Tribunais abrem vagas para psicólogos, contabilistas e economistas ajudarem juízes

Conselho Superior da Magistratura abre concurso para 24 técnicos superiores nas áreas da psicologia, contabilidade, economia ou finanças para os gabinetes de apoio aos magistrados judiciais.

O Conselho Superior da Magistratura (CSM) abriu concurso para 24 postos de trabalho em que admite a entrada de psicólogos, contabilistas, economistas, licenciados em Finanças e, claro, licenciados em direito, para darem assessoria técnica aos juízes nos tribunais judiciais espalhados pelo país.

O cargo é de técnico superior, “para os gabinetes de apoio aos magistrados judiciais, em regime de comissão de serviço”, segundo o aviso, publicado em Diário da República no dia 27 de maio.
“O concurso está aberto a candidatos com licenciatura em Contabilidade, Finanças, Economia, Psicologia e Direito“, diz o mesmo aviso. Cargos “para o exercício de funções de assessoria e consultadoria técnica como especialistas nos gabinetes de apoio aos magistrados judiciais dos Tribunais Judiciais das áreas de atuação das comarcas das regiões Norte, Centro e Sul, bem como na área da grande Lisboa englobando os arquipélagos da Madeira e Açores”, explica o mesmo documento.

O tema não é novo, mas nunca passou do papel. Mas basta apontar casos de processos mediáticos como a Operação Marquês, caso Universo Espírito Santo ou, mais antigos ainda, a Operação Furacão ou o processo BPN, para se perceber a falta de profissionais de outros ramos para auxiliar tecnicamente os magistrados.

Em 2019, um inquérito realizado pelo mesmo Conselho Superior da Magistratura mostrava que 95% dos inquiridos (cerca de metade do número total de juízes) consideraram necessitar de assessores para os apoiar. Quase dois terços dos magistrados denunciavam precisar tanto de assessoria judicial como de consultadoria técnica, havendo 15% da amostra a referir apenas a necessidade de juristas e outros tantos a reclamar só apoio técnico. Apenas 12 juízes diziam não sentir necessidade de qualquer assessoria, havendo outros quatro que discordam de um apoio deste tipo.

O que está previsto (apenas no papel desde 2009) há vários anos é que estes profissionais sejam técnicos superiores com uma categoria de dirigentes intermédios, recrutados em comissão de serviço por três anos e com um vencimento bruto de perto de cerca 1.700 euros, valor que se falava em 2009. A criação de gabinetes de apoio deveria ter arrancado nesse ano nas três comarcas piloto que avançaram com o mapa judiciário de Paula Teixeira da Cruz, ministra da Justiça à data. Em setembro de 2014, um modelo similar, com algumas alterações, foi alargado a todo o país, prevendo igualmente os tais gabinetes de apoio. Mas estas estruturas nunca saíram do papel.

Administrativos e fiscais na mesma situação

Já este ano, a presidente do Supremo Tribunal Administrativo e Fiscal, Dulce da Conceição Neto, acusou a falta de, pelo menos de mais 66 juízes, e igualmente, apesar de não quantificar, de assessores para apoiarem os magistrados judiciais nos assuntos tecnicamente mais complexos.

A existência de assessores nos Tribunais Administrativos e Fiscais, à semelhança do que acontece na jurisdição comum, está prevista há 38 anos, mas nunca saiu do papel. E o mesmo abandono foi dado ao Conselho Superior da Magistratura Administrativa e Fiscal, que, ao contrário do órgão homólogo da jurisdição comum, não tem autonomia financeira, nem funcionários próprios, nem sequer um sistema informático próprio.

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França. Empate entre partido de Macron e “geringonça” de esquerda, na 1ª volta

Abstenção no valor histórico de 52,8%, empate técnico entre partido de Macron e a geringonça de esquerda (NUPES) e Marine Le Pen em terceiro. Estes são os resultados da 1ª volta das legislativas.

Os primeiros resultados da primeira volta das legislativas francesas aponta para um empate técnico, em termos percentuais, de acordo com a France Télévisions, entre a coligação do partido de Macron e da esquerda radical de Jean-Luc Mélenchon (NUPES), de 25,6%.

Melénchon uniu vários partidos da esquerda francesa fazendo uma coligação pré-eleitoral, numa tentativa de forçar o cenário de “coabitação” e impedir uma nova maioria absoluta do partido de Macron. Desenhou-se então a Nova União Popular Ecológica e Social (Nupes), liderada pelo França Insubmissa, de Mélenchon, e que inclui os ecologistas do EELV, o Partido Comunista e o Partido Socialista. “Este é o resultado de um acordo histórico, aquele que permitiu o nascimento da nova união ecológica e social popular”, disse, segundo o Le Figaro.

