Incidentes digitais aumentaram 26% em 2021

  • Lusa
  • 7 Junho 2022

A existência de mais ciberataques deve-se a uma maior utilização do serviço de correio eletrónico, a uma maior digitalização das empresas e, também, a um défice de competências, avisa o CNCS.

O número de incidentes digitais registados em Portugal pelo Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) aumentou 26% no ano passado em relação a 2020, revelou esta terça-feira o coordenador do organismo, Lino Santos. “Tivemos um aumento de 26% do número de incidentes em 2021 relativamente a 2020. Isto deve-se, primeiro, a uma maior densidade digital, a uma maior utilização do serviço de correio eletrónico, a uma maior digitalização das empresas e, também, a um défice de competências. Temos dificuldade em lidar de forma segura com este progresso tecnológico”, afirmou o coordenador do CNCS.

Numa intervenção na abertura da oitava edição da conferência anual sobre cibersegurança ‘C-Days’, no Centro de Congressos do Estoril, Lino Santos salientou que a área da segurança informática “tem vindo a ganhar um papel de relevo na agenda mediática”, atribuindo essa evolução ao “conjunto de ataques bem-sucedidos” registados a nível nacional em 2022, “com impacto relevante em empresas de média, saúde e telecomunicações”.

O coordenador do CNCS referiu também a guerra na Ucrânia, que, disse, proporcionou “um renascer de uma ameaça ativista” com narrativas ao serviço dos interesses russos ou ucranianos. Por isso, Lino Santos considerou essencial o desenvolvimento de competências dos cidadãos.

“A cibersegurança existe para corrigir a vulnerabilidade societal. Queria que focássemos o nosso trabalho na mitigação de impactos negativos. Temos de deixar de usar o argumento dos bons e maus usos. O que interessa é focarmo-nos nos impactos: mitigar os negativos e aproveitar os positivos”, reforçou, apelando para a importância de incutir “sentido de risco no ciberespaço, a adoção das melhores práticas e investimento em tecnologia”.

Sobre o evento que decorre até quinta-feira no Centro de Congressos do Estoril, o coordenador do CNCS destacou o “programa eclético” e a realização de exercícios de cibersegurança. “Apostar na prevenção é o mote, mitigar os impactos negativos através da prevenção é o nosso objetivo”, sentenciou.

Igualmente presente na cerimónia de abertura do evento esteve o presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras, que assinalou ser de “vital importância” o reforço das defesas digitais, relacionando a segurança a este nível com a qualidade dos serviços prestados aos cidadãos. “Cascais sabe que a sua competitividade depende da sua resiliência no ciberespaço. A sua capacidade de defender os cidadãos não está apenas em causa nos hospitais ou nas ruas, transferiu-se também para o domínio do ciberespaço”, observou, finalizando: “É cada vez mais necessário apostar na prevenção. A segurança é como a saúde: só percebemos a sua importância quando ela nos falta”.

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Grupo José de Mello vai investir mil milhões até 2030

"Holding" liderada por Salvador de Mello terminou o ano com 1.033 milhões em receitas e um lucro de 58 milhões. Redução da dívida permite abrir novo ciclo de investimento,

O Grupo José de Mello tem planos para investir mil milhões de euros até ao final de 2030. Dinheiro será aplicado no crescimento dos negócios atuais mas também poderá ir para novas áreas de atividade. A holding terminou o ano com um aumento de 33% nas receitas recorrentes e lucros de 58 milhões.

Temos planos para realizar mil milhões de euros em investimentos até 2030, a partir dos nossos ativos em Portugal“, relevou Salvador de Mello, presidente executivo do Grupo José de Mello, num encontro com jornalistas para apresentação das contas de 2021.

O investimento será direcionado “para as principais plataformas do grupo no âmbito dos seus projetos de crescimento”, mas não só. “Estaremos abertos a oportunidades em Portugal”, afirma o CEO. “Setores com características de exportação”, na indústria ou serviços, serão os preferidos.

O novo hospital anunciado pela CUF para Leiria e os investimentos da Bondalti no hidrogénio, com vista à sua descarbonização, foram os exemplos avançados. Naquele pacote está também o projeto de hidrogénio com que aquela última concorreu às agendas mobilizadoras do PRR e que só avançará se os fundos forem atribuídos.

A holding terminou o ano com um resultado líquido de 58 milhões, um número muito inferior aos 355 milhões contabilizados no ano passado, mas que beneficiou com a mais-valia de 340 milhões da venda da participação de 40% na Brisa a um grupo de investidores institucionais. As receitas cresceram 33% para 1.033 milhões numa base recorrente e o EBITDA duplicou para 138 milhões. Nas contas consolidam a Bondalti (detida em 100%), a CUF (66%), a Brisa (17%) e a Soluções e Serviços para Seniores (70%).

O grupo José de Mello tinha no final de dezembro uma dívida consolidada de 998 milhões de euros, capitais próprios de 876,4 milhões e uma autonomia financeira de 36,1%. “É com este balanço sólido que nos propomos a desenvolver os planos de investimento”, afirmou Salvador de Mello, salientando que “a dívida deixou de ser um problema”. “No passado foi, mas tivemos a capacidade de tomar as decisões que se impunham para tornar o grupo robusto”.

“A vida foi muito difícil ao longo da pandemia para muitas empresas e também para a José de Mello. Não fizemos lay-off e não despedimos pessoas. Pelo contrário, temos vindo a contratar”, disse Salvador de Mello. A holding conta atualmente com 13.200 colaboradores, dos quais 7.200 diretos e 5.000 através de prestadores de serviços. E não tem sentido dificuldade em recrutar. “Temos tido uma grande capacidade para atrair talento, dada a nossa possibilidade de oferecer carreiras diversificadas”

Grupo acompanha privatização da Efacec à distância

Embora não consolide nas contas do grupo, a José de Mello tem uma participação de 14% na Efacec, estando na fase final a privatização de 71,73% à DST. Questionado sobre uma eventual diluição da posição com a recapitalização da empresa, Salvador de Mello não quis fazer comentários. Disse também que o grupo que dirige não está envolvido no processo que está a ser levado a cabo pelo Governo.

“Não sabemos os contornos da privatização e aguardamos a informação. [O Grupo José de Mello] não tem participado na solução que o Estado enquanto acionista está a desenvolver. Esperamos que esteja concluído em breve”, afirmou o CEO. A entrada da DST no capital da Efacec já teve a luz verde da Autoridade da Concorrência e o ministro da Economia afirmou recentemente que espera que a operação esteja concluída até ao final de junho.

Salvador de Mello também não quis comentar a escolha do grupo DST. “Se o Estado vier a concluir que é a DST, com certeza que acha que é um acionista capaz de desenvolver o negócio. Ficarmos com a Efacec está fora de questão”.

Também foi abordada a venda em curso dos hospitais da Lusíadas Saúde. O CEO afirmou que a CUF olhou para o negócio, mas que não está na corrida. A última Parceria Público-Privada (PPP) do grupo, no Hospital de Vila Franca de Xira, terminou no ano passado. O presidente executivo não acredita que o Governo volte a lançar novas PPP.

Salvador substituiu o irmão Vasco (que passou a chairman) no cargo em janeiro de 2021. Instigado a fazer balanço deste período respondeu: “Vejo muito mais como um desafio de continuidade do que de mudança. Não é por acaso que no nosso propósito dizemos que cultivamos o legado, com sentido de adaptação aos novos tempos.”

(notícia atualizada às 18h)

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Suécia exclui novas injeções de capital na companhia aérea SAS

Suécia anuncia que não irá injetar novo capital na companhia aérea SAS, atirando as ações para quedas de 14%. Dinamarca ainda se encontra a avaliar o plano de reestruturação da companhia.

O Governo da Suécia anunciou que não irá injetar novo capital na companhia aérea SAS, levando as ações da companhia a cair 14% e a afetar, desta forma, a sua reestruturação, avançou esta terça-feira a agência Reuters (acesso condicionado).

“Queremos deixar claro que não iremos injetar novo capital na SAS no futuro”, sublinhou o ministro da Indústria da Suécia, Karl-Petter Thorwaldsson. No entanto, o ministro sueco avançou que irá propor ao parlamento a conversão da dívida da SAS, ao Governo, em capital próprio. Ainda assim, a longo prazo o Governo pretende separar-se por completo da companhia aérea, acrescentou Thorwaldsson.

A SAS anunciou na semana passada que o seu plano de reestruturação, anunciado em fevereiro, está dependente da captação de um investimento de 9,5 mil milhões de coroas suecas (cerca de 906 milhões de euros), bem como da conversão de 20 mil milhões de coroas em capital (1,9 mil milhões de euros). Ainda assim, nenhum dos acionistas comprometeu-se com o plano de reestruturação da empresa, inclusive a Suécia e a Dinamarca, os dois maiores acionistas com uma participação de 21,8% cada.

Do lado dinamarquês, o ministro das Finanças, Nikolai Wammen, informou que o país ainda se encontra a avaliar o plano da companhia aérea e a forma como o Estado pode contribuir, sendo esperada uma decisão em meados de junho, informou o ministro.

A Suécia já injetou cerca de 8,2 mil milhões de coroas na SAS nas últimas décadas (780 milhões de euros), inclusive em apoios durante a pandemia de Covid-19. Contudo, a companhia aérea já se encontrava em dificuldades ainda antes da pandemia face à crescente concorrência de companhias low cost como a Ryanair e Norwegian Air.

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Banco Mundial revê em baixa crescimento da Zona Euro para 2,5% este ano

  • Lusa
  • 7 Junho 2022

O crescimento na Zona Euro “deverá abrandar ainda mais, para uma média de 1,9%, em 2023-24, à medida que o Banco Central Europeu apertar a política monetária", avisa a instituição.

O Banco Mundial reviu em baixa a previsão de crescimento económico da Zona Euro para este ano que deverá desacelerar para 2,5%, penalizado pelos “choques de abastecimento adicionais” causados pela invasão da Ucrânia. “A previsão para este ano foi revista em baixa em 1,7 pontos percentuais, já que a guerra leva a preços de energia mais altos, a disrupções contínuas nas cadeias de abastecimento e a condições financeiras mais apertadas”, lê-se no relatório ‘Perspetivas Económicas Globais’ (‘Global Economic Prospects’), divulgado esta terça.

Segundo o Banco Mundial, o crescimento na Zona Euro “deverá abrandar ainda mais, para uma média de 1,9%, em 2023-24, à medida que o Banco Central Europeu apertar a política monetária e as repercussões da guerra continuam a penalizar a atividade”. De acordo com a instituição financeira, os “subsídios à energia em várias das grandes economias da Zona Euro, apesar de causarem distorções, deverão amortecer ligeiramente o impacto dos altos custos de energia no consumo das famílias”.

No relatório, o Banco Mundial nota que “a atividade na Zona Euro desacelerou na primeiro metade de 2022, principalmente devido à invasão russa da Ucrânia e a um ressurgir da Covid-19”, e nota que “os principais países da região são particularmente dependentes de importações de energia da Rússia – nomeadamente de gás, cujas importações russas representam cerca de 35% do total das importações de gás da Zona Euro”.

E se, “para além da energia, a exposição comercial direta da Zona Euro à Rússia é pequena, o que limita a impacto direto das sanções” impostas àquele país, o Banco Mundial refere que “os efeitos indiretos sobre já pressionadas cadeias de abastecimento, as tensões financeiras acrescidas e o declínio no consumo e na confiança empresarial têm abalado a atividade” na região euro.

Considerando o grupo das economias desenvolvidas, o Banco Mundial prevê que o respetivo crescimento desacelere “acentuadamente” de 5,1% em 2021 para 2,6% em 2022 – 1,2 pontos percentuais abaixo das projeções anteriores – e perspetiva “um crescimento ainda mais moderado, em torno dos 2,1%, em 2023-24, refletindo a progressiva retirada dos apoios orçamentais e monetários introduzidos durante a pandemia e o esgotamento da procura acumulada.

“Nas economias desenvolvidas, a atividade está a ser penalizada pela subida dos preços da energia, pelas condições financeiras menos favoráveis e pelas disrupções na cadeia de abastecimento, que foram agravadas pela guerra na Ucrânia”, salienta.

Segundo sustenta, “um eventual agravamento da guerra na Ucrânia é o principal risco que ameaça estas previsões, já que poderia desestabilizar a já de si complicada situação geopolítica, desencadear aumentos adicionais dos preços da energia e dos alimentos, exacerbar as pressões inflacionistas, pressionar ainda mais as condições financeiras e prolongar a incerteza política”.

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Cinven adquire maior participação na Euro Techno Com Group

  • Servimedia
  • 7 Junho 2022

A Cinven anunciou a compra de uma participação maioritária na Euro Techno Com Group à Carlyle e a venda da Envirotainer à EQT e Mubadala. A venda envolveu aproximadamente 2,8 mil milhões de euros.

A Cinven, uma empresa internacional de private equity, anunciou a compra de uma participação maioritária na Euro Techno Com Group à Carlyle por um montante não divulgado e a venda da Envirotainer à EQT e Mubadala por um valor empresarial de aproximadamente 2,8 mil milhões de euros, noticia a Servimedia.

Relativamente às negociações exclusivas para adquirir uma participação maioritária no Euro Techno Com Group (ETC), um distribuidor especializado na indústria das telecomunicações e infraestruturas tecnológicas, a Cinven disse que Cédric Varasteh, fundador e CEO da empresa, iria manter uma participação significativa.

Além disso, a Cinven anuncia que, como parte da venda do Envoritainer – fornecedor líder mundial de serviços de frete aéreo de missão crítica para a indústria farmacêutica – (que está a fazer com a Novo Holdings), os atuais acionistas da empresa terão a oportunidade de reinvestir no negócio como acionistas minoritários.

A empresa de private equity adquiriu a Envirotainer, juntamente com o co-investidor Novo Holdings, em setembro de 2018 e, a partir daí, ambas as companhias trabalharam para impulsionar um forte desenvolvimento de investimentos em I&D, em expansão internacional, na melhoria das capacidades digitais e na melhoria organizacional da empresa.

O Grupo ETC é líder mundial e parceiro na conceção, aquisição e distribuição de materiais, ferramentas e equipamentos utilizados pelos operadores de telecomunicações e os seus subcontratantes para instalar, construir e manter infraestruturas com fios, sem fios e outras infraestruturas digitais.

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Ryanair anuncia três novas rotas de Portugal para o próximo inverno

  • Lusa
  • 7 Junho 2022

A ligação a Frankfurt Hahn é a partir do aeroporto do Faro, sendo que o Porto irá contar com voos para Estrasburgo e Maastricht.

A companhia aérea Ryanair vai passar a voar para Estrasburgo, Frankfurt Hahn e Maastricht a partir de Portugal no próximo inverno, segundo informou esta terça-feira em comunicado. De acordo com a informação divulgada pelo grupo, a ligação a Frankfurt Hahn é a partir do aeroporto do Faro, sendo que o Porto irá contar com voos para Estrasburgo e Maastricht.

Na mesma nota, a transportadora indicou que, assim, “passa a contar com 141 rotas para o inverno 22/23 de e para Portugal, oferecendo aos clientes mais opções de viagens durante a época do inverno e contribuindo para o crescimento do turismo durante a baixa estação”.

