Construtora Grão-Pará agrava prejuízo até junho

  • Lusa
  • 31 Agosto 2022

No primeiro semestre, a empresa não obteve proveitos operacionais.

A construtora Grão-Pará totalizou 167.516 euros de prejuízo no primeiro semestre, quando em igual período do ano passado tinha registado um resultado líquido negativo de 154.501 euros, foi esta quarta-feira comunicado ao mercado.

De acordo com a informação enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), no primeiro semestre, a empresa não obteve proveitos operacionais, sendo que na primeira metade de 2021 estes tinham-se fixado em 3.796 euros. Já os custos operacionais ascenderam, neste período, a 61.078 euros, acima dos 38.831 euros verificados entre janeiro e junho de 2021.

Os resultados financeiros também foram negativos em 225.601 euros, uma melhoria face aos –240.931 euros do ano anterior. Nos primeiros seis meses do ano, a rubrica investimentos financeiros teve um peso de 324.744 euros, inalterado face ao ano anterior.

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Matosinhos lança concursos públicos para reabilitar bairros num investimento de 25 milhões

  • Lusa
  • 31 Agosto 2022

A reabilitação abrange cinco bairros – Ponte do Carro, Chouso, Seixo II, Recarei e o de Custió, que tem o investimento mais elevado (11,2 milhões de euros).

A Câmara Municipal de Matosinhos aprovou esta quarta-feira, por unanimidade, o lançamento de concursos públicos para a reabilitação de cinco bairros, num investimento de cerca de 25 milhões de euros.

Em reunião pública do executivo municipal, a presidente da autarquia, Luísa Salgueiro, disse esperar que as obras de reabilitação arranquem no primeiro semestre de 2023. “O objetivo é termos habitações dignas para todas as famílias e, estas empreitadas, contribuem para que esse seja realidade”, afirmou.

Segundo as propostas a que a Lusa teve acesso, os trabalhos visam melhorar as condições de habitabilidade e salubridade das habitações, eliminando situações de infiltrações de água pela cobertura e fachadas, melhorando igualmente o aspeto exterior do edifício. “Pretende-se ainda dotar estas construções de soluções que melhorarão a eficiência e o desempenho energético destes fogos”, sustentam os documentos.

Entre os cinco bairros abrangidos está o da Ponte do Carro que terá um investimento de 1,7 milhões de euros e um prazo de execução de um ano. Com a duração prevista de dois anos, as obras no bairro do Chouso custarão 2,6 milhões. Seguem-se os bairros do Seixo II com um custo de 3,6 milhões de euros e cujos trabalhos deverão estar concluídos em 28 meses e o de Recarei com obras de 3,7 milhões de euros e um período de execução de dois anos.

O conjunto habitacional que implica maior investimento é o de Custió com 11,2 milhões de euros e a duração dos trabalhos de 32 meses.

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Piratas informáticos dizem ter roubado dados de clientes da TAP

Grupo de piratas informáticos Ragnar Locker alega ter na sua posse dados de milhares de clientes. TAP diz estar a adotar "medidas de contenção e remediação" para proteger a empresa e os seus clientes.

O grupo de piratas informáticos Ragnar Locker alega ter na sua posse uma grande quantidade de dados de clientes da TAP Air Portugal. A informação, avançada pela CNN Portugal e pelo site especializado em cibersegurança Bleeping Computer, contraria o comunicado divulgado pela companhia aérea na sexta-feira passada, onde deu conta de um ataque de que foi alvo no dia 25. “A TAP tem conhecimento desta alegação e está a investigar”, disse a transportadora ao ECO.

Num texto publicado na deepweb, o grupo de hackers diz “ter motivos para acreditar que centenas de gigabytes podem estar comprometidos”, depois da TAP alegar ter repelido com sucesso o ataque da passada quinta-feira. Os piratas informáticos ameaçam agora partilhar uma “gigantesca quantidade de provas irrefutáveis” que contrariam o comunicado inicial da empresa.