Marine Le Pen e a sua União Nacional terão conseguido 18,9% dos votos. A candidata já está pelo menos na segunda volta das legislativas no 11.º círculo eleitoral de Pas-de-Calais, podendo ainda ser eleita deputada este domingo, caso se confirmar as 55% de intenções de voto e se forem representativos dos 25% dos eleitores inscritos. “São uns resultados fantásticos”, segundo a France Press.

A abstenção registou um valor histórico de 52,8%, mais dez pontos percentuais face a 2017.

As projeções são relativas às mesas de voto que fecharam às 18:00, mas ainda terá de se esperar pelos resultados das grandes cidades, cujas urnas fecharam às 20:00 (19:00 de Lisboa).

De forma a vencer na primeira volta, o vencedor tem de reunir 50% dos votos que representem pelo menos 25% dos eleitores inscritos. Quando isto não acontece, passam à segunda volta, que se realiza no dia 19 de junho, todos os candidatos que tenham obtido votos equivalentes a mais de 12,5% dos inscritos ou os dois candidatos mais votados.

Assim, os resultados desta noite não vão definir a configuração da Assembleia Nacional nos próximos cinco anos, já que tudo se joga na segunda volta das eleições legislativas, marcadas para 19 de junho.

Jean-Luc Mélenchon, reclamou vitória, considerando que o partido presidencial foi “desfeito” e apelando à mobilização na segunda volta para construir um “futuro de harmonia”.

“No fim desta primeira volta, a Nupes está à frente: estará presente em mais de 500 círculos eleitorais na segunda volta”, declarou Jean-Luc Mélenchon, no espaço “La Fabrique Événementielle”, onde decorreu a noite eleitoral da Nupes, no norte de Paris, reagindo às primeiras projeções dos resultados eleitorais.

Primeira-ministra garante que maioria é possível e não cede a extremos

A primeira-ministra francesa, Elisabeth Borne, disse este domingo que o partido de Emmanuel Macron pode ter uma maioria no dia 19 de junho e que é o único com um projeto coerente face aos extremos.

“Face às dificuldades que enfrentamos e à guerra, não podemos correr o risco de instabilidade, face aos extremos só nós temos um projeto coerente, claro e responsável. […] Face aos extremos não cederemos nada, nem de um lado nem do outro”, disse Elisabeth Borne numa mensagem ao país, na sede de campanha da coligação Ensemble!.

Em pé de igualdade com a esquerda nesta primeira volta, a maioria de Emmanuel Macron está em risco para os próximos cinco anos, especialmente contra a coligação Nova União Popular Ecologista e Social (Nupes) à esquerda, levando a primeira-ministra a pedir o voto dos franceses no próximo domingo.

“Daqui a uma semana, para além das etiquetas, são os nossos valores que estão em jogo: a liberdade, a igualdade, a fraternidade e a laicidade. Esta primeira volta mostra que este é um combate atual e que não podemos deixar de defender estes valores”, defendeu.

Zemmour e a sua extrema direita

O candidato da extrema-direita Eric Zemmour, que foi eliminado na primeira volta das eleições legislativas francesas, defendeu que os franceses têm de continuar a lutar contra o “esquerdismo” de Mélenchon e Macron.

“Em nome de todo o nosso movimento, quero dizer aos franceses que temos de continuar a lutar; lutar pelos nossos filhos, lutar contra o islamo-esquerdismo de Mélenchon e contra a esquerda tecnocrática e carreirista de Macron”, disse o candidato derrotado nas legislativas e que, por isso, não vai disputar a segunda volta.

“Mélenchon e Macron são apenas duas faces da mesma moeda, já que Macron quer desconstruir a identidade francesa, e Mélenchon quer destruí-la; Macron leva o seu tempo, Mélenchon está com pressa”, acrescentou o candidato que já tinha sido derrotado nas últimas presidenciais.

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Republicanos e democratas chegam a acordo no acesso a armas de fogo

  • Lusa
  • 12 Junho 2022

A proposta fica muito aquém das medidas mais duras defendidas pelo Presidente Joe Biden e muitos senadores Democratas.

Os vários senadores Democratas e Republicanos norte-americanos anunciaram em Washington que alcançaram um acordo mínimo para melhorar a regulamentação do acesso a armas de fogo.

Negociadores das duas formações políticas anunciaram a criação de uma estrutura bipartidária em resposta aos tiroteios em massa do mês passado, um pequeno avanço que prevê restrições no acesso a armas e reforça esforços para melhorar a segurança escolar e os programas de saúde mental.