Citado na mesma nota, Dara Brady, diretor de marketing da Ryanair, indicou que a transportadora anunciou “a sua programação de inverno 22/23 para Portugal, com 141 rotas para destinos populares em toda a Europa, incluindo novas rotas para/de Maastricht, Estrasburgo e Frankfurt”.

A Ryanair conta com “90 bases e mais de 2.500 rotas a operar em 36 países europeus neste inverno” e que “continua a impulsionar a recuperação do tráfego e a criar empregos em toda a Europa de forma sustentável, com uma frota crescente de novos aviões B737 ‘Gamechanger’, que queimam 16% menos combustível e emitem 40% menos emissões sonoras, ao mesmo tempo que acrescentam 4% mais lugares”, segundo a mesma nota.

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Abreu Advogados assessora venda da portuguesa Celfinet à multinacional indiana Cyient

A equipa da Abreu Advogados envolvida nesta operação foi liderada pelo sócio Pedro Alves da Silva e pela consultora Teresa Anselmo Vaz.

A Abreu Advogados assessorou a acionista da consultora de telecomunicações wireless portuguesa Celfinet, a Open Spiral, SGPS, SA, na assinatura do contrato de venda de 100% do respetivo capital social à multinacional indiana Cyient, por 41 milhões de euros.

O sócio Pedro Alves da Silva e a consultora Teresa Anselmo Vaz lideraram a assessoria à vendedora da consultora portuguesa em todo o processo de negociação, numa operação que integrou mais do que uma jurisdição, nomeadamente, Portugal, Moçambique, Reino Unido, Espanha e Brasil.

A assessoria integrou ainda uma equipa multidisciplinar da Abreu Advogados, com os advogados Pedro Alvim, associado sénior, Madalena Caldeira, sócia contratada, Ricardo Henriques, sócio, António Frusoni Gonçalves, associado sénior, Zara Jamal, sócia, e Imelda Sousa, associada da JLA Advogados, escritório moçambicano membro da rede Abreu International.

A Celfinet conta com 15 anos de experiência e clientes de todo o mundo, tendo-se vindo a destacar no mercado das soluções de software e engenharia para operadoras de telecomunicações móveis.

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Universidade de Évora e Microsoft criam curso de IA para líderes de agronegócio

  • Lusa
  • 7 Junho 2022

A aposta na IA aplicada ao agronegócio “vem potenciar as empresas e os seus gestores com tecnologia inovadora”, diz o diretor nacional de tecnologia da Microsoft Portugal.

A Universidade de Évora (UÉ) e a Microsoft Portugal criaram um curso de Inteligência Artificial (IA) para executivos e líderes de negócio do setor agrícola, que terá início em setembro, anunciou esta terça-feira a instituição de ensino superior. O curso, frisa a UÉ, “pretende preparar executivos e líderes de negócio com conhecimento prático para a definição e implementação de estratégia e soluções de IA nas suas organizações”.

Trata-se de “necessidade premente” para “capacitar os empresários e gestores de topo”, segundo o professor do departamento de gestão da UÉ, Paulo Resende da Silva, “no contexto de alterações induzidas pela transformação digital”. “Focado no papel da IA no agronegócio e da transformação digital, com uma perspetiva organizacional e da gestão, será um fator distinto na nossa oferta formativa”, afirmou o professor da UÉ, citado pela assessoria de imprensa da instituição.

De acordo com Paulo Resende da Silva, o curso será baseado num modelo “orientado aos desafios e orientação das necessidades dos negócios” e será “uma oportunidade única para a qualificação dos quadros superiores das empresas de agronegócio da região e do país”. Já segundo o diretor nacional de tecnologia da Microsoft Portugal, Manuel Dias, a aposta na IA aplicada ao agronegócio “vem potenciar as empresas e os seus gestores com tecnologia inovadora”, o que constituirá “um fator relevante de competitividade num mundo cada vez mais digital”.

O curso é um programa não técnico e realiza-se em parceria entre a UÉ e a Microsoft, no âmbito da iniciativa global da empresa “AI Business School”, que pretende “capacitar os executivos de uma forma prática e acionável para construir uma estratégia de IA para a sua organização”, explica a nota divulgada universidade.

