Confirmado: Portugal teve mais turistas nesta Páscoa que em 2019

Em abril, Portugal recebeu 2,4 milhões de hóspedes e registaram-se seis milhões de dormidas, mais 1,6% e 1,1%, respetivamente, face a igual mês de 2019. Rendimento por quarto disparou 13,3%.

Portugal teve mesmo mais turistas nesta Páscoa do que em 2019. Em abril, entraram no país 2,4 milhões de hóspedes e registaram-se seis milhões de dormidas, mais 1,6% e 1,1%, respetivamente, face a igual mês de 2019. O rendimento por quarto disparou 13,3%, segundo os números divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) nesta quarta-feira.

Os dados confirmam que o mercado está a recuperar das perdas dos últimos dois anos. Os números ganham ainda mais significado porque a Páscoa de 2019 também foi em abril, tal como neste ano.

O alívio das restrições aumentou o número de dormidas dos portugueses (1,9 milhões) e dos estrangeiros (4,1 milhões). Face a abril de 2019, o mercado interno cresceu 15% mas o mercado estrangeiro ainda está 4,4% abaixo.

Os gastos dos turistas com comida, alojamento e comunicações (proveitos totais) geraram receitas de 389,2 milhões de euros, mais 16,2% face a abril de 2019. Só as dormidas (proveitos de aposento) corresponderam a 291 milhões de euros, mais 16,8%.

A hotelaria gerou 87,9% dos proveitos totais dos alojamentos turísticos em abril, no valor de 342 milhões de euros. Nos proveitos de aposento, o contributo foi de 86% (250,5 milhões de euros). A Área Metropolitana de Lisboa e o Algarve foram as regiões com maiores receitas.

Rendimentos disparam

Também disparou a receita por quarto no mês da Páscoa: cada quarto disponível e ocupado rendeu, em média, mais 13,3%, do que em abril de 2019. O quarto disponível valeu 51,6 euros; estando ocupado, atingiu 92,2 euros.

Em abril, as pousadas e quintas da Madeira foram os estabelecimentos onde o rendimento por quarto disponível mais aumentou, em mais de cinco vezes: dos 14,3 euros para 89,4 euros por quarto disponível. Nos aldeamentos turísticos, o encaixe por quarto disponível disparou de 6,2 para 38,2 euros.

No rendimento, o turismo no espaço rural e de habitação teve o menor aumento, de 14,1 para 31,9 euros por quarto disponível.

Por regiões, Área Metropolitana de Lisboa (81,9 euros) e Madeira (61,9 euros) destacaram-se no rendimento médio por quarto disponível. Quando o quarto esteve ocupado, Lisboa manteve a primeira posição (117 euros) mas o Alentejo ficou em segundo lugar (94,3 euros).

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Excesso de mortalidade voltou a subir em abril na União Europeia

Ainda assim, o valor registado em abril continua longe do último pico registado em novembro de 2021, altura em que se fixou nos 21%.

O excesso de mortalidade na União Europeia (UE) continuou a aumentar em 2022, situando-se nos 10% em abril.

Segundo os dados divulgados esta quarta-feira pelo Eurostat, a tendência de mortalidade excessiva manteve-se no quarto mês do ano depois de em março ter sido registado um valor na ordem dos 6% e, em janeiro e fevereiro, de 8%.

Ainda assim, e olhando para os últimos seis meses, o valor registado em abril continua longe do último pico registado em novembro de 2021, altura em que se fixou nos 21%. Antes disso, os meses que registaram mais casos de Covid-19 foram fortemente marcados pelo excesso de mortalidade na UE: em abril de 2020 foi de 25% e em novembro do mesmo ano foi 40%.

Entre os Estados-membros a tendência, é, no entanto, variada. Segundo o gabinete de estatística europeu, a Suécia registou um valor inferior à média mensal do país registada entre 2016 e 2019 (-5%), enquanto a Letónia (+3%), Estónia, Bulgária e Eslováquia (todos +4%) registaram valores inferiores a metade da média da UE.

Entretanto, a taxa mais elevada de excesso de mortalidade foi registada na Grécia (+28%), com vários outros Estados-Membros (Irlanda, Luxemburgo, Países Baixos e Áustria) a registarem valores entre 18% e 19%. Portugal surge a meio da tabela com um excesso de mortalidade avaliado em 12%.

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Juros implícitos no crédito à habitação sobem para máximo de abril de 2021

As taxas de juro implícitas no crédito à habitação subiram em maio pelo segundo mês consecutivo, atingindo um máximo de abril de 2021. Os juros fixaram-se em 0,826%.

A taxa de juro implícita no crédito à habitação subiu significativamente em maio para 0,826%, acumulando dois meses consecutivos de subidas, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta quarta-feira. Esta é a taxa de juro mais elevada desde abril de 2021, mês em que se fixou em 0,829%.

A taxa de juro implícita no crédito à habitação subiu para 0,826%, valor superior em 2,1 pontos base (p.b.) ao registado no mês anterior“, revela o gabinete de estatísticas nacional, assinalando que “nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro foi 0,970% (0,857% no período precedente)”.

É de notar que este último indicador contabiliza os contratos cuja data de celebração se situa entre fevereiro de 2022 e abril de 2022, já que os celebrados em maio de 2022 não são tidos em conta por ainda não se ter vencido qualquer prestação.

Fonte: Instituto Nacional de Estatística (INE).

Apesar desta evolução, no quinto mês do ano o juro implícito no crédito à habitação em Portugal continuou abaixo de 1%.

Estes dados sinalizam que os juros do crédito à habitação estão a agravar-se, tal como seria de esperar, devido à normalização em curso da política monetária do Banco Central Europeu (BCE). Um dos sinais mais visíveis do aumento dos juros é a forte subida da Euribor a seis e 12 meses.

Em maio, o capital médio em dívida aumentou 372 euros, fixando-se em 59.614 euros, sendo de 126.620 euros (mais 1.209 euros que em abril) nos contratos celebrados nos últimos três meses.

A prestação média subiu três euros, para 260 euros”, detalha o INE, sendo que “deste valor, 42 euros (16%) correspondem a pagamento de juros e 218 euros (84%) a capital amortizado”. No caso dos contratos celebrados nos últimos 3 meses a subida foi de quatro euros para 391 euros.

Os dados do INE revelam também que, se no conjunto do crédito à habitação considerarmos apenas o financiamento para “aquisição de habitação”, que é o mais relevante, a taxa fixou-se em 0,841% em maio, mais 2,1 pontos base do que em abril. Também aqui se registou uma subida da taxa de juro de 11,4 pontos base para 0,966% no caso dos contratos celebrados nos últimos três meses.

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Casos de Monkeypox em Portugal sobem para 241

Todas as infeções confirmadas são em homens entre os 19 e os 61 anos, tendo a maioria menos de 40 anos. Os casos identificados se mantêm "em acompanhamento clínico" e que estão "estáveis".

Direção-Geral da Saúde (DGS) confirmou esta quarta-feira mais dez casos de infeção humana por vírus Monkeypox em Portugal. Isto significa que já existem no país 241 casos confirmados.

“A maioria das infeções foram notificadas, até à data, em Lisboa e Vale do Tejo, mas também há registo de casos nas regiões Norte e Algarve“, acrescenta a entidade liderada por Graças Freitas em nota publicada no site.

Todas as infeções confirmadas são em homens entre os 19 e os 61 anos, tendo a maioria menos de 40 anos, precisa a DGS, acrescentando que os casos identificados se mantêm “em acompanhamento clínico” e que estão “estáveis”.

O vírus Monkeypox é uma doença geralmente transmitida pelo toque ou mordida de animais selvagens infetados na África Ocidental e Central, podendo também transmitir-se através do contacto com uma pessoa infetada ou materiais contaminados. Os sintomas incluem “lesões ulcerativas, erupção cutânea, gânglios palpáveis, eventualmente acompanhados de febre, arrepios, dores de cabeça, dores musculares e cansaço”.

A informação recolhida através dos inquéritos epidemiológicos está “a ser analisada para contribuir para a avaliação do surto a nível nacional e internacional”, explica a DGS na mesma nota que publicou no site, acrescentando que “continua a acompanhar a situação a nível nacional em articulação com as instituições europeias”.

Portugal estava a “constituir uma reserva nacional de vacinas, através do mecanismo europeu” e que através de especialistas da Comissão Técnica de Vacinação da DGS, “estava a ser estudada a eventual necessidade de administrar a vacina a contactos de casos confirmados e a profissionais de saúde, no contexto deste surto”. Mas desde então não foram dados mais detalhes. Mas a OMS avançou que para já estava posta de parte a necessidade de se avançar com um processo de vacinação em larga escala.

A DGS tem pedido que indivíduos que apresentem erupção cutânea, lesões ulcerativas, gânglios palpáveis, eventualmente acompanhados de febre, arrepios, dores de cabeça, dores musculares e cansaço, devem procurar aconselhamento clínico. Mas, “ao dirigirem-se a uma unidade de saúde, deverão cobrir as lesões cutâneas”, alerta a DGS.

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Défice externo energético da UE dispara no arranque de 2022

Apesar das sanções aplicadas à Rússia, a União Europeia acabou por exportar mais valor de bens russos, principalmente energia.

Nos primeiros quatro meses de 2022, a maior subida das importações de bens na União Europeia registou-se, sem surpresa, na energia. O saldo comercial energético na Europa passou assim de um excedente de 66,8 mil milhões de euros entre janeiro e abril de 2021 para um défice de 183,6 mil milhões de euros, de acordo com os dados do Eurostat divulgados esta quarta-feira.

O défice externo energético da União Europeia é explicado pela invasão russa à Ucrânia, cujos efeitos aceleraram ainda mais a subida dos preços da energia, aumentando o valor das importações mesmo com o mesmo montante de bens energéticos a ser importado de fora da União Europeia para território europeu.

Esse impacto é visível nos números do gabinete de estatísticas europeu. Se há um ano a UE tinha importado bens energéticos no valor de 95,1 mil milhões de euros, este ano no mesmo período importou 233,6 mil milhões de euros, mais do dobro.

As exportações da UE de bens energéticos também sofreram do mesmo fenómeno, mas aqui o volume é bem menor. Em vez de exportar 28,3 mil milhões de euros de bens energéticos, os 27 Estados-membros da União Europeia exportaram 50 mil milhões de euros, ligeiramente menos do que o dobro.

Este défice externo energético de 183,6 mil milhões de euros ajuda a explicar a forte deterioração das contas externas da União Europeia no início deste ano. Entre janeiro e abril, as exportações de bens da UE aumentaram 15,7% para 891,7 mil milhões de euros enquanto as importações de bens subiram 39,8% para os 976,7 mil milhões de euros.

O resultado foi um défice comercial face ao exterior de 85,1 mil milhões de euros neste período, o que compara com um excedente de 71,7 mil milhões de euros no mesmo período do ano passado.

Apesar das sanções aplicadas à Rússia, a União Europeia acabou por exportar mais valor de bens russos, mesmo que a quantidade possa ter sido inferior — os dados do Eurostat não permitem responder a esta questão. As importações da UE de bens com origem na Rússia subiu de 42,6 mil milhões de euros entre janeiro e abril de 2021 para 84 mil milhões de euros entre janeiro e abril de 2022, praticamente o dobro.

Fonte: Eurostat.

Porém, em termos percentuais, a maior subida foi registada pela Noruega, país que começou a exportar mais gás para a UE. As importações da UE de bens noruegueses dispararam 145%, passando de 18,1 mil milhões de euros entre janeiro e abril de 2021 para 44,4 mil milhões de euros entre janeiro e abril de 2022.

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Portugal obtém 500 milhões em dívida a três meses com juros menos negativos

IGCP foi esta manhã ao mercado levantar 500 milhões de euros em Bilhetes do Tesouro a três meses, o prazo mais curto. Poderá ter sido o último leilão de dívida com juros negativos.

Portugal obteve um financiamento de 500 milhões de euros em títulos de dívida de muito curto prazo, com os juros a manterem-se em terreno negativo, mas poderá ter sido o último leilão com estas condições.

O IGCP registou uma taxa de -0,302% neste leilão de Bilhetes do Tesouro a três meses, que compara com -0,655% da operação semelhante realizada em abril. Ou seja, em apenas dois meses, a taxa negativa caiu para metade, pelo que o próximo leilão neste prazo poderá já observar taxas positivas, algo que não acontece desde 2016.

