“Temos assistido a um aumento de receitas indexadas à inflação”, reconhece CEO da EDP

Miguel Stilwell d’Andrade afirma que a subida dos preços está a levar a um aumento dos custos, mas a elétrica regista também um aumento de receitas indexadas à inflação nas redes no Brasil e Portugal.

Cerimónia de entrega dos prémios IRGAwards 2021 - 23SET21
Miguel Stilwell d’Andrade, da EDP, foi escolhido como o melhor CFO em Investor RelationsHugo Amaral/ECO

“A aceleração da inflação a que estamos a assistir coloca alguns desafios à EDP”, reconhece o CEO, apontando o aumento dos custos de produção, construção ou desenvolvimento. Por outro lado, a elétrica tem vindo a assistir a um aumento de algumas receitas indexadas à inflação, como as redes no Brasil, em Portugal ou uma parte das receitas da EDP Renováveis, afirma Miguel Stilwell d’Andrade, em resposta por email a questões do ECO.

O presidente executivo da EDP, que é um dos nomeados na categoria de melhor CEO na relação com os investidores da 34.ª edição dos Investor Relations and Governance Awards (IRGAwards), uma iniciativa da consultora Deloitte, salienta ainda que a aposta do grupo nas renováveis, há quase duas décadas, “tem contribuído para atenuar o atual momento de incerteza”, uma vez que “as tecnologias limpas reduzem a volatilidade de preços”.

Engenheiro mecânico, formado na Universidade de Strathclyde (Glasgow, Escócia) e com um MBA pela Sloan School of Management do MIT, Miguel Stilwell entrou para a EDP em 2000, após vários anos na área de fusões e aquisições do UBS Investment Bank, que o levaram a várias geografias do globo. Na elétrica coordenou vários negócios de M&A e as entradas em bolsa da EDP Energias do Brasil e da EDP Renováveis, entre outras operações, chegando a administrador financeiro em 2018. Em julho de 2020, então com 44 anos, assumiu interinamente o cargo de CEO, passando a ocupar de forma efetiva as funções em janeiro do ano seguinte, após uma assembleia geral na qual foi eleito com 99,98% dos votos.

“Temos quase metade da população mundial, entre 3,3 e 3,6 mil milhões de pessoas, a viver em contextos altamente vulneráveis às alterações climáticas”, afirma, salientado a urgência de serem implementadas soluções. “A maior lição que todas as empresas devem retirar é a necessidade de contribuírem de forma ativa e efetiva para a transformação de que o mundo precisa”, sublinha.

Que desafios é que a aceleração da inflação está a criar para o negócio e de que forma é que a EDP está a responder a eles?

A aceleração da inflação a que estamos a assistir coloca alguns desafios à EDP, sobretudo por sermos uma empresa que atua num negócio de capital intensivo. Por um lado, pode significar o aumento dos custos de produção, construção, desenvolvimento, entre outros, face ao aumento de preços das matérias-primas, transportes e mão-de-obra. No entanto, também temos vindo a assistir a um aumento de algumas das nossas receitas que estão indexadas à inflação, tais como as redes no Brasil, em Portugal ou, por exemplo, uma parte das receitas da EDP Renováveis.

A aposta que o grupo tem feito, há quase duas décadas, nas energias renováveis tem contribuído para atenuar o atual momento de incerteza, uma vez que, além das questões ambientais e de independência energética, as tecnologias limpas reduzem a volatilidade de preços. Importa também referir que, neste contexto desafiante, a EDP tem procurado que todos os fatores externos que estão a ter implicações no setor da energia não representem um impacto negativo para os seus clientes, de forma a assegurar a maior estabilidade possível nos preços da eletricidade.

A inflação trouxe também um novo ciclo de aumento das taxas de juro. Qual será a resposta da EDP a este novo enquadramento?

A EDP faz uma gestão proactiva da sua exposição aos mercados e riscos financeiros, nomeadamente no que concerne a taxas de juro, com base na aplicação da política financeira do grupo. Tem, por isso, definidos rácios e procedimentos que lhe permitem manter uma situação financeira equilibrada apesar do contexto atual, sendo que atualmente, a percentagem de dívida a taxa fixa da EDP situa-se em torno dos 70%, acima de muitos dos seus pares.

“Shaping human lives through sustainability and technology” foi o tema escolhido para a edição deste ano dos IRGAwards, num convite à reflexão sobre a maneira como funcionamos enquanto sociedade e o legado que deixaremos às gerações futuras. O que é urgente mudar para deixarmos às próximas gerações um legado melhor?

Como empresa global, com uma liderança reconhecida na transição energética, temos uma responsabilidade ainda maior sobre o futuro do planeta e das novas gerações. Esse futuro, para o qual nos empenhamos e mobilizamos, com os melhores recursos e talentos, passa, claramente, pela sustentabilidade. Os últimos alertas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas deixam pistas muito claras sobre o caminho a seguir para prevenir ou combater as alterações climáticas, e sobre o que temos de fazer, rapidamente, para nos adaptarmos às consequências reais do aquecimento global.

Temos quase metade da população mundial, entre 3,3 e 3,6 mil milhões de pessoas, a viver em contextos altamente vulneráveis às alterações climáticas e, por isso, precisamos agora, mais do que nunca, de implementar soluções e as renováveis são uma parte fundamental desta resposta. É esse o caminho que há muito estamos a abrir em várias frentes e em várias regiões do mundo, garantindo novos e inovadores projetos de energia verde, de mobilidade elétrica ou de eficiência energética que contribuem para reduzir e até eliminar o recurso a combustíveis fósseis e fontes poluentes. Ao mesmo tempo, apoiamos e promovemos o acesso a energia limpa, mesmo em comunidades remotas e mais desfavorecidas. Ninguém pode ficar para trás neste processo. Todos devem ter um futuro sustentável. É esse o compromisso da EDP: ser um agente de mudança por um futuro melhor e mais verde.

A maior lição que todas as empresas devem retirar é a necessidade de contribuírem de forma ativa e efetiva para a transformação de que o mundo precisa.

Miguel Stilwell

Da sua experiência como gestor, que lição considera mais valiosa para enfrentar o momento atual?

O atual momento que o mundo, e em particular a Europa, vive representa um sério aviso para todos: é preciso atuar agora e coletivamente para garantir um futuro sustentável para as próximas gerações. A maior lição que todas as empresas devem retirar é a necessidade de contribuírem de forma ativa e efetiva para a transformação de que o mundo precisa.

Enquanto gestor, e especialmente enquanto gestor de uma empresa que, pelo setor em que opera, desempenha um papel fundamental nesta mudança, a lição mais valiosa que retiro é a da necessidade de mobilizar as pessoas e o talento da empresa para construir soluções para os problemas que enfrentamos e para gerir o risco num momento de elevada complexidade e incerteza. A capacidade de reagir rápido, mas de forma consistente, é um fator decisivo perante um mundo em constante mudança, com novos desafios a emergir a cada dia.

Mas é também nestes tempos mais incertos que surgem as melhores oportunidades de crescimento porque são precisamente os desafios que nos levam a ir mais longe e a procurar soluções onde nunca antes procurámos. São temas que também nos obrigam a pensar e a fazer diferente, o que, no caso particular da empresa que lidero, tem permitido dar um significativo passo em frente na liderança da transição energética neste contexto de dependência das energias fósseis.

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Concessões de imóveis públicos para fins turísticos criaram até 140 empregos

  • Lusa
  • 24 Maio 2022

“Já foram lançados 40 concursos. Com os dez hoje lançados, atinge-se a meia centena", diz a secretária de Estado do Turismo, Rