Empresas triplicam custo com energia e negam benefício com mecanismo extraordinário

As mais de mil empresas que responderam às questões demonstram "grande preocupação" e uma "enorme apreensão" quanto à escalada dos custos de energia.

Cerca de 40% das empresas triplicou o custo com gás natural, uma em cada seis viu triplicar a fatura elétrica e dois terços negam qualquer benefício com o mecanismo extraordinário criado dentro do Mibel, segundo um inquérito divulgado esta quinta-feira.

Promovido pela Associação Empresarial de Portugal (AEP) junto de 1.020 empresas associadas, de todo o país e de vários setores de atividade, o inquérito conclui que “cerca de 40% de empresas registaram aumentos superiores a 200% no gás natural“, enquanto uma em cada seis empresas registaram aumentos superiores a 200% na eletricidade e três em cada cinco registaram aumentos superiores a 20% nos combustíveis.

Adicionalmente, “cerca de dois terços das empresas refere não ter benefício na fatura de energia elétrica” com a implementação do Mecanismo de Ajuste do Mercado Ibérico de Eletricidade, destinado a evitar uma escalada dos preços da energia e mais de um quinto diz não conseguir “aferir da existência ou não de benefício, pelo facto de esta componente não surgir de forma autónoma na fatura.

Segundo a AEP, “apenas uma pequena percentagem de empresas (uma em cada oito) refere registar benefícios” com este mecanismo.

“Os resultados do inquérito da AEP confirmam o que temos vindo a alertar. As mais de mil empresas que responderam às questões demonstram grande preocupação e mostram enorme apreensão quanto à escalada dos custos de energia e à incapacidade de os repercutir no preço final dos bens”, afirma o presidente da AEP, Luís Miguel Ribeiro, à Lusa.

Para este responsável, “é imperativo reduzir a tributação sobre a energia, já elevada no contexto europeu ainda antes da pandemia e da guerra; criar outras medidas efetivas e eficazes para ajudar as empresas a mitigar a subida exponencial de custos de produção, em especial na energia, que passa por alocar de modo predominante, célere e imediato os fundos europeus (Portugal 2030 e reorientação do PRR) para as empresas (fundamentalmente, para a reindustrialização, incluindo investimentos na eficiência energética)”.

Caso estas medidas não se concretizem, no inquérito da AEP, “as empresas apontam para a necessidade de redução da atividade (algumas apontam mesmo para a possibilidade do encerramento de unidades de produção) e para a diminuição das intenções de investimento”, reforça Luís Miguel Ribeiro.

Das conclusões do inquérito resulta ainda que “cerca de metade das empresas tem um peso dos custos de energia nos custos operacionais inferior a 20% e cerca de um terço entre 20% e 40%”, mas “quase metade” (47%) das empresas afirma que “não consegue repercutir o aumento dos custos da energia no preço dos produtos, face ao impacto que teria na perda de competitividade e na carteira de encomendas”.

A esta questão, apenas uma em cada 12 empresas respondeu que será capaz de repercutir nos preços dos produtos o aumento da fatura energética.

No que se refere à situação atual dos contratos da eletricidade, após a implementação do mecanismo extraordinário, “a maioria das empresas ainda mantém o contrato de eletricidade anterior à implementação do mecanismo, enquanto 30% teve de efetuar novo contrato por denúncia do anterior”.

A redução de atividade e a modificação nas gamas de produtos são as alternativas mais referidas pelas empresas face ao aumento dos custos de energia, enquanto o recurso ao ‘lay-off’ ou o encerramento parcial de unidades de produção são apontados por perto de um quinto das empresas, em cada caso.

Pelo contrário, o incremento do teletrabalho não é apontado como solução, o que a AEP explica com o facto de “não se adequar à indústria transformadora, onde o inquérito regista uma elevada percentagem de respostas”.

Quanto ao impacto esperado da evolução dos custos da energia nas intenções de investimento das empresas a curto prazo, verifica-se que “a larga maioria das empresas (cerca de 80%) antevê uma redução assinalável das intenções de investimento, sendo que em mais de um terço das empresas é esperada uma redução muito significativa”.