Porém, a proposta fica muito aquém das medidas mais duras defendidas pelo Presidente Joe Biden e muitos senadores Democratas.

Todavia, se o acordo levar à promulgação de legislação, isso sinalizaria uma mudança de anos de massacres com armas que sempre redundaram num impasse no Congresso.

Os líderes dos dois partidos no Senado esperam transformar qualquer acordo em lei rapidamente – já este mês – antes que o impulso político esmoreça, provocado pelos recentes tiroteios em massa em Buffalo (Estado de Nova Iorque) e Uvalde (Texas).

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Ministra da Saúde reúne com urgência com setor para avaliar situação de obstetrícia

Marta Temido foi chamada à AR, a pedido do Chega e será ouvida na 6ª feira. Em causa os constrangimentos nas urgências de obstetrícia em vários hospitais. Segunda-feira sera dia de reuniões com setor.

Desde sexta-feira que os hospitais de Braga, Santarém, Caldas da Rainha, Setúbal, Barreiro, Almada, S. Francisco Xavier, Amadora-Sintra e Beatriz Ângelo estão com constrangimentos — urgências encerradas e falta de profissionais — nos serviços de urgências de Obstetrícia e Ginecologia.

Neste contexto, a ministra da Saúde, Marta Temido, foi chamada pelo CHEGA ao Parlamento”com caráter de urgência”, para ser ouvida na Comissão de Saúde. O que acontecerá na sexta-feira, dia 17 de Junho.

Paralelamente, o ECO sabe que o Ministério da Saúde esta segunda-feira reunirá com estes hospitais, sindicatos do setor, IGAS e Ordem dos Médicos, para avaliarem a situação.

Uma mulher grávida perdeu o bebé na quarta-feira à noite, 8 de junho, alegadamente por falta de médicos na urgência obstétrica no hospital das Caldas da Rainha, o que levou ao encerramento do serviço naquela noite.

A unidade do Centro Hospitalar do Oeste teria instruções para não aceitar mulheres grávidas na quarta-feira, mas a mulher em causa acabou por entrar no hospital das Caldas da Rainha em trabalho de parto e foi encaminhada para o bloco para fazer uma cesariana de urgência. Contudo, a demora para ser atendida terá levado à morte do bebé.

O hospital avançou ainda com uma participação do caso à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde para apurar eventuais responsabilidades.

Contudo, “as maternidades da região de Lisboa realizaram 75 partos no sábado”, anunciou a Administração Regional de Saúde, adiantando que, à exceção das urgências de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, todas as outras estão a funcionar.

 

 

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Banco de Portugal restituiu 12,6 milhões em notas destruídas entre 2002 e 2021

  • Lusa
  • 12 Junho 2022

O Banco de Portugal recuperou 324.853 notas entre 2002 e 2021, tendo restituído quase 12,6 milhões de euros a cidadãos que tinham notas de euro e escudo destruídas.

O Banco de Portugal recuperou 324.853 notas entre 2002 e 2021, tendo restituído quase 12,6 milhões de euros a cidadãos que tinham notas de euro e escudo destruídas ou mutiladas e que, sem esse serviço, perderiam o dinheiro.

Segundo dados fornecidos à Lusa pelo Banco de Portugal, nesses 20 anos, a maior parte das notas recuperadas foram as de euro, mais de 299.013 no valor de 12,2 milhões de euros, enquanto as notas de escudo valorizadas foram 25.840 tendo sido pagos 358 mil euros.

O ano de 2017 foi aquele em que, pela primeira vez, foi ultrapassado o valor de um milhão de euros devolvido a cidadãos pelo serviço de valorização de notas do banco central. Nesse ano, foram valorizadas 35.636 notas de euro no valor de quase 1,4 milhões de euros e 2.433 notas de escudo no valor de 27 mil euros. Apenas dos incêndios de 2017 chegaram ao Banco de Portugal 4.022 notas para serem valorizadas. Desse ano em diante os pedidos de valorização de notas aumentaram e, com exceção de 2020, em cada ano são valorizados mais de um milhão de euros.

O ano de 2018 foi aquele em que foi pago o valor mais alto, mais de 1,8 milhões de euros com a valorização de 32.167 notas de euro e 5.696 notas de escudo.

Em 2019, foram recuperadas 36.688 notas de euro e 767 notas de escudo e pagos quase 1,3 milhões de euros. Em 2020, foram valorizadas 23.419 notas de euro e 1.700 notas de escudo e pagos 983 mil euros. Por fim, em 2021, foram recuperadas 39.557 notas de euro e 1.339 de escudo e pagos 1,6 milhões de euros.