O grupo alega que em causa pode estar uma das maiores fugas de informação na história da indústria da aviação, podendo levar a companhia aérea portuguesa a sofrer uma “pesada multa por parte do regulador”. Segundo a CNN Portugal, estão em causa os dados de mais de 400 mil clientes.

Contactado pelo ECO, fonte oficial da companhia aérea confirmou que “a TAP tem conhecimento desta alegação e está a investigar”. A fonte referiu ainda que não tem mais nada a acrescentar ao comunicado divulgado na sexta-feira passada, onde afirmava que “não foi apurado qualquer facto que permita concluir ter havido acesso indevido a dados de clientes”.

Na quarta-feira à noite, a transportadora aérea divulgou uma nova nota onde refere que “estão a ser divulgadas alegações de um grupo organizado de crime informático de que terão sido roubados dados de clientes”. “A TAP continua a adotar, com o apoio de uma entidade externa internacional e em articulação com as autoridades, todas as medidas de contenção e remediação adequadas para proteger a empresa e os seus clientes.

A Bleeping Computer, um portal de notícias dedicado a assuntos de cibersegurança, partilha uma imagem divulgada pelo Ragnar Locker que alegadamente contém informações potencialmente sensíveis, como nomes, endereços de email, entre outras informações pessoais de clientes da TAP.

O grupo recorre a um programa de ransomware (em que os dados são roubados ou bloqueado o acesso, sendo depois exigido um resgate), também designado Ragnar Locke. Os ataques foram detetados pela primeira vez no final de dezembro de 2019, segundo a Bleeping Computer. Entre a lista de vítimas passadas do grupo está a portuguesa EDP, sendo que na altura foi pedido um resgate de 1.580 Bitcoins.

Além da EDP, também já foram atacadas a fabricante de jogos japonesa Capcom, a gigante da aviação Dassault Falcon e a fabricante de chips ADATA. O FBI estima que o ransomware da Ragnar Locker já foi implementado na rede de, pelo menos, 52 organizações de diversos setores de infraestruturas críticos dos EUA, desde abril de 2020.

(Notícia atualizada a 1 de setembro com novo comunicado da TAP)

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Pesca e aquicultura recebem 2,9 milhões em compensações por custo da energia

  • Lusa
  • 31 Agosto 2022

A compensação "visa compensar os custos adicionais de energia suportados pelas empresas entre 24 de fevereiro e 30 de junho”. Candidaturas foram reabertas.

A primeira tranche de pagamentos das compensações à pesca e aquicultura, no montante de 2,9 milhões de euros, destinada a compensar os custos adicionais com a energia, foi esta quarta-feira paga e as candidaturas foram reabertas.

O valor pago hoje aos operadores económicos do setor da pesca, aquicultura e da transformação e comercialização dos produtos da pesca e da aquicultura totaliza 2,9 milhões de euros e visa compensar os custos adicionais de energia suportados pelas empresas entre 24 de fevereiro e 30 de junho”, lê-se numa nota divulgada na página do Mar 2020.

Até meio de agosto, tinham dado entrada 966 pedidos de apoio, sendo que 850 dizem respeito a empresas de pesca. Esta compensação é calculada através da aplicação de 30% ao valor dos custos médios de energia suportados pelos operadores em 2019, antes da pandemia de covid-19.

Também foi aberto um novo período de candidatura a estes apoios, que decorre até 13 de outubro. Os candidatos devem preencher um formulário disponível no Balcão 2020 ou no ‘site’ do Portugal 2020 (www.portugal2020.pt). Estas ajudas visam agora compensar os custos adicionais de energia, verificados entre 24 de fevereiro e 30 de junho.

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Governo mantém descontos no ISP dos combustíveis em setembro

As medidas de mitigação do aumento dos preços dos combustíveis continuam em vigor durante o mês de setembro.

As medidas para mitigar os efeitos do aumento dos combustíveis estavam previstas vigorar até ao fim de agosto, mas foram estendidos para o mês de setembro, anunciou o Ministério das Finanças. Incluem descontos aplicados no ISP dos combustíveis, a suspensão da atualização da taxa de carbono e também os descontos para o gasóleo agrícola.

O desconto no ISP equivalente a uma descida da taxa do IVA dos 23% para 13% vai manter-se em setembro. Quanto à compensação por via de redução do ISP da receita adicional de IVA, decorrente de variações de preços dos combustíveis, o desconto vai manter-se também inalterado no próximo mês”, lê-se em comunicado.

É de recordar que esta redução do Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP) foi introduzida em maio, substituindo o Autovoucher, que dava um apoio mensal (inicialmente de cinco euros e depois aumentado para 20) a quem fazia compras num posto de abastecimento. A medida tem um custo estimado de cerca de 80 milhões de euros por mês.

Além disso, a “atualização da taxa de carbono vai continuar suspensa por mais um mês“, acrescenta o Ministério liderado por Fernando Medina. A suspensão da portaria que atualiza o adicionamento sobre as emissões de CO2 já tinha sido determinada em dezembro do ano passado, tendo sido sucessivamente renovada.

“Considerando todas as medidas em vigor, a diminuição da carga fiscal é de 28,2 cêntimos por litro de gasóleo e 32,1 cêntimos por litro de gasolina”, sinalizam as Finanças.

Noutra vertente, o Governo prolongou também o desconto do ISP aplicável ao gasóleo colorido e marcado, com aplicações no setor primário (agricultura, aquicultura e pescas). Continuará a ser de seis cêntimos por litro no mês de setembro.

(Notícia atualizada às 19h25)

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Aumento dos custos energéticos já obriga indústrias a interromper produção na Alemanha

Ministro da Economia alemão considera realidade "alarmante" numa altura em que se assiste a aumentos nos custos energéticos.

As fabricantes alemãs estão a interromper a produção face aos aumentos dos preços da energia na sequência dos apertos provocados pela Rússia no fornecimento de gás. O ministro da Economia alemão descreveu a tendência como “alarmante”, escreve esta quarta-feira, o Financial Times.

Robert Habeck considera que a tendência é “alarmante”, argumentando que a indústria trabalhou “arduamente” para reduzir o consumo de gás nos últimos meses – em parte recorrendo a combustíveis alternativos, como o petróleo – e em tornar os processos mais eficientes, reduzindo também, os níveis de produção. Ainda assim, os esforços parecem não ser suficientes uma vez que várias empresas “interromperam completamente a produção”.

“Não são boas notícias. Pode significar que as indústrias em questão não estão apenas a sofrer uma reestruturação, mas estão a passar por uma rutura – uma rutura estrutural, que está a acontecer sob enorme pressão”, cita a publicação as declarações do ministro de Olaf Sholz.

Segundo o governante, o aumento dos preços energéticos está a ter impactos generalizados, desde a grande industria às pequenas e médias empresas. “Sempre que a energia é peça importante do modelo de negócio de uma empresa, as empresas passam por uma angústia enorme“, referiu.

Face ao aumento dos preços da eletricidade, a Comissão Europeia anunciou que está a preparar um pacote de medidas que visa concretizar uma intervenção de emergência no mercado grossista da eletricidade, um mercado que sente a influência dos preços do gás natural utilizado para produzir parte da eletricidade que é vendida nos mercados grossistas. A decisão acontece numa altura em que o principal gasoduto que liga a Rússia à Europa, via Alemanha, o Nord Stream, suspendeu os envios de gás por três dias, até 2 de setembro, por motivos de manutenção.

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Funeral de Gorbachev realiza-se no sábado em Moscovo

  • Lusa
  • 31 Agosto 2022

O funeral terá lugar no sábado no cemitério Novodevichy, Moscovo, e o velório será realizado no Salão das Colunas da Casa dos Sindicatos.

O funeral do último líder da União Soviética, Mikhail Gorbachev, que morreu na terça-feira aos 91 anos, irá realizar-se no sábado, 3 de setembro, em Moscovo, indicaram as agências noticiosas, citando a filha e a fundação do político.

“O funeral terá lugar no sábado no cemitério Novodevichy [na capital russa] e o velório será realizado no Salão das Colunas da Casa dos Sindicatos”, um local reservado a personalidades proeminentes da sociedade russa, indicou a filha de Mikhail Gorbachev, Irina Virganskaya, citada pela agência russa Interfax.

O corpo do político estará em câmara ardente durante algumas horas, das 10:00 às 14:00 locais (das 07:00 às 11:00 hora de Lisboa), e o público terá acesso ao local, segundo precisou um porta-voz da Fundação Gorbachev, citado pela agência espanhola EFE. “A decisão foi da família”, referiu o mesmo porta-voz.

Mikhail Gorbachev será sepultado ao lado da mulher Raísa, que morreu em 1999.

O porta-voz do Kremlin (Presidência russa), Dmitri Peskov, disse esta quarta que a informação sobre a eventual presença do Presidente russo, Vladimir Putin, nas cerimónias fúnebres será anunciada nos próximos dias. Numa mensagem de condolências, Putin falou de “um político e estadista que teve uma grande influência na História mundial”. “Ele guiou o nosso país através de um período de mudanças complexas e dramáticas e grandes desafios de política externa, económicos e sociais”, disse o chefe de Estado russo, citado pelas agências internacionais.

Gorbachev, que conduziu a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) desde 1985 até ao seu colapso em 1991, morreu na noite de terça-feira em Moscovo devido a uma “longa e grave doença”, avançou o Hospital Clínico Central de Moscovo, onde estava a ser tratado.

Foram vários os líderes ocidentais que já prestaram homenagem ao político que lutou para reduzir as tensões no auge da Guerra Fria e que ganhou o Prémio Nobel da Paz em 1990. Apesar de aclamado pela generalidade da comunidade internacional, Gorbachev continua a ser até à data uma figura controversa na Rússia, onde muitos ainda o culpam pelo colapso da União Soviética.

As cerimónias fúnebres de figuras proeminentes da história russa, incluindo Vladimir Illich Ulyanov, mais tarde conhecido como Lenine, foram realizadas no Salão das Colunas da Casa dos Sindicatos em Moscovo. O último político cujo velório foi realizado nesta sala foi o líder do Partido Liberal-Democrático da Rússia (extrema-direita), Vladimir Zhirinovsky, que morreu em abril passado.

 

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Diretora clínica do Centro Hospitalar do Oeste demite-se

  • Lusa
  • 31 Agosto 2022

Filomena São José Silva Rodrigues renunciou ao seu mandato, cessando as funções de diretora clínica a 31 de agosto.

A diretora clínica do Centro Hospitalar do Oeste (CHO), Filomena Rodrigues, demitiu-se, confirmou esta quarta-feira a instituição.

O conselho de administração do Centro Hospitalar do Oeste informa que a senhora doutora Filomena São José Silva Rodrigues renunciou ao seu mandato, cessando as suas funções de diretora clínica a 31 de agosto”, divulgou o CHO, sem apresentar quaisquer motivos.

A instituição esclareceu que está a “funcionar em total normalidade”, estando as funções a serem assumidas, de forma temporária, por Hélder Almeida, vogal executivo do conselho de administração, na ausência da sua presidente, Elsa Baião, que se encontra de férias.

No comunicado, o CHO agradeceu a Filomena Rodrigues a “dedicação, empenho e esforço que demonstrou ao longo do seu mandato de diretora clínica” desde 8 de novembro de 2019.

O CHO integra os hospitais das Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche, tendo uma área de influência constituída pelas populações dos concelhos das Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã e de parte dos concelhos de Alcobaça e de Mafra.

Estes concelhos dividem-se entre os distritos de Lisboa e Leiria e representam uma população de cerca de 293 mil pessoas.

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CIM da Região de Leiria aprova medidas excecionais para combater a seca

A Comunidade Intermunicipal de Leiria aprova medidas excecionais para combater a seca que assola a região, como intensificar as ações de fiscalização nas captações e ligações ilegais.