Para mitigar o impacto do aumento dos custos da energia na sua atividade, a “quase totalidade das empresas defende a descida de impostos sobre a energia e o apoio célere dos fundos europeus”, nomeadamente “a realocação do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] para combater a crise energética” e “apoiar o investimento em equipamentos mais eficientes e novas energias alternativas”.

Outras medidas que mais empresas defendem são a redução da carga fiscal sobre os salários e sobre o capital, e a diminuição do IVA para a aquisição de equipamentos para produção de energias verdes, assim como iniciativas de apoio à tesouraria e a revisão do novo mecanismo do MIBEL.

O regresso às moratórias de capital é outras medidas apontadas pelas empresas, a par da desburocratização e agilização do processo de atribuição de autorizações para produção de energias verdes e da redefinição da agenda da descarbonização no sentido de redução de custos com licenças de emissão de dióxido de carbono (CO2).

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Preços de bens e serviços desportivos acompanham inflação na UE

  • ECO
  • 8 Setembro 2022

Os preços de bens e serviços desportivos na União Europeia (UE) aumentaram 9,8% em julho em relação ao mesmo período do ano passado.

Depois da energia e a alimentação, a inflação chegou também em força ao mundo desportivo. Os preços de bens e serviços desportivos na União Europeia (UE) aumentaram 9,8% em julho em relação ao período homólogo e subiram 0,2 pontos percentuais comparando com o mês de junho. Os dados foram disponibilizados pelo Eurostat esta quinta-feira.

Dentro deste indicador, foram os preços dos serviços recreativos e desportivos que sofreram o maior aumento numa comparação anual, com uma subida de 4,2% em Julho em relação ao mesmo período do ano passado. Comparado com o mês anterior, houve uma descida de 0,1 pontos percentuais (4,3%).

Já os preços dos equipamentos para desporto, campismo e recreação ao ar livre subiram 4% em julho em comparação com o período homólogo. Em junho, o valor fixou-se nos 4,4%.

De recordar que a taxa de inflação na UE foi de 9,8% em julho, de acordo com dados divulgados pelo Eurostat no passado mês de agosto.

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Tribunal Europeu impede juízes polacos de alterar cláusulas de créditos em francos suíços

Acórdão do Tribunal de Justiça da União Europeia determina que se o consumidor se opuser, não pode haver a substituição de uma cláusula abusiva por uma disposição de direito nacional.

Os contratos de crédito à habitação em francos suíços celebrados na Polónia levaram os encargos dos clientes a disparar e têm sido considerados abusivos pelos tribunais do país, traduzindo-se em perdas elevas para os bancos, entre eles o Bank Millennium, que pertence ao BCP. Um acórdão do Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) veio agora esclarecer que as cláusulas abusivas não podem ser modificadas pelos juízes, se daí resultar a invalidação do contrato e um prejuízo para o consumidor.

“A possibilidade excecional de o juiz nacional substituir uma cláusula abusiva anulada por uma disposição nacional com caráter supletivo está limitada aos casos em que a supressão dessa cláusula abusiva obriga esse juiz a invalidar o contrato em causa no seu todo, expondo assim o consumidor a consequências particularmente prejudiciais”, afirma o TJUE num comunicado com a decisão divulgada esta quinta-feira.

“A diretiva não permite a aplicação de uma jurisprudência nacional segundo a qual o juiz nacional pode, após ter declarado a nulidade de uma cláusula abusiva contida num contrato de consumo, que implica a nulidade desse contrato no seu todo, substituir a cláusula abusiva anulada por uma disposição de direito nacional de caráter supletivo, mesmo que o consumidor se oponha a tal solução”, acrescenta o Tribunal.

Ou seja, “os juízes nacionais apenas estão obrigados a afastar a aplicação de uma cláusula abusiva, sem estarem habilitados a modificar o seu conteúdo“.

Durante vários anos os consumidores polacos e de outros países puderam contrair empréstimos à habitação denominados em francos suíços, mas disponibilizados na moeda local, em que eram pagas as prestações. Quando o zloty desvalorizou contra a divisa suíça, os encargos tornaram-se incomportáveis. Os consumidores começaram então a recorrer aos tribunais com base na Diretiva sobre as cláusulas abusivas nos contratos de consumo, para anular aquela disposição.

O Tribunal de Primeira Instância de Varsóvia pediu entretanto que o TJUE se pronunciasse sobre a possibilidade de os juízes substituírem as cláusulas abusivas por uma disposição de direito nacional de caráter supletivo, pese embora o consumidor não desejar manter a validade do contrato. Algo que o acórdão vem proibir.

O Tribunal de Justiça salienta que “a diretiva se opõe a uma jurisprudência nacional que permite ao juiz nacional suprimir apenas a parte efetivamente abusiva de uma cláusula, mantendo a restante eficácia da mesma, quando essa supressão equivaleria a rever o conteúdo da referida cláusula, afetando a sua substância”

O TJUE pronunciou-se ainda sobre o prazo de prescrição de um pedido de restituição apresentado pelo consumidor na sequência de uma cláusula abusiva. Os juízes esclarecem que “um prazo de prescrição relacionado com os direitos do consumidor só pode ser compatível com o direito da União se o consumidor tiver tido a possibilidade de conhecer os seus direitos antes de esse prazo começar a correr ou de terminar”.

O Bank Millennium é um dos bancos polacos que concedeu créditos em francos suíços, prática que terminou em 2008. Mas o efeito desses empréstimos antigos continuam a fazer-se sentir nas contas da instituição e, por inerência, nas do Millennium BCP. Em 2021, o banco contabilizou encargos de 532,6 milhões de euros associados à carteira de créditos em francos suíços concedidos pela subsidiária na Polónia. No primeiro semestre deste ano a conta vai em 257,82 milhões.

O ECO contactou o Millennium BCP para obter um comentário aos efeitos da decisão do TJUE, mas ainda não obteve resposta até à publicação deste artigo.

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Comissário europeu diz que “ninguém pode afastar o risco de recessão”

  • Lusa
  • 8 Setembro 2022

Comissário europeu para a Economia, Paolo Gentiloni, afirma que, nos próximos meses, “ninguém pode afastar o risco de recessão” na Europa.

O comissário europeu para a Economia, Paolo Gentiloni, afirmou esta quinta-feira que, nos próximos meses, “ninguém pode afastar o risco de recessão”, salientando as incertezas do atual momento na Europa.

“Os riscos estão lá. Nos próximos meses, ninguém pode afastar o risco de recessão”, afirmou Paolo Gentiloni, que discursava hoje na Academia Socialista, que decorre na Batalha, em Leiria, até domingo. Apesar de notar que a Europa não está numa recessão e que regista “um nível decente de crescimento”, o responsável realçou que “há incertezas” quanto ao atual momento, face à inflação e à crise energética.

“Estamos num momento difícil”, admitiu, recorrendo à expressão “O inverno está a chegar” (da série televisiva “Guerra dos Tronos”) para afirmar que a Europa poderá ter “um dos mais difíceis invernos de que há registo”, num momento “cheio de contradições e incertezas”.

Durante o seu discurso, o comissário europeu constatou que, em fevereiro de 2021, a contribuição da energia para a inflação era negativa, neste momento situa-se próxima dos 40% e, apesar de todas as dificuldades, o mercado laboral na Europa “está muito interessante”, com o “mais baixo nível de desemprego em muitos anos”.

Gentiloni recordou a pandemia e a guerra na Ucrânia como dois eventos que mudaram a perceção da situação económica e política, mas também a perceção dos europeus de si próprios. “A reação a esses eventos extraordinários foi, na minha perspetiva, boa”, disse, apontando para as medidas da União Europeia para combater a pandemia e os seus efeitos económicos, mas também a rápida ação de Bruxelas na definição de sanções contra a Rússia.

Esse passado recente aumentou a exigência dos cidadãos junto das instituições europeias, referiu, considerando que há “uma grande expectativa” de que a Europa consiga estar à altura de reagir à crise energética, apesar de não ter “muitos poderes nos tratados de energia”. Para além de ser necessário dar uma resposta a essa mesma crise, Paolo Gentiloni considerou que as medidas que vierem a ser avançadas não podem descartar a estratégia de transição climática já definida por Bruxelas.

“Seria louco, por causa desta crise, esquecermos os nossos compromissos e a liderança europeia na transição verde”, apontou, frisando que um reforço nessa estratégia levará a uma Europa mais independente de combustíveis fósseis, nomeadamente de origem russa. “Não podemos excluir o facto de nos próximos meses, parte do nosso espetro político e opinião pública vai protestar e dizer que com as sanções estamos a afetar a nossa própria economia e a questionar se vale a pena o esforço”, afirmou Paolo Gentiloni.

“É por essa razão que temos que nos lembrar do que está em causa. Há um regime autocrático que usa o poder militar para ocupar uma nação europeia independente”, referiu o responsável, membro do Partido Democrático italiano que disputa no final deste mês as eleições gerais, onde o partido de extrema-direita FdI (Fratelli d’Italia) é apontado como potencial vencedor.

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“Haverá certamente aumento das pensões em 2024”. Mas Medina não diz quanto

O ministro das Finanças não se compromete com um valor para o aumento das pensões em 2024, dizendo que vai ser definido ao longo de 2023.

Depois de várias críticas lançadas pela oposição e questionamentos até por parte do Presidente da República, o ministro das Finanças volta a insistir que “haverá certamente aumento das pensões em 2024”, mas sem se comprometer com o valor. Devido ao “bónus” dado este ano, que será retirado do aumento de 2023, têm surgido preocupações com a redução da base sobre a qual é aplicada a fórmula para atualizar as pensões.

Questionado sobre o possível corte em 2024 (fruto do efeito das alterações no cálculo), Fernando Medina diz querer “refutar o que tem sido um engano que algumas oposições têm procurado colocar na opinião pública”: “Não há nenhum corte das pensões”, afirmou, em declarações transmitidas pelas televisões.

O ministro salienta que em 2022 as pensões foram aumentadas de acordo com a lei, e vão ser aumentadas em 2023 nos valores já apresentados. Uma parte do aumento do próximo ano, equivalente a meia pensão mensal, será dada já este ano, em outubro. Mas Medina garante que “o aumento de 2023 está assegurado na totalidade, as pessoas receberiam o mesmo valor”.

O Governo começou por justificar esta antecipação com o facto de os pensionistas necessitarem do valor agora, mas o primeiro-ministro e agora também o ministro das Finanças admitem que durante 2023 foi necessário fazer uma adaptação para “assegurar o pagamento aos pensionistas atuais e futuros”. “Temos de agir na defesa da sustentabilidade da Segurança Social”, sublinha Medina.

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social também defendeu esta posição, apontando que se fosse aplicada a fórmula automática do aumento das pensões no próximo, em linha com a inflação, ia levar a uma perda de “13 anos de vida da sustentabilidade da Segurança Social”, em declarações à TSF. O montante extra pago este ano será financiado pelo Orçamento do Estado e alvo de tributação em sede de IRS.

Sobre o montante do aumento das pensões em 2024, o ministro das Finanças não se compromete, assegurando apenas que “haverá obviamente aumento de pensões”. Já o valor de “será definido ao longo do ano de 2023“, aponta.

Ana Mendes Godinho também chuta para a frente a definição do montante, sinalizando que “ninguém pode pôr em risco nem a vida dos pensionistas atuais”, ou dos futuros, “assumindo decisões para 2024 quando não sabemos o que vai acontecer em 2023”.

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Espanha: Mercado dos terrenos recupera números pré-pandémicos

  • Servimedia
  • 8 Setembro 2022

O mercado dos terrenos espanhol vai recuperar os níveis pré-pandémicos este ano. Atualmente, a quantidade de terrenos vagos que poderiam ser usados para imobiliário em Espanha é de apenas 35%.

O preço da terra em Espanha vai atingir os 167 euros/m2 em 2022, valor que ultrapassa o nível pré-pandémico de 2019 (161 euros/m2), mas, ainda assim, longe do pico de 2007 antes do surto da crise (279 euros/m2), noticia a Servimedia.

Esta é uma das conclusões do último relatório sobre o “Land and Development Market”, elaborado pela Servihabitat Trends for Serviland, a filial independente especializada na gestão do desenvolvimento urbano das carteiras de terrenos da Servihabitat.