Os materiais do curso irão incluir “casos de estudo e guias”, além de “vídeos de palestras, perspetivas e conferências direcionadas para executivos”. Os seus conteúdos dão “uma visão geral das tecnologias de IA que impulsionam a mudança em todos os setores” e promovem “a gestão do impacto da IA na estratégia, cultura organizacional e responsabilidade das empresas”.

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Setor do retalho penaliza índices de Wall Street

  • Joana Abrantes Gomes
  • 7 Junho 2022

As bolsas norte-americanas estão a ser penalizadas pelas ações da retalhista Target, que anunciou o cancelamento de encomendas de fornecedores para limpar o inventário, estando a perder mais de 5%.

Depois de um dia de ganhos, os principais índices de Wall Street abriram em terreno negativo esta terça-feira, penalizados sobretudo pelas ações do setor do retalho. O corte nas previsões trimestrais da cadeia de lojas norte-americana Target aumentou as preocupações dos investidores sobre um possível abrandamento da procura numa altura de forte pressão inflacionista.

Neste contexto, o índice de referência S&P 500 desce 0,83% para 4.087,06 pontos, o industrial Dow Jones recua 0,75% para 32.669,24 pontos, e o tecnológico Nasdaq desvaloriza 1,10% para 11.928,39 pontos. Um dia depois de anunciar uma série de novos produtos, a Apple é das poucas tecnológicas que escapa às perdas, subindo 0,42%.

As ações da retalhista Target estão em queda, após anunciar que estava a cancelar encomendas de fornecedores, particularmente para bens domésticos e vestuário, para limpar o inventário acumulado antes das épocas de compras de férias. De momento, perde 5,63%, para 150,88 dólares por ação. Além disso, também uma venda de obrigações alimentou a ansiedade dos investidores sobre um possível abrandamento económico dos EUA.

Por outro lado, a diferença entre os juros da dívida dos EUA a curto e longo prazo está a diminuir, o que deixa os economistas receosos porque sugere que os investidores pensam que é mais provável uma recessão nos EUA, disse Jeffrey Halley, da corretora Oanda, num relatório. “Não creio que os EUA estejam já em estagflação”, ou num período com inflação elevada e baixo crescimento, “mas se o petróleo se mantiver acima dos 120 dólares por barril, poderá em breve estar”, afirmou Halley, citado pela Reuters.

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LEGALWORKS assessora Rock in Rio Lisboa

O regresso do festival Rock in Rio à cidade de Lisboa em 2022 conta com a assessoria jurídica da LEGALWORKS – Gomes da Silva.

A LEGALWORKS – Gomes da Silva & Associados está a assessorar o Rock in Rio Lisboa. Ao longo dos últimos anos o escritório de advogados tem vindo a assessorar as diversas edições do festival.

“Depois de uma ausência de 2 anos fruto das restrições de combate à pandemia, o maior festival de música em Portugal está de volta e a LEGALWORKS irá assegurar a assessoria jurídica do Rock in Rio Lisboa, dando assim continuidade à relação estável, e sempre em crescimento, entre as duas entidades“, refere a firma.

Para a sócia da LEGALWORKS, Andrea Campos, é com “grande sentido de responsabilidade” que assessoram o Rock in Rio. “A montagem de todo o evento conta com o nosso apoio jurídico. Fazemos parte da organização do RiR e tudo o que diz respeito a aspetos legais e jurídicos do evento passam pela nossa análise”, explicou.

“O trabalho é mais intenso neste período que antecede o evento. Cerca de dois meses antes, a nossa equipa de advogados ‘vive’ no parque da Bela Vista e é em total sintonia com a produção que cuidamos de todos os contratos, de todas as questões legais, para que o evento possa abrir portas ao público e que nada possa acontecer sem estar perfeitamente previsto em termos jurídicos”, acrescentou a sócia.