Desde 01 de março deste ano prescreveram as últimas notas de escudo, pelo que já não mais poderão ser valorizadas.

Qualquer cidadão que tenha notas destruídas ou mutiladas (estragadas por humidade, queimadas, comidas por animais, entre outros motivos) podem enviá-las para o Banco de Portugal para que sejam valorizadas. Para que uma nota de euro seja valorizada, mais de 50% da superfície tem de poder ser reconstituída para ser possível garantir a sua autenticidade pelos elementos de segurança (no caso das notas de escudo eram 75%).

Se for possível valorizar a nota, esta é destruída e é dado aos cidadãos o montante correspondente. Numa nota de 20 euros mesmo que só metade seja visível o valor de 20 euros é creditado na conta do apresentante ou do legítimo proprietário.

Já se as notas forem irreconhecíveis, são dadas como perdidas, destruídas e a proprietário não recebe qualquer compensação.

Todos os casos de notas destruídas que chegam ao Banco de Portugal para serem valorizadas são declarados à Unidade de Informação Financeira da Polícia Judiciária (PJ) e ao Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), para prevenir eventuais crimes. Na entrega das notas, os cidadãos têm de preencher um formulário com os seus dados e o contexto de como as notas foram destruídas. Se o numerário tiver sido deliberadamente danificado não é elegível para substituição.

Segundo o coordenador da área operacional do numerário (onde se encontra a unidade de valorização de numerário), José Luís Ferreira, há casos em que a valorização não reconhece o valor todo entregue, devido ao estado das notas, e só paga parte.

Outros casos há em que o Banco de Portugal paga mais do que as pessoas achavam que tinham, quando aquelas perderam noção de quanto tinham guardado. Num dos casos relatados à Lusa, um cidadão entregou 200 mil euros em notas danificadas por estarem enterradas e foi pago mais, porque tinha bem mais do que 200 mil euros.

Quando foi a crise bancária de 2008 e houve receio do colapso dos bancos e de perda de poupanças, muitas pessoas levantaram dinheiro e guardaram em casa. Uns anos depois, quando essas mesmas pessoas foram buscar as notas guardadas para usar perceberam que estavam destruídas.

Segundo o responsável da unidade de valorização de numerário do Banco de Portugal, o aumento de notas valorizadas em 2011 e 2012 ter-se-á devido a isso. Se de 2008 a 2010 eram valorizadas, por ano, cerca de oito mil notas; em 2011, foram valorizadas 11.722 notas no valor de 475,4 mil euros e em 2012 foram 12.718 notas no valor de 473,4 mil euros.

Recentemente, na ilha de São Jorge (Açores), o receio de que uma erupção vulcânica destruísse as habitações (como aconteceu nas Canárias, em Espanha) levou a que muitas pessoas fossem buscar dinheiro guardado em casa para depositarem no banco. Então, perceberem o estado das notas e muitas recorreram ao complexo do Carregado do Banco de Portugal para serem valorizadas.

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Howden compra TigerRisk para ser 4ª maior na corretagem de resseguros

  • ECO Seguros
  • 12 Junho 2022

Transação reforça aposta da Howden no mercado norte-americano de resseguro e tem o apoio dos principais investidores do grupo britânico de corretagem.

David Howden, CEO Howden Group: “A decisão [da TigerRisk] de unir forças com a Howden é uma oportunidade única para nós e para a indústria.”
A TigerRisk Partners, companhia norte-americana que opera na corretagem de resseguros e consultoria de risco/gestão de capital, foi adquirida pela Howden Group Holding, sociedade britânica que detém o grupo internacional de corretagem e subscrição presente em Portugal desde 2016.

A entidade combinada constituir-se-á como a “muito necessária 4ª maior operadora no mercado corretagem de resseguro,” afirma a Howden. A união resultará num operador com 30 mil milhões em volume bruto de prémios um enterprise value de 13 mil milhões de dólares, contando 12 mil colaboradores distribuídos por 45 países, segundo detalha comunicado.

Com cerca de 400 milhões de dólares em receita gerada em atividades de resseguro, a entidade emergente terá posicionamento destacado e capacidade reforçada (em consultoria junto do mercado de capitais e em tecnologia de dados e Analytics, além das competências como MGA), para impulsionar o grupo britânico no mercado dos EUA, onde os clientes passam a contar com 450 profissionais especializados distribuídos por mais de 30 escritórios.