Resultados dos leilões de BT 3 meses

Fonte: IGCP

Ao contrário dos últimos leilões, a agência liderada por Cristina Casalinho apresentou-se junto do mercado com apenas uma linha a 3 meses, quando costuma fazer estas com outra linha a 11 meses. Assim, concentrando-se apenas no prazo mais curto, o IGCP registou uma procura que ascendeu a cerca de mil milhões de euros, o dobro do que veio a emitir, assegurando assim um processo mais competitivo.

“Apesar de Portugal ainda conseguir emitir com uma yield negativa, e receber pela emissão da mesma (yield negativa), a verdade é que essa esta tem vindo a descer de forma significativa”, refere Filipe Silva, diretor do Banco Carregosa.

Esta operação surge num contexto turbulento nos mercados de dívida da periferia da Zona Euro, com os investidores a pressionarem países como Itália, Espanha e Portugal, obrigando o Banco Central Europeu (BCE) a marcar esta quarta-feira uma reunião de emergência para discutir medidas no sentido de travar a desconfiança dos mercados de dívida e a escalada dos juros soberanos.

A taxa italiana a 10 anos atingiu quase os 4,3% esta terça-feira, enquanto as yields portuguesas e espanholas romperam a barreira dos 3% pela primeira vez em muitos anos. São justamente os receios de fragmentação da Zona Euro, com o alargar dos prémios de risco da dívida da periferia em relação à Alemanha, que levaram os governadores do BCE a um encontro extraordinário que poderá aprovar o reinvestimento das obrigações que foram compradas no âmbito do programa de compras de emergência pandémica (PEPP), interrompido em março.

“A alta inflação que se faz sentir no mundo e o facto de estar a ser mais duradoura do que inicialmente se previa têm levado os bancos centrais a terminarem mais cedo os planos de compra de ativos, assim como iniciar um ciclo de subidas de taxas. (…) Os bancos centrais tentam adotar medidas não coloquem em causa o crescimento económico, no entanto, a tarefa não tem sido fácil e o impacto imediato tem sido assistir a uma subida dos custos de financiamento em todos os setores da atividade económica e neste campo, os países mais endividados poderão ser os mais penalizados”, explica Filipe Silva.

Ainda sem qualquer medida aprovada, o anúncio da reunião teve o condão de fazer baixar a pressão exercida sobre a periferia esta manhã, dado que os juros italianos afundavam 20 pontos base.

(Notícia atualizada às 11h28 com comentário de Filipe Silva, do Banco Carregosa)

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Web Summit planeia expansão para Médio Oriente e África

  • Lusa
  • 15 Junho 2022

Presidente executivo do Web Summit considera evento na América do Sul como “oportunidade para fazer crescer a marca”, e enaltece impacto global das conferências nas eleições, liberdades e imprensa.

O presidente executivo da Web Summit, Paddy Cosgrave, revelou numa entrevista à agência Lusa que quer expandir as conferências tecnológicas regionais, após o Rio de Janeiro, para o Médio Oriente em 2024 e para África em 2025.

“A Web Summit em Lisboa é a conferência anual mais importante. Pensamos que um evento na América do Sul é uma grande oportunidade para fazer crescer a marca particularmente da Web Summit”, afirmou à Lusa em Toronto, onde se encontra para participar na conferência regional da América do Norte ‘Collision’, que vai decorrer na cidade canadiana de 20 a 23 de junho.

“No seu devido tempo queremos ter uma conferência em África talvez em 2025 e no Médio Oriente em 2024. Estamos ansiosos por organizar mais eventos”, acrescentou.

Recentemente, foi anunciada a realização de uma cimeira tecnológica no Rio de Janeiro em 2023, referido como um evento “regional” e uma “oportunidade” para crescer a marca fora da Europa.

Paddy Cosgrave enalteceu as ‘suas’ conferências tecnológicas e o seu impacto impacto global nas eleições, nas liberdades, e também na própria comunicação social.

“As conferências tecnológicas começaram só a focar-se em tecnologia, mas depois, algumas dessas empresas e a própria tecnologia, tornaram-se tão grandes, que começaram a ter um impacto nas eleições e começaram mesmo a mudar a imprensa”, defendeu.

Nesse sentido, a Web Summit “tornou-se num local global de convívio, não apenas para encontro de pessoas ligadas ao ramo tecnológico, mas também para legisladores, Comissários Europeus, políticos de vários pontos do mundo, desde a NATO até ao Secretário-Geral das Nações Unidas.

“A tecnologia impacta-nos a todos, quer a nossa sociedade, as nossas eleições, as nossas democracias, a nossa comunicação social. Tornou-se num lugar importante para pessoas interessadas no futuro que aí vem para aprendermos uns com os outros”, acrescentou o cofundador da Web Summit.

O responsável também defendeu que a Web Summit tem de uma forma indireta “contribuído para ajudar a tornar o mundo num melhor lugar” com a discussão de temas importantes nas várias conferências.

Paddy Cosgrave encontra-se em Toronto a preparar a Collision Conference, que terá lugar de 20 a 23 de junho, no Enercare Centre, evento irmão da conferência realizada desde 2016 em Lisboa.

Espera-se que o evento canadiano possa atingir o limite de 35 mil participantes, sendo que 340 ‘startups’ têm como diretores executivos mulheres.

“Penso que algumas dos principais temas em análise em Toronto, serão as criptomoedas que se estão desvalorizar, as pessoas querem sabem o que se passa. Muitas das empresas tecnológicas perderam entre 70 a 90% do seu valor. As pessoas que ali vão querem saber quais as empresas pelas quais se devem animar dentro de três anos”, concluiu.

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Produção industrial recua em abril na Zona Euro e na UE

  • Lusa
  • 15 Junho 2022

Produção industrial recua 2% em abril, e 0,5% na União Europeia em termos homólogos. Em Portugal o índice cai 2,1% face ao mesmo mês de 2021, com o meio recuo a ser registado na Irlanda (-30,9%).

A produção industrial recuou, em abril, 2,0% na Zona Euro e 0,5% na União Europeia (UE), face ao mesmo mês de 2021, divulga esta quarta-feira o Eurostat.

De acordo com os dados do serviço estatístico comunitário, em comparação com março, a produção industrial aumentou 0,4% na Zona Euro e 0,3% na UE.

Na variação homóloga, os maiores recuos foram observados na Irlanda (-30,9%), na Eslováquia (-9,6%) e em Malta (-9,4%) e os principais avanços na Lituânia (20,6%), Dinamarca (17,0%) e na Bulgária (16,9%).

Face a março, os Países Baixos (5,6%), a Finlândia (3,5%) e o Luxemburgo (3,2%) apresentaram os maiores aumentos na produção industrial em abril, e a Irlanda (-9,6%), a Grécia (-7,4%) e a Lituânia (-7,1) as principais diminuições.

Em Portugal, a produção industrial caiu 2,1% na comparação homóloga e 2,0% em cadeia.

Índice de produção industrial, Base 2015=100

Fonte: EurostatEurostat 15 junho 2022

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Portugal entre países europeus onde particulares detêm mais dívida

Do total da dívida portuguesa, 13% é detida por particulares, a terceira maior percentagem entre os 26 países avaliados pelo Eurostat.

Portugal é o terceiro país da União Europeia onde os particulares detêm uma maior fatia da dívida total. A conclusão resulta de um estudo sobre a distribuição da dívida divulgado esta quarta-feira pelo gabinete de estatísticas europeu Eurostat.

Entre toda a dívida portuguesa, cerca de 13% está nas mãos de entidades não-financeiras, particulares e entidades sem fins lucrativos a título particular. Apenas Hungria (25%) e Malta (17%) têm maior peso da dívida sobre os cidadãos.

Noutros países, boa parte do passivo é detido por entidades financeiras. A tabela é liderada pela Suécia (74%), seguida da Dinamarca (73%) e da Chéquia (65%).

Distribuição da dívida por entidades.Eurostat

Em relação à dívida detida por entidades não residentes, o quadro é liderado por Chipre (89%), Estónia (70%) e Lituânia (65%).

Na análise do Eurostat não foram incluídos os dados da Grécia por falta de informação disponível.

O Eurostat também avaliou em que moeda está registada toda a dívida. Entre os 18 países da zona euro, apenas a Alemanha tem mais de 1% do passivo em moeda estrangeira, ou seja, sem ser em euros.

Na véspera de aderirem ao euro, Bulgária e Croácia contam 74% e 72% da dívida, respetivamente, sem ser na sua moeda. Na Roménia, mais de metade do passivo (52%) está em moeda estrangeira.