Ao mesmo tempo, o número de transações de terrenos vai aumentar para mais de 31 mil este ano, o que representa um crescimento moderado de 4%, e a venda e compra de novas construções vai permanecer robusta, com os números a ultrapassar as 70 mil assinaturas, o que significa que a quase totalidade do novo produto colocado à venda será vendida.

De acordo com a Serviland, estes números mostram que o mercado de terrenos continuará muito ativo em 2022. Embora sejam esperadas cerca de 100 mil novas habitações este ano, o relatório explica que o desenvolvimento residencial está a enfrentar custos de construção que aumentaram mais de 15% e podem dificultar o desenvolvimento de projetos. “Os aumentos no custo dos materiais, energia e transporte estão a dificultar a produção de novas construções”, disse Iheb Nafaa, presidente da Serviland.

Uma das questões-chave no mercado de terrenos, detalhada na análise das tendências Servihabitat, é a tensão existente no acesso a terrenos para desenvolvimento. Em Espanha, apenas 35% dos terrenos vagos poderiam ser utilizados para aumentar o stock de bens imobiliários, o que é considerado escasso.

Neste sentido, Ernesto Tarazona, diretor da Serviland, disse estar “disposto a chegar a acordos de colaboração com o setor público para desfazer o desequilíbrio entre a oferta e a procura“.

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LEGALWORKS apoia juridicamente o Rock in Rio – Rio de Janeiro

A LEGALWORKS – Gomes da Silva & Associados, tem vindo a assessorar juridicamente as diversas edições do Rock in Rio que têm sido realizadas, desde 2004.

O Rock In Rio volta à sua cidade natal, Rio de Janeiro, e conta mais uma vez com o apoio jurídico da sociedade de advogados – LEGALWORKS para a produção do evento.

A sociedade de advogados faz parte da organização do RiR, ficando a seu cargo a análise de todos os aspetos legais de algumas partes específicas do evento.

A LEGALWORKS – Gomes da Silva & Associados, tem vindo a assessorar juridicamente as diversas edições do Rock in Rio que têm sido realizadas, desde 2004, em Lisboa, entre 2008 e 2012, em Madrid, e, apoiado, também juridicamente, as edições que, desde 2011, se voltaram a realizar no Rio de Janeiro e, ainda, em 2015, em Las Vegas.

Depois do apoio jurídico a todos os aspetos da recente edição do Rock in Rio Lisboa, no passado mês de junho, a LEGALWORKS colabora agora na equipa que assessora juridicamente o festival na sua cidade natal, o Rio de Janeiro, que decorre desde o dia 2 até dia 11 de setembro no Parque Olímpico, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

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E-book: o seguro de vida crédito habitação que todos devíamos ter

  • Conteúdo Patrocinado
  • 8 Setembro 2022

Sabe como escolher um seguro de vida crédito habitação? E de que forma é determinado o preço deste tipo de seguro? Respondemos a estas e outras dúvidas num e-book que não fala "segurês".

Ter um seguro de vida crédito habitação é uma exigência da instituição financeira em que fazemos o crédito habitação. Contudo, e ao contrário do que muitas vezes se pensa, este tipo de seguro não é uma exigência legal, havendo, inclusive, situações em que podemos contratar o crédito sem ter de contratar o seguro de vida. Porém, ter um seguro de vida é procurar a segurança financeira da nossa família, reduzindo um fardo num momento muito sensível da vida.

Mas como escolher um bom seguro de vida? Qual a relação que as coberturas/segurança proporcionada e o prémio deve ter? Que coberturas complementares deve ter um bom seguro de vida crédito habitação? E de que forma é determinado o preço deste tipo de seguro? No e-bookSeguro de Crédito Habitação“, criado pela Una Seguros, em parceria com o ECOseguros, vai encontrar todas as respostas sobre o seguro de crédito habitação de forma simples e clara. Desta forma, ficará a saber qual o seguro que realmente precisa para o seu crédito habitação.

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Alemã RTL perde processo contra Pestana por emissão de canal televisivo nos hotéis

RTL Television recorreu à Justiça alegando que o Grupo Pestana emitiu em dois dos seus hotéis, durante cerca de um ano, o canal RTL sem autorização prévia.