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Crescimento económico global deverá abrandar para 2,9% este ano, prevê Banco Mundial

  • Lusa
  • 7 Junho 2022

"São necessárias mudanças na política fiscal, monetária, climática e da dívida para combater a má alocação de capital e a desigualdade”, defende presidente do Banco Mundial.

O Banco Mundial prevê que o crescimento global caia de 5,7% em 2021 para 2,9% este ano, “significativamente abaixo” dos 4,1% previstos em janeiro, e alerta para o risco acrescido de um cenário de estagflação.

No seu último relatório ‘Perspetivas Económicas Globais’ (‘Global Economic Prospects’), hoje divulgado, o Banco Mundial estima que o crescimento global “se mantenha neste ritmo em 2023-24, à medida que a guerra na Ucrânia causa disrupções na atividade, no investimento e no comércio a curto prazo, a procura acumulada se reduz e a política económica e orçamental acomodatícia é retirada”.

“Como resultado dos danos causados pela pandemia e pela guerra, o nível de rendimento ‘per capita’ nas economias em desenvolvimento ficará este ano quase 5% abaixo da tendência pré-pandemia”, antecipa.

No relatório, o Banco Mundial alerta ainda para o “risco aumentado de estagflação, com as consequências potencialmente prejudiciais para as economias com rendimentos médios e baixos” que este cenário de fraco crescimento económico e inflação elevada acarreta. “Agravando os danos da pandemia de covid-19, a invasão russa da Ucrânia amplificou a desaceleração da economia global, que está a entrar no que pode se tornar um período prolongado de crescimento fraco e inflação elevada”, sustenta.

De acordo com o presidente do Grupo Banco Mundial, David Malpass, “a guerra na Ucrânia, os confinamentos na China, as interrupções na cadeia de abastecimento e o risco de estagflação estão a penalizar o crescimento” e, “para muitos países, a recessão será difícil de evitar”. “Os mercados olham para o futuro, por isso é urgente incentivar a produção e evitar restrições comerciais. São necessárias mudanças na política fiscal, monetária, climática e da dívida para combater a má alocação de capital e a desigualdade”, acrescenta.

Alertando que “o risco de estagflação é, hoje, considerável”, Malpass nota que, “entre 2021 e 2024, o crescimento global deverá abrandar em 2,7 pontos percentuais, mais do dobro da desaceleração registada entre 1976 e 1979”.

“Este crescimento modesto irá, provavelmente, persistir ao longo da década, devido ao reduzido investimento na maior parte do mundo. Com uma inflação que está, atualmente, em máximos de várias décadas em muitos países e a oferta a crescer, previsivelmente, de forma lenta, existe o risco de que a inflação continue alta por mais tempo do que o atualmente previsto”, refere.

Para reduzir o risco de estagflação, o presidente do Grupo Banco Mundial diz que os esforços em todo o mundo devem concentrar-se em “cinco áreas-chave”: limitar os danos sobre as pessoas afetadas pela guerra na Ucrânia, coordenando a resposta à crise; conter o aumento dos preços do petróleo e dos alimentos; intensificar os esforços de alívio da dívida nos países mais vulneráveis; fortalecer os serviços de saúde e os esforços para conter a covid-19 e acelerar a transição para fontes de energia com baixas emissões de carbono.

O relatório de junho das Perspetivas Económicas Globais do Banco Mundial faz uma primeira avaliação sistemática de como as condições económicas globais atuais se comparam com a estagflação da década de 1970, dando particular ênfase ao impacto que a estagflação pode ter nos mercados emergentes e nas economias em desenvolvimento.

A recuperação da estagflação da década de 1970 exigiu significativos aumentos das taxas de juro nas principais economias desenvolvidas, que desempenharam um papel proeminente no desencadear de uma série de crises financeiras nos mercados emergentes e nas economias em desenvolvimento.