Por outro lado, a rede internacional de distribuição da Howden Re, beneficiando de complementaridades em áreas como tratados de especialidade, resseguro facultativo e capacidades de MGA, vai acelerar o potencial de crescimento da TigerRisk na oferta de resseguro, nos mercados de capital, serviços de consultoria e análise. Nos EUA, as perspetivas da corretora britânica reforçam-se também com a recente aquisição da Align Financial holdings pela DUAL (empresa da Howden especialista em subscrição).

“A TigerRisk tem inovado e distingue-se no espaço do resseguro e nos mercados de capitais. A decisão de unir forças com a Howden é uma oportunidade única para nós e para a indústria.,” afirma David Howden, CEO do grupo Howden.

A transação, refere ainda o comunicado, tem apoio dos investidores a longo prazo da Howden, incluindo a General Atlantic (investidor desde 2013), CDPQ (desde 2018), e a Hg (desde 2021). “Esta combinação permite elevar as nossas capacidades globais um nível acima. As pessoas querem ter opções. É evidente que sendo parte do Grupo Howden todos os nossos clientes atuais e futuros, bem como os profissionais experientes que querem juntar-se à nossa equipa, beneficiarão de uma abordagem marcadamente distintiva,” complementa Rod Fox, cofundador e CEO da TigerRisk e que também será o presidente executivo da Howden Tiger.

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Estado tem de se reajustar para competir com empresas, diz Marcelo

  • Lusa
  • 12 Junho 2022

De acordo com o Público, dos 860 técnicos superiores admitidos pelo Estado no âmbito de um concurso lançado em 2019, um quinto desistiu e acabou por não assinar contrato.

O Presidente da República considerou este domingo que a desistência de trabalhadores qualificados admitidos pelo Estado é “sinal de que a sociedade mudou” e de que o Estado tem de se reajustar para competir com a atratividade das empresas. De acordo com o jornal Público, dos 860 técnicos superiores admitidos pelo Estado no âmbito de um concurso lançado em 2019, um quinto desistiu e acabou por não assinar contrato. A idade média destes trabalhadores era de 35 anos.

À margem de um encontro com portugueses residentes em Andorra, a propósito das comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado sobre o facto de um quinto dos profissionais qualificados admitidos pelo Estado ter desistido.

“É um sinal de que a sociedade mudou. Quando eu tinha a idade dos jovens o Estado era muito atrativo porque a sociedade civil era muito fraca”, respondeu o chefe de Estado português.

Na ótica do Presidente da República, depois do 25 de Abril de 1974 “não se via alternativas que fossem realmente atraentes” no tecido empresarial e no setor social, mas essa realidade contrasta com a de hoje.

O Estado, considerou Marcelo Rebelo de Sousa, “tem de se reajustar e esse reajustamento tem de ser feito a um ritmo mais acelerado” para competir com as condições “muito mais atrativas” das empresas e do setor social.

“É uma situação que não havia há 40 anos, há 30 anos, que era diferente há 20 anos e agora está uma situação efetiva de atração de qualificados que recebem propostas que os levam a largar lugares importantes no Estado”, concluiu.

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Nos, Vodafone e Altice garantem cumprimento da lei de metadados

As três maiores operadoras de telecomunicações garantem que vão respeitar a ordem da Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) para a eliminação dos dados pessoais.

A Nos, a Altice e a Vodafone já garantiram que cumprem o quadro legal em vigor, depois da Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) ter ordenado a eliminação dos dados pessoais, na sequência de um acórdão do tribunal Constitucional.

“Sem prejuízo do que vier a ser determinado pela CNPD [Comissão Nacional de Proteção de Dados], a Altice Portugal garante o cumprimento do quadro legal em vigor, incluindo do recente acórdão do tribunal constitucional”, adiantou, em resposta à Lusa, fonte oficial da empresa.

A Vodafone também já garantiu que vai respeitar a decisão da CNPD. “A conduta da Vodafone é sempre de atuar no respeito pelas normas em vigor”, assegurou fonte oficial da operadora, em resposta à Lusa.

Já esta segunda-feira, também a Nos respondeu à agência de notícias, através de fonte oficial, que “cumpre de forma estrita a legislação aplicável”.

A CNPD ordenou aos fornecedores de telecomunicações que eliminem, em 72 horas, os metadados das comunicações abrangidos pela lei 32/2008, após publicação do acórdão que declarou inconstitucional algumas normas.

Numa nota divulgada, na quinta-feira, no seu ‘site’, a CNPD revelou ter decidido, em reunião do passado dia 7, ordenar aos fornecedores de serviços de comunicações eletrónicas ou da rede pública de comunicações “a eliminação dos dados pessoais conservados” ao abrigo daquela lei, na sequência de acórdão do Tribunal Constitucional (TC) sobre metadados.