A suspensão temporária dos usos não essenciais de água da rede, o reaproveitamento de águas residuais para usos não potáveis, a realização de campanhas de sensibilização para a necessidade do uso racional da água ou intensificar as ações de fiscalização nas captações e ligações ilegais. Estas são algumas das medidas aprovadas pelos dez autarcas da região de Leiria, durante a reunião da Comunidade Intermunicipal (CIM), e que vão já avançar no terreno para combater a seca que está a assolar esta zona do país.

Durante o encontro, os dez autarcas da região de Leiria aprovaram, assim, um pacote de medidas, nomeadamente a suspensão temporária dos usos não essenciais de água da rede, como lavagem de ruas, rega de jardins e espaços verdes, novos enchimentos de piscinas, fontes decorativas e atividades com grande consumo de água.

Os autarcas decidiram ainda avançar com o reaproveitamento de águas residuais para usos não potáveis, como por exemplo, na lavagem de contentores, assim como sensibilizar a comunidade para a urgência do uso racional da água.

Os dez municípios também fizeram um levantamento de soluções a adotar localmente, considerando as especificidades de cada um deles. Decidiram ainda avançar com interrupções seletivas em sistemas de abastecimento mais críticos de modo a contribuir para a necessária estabilização dos consumos e face à capacidade das captações.

O reforço das ações de sensibilização para que as regas agrícolas ocorram durante a noite e intensificar as ações de fiscalização nas captações e ligações ilegais, “uma vez que estas atividades representam níveis elevados de consumo em períodos críticos”, são mais algumas da medidas decididas pela CIM Região de Leiria.

“Às iniciativas acordadas nesta reunião, juntam-se mais de uma dezena de outras medidas de contingência recomendadas pelo Governo, com particular adesão ao programa de instalação de torneiras redutoras de consumo em fontanários públicos, edifícios públicos, incluindo escolas, centros de saúde, recintos desportivos, entre outros”, assegura a CIM da região de Leiria em comunicado. Assim como, acrescenta, “ao nível da adoção de medidas urgentes de proteção das massas de água sujeitas aos efeitos das áreas ardidas”.

A CIM Região de Leiria integra os municípios de Alvaiázere, Ansião, Batalha, Castanheira de Pêra, Figueiró dos Vinhos, Leiria, Marinha Grande, Pedrógão Grande, Pombal e Porto de Mós.

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Trabalho temporário sobe 11,1% no 2.º trimestre. Mas continua abaixo dos valores de 2019

  • Lusa
  • 31 Agosto 2022

Apesar do crescimento em relação aos últimos dois anos, os valores estão abaixo das colocações do 2.º trimestre de 2019.

O número de colocações em trabalho temporário aumentou 11,1% no segundo trimestre de 2022 face ao mesmo período do ano anterior, para 103.152. Também se registou uma melhoria de 60,9% no segundo trimestre, face às colocações do mesmo período de 2020, revela o barómetro da APESPE-RH – Associação Portuguesa das Empresas do Sector Privado de Emprego e de Recursos Humanos e do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa. No entanto, os números ainda estão longe dos registados no segundo trimestre de 2019, antes da pandemia.

Apesar do crescimento em relação aos últimos dois anos, os valores estão ainda 9,6% abaixo das colocações do 2.º trimestre de 2019 (114.150)”, pode ler-se no documento.

O índice do trabalho temporário, que estava a descer desde maio de 2021, volta a demonstrar um crescimento gradual desde o início do ano, fixando-se em 1,09 em abril, 1,10 em maio e 1,14 em junho.

O segundo trimestre “mostra uma evolução muito positiva no setor de trabalho temporário, em relação aos últimos dois anos”, refere o presidente da APESPE-RH, Afonso Carvalho, citado no documento. E acrescenta que a recuperação é sobretudo face a 2020, que foi “um ano extremamente difícil e com baixas colocações devido ao confinamento”, mantendo-se os valores ainda abaixo do pré-pandemia, em 2019.

“A contribuição do trabalho temporário para a contratação de trabalhadores com menor nível de qualificações académicas, nomeadamente o ensino básico, assim como trabalhadores de faixas etárias mais elevadas, continua a ser evidente no barómetro”, afirma Afonso Carvalho.