Segundo o relatório, a conjuntura atual assemelha-se à década de 1970 em três aspetos principais: os distúrbios persistentes do lado da oferta que estimulam a inflação, precedidos por um período prolongado de política monetária altamente acomodatícia nas principais economias desenvolvidas; as perspetivas de enfraquecimento do crescimento; e as vulnerabilidades dos mercados emergentes e das economias em desenvolvimento face ao endurecimento da política monetária que será necessário para conter a inflação.

No entanto, o atual cenário também difere do da década de 1970 em diversas dimensões: o dólar está forte, em contraste com a grande fraqueza que evidenciava nos anos 1970, os aumentos percentuais nos preços das ‘commodities’ são menores e os balanços das principais instituições financeiras são, no geral, fortes.

“Mais importante ainda, ao contrário da década de 1970, os bancos centrais nas economias desenvolvidas e em muitas economias em desenvolvimento têm agora mandatos claros para a estabilidade de preços e, ao longo das últimas três décadas, mantiveram um histórico confiável de cumprimento das suas metas de inflação”, salienta o Banco Mundial.

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TAP estima impacto de 300 milhões com subida do preço dos combustíveis

Christine Ourmières-Widener adianta ainda que a companhia aérea quer pagar aos portugueses o "mais rapidamente possível".

O aumento exponencial dos preços dos combustíveis deverá ter um impacto de cerca de 300 milhões de euros nas contas da TAP, adiantou esta quarta-feira a presidente executiva, Christine Ourmières-Widener, durante uma audição na Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação da Assembleia da República. A responsável disse ainda que quer devolver “o mais rapidamente possível” aos contribuintes o dinheiro emprestado pelo Estado à TAP.

“Antecipamos um impacto de cerca de 300 milhões de euros” com a subida dos preços dos combustíveis. “Estamos a tentar mitigar esse custo, acrescentando combustíveis que permitirão mitigar e outras medidas”, disse a responsável, notando que até ao final do ano “não há nenhuma expectativa de que o custo venha a diminuir mais”.

Na mesma audição, Christine Ourmières-Widener referiu que, para além do impacto do preço dos combustíveis, a TAP “enfrenta” atualmente “um número significativo de desafios”, tais como as limitações na frota e as restrições de capacidade no aeroporto de Lisboa.

A responsável afirmou que o plano de restruturação é “complexo”, mas “é possível de fazer passo a passo”. “Estamos a cumprir o plano até agora”, disse Christine Ourmières-Widener, notando que a empresa está a trabalhar no primeiro relatório que será enviado à Comissão Europeia.

Sobre o empréstimo de 3,2 mil milhões de euros à TAP, Christine Ourmières-Widener afirmou que pretende devolver esse dinheiro aos contribuintes “o mais rapidamente possível”, não conseguindo, no entanto, adiantar uma data para isso.

Será um documento “longo e com muitos números”. “O plano [de restruturação] vai criar uma TAP nova e rejuvenescida, que nos vai dar os resultados que queremos”, disse a presidente executiva da companhia de bandeira.

Sobre as rotas que a TAP opera, a responsável afirmou que a companhia está a operar 90% das rotas que operava em 2019. Além disso, notou que é “obrigação” da empresa “cobrir” o Norte e as ilhas, salientando: “Qualquer rota que possa dar dinheiro nós abrimos de imediato”.

Relativamente aos trabalhadores, Christine Ourmières-Widener notou que serão recrutados mais tripulantes de cabine “para fazer face ao aumento de capacidade no verão” e que reposição dos cortes salariais negociados com os sindicatos em 2021 poderá acontecer mais cedo do que o previsto, embora tenha afirmado que “talvez” seja “demasiado cedo” para fazer essa negociação.

A responsável adiantou que, em maio deste ano, a TAP contava com cerca de 7.000 trabalhadores e o Grupo TAP com cerca de 8.000. “Recrutámos um número significativo de trabalhadores em 2022, quando comparado com os anos anteriores”, disse.

(Notícia atualizada às 16h26 com mais informação)

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