, tendo sido responsável pelo regresso de Portugal aos mercados de dívida, depois do pedido de ajuda em 2011. Deixou a presidência da agência pública no verão passado e agora regressa à sua casa para liderar uma área que se tornou prioritária para o setor financeiro. Inicia funções no dia 1 de novembro.

“Os bancos, pela centralidade no funcionamento das economias, desempenham um papel preponderante na promoção e adoção da sustentabilidade, pelos compromissos em termos e transparência no reporte de atividades, mas também no que respeita à oferta de produtos e soluções, ou em termos de decisões de investimento e financiamento. O banco está bem posicionado para constituir-se como uma referência em banca responsável, um propósito alinhado com o posicionamento do Grupo Caixabank“, diz Casalinho, que foi recentemente nomeada administradora não executiva da Fundação Calouste Gulbenkian, citada em comunicado.

O BPI tem como objetivo alcançar mais quatro mil milhões de euros em volume de negócios sustentável até 2024, segundo o Plano Diretor de Sustentabilidade que acabou de aprovar.

O banco liderado por João Pedro Oliveira e Costa pretende mobilizar dois mil milhões de euros em financiamento sustentável para empresas e particulares e gerar um volume de negócios de dois mil milhões de euros em fundos e seguros, desenhados de acordo com critérios de sustentabilidade.

Licenciada em Economia, pela Faculdade de Economia e Ciências Empresariais da Universidade Católica Portuguesa, Cristina Casalinho possui também um mestrado em Gestão e Administração de Empresas pela Universidade Nova de Lisboa.

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