De acordo com o barómetro, o ensino básico mantém-se o nível de escolaridade predominante nas colocações efetuadas, com mais de 60% do total, tendo aumentado as colocações de trabalhadores com ensino secundário, que ocupam o segundo lugar. Já as pessoas com licenciatura representam cerca de 5% das colocações.

As empresas de “fornecimento de refeições para eventos e outras atividades de serviço de refeições” continuam em primeiro lugar em abril (cerca de 12%), enquanto as empresas de “fabricação de componentes e acessórios para veículos automóveis” voltam a assumir o topo (10% a 15%), nos meses de maio e junho.

Na distribuição do trabalho temporário por principais profissões, o segundo trimestre é liderado pelas “outras profissões elementares”, seguindo-se os “empregados de aprovisionamento, armazém, de serviços de apoio à produção e transportes” e os “trabalhadores qualificados do fabrico de instrumentos de precisão, joalheiros, artesãos e similares”, segundo o barómetro.

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Associações de proprietários contra medidas que possam ditar congelamento das rendas

  • Lusa
  • 31 Agosto 2022

“Se tudo subiu, porque é que as rendas não devem também ser atualizadas? Não vemos motivo para que tal não aconteça”, diz o presidente da Associação Nacional de Proprietários.

As associações de proprietários recusam medidas que travem a subida das rendas com base no indicador a inflação, considerando que cabe ao Governo criar medidas para fazer face a eventuais dificuldades por parte dos inquilinos. Lembrando que o coeficiente de atualização das rendas “está previsto na lei” há muitos anos, nunca tendo sido alterado, o presidente da Associação Nacional de Proprietários (ANP), António Frias Marques, não vê motivos para que os senhorios não o apliquem, tendo em conta que também estes estão a ser impactados pelo aumento do custo de vida.

“Se tudo subiu, porque é que as rendas não devem também ser atualizadas? Não vemos motivo para que tal não aconteça”, disse à Lusa António Frias Marques, sublinhando que, numa renda de 400 euros, a subida prevista (tendo em conta o valor da inflação hoje conhecido) rondará os 21 euros, ou seja, o equivalente a cerca de “metade do preço de uma botija de gás”.

O valor das rendas poderá aumentar 5,43% em 2023, após ter subido 0,43% este ano, segundo os números da inflação dos últimos 12 meses até agosto hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

À Lusa, Diana Ralha, da Direção da Associação Lisbonense de Proprietários, começou por lembrar que, no universo de associados da ALP, são uma minoria os que podem fazer uso deste coeficiente de atualização das rendas, o qual, acentuou, não tem sequer em conta os custos com habitação.

Perante o aumento generalizado dos preços, e tendo em conta que “os senhorios e proprietários não vive numa bolha” estando também “a ser afetados” com a inflação elevada, Diana Ralha acredita que aqueles que têm contratos que lhes permitem fazer a atualização do valor das rendas à luz deste coeficiente, o vão fazer.

Porém, acrescentou, os proprietários são também pessoas com “bom senso” que avaliarão cada situação, uma vez que não quererão perder inquilinos com quem tenham relações duradouras e que não lhes trazem problemas. Sobre a possibilidade – como defende a Associação dos Inquilinos Lisbonenses – de o Governo intervir no sentido de congelar o aumento das rendas ou de estabelecer tetos inferiores ao valor que resulta do coeficiente previsto na lei, tanto a ANP como a ALP se manifestam totalmente contra.

“Não vemos motivo para que tal aconteça”, um “congelamento seria complicado” porque tudo “está a aumentar” os senhorios também “são confrontados ao longo de cada ano com aumentos dos custos”, referiu António Frias Marques que atirou: “Se querem congelar, congelem por exemplo o preço da botija do gás”.