Segundo a CNPD, é “ilícito que as operadoras mantenham o tratamento de dados autónomo”, criado especificamente pela chamada “lei de retenção de dados”, com “um vasto conjunto de dados pessoais, incluindo dados de tráfego e de localização de todas as comunicações, para fins de investigação, deteção e repressão de crimes graves”.

A CNPD referiu que da publicação do acórdão do TC sobre a matéria, em 3 de junho último, resulta “a impossibilidade da aplicação” da lei de retenção de dados por nulidade da mesma.

A lei 32/2008, de 17 e junho, já tinha sido considerada inválida pelo Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE), no acórdão de 08 de abril de 2014, no caso ‘Digital Rights Ireland e outros’, por violação do princípio da proporcionalidade à luz da Carta dos Direitos Fundamentais da UE.

(Notícia atualizada a 13 de junho com resposta da Nos)

 

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Privatização da companhia TAAG deverá ocorrer antes de 2025, diz o CEO

  • Lusa
  • 12 Junho 2022

O presidente executivo da TAAG, Eduardo Fairen Soria, disse que a ideia do Governo angolano é privatizar o setor da aviação, uma vez que, em janeiro de 2025, o país terá o "acordo de céu aberto".

A privatização da companhia aérea angolana TAAG deverá ocorrer antes de 2025, indicou o presidente executivo da empresa, ressalvando que, no momento, apenas existem manifestações de interesse.

Citado pela agência EFE, o presidente executivo da TAAG, Eduardo Fairen Soria, disse que a ideia do Governo angolano é privatizar o setor da aviação, uma vez que, em janeiro de 2025, o país será abrangido pelo “acordo de céu aberto”, o Mercado Único Africano de Transporte Aéreo (SAATM).

Apesar de indicar que a privatização da companhia deverá ocorrer antes dessa data, Fairen Soria ressalvou que, até ao momento, não existe um processo formal, prazo ou conversações, mas apenas manifestações de interesse por parte de grandes empresas.

A TAAG, que “tem que se atualizar e competir como qualquer outra empresa”, está imersa num processo de mudança estratégica, focada na expansão da rede de destinos e maior presença internacional, acrescentou.Neste sentido, a companhia encomendou à Boeing 14 aviões para renovar a rota.

Em fevereiro, Fairen Sorria já tinha admitido que a privatização da TAAG não deveria acontecer antes de 2023 ou 2024, face ao impacto da pandemia de covid-19.

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Ligação às empresas ajuda a libertar a Cultura de subsídios do Estado

Necessidade de turismo cultural em Portugal e aposta no financiamento da cultura pelas empresas são duas das apostas de Ana Ventura Miranda, do Arte Institute, para subsistência da arte nacional.

No ano anterior à pandemia, as empresas culturais e criativas geraram receitas totais de 6,9 mil milhões de euros. Mas este valor poderia ser muito maior se houvesse uma estratégia para as artes menos dependente dos subsídios do Estado e mais próxima das empresas. Também falta a Portugal apostar no turismo cultural e em usar a arte como forma de captar investimento.

A mudança de atitude é defendida por Ana Ventura Miranda, fundadora do Arte Institute – entidade independente de promoção da arte e cultura no estrangeiro com sede em Nova Iorque, nos Estados Unidos, e que conta com o financiamento de entidades privadas.

Se a cultura começar a oferecer contrapartidas que tirem despesa às empresas, isso pode funcionar muito bem, em vez de estarem a comprar esses serviços às empresas de recursos humanos“, propõe, em entrevista ao ECO, Ana Ventura Miranda. A divulgadora lembra que “as ações de team building não são pedidas aos artistas, que podem e devem estar capacitados para fazerem esse tipo de formações”.

Em troca, as empresas podem ensinar as companhias de arte “a tratarem de questões ligadas à contabilidade, a saberem fazer propostas para o mercado e a explicarem qual é o seu impacto para a economia”.

Se a cultura começar a oferecer contrapartidas que tirem despesa às empresas, isso pode funcionar muito bem, em vez de estarem a comprar esses serviços às empresas de recursos humanos

Ana Ventura Miranda

Fundadora do Arte Institute

Ana Ventura Miranda acredita que isto não acontece porque “a classe artística ainda tem o mito que, ao oferecer estes serviços, está a vender-se às empresas“. Usando os mais de 10 anos de experiência como exemplo, a divulgadora diz que “nunca houve qualquer interferência das empresas na parte artística”.

Ao haver maior ligação entre empresas e artistas, “sobra mais orçamento para que peças mais independentes possam ser subsidiadas” pelo Estado, sustenta a ex-atriz e produtora.