Distribuição da dívida por moeda.Eurostat

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Países da UE alertam para tentativas de abrandar transição energética no bloco

  • Capital Verde
  • 15 Junho 2022

Numa missiva assinada por 10 países, é feito um alerta sobre os esforços conduzidos no sentido de condicionar as políticas climáticas no Velho Continente.

Um grupo de 10 países da União Europeia, incluindo a Alemanha, Espanha e Países Baixos, lançaram um alerta aos restantes Estados-membros sobre tentativas de enfraquecer as políticas climáticas dentro do bloco europeu.

Num comunicado assinado também pela Áustria, Eslovénia, Suécia, Dinamarca, Finlândia, Luxemburgo e Irlanda, os países sublinharam que esforços no sentido de bloquear a transição “verde” estavam a ser perpetrados por membros da União Europeia e alguns legisladores do Parlamento Europeu, embora não tenham avançado detalhes.

“Vemos com crescente preocupação os diferentes apelos para diluir a ambição em diferentes propostas e as concessões feitas no contexto de encontrar compromissos”, cita a Reuters, esta quarta-feira, o comunicado dos países signatários. “Olhando para isto de forma isolada, estas mudanças podem parecer justificadas ou limitadas em termos de impacto, mas todas as juntas podem resultar em que falhemos as metas até 2030 e impossibilitem a trajetória mais tarde”.

A carta chega dias antes de uma votação importante no Parlamento Europeu e de várias reuniões de teor ambiental e climático que irão decorrer entre os Estados-membros e o executivo comunitário, isto numa altura em que o bloco enfrenta pressões para acelerar a transição energética e garantir a independência da Rússia. Segundo a agência, o conflito militar na Ucrânia desencadeou preocupações de que alguns governos europeus possam querer abrandar a transição energética, uma postura veementemente contestada pela Comissão Europeia.

“Um acordo ambicioso é fundamental para tornar a União Europeia livre dos combustíveis fósseis russos e a única maneira de enfrentar a crise climática e garantir um fornecimento de energia independente, limpo, confiável e barato para o futuro”, sublinha a missiva.

As próximas reuniões entre o Parlamento, Conselho e Comissão Europeia (22, 27 e 28 de junho, respetivamente), explica a Bloomberg, têm como objetivo adotar uma nova meta de redução de emissões em 55% até o final desta década, em comparação com os níveis de 1990 – um esforço que continua a preocupar os setores da energia e transportes que são apontados como os principais emissores de gases poluentes. As decisões tomadas irão determinar se o bloco está no caminho certo para cumprir as metas climáticas.

“Pedimos a todos os legisladores da União Europeia que não deixem o sentimento de urgência ou a situação atual ofuscar os compromissos climáticos”, urgiram as 10 nações.

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Marco Balducci é o novo CEO da Nhood a nível mundial

A sua prioridade será aumentar a influência da Nhood no desenvolvimento urbano e na promoção de "melhores espaços de vida" ao serviço de empresas e proprietários imobiliários.

A Nhood acaba de anunciar a nomeação de Marco Balducci como o novo CEO da empresa de gestão imobiliária e de Etienne Dupuy como managing director da Ceetrus Properties, proprietária de ativos imobiliários do grupo. Com efeito imediato, estas nomeações visam, pelo lado da Nhood, apostar no desempenho operacional e na inovação na gestão e promoção dos ativos sob gestão, no apoio à transformação do retalho e na regeneração dos locais em espaços multiusos, e, simultaneamente, impulsionar a estratégia de valorização de ativos para todo o portefólio da Ceetrus, dando lugar a uma governance independente e imparcial de ambas as empresas.

“As nossas empresas imobiliárias estão a acelerar a sua estratégia de transformação e regeneração urbana de ativos em bairros de uso misto. Somos responsáveis por projetos exemplares aclamados internacionalmente, que estão a moldar cidades resilientes e de construção de ligações. É por isso que estou a nomear estes dois responsáveis especialistas em questões de qualidade urbana e transformação do retalho e do imobiliário para aproveitar novas oportunidades para um crescimento com qualidade. A nossa estratégia de desenvolvimento contribui para a transformação dos nossos clientes, principalmente as marcas da Associação Familiar Mulliez, e abre-nos a porta a novas parcerias com investidores”, afirma Antoine Grolin, chairman da Nhood e da Ceetrus Properties, em comunicado.