“Uma proposta de congelamento ou de ‘aumentozinho’ equivale a um convite para que seja decretada a ruína dos senhorios”, afirmou o presidente da ANP. António Frias Marques lembrou ainda que desde 2015 que está pronta legislação para ser atribuído um subsídio de renda a pessoas que provem não ter rendimentos para a pagar, mas que a mesma nunca foi regulamentada. “É altura de o fazer”, disse, acentuando que cabe ao Governo resolver estes problemas sociais.

Ainda que acredite que a atualização das rendas que decorre deste coeficiente não vá resultar em alarme social, Diana Ralha sustentou, por seu lado, que cabe ao Estado apoiar os inquilinos que possam não conseguir fazer face a aumentos. Neste contexto, lembrou os dados do INE que indicam que a maioria dos contratos de arrendamento tem uma renda média inferior a 400 euros.

O aumento de 5,43% das rendas em 2023, aplicável tanto ao meio urbano como ao meio rural, segue-se à subida de 0,43% registada este ano, ao congelamento de 2021 (na sequência de variação negativa do índice de preços) e aos acréscimos de 0,51% em 2020, 1,15% em 2019, 1,12% em 2018, 0,54% em 2017 e 0,16% em 2016.

Por lei, os valores das rendas estão em geral sujeitos a atualizações anuais que se aplicam de forma automática em função da inflação. O NRAU estipula que o INE é que tem a responsabilidade de apurar o coeficiente de atualização de rendas, tendo este de constar de um aviso a publicar em Diário da República até 30 de outubro de cada ano para se tornar efetivo.

Só após a publicação em Diário da República é que os proprietários poderão anunciar aos inquilinos o aumento da renda, sendo que a subida só poderá efetivamente ocorrer 30 dias depois deste aviso. De acordo com a lei do arrendamento, a primeira atualização pode ser exigida um ano após a vigência do contrato, e as seguintes um ano depois da atualização prévia, tendo o senhorio de comunicar por escrito, com uma antecedência mínima de 30 dias, o coeficiente de atualização e a nova renda que resulta deste cálculo.

Caso não o pretendam, os senhorios não são obrigados a aplicar esta atualização. As rendas anteriores a 1990, contudo, foram atualizadas a partir de novembro de 2012, segundo o NRAU, que permite aumentar as rendas mais antigas através de um processo de negociação entre senhorio e inquilino. Caso tenham sido objeto deste mecanismo de atualização extraordinária, ficam isentos de nova subida.

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Gonçalo Saraiva Matias sucede a Jaime Gama na presidência da Fundação Francisco Manuel dos Santos

Jaime Gama passará a integrar o conselho de curadores da instituição. A sucessão terá efeitos a 1 de setembro de 2022.

Ao fim de oito anos no conselho de administração da Fundação Francisco Manuel dos Santos, e de seis anos a presidir a este órgão e à respetiva comissão executiva, Jaime Gama vai passar o testemunho a Gonçalo Saraiva Matias, que será o novo presidente do conselho de administração da Fundação. A sucessão terá efeitos a 1 de setembro de 2022. Jaime Gama passará a integrar o conselho de curadores da instituição.

“Os anos que vivi na Fundação Francisco Manuel dos Santos, sob a liderança do Senhor Dr. Jaime Gama, foram de uma enorme riqueza e aquisição de conhecimento. É, por isso, com um enorme sentido de responsabilidade que assumo agora a presidência de uma instituição que admiro muito e cujo propósito é contribuir para um país mais informado e esclarecido”, afirma Gonçalo Saraiva Matias, citado em comunicado.

Gonçalo Saraiva Matias assume a presidência do conselho de administração da Fundação Francisco Manuel dos Santos a 1 de setembro.

O novo presidente é desde 2018 membro do conselho de administração e da comissão executiva, bem como diretor de estudos. É ainda professor da Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa e consultor para os assuntos jurídicos e constitucionais da Casa Civil da Presidência da República.

“A Fundação é hoje uma verdadeira instituição independente ao serviço da democracia e da liberdade de Portugal e dos Portugueses. Foi um grande privilégio contar com a visão, experiência e cultura do Senhor Dr. Jaime Gama”, refere José Soares dos Santos, presidente do conselho de curadores da Fundação.

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