Cultura para captar turismo e empresas

Depois do recorde de 23 milhões de turistas em 2019, os últimos dois anos foram marcados por fortes quedas neste mercado. A Covid-19 também penalizou artistas, produtores e milhares de trabalhadores que, sem espetáculos, foram obrigados a ficar em casa e praticamente sem apoios.

Para acelerar a recuperação do mercado, o Arte Institute vai realizar, entre 17 e 25 de junho, a quarta edição do RHI_Think, iniciativa para repensar a cultura e promover debates na área em 12 cidades portuguesas. RHI é o acrónimo que reúne as palavras revolução, esperança (hope) e imaginação. A iniciativa inclui atuações de artistas portugueses, que serão apresentadas a programadores internacionais.

Portugal não é conhecido pelo turismo cultural. O Brasil tem alegria, felicidade, samba e música, tudo positivo e que o ajuda a vender-se. Só depois se pensa sobre a violência. A arte é muito subconsciente e leva as pessoas a irem gostando de um país. É um motor para atrair investimento”, assinala Ana Ventura Miranda.

Portugal não é conhecido pelo turismo cultural. O Brasil tem alegria, felicidade, samba e música, tudo positivo e que o ajuda a vender-se. Só depois se pensa sobre a violência. A arte é muito subconsciente e leva as pessoas a irem gostando de um país. É um motor para atrair investimento

Ana Ventura Miranda

Fundadora do Arte Institute

A responsável lamenta também que não haja uma estratégia concertada entre a agência de investimento AICEP, embaixadas e entidades culturais para captar investimento. “É pouco promovida a ligação entre arte e negócio na vertente da diplomacia económica e cultural. Não houve ainda qualquer Governo que sentasse à mesa os três setores e tentasse fazer uma experiência a sério. Isso teria retorno”, acredita a divulgadora.

Ana Ventura Miranda espera que a pandemia “tenha servido como um despertador para uma nova realidade” e que o Governo passe a “adotar medidas de capacitação para os agentes culturais”. Só assim, acredita a fundadora do Arte Institute, a cultura poderá gerar muito mais valor a Portugal sem comprometer a criatividade e a independência.

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GamaLife aposta agora nos seguros Vida risco fáceis de subscrever

Depois de duplicar a quota de mercado nos seguros unit linked em 2021, a seguradora investe em produtos Vida puro risco. Tática: Baixo custo mensal e fácil subscrição digital .

A GamaLife arrancou a comercialização online do seguro Vida Segura em março do ano passado, naquela que a seguradora considera a sua primeira verdadeira iniciativa no âmbito da inovação digital. Foi um produto lançado em parceria com o Novobanco, canal bancassurance que foi assegurado por muitos anos quando da compra da GNB Vida ao próprio banco.

Miguel Costa Santos, Head of Marketing & Commercial da GamaLife, quer oferecer alternativas para “quem está sentado em cash”.

Para Miguel Costa Santos, Head of Marketing & Commercial da GamaLife, o desenho da ideia resultou de uma parceria 50/50 com o Novobanco no desenho da ideia. Um preço mensal baixo para o segurado e, essencialmente, uma jornada digital fácil realizada no site do Novobanco – que conta com uma parte substancial dos seus clientes a usar plenamente canais digitais – potenciou “o interesse dos clientes pela subscrição online dos produtos da GamaLife, que tem vindo a crescer e durante este ano em que temos registado um aumento mensal na ordem de 25% no número de subscrições através dos canais digitais”, afirma o gestor.

O produto Vida Segura é apresentado como começando em 3,92 euros por mês, para quem tenha 30 anos de idade, um salário mensal de 800 euros e faça um contrato de 24 meses para um capital seguro de 19.200 euros. Os riscos cobertos são morte, doença grave e invalidez absoluta ou definitiva. Para alguém de 50 anos as condições são mais limitadas mas o preço mensal a pagar é cerca de 12 euros. “O preço surpreende positivamente as pessoas, pensam que um seguro de vida é mais caro”.

No entanto, Costa Santos prefere acentuar o sucesso da fácil jornada digital que fez a parceria GamaLife/ Novobanco vencer a edição de 2022 dos Digital CX Awards, “um prémio único a nível mundial que reconhece a inovação na Experiência Digital do cliente, neste caso no setor dos serviços financeiros”, diz.

A subscrição torna-se fácil porque uma análise de risco começa acima dos 25 mil euros e coloca a necessidade de declarações de saúde ou questionário clínico apenas para capitais seguro superiores e só exige exame médico para pessoas seguras com mais dos 55 anos de idade, ou antes disso que pretendam segurar por valores acima de 125 mil euros.