Marco Balducci, agora CEO da Nhood e managing director da Nhood em França, era, até aqui, managing director da Nhood em Itália. Com o novo cargo propõe-se a capitalizar a sua expertise no retalho e em inovação para criar verdadeiros bairros de uso misto. A título de exemplo, em Milão, foi responsável pela criação do novo bairro Merlata Bloom, que será inaugurado em 2023, e pelo lançamento do projeto de renaturalização e pedonalização da Piazzale Loreto, vencedor do concurso C40 Reinventing Cities.

A sua prioridade será aumentar a influência da Nhood no desenvolvimento urbano e na promoção de “melhores espaços de vida” ao serviço de empresas e proprietários imobiliários na Europa e na África Ocidental, onde a Nhood presta serviços, bem como acelerar a implementação de projetos exemplares nos domínios da regeneração urbana, combate ao aquecimento global e performance comercial.

Já Etienne Dupuy, nomeado managing director da Ceetrus Properties (anteriormente CEO/DG France da Nhood), colocará a sua experiência em financiamento imobiliário ao serviço dos ativos de retalho e imobiliário da Ceetrus. As suas prioridades serão reforçar a posição da Ceetrus no setor imobiliário em impacto positivo, reforçando os seus objetivos estratégicos de artificialização líquida zero e renaturalização dos locais. Acelerar a construção de habitação para responder à atual crise imobiliária é outro objetivo, estando 25.000 unidades habitacionais a nível mundial já a ser estudadas e validadas junto das respetivas autarquias.

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Juros da dívida afundam após BCE anunciar reunião de urgência

Taxa italiana afunda quase 20 pontos base esta manhã, depois de o banco central ter anunciado uma reunião de emergência para discutir medidas para travar escalada dos juros da dívida.

Após dias de enorme pressão, os juros da dívida pública da Zona Euro estão a afundar esta quarta-feira, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter anunciado uma reunião de urgência para discutir medidas para travar a escalada das yields no mercado secundário.

No centro do furacão dos investidores nos últimos dias, Itália é quem regista o maior alívio nas taxas soberanas esta manhã, com o juro associado às obrigações a dez anos a tombar quase 20 pontos base para 4,071%, depois do disparo na véspera até aos 4,27%.

Portugal e Espanha também beneficiam de alguma descompressão do mercado, com as taxas nos mesmos prazos a cederem seis pontos base e nove pontos base, respetivamente. Mantinham-se, ainda assim, acima dos 3%, as taxas mais altas em vários anos.

Só este mês, os juros da periferia registaram subidas de entre 80 pontos base e 100 pontos base, fazendo soar os alarmes em Frankfurt.

Com a elevada inflação, o BCE está a ser pressionado a apertar as condições financeiras na Zona Euro para controlar a subida dos preços, tendo já anunciado o fim do programa de compras APP e sinalizado que vai começar a subir os juros na reunião do próximo mês.

Porém, as tensões nos mercados estão a refletir-se em grande medida nos juros da dívida, atingindo sobretudo a periferia da moeda única e aumentando os receios de uma fragmentação na região perante o alargar dos spreads das dívidas de países como Itália, Espanha, Portugal e Grécia em relação à Alemanha.

Citando fontes próximas do banco central, a agência Bloomberg adianta que os responsáveis do BCE vão ser convidados a aprovarem o reinvestimento das obrigações adquiridas no âmbito do programa de compras de emergência pandémica (PEPP), que foi interrompido em março, não se sabendo se mais medidas poderão estar em cima da mesa da reunião que começou às 10h00 e durará cerca de duas horas.

Ou seja, o BCE quer canalizar o dinheiro das obrigações adquiridas no PEPP e que entretanto vencerem para novas compras de títulos, mas os analistas admitem que os reinvestimentos poderão ser insuficientes para acalmar os investidores.

“O meu cenário base é que os reinvestimentos do PEPP não serão suficientes e que uma nova ferramenta será necessária talvez no final deste ano para apoiar os mercados mais fracos”, considerou o analista-chefe do Nordea Bank, Jan von Gerichm citado pela agência Reuters.

A membro do board do BCE Isabel Schnabel disse esta terça-feira que o banco central está a monitorizar “de perto” a situação e preparado para avançar tanto com os instrumentos existentes como criar instrumentos novos se considerar que há desequilíbrios no mercado de dívida.

(Notícia atualizada às 11h45)

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