O canal de televisão alemão RTL Television avançou com uma ação contra o Grupo Pestana, alegando que este transmitiu em dois dos seus hotéis, durante quase um ano, o canal em questão sem autorização prévia. O processo arrancou no Tribunal de Propriedade Intelectual, passando para o Tribunal da Relação de Lisboa e depois para o Supremo Tribunal de Justiça. Todos consideram que a ação em causa não tem fundamento, uma decisão corroborada pelo Tribunal de Justiça europeu.

A RTL afirma que, entre, pelo menos, maio de 2013 e fevereiro de 2014, os hotéis D. João II e Alvor Praia receberam as emissões do satélite da RTL, através de antenas parabólicas instaladas nas próprias unidades hoteleiras, e transmitiram‑nas, através de cabos coaxiais, nos quartos. A estação alemã considera que a receção e retransmissão do canal em questão carece de autorização prévia da própria RTL.

Assim, a RTL avançou com uma ação contra o Pestana e a Salvor (detida em 98,8% pelo Pestana e responsável pela exploração dos hotéis em questão) junto do Tribunal de Propriedade Intelectual, para que a transmissão daquele canal fosse declarada “um ato de comunicação ao público” e “um ato de retransmissão das mesmas”, o que careceria de autorização prévia. Mas aquele tribunal julgou a ação improcedente.

Face a isso, a RTL recorreu da sentença para o Tribunal da Relação de Lisboa, que também julgou improcedentes os pedidos da empresa, seguindo-se um novo recurso para o Supremo Tribunal de Justiça. A decisão manteve-se e este tribunal voltou a não dar razão ao canal alemão.

Em causa está se o conceito “retransmissão por cabo” abrange a distribuição ao público por quem não seja organismo de radiodifusão. E, para o Tribunal de Justiça europeu, a ação continua a não ter fundamento. O Tribunal de Justiça responde ao Supremo Tribunal de Justiça, afirmando que a diretiva não estabelece a favor dos organismos de radiodifusão um direito exclusivo de autorizar ou proibir a retransmissão por cabo.

Por outro lado, a distribuição simultânea, inalterada e integral de emissões de televisão ou de rádio difundidas por satélite e destinadas à receção pelo público não constitui tal retransmissão por cabo quando esta seja efetuada por uma entidade distinta de um distribuidor por cabo, na aceção desta diretiva, como um hotel, refere o acórdão proferido esta quinta-feira.

Resumindo, o Tribunal de Justiça considera que os estabelecimentos como os hotéis não são abrangidos pelos conceitos de “distribuidor por cabo” ou de “operador por cabo”, na aceção da diretiva.

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Sporting com volume de negócios recorde de 181,9 milhões na época 2021/2022

  • Lusa
  • 8 Setembro 2022

Clube dos leões registou o maior volume de negócios de sempre na época futebolística 2021/22, principalmente pela participação na Liga dos Campeões.

O Sporting registou o maior volume de negócios de sempre na época futebolística 2021/22, de 181,9 milhões de euros, principalmente pela participação na Liga dos Campeões, segundo o Relatório e Contas revelado na quarta-feira.

De acordo com Relatório e Contas enviado pelo clube lisboeta à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), houve um resultado líquido positivo de 25 milhões de euros, naquele que foi o terceiro melhor de sempre, e o melhor resultado operacional sem transações de jogadores numa só época (12 milhões de euros).

A presença na fase de grupos da edição passada da prova “milionária” correspondeu a 45,9 milhões de euros, aos quais se juntam mais 9,6 milhões de euros pela passagem do clube aos oitavos de final pela segunda vez na história.

Além disso, houve uma recuperação da receita ao nível da bilheteira de 17,2 milhões de euros, face à abertura dos estádios e, consequentemente, a possibilidade de lotar o recinto desde outubro de 2021, contrastando “enormemente com o valor nulo no período homólogo onde todos os jogos foram realizados à porta fechada”, devido à covid-19.

Neste capítulo, o jogo com o Manchester City, referente aos “oitavos” da Liga dos Campeões de 2021/22, constituiu um novo recorde de 1,5 milhões de euros. Na área do merchandising, que engloba lojas físicas, online e retalho, registou-se um recorde de vendas de 8,9 milhões de euros, um crescimento de mais 70%, tendo em conta o melhor registo de sempre verificado na época 2019/20.

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Askblue anuncia Artur Madeira Lopes como head of talent acquisition

O profissional terá como principal missão manter o crescimento no que respeita ao reforço das várias equipas internas da empresa de consultoria tecnológica e de negócio.

Artur Madeira Lopes é o novo head of talent acquisition da Askblue. O profissional terá como principal missão manter o crescimento no que respeita ao reforço das várias equipas internas da empresa de consultoria tecnológica e de negócio.

“Vivendo cada vez mais numa economia aberta e global, será imprescindível conhecer bens os mercados internacionais para aumentar a nossa capacidade de resposta e elevar a qualidade de serviço que nos tem destacado, ao longo de quase uma década e, sobretudo, para os próximos anos. A constante formação e o desenvolvimento da equipa de talent acquisition serão apostas estratégicas para aumentarmos a qualidade na atração dos profissionais de tecnologia. Por outro lado, teremos de estar preparados para conhecer os desafios que se avizinham e antever essas necessidades”, afirma Artur Madeira Lopes, em comunicado.

Antes de aceitar o desafio da Askblue, Artur Madeira Lopes esteve dez anos na Global Partnet HR Solutions. Ao longo da sua carreira passou também pela Parson Finch, Human Profiler, New Work Recruitment e Hays PLC.

A Askblue, registou um crescimento no volume de negócios de 16,5 milhões de euros, em 2021, o que representou um aumento de 22% face a 2020. Este ano, prevê alcançar os 20 milhões de euros.

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Coordenador da vacinação admite pico de infeções de Covid no Natal

A campanha de vacinação está a ocorrer mais cedo para as pessoas mais vulneráveis estarem protegidas na época do Natal, onde poderá existir um novo pico de infeções de Covid-19.

O coordenador do plano de vacinação contra a Covid-19 admite que exista um pico de infeções no Natal, à semelhança do que aconteceu no ano passado. Por esta razão, a campanha de vacinação com doses de reforço, que já está a ocorrer, começou um pouco mais cedo para assegurar que as pessoas vulneráveis estarão protegidas até essa altura.

“Temos a experiência desta pandemia em Portugal nos dois anos transatos, o nosso Natal e janeiro foram períodos muito difíceis, é previsível que este ano tenhamos que enfrentar novo pico de infeções nessa altura”, alertou o coronel Penha Gonçalves, em entrevista à RTP3. Este novo pico poderá ocorrer no fim de dezembro, início de janeiro.

No ano passado, já se chegou a esta altura com as faixas etárias mais vulneráveis “muito protegidas”, como recorda Penha Gonçalves, pelo que “tivemos relativamente pouca incidência de doença grave”.

Tendo em conta esta experiência, foi decidido “obter vacinas logo no princípio da campanha”, tendo como objetivo vacinar três milhões de pessoas nesta fase. “Começámos a campanha um pouco mais cedo para ter garantia que temos oportunidade de ter estas pessoas, mais vulneráveis, protegidas pela vacina antes do Natal”, explicou o coordenador.

Penha Gonçalves adiantou também que Portugal vai receber este mês dois milhões de vacinas”, sendo que as encomendas vão continuar a chegar. Será assim possível “vacinar este grupo de pessoas antes do Natal”, diz, deixando um apelo para que as pessoas vão à vacinação quando são chamadas.

Nesta campanha de vacinação, será possível receber duas vacinas ao mesmo tempo, contra a Covid-19 e contra a gripe. O processo vai prolongar-se durante 100 dias, estando previsto terminar a 17 de dezembro. Estão abrangidas nesta fase as pessoas com 60 ou mais anos de idade, os residentes e profissionais dos lares de idosos e da rede nacional de cuidados continuados, as pessoas a partir dos 12 anos com doenças de risco, as grávidas com 18 ou mais anos e doenças definidas pela DGS e os profissionais de saúde e outros prestadores de cuidados.

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