“O interesse dos clientes pela subscrição online dos produtos da GamaLife tem vindo a crescer e, durante este ano, podemos dizer que temos registado um aumento mensal na ordem de 25% no número de subscrições através dos canais digitais”, refere Costa Santos acrescentando que “isto mostra que demos o passo correto com esta aposta na subscrição digital”.

O gestor afirma que vai reforçar a aposta, em breve será possível subscrever toda a gama de Seguros Financeiros da GamaLife nos canais digitais do Novobanco. “Esta iniciativa disponibilizará vários segmentos de produtos em comercialização no canal digital, enriquecendo assim a experiência do cliente”, afirma.

Novos produtos começam em julho

A conjugação preço e subscrição digital estimulou a seguradora para um próximo lançamento de dois novos produtos Vida risco, o primeiro em julho um segundo em setembro. Até ao final do ano serão disponibilizados dois novos financeiros.

“Há muita gente sentada em cash”, refere Costa Santos quanto à elevada liquidez e a falta de alternativas rentáveis para os depositantes dos bancos. No entanto, foi atraindo estes que a GamaLife conseguiu crescimento muito relevante. A sua produção atingiu 602 milhões de euros em 2021, cinco vezes mais que um ano antes, e foi a 5ª maior seguradora em produtos financeiros com 11, 3%.

No total, durante o ano passado a GamaLife aumentou a sua quota de mercado entre as seguradoras de 2,9% para 4,5% no ano passado. Em Vida Risco foi apenas a 14ª maior seguradora Vida com 2,4%, situação que este ano quer decididamente mudar.

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Costa vai a Londres assinar acordo com Boris Johnson

  • Lusa
  • 12 Junho 2022

Está a ser preparado um acordo chapéu entre os dois países, com particular incidência nas áreas da Defesa, política externa, ciência, Ensino Superior e alterações climáticas, em especial os oceanos.

O primeiro-ministro, António Costa, retoma a sua agenda na segunda-feira e desloca-se a Londres, onde será recebido pelo seu homólogo britânico, Boris Johnson, refere uma nota do gabinete do primeiro-ministro.

Por motivos de saúde, o primeiro-ministro cancelou a sua agenda a partir de quarta-feira e esteve impedido de participar nas comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas na sexta-feira e no sábado, em Braga e em Londres.

“O primeiro-ministro, António Costa, retoma a sua agenda segunda-feira, com uma deslocação a Londres, onde será recebido pelo primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson. O encontro realiza-se ao início da tarde na residência oficial do primeiro-ministro britânico – 10 Downing Street”, lê-se na nota.

Os primeiros-ministros do Reino Unido e de Portugal preparam-se para fechar na segunda-feira, em Londres, um acordo político global para regular as relações bilaterais luso-britânicas após a saída do Reino Unido da União Europeia.

“Está a ser preparado um acordo chapéu entre os dois países, com particular incidência nas áreas da Defesa, política externa, ciência, Ensino Superior e alterações climáticas, em especial os oceanos”, adiantou à agência Lusa o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, no final de uma visita ao Royal Brompton Hospital, em Londres, em que acompanhou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Também no sábado, mas ao início da noite, o Presidente da República considerou que o primeiro-ministro tem amadurecidas as condições para fechar um acordo global bilateral com o Reino Unido e defendeu que Portugal pode ser dentro da União Europeia ponte com este país.

Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas na embaixada de Portugal em Londres, depois de questionado sobre a possibilidade de os primeiros-ministros António Costa e Boris Johnson concluírem na segunda-feira um acordo político global sobre o novo quadro de cooperação entre os dois países.

“O primeiro-ministro [António Costa] e o Governo português têm trabalhado muito nisso com o primeiro-ministro, Boris Johnson, e com o Governo britânico. Como o primeiro-ministro [português] estará em Londres na segunda-feira, isto significa que tem amadurecidas as condições para um passo em frente no sentido de um acordo”, defendeu o chefe de Estado.

Interrogado sobre a possibilidade de Portugal e o Reino Unido concluírem em breve um acordo bilateral também do ponto de vista comercial, embora sem colidir com as regras da União Europeia em relação a países terceiros, Marcelo Rebelo de Sousa declarou que tal “é possível”.

“E já começou a ser preparado no anterior Governo, presidido pelo mesmo primeiro-ministro. Naquilo que não entra em confronto com a União Europeia, cada Estado-membro é livre de ter relações bilaterais”, frisou o chefe de Estado.

 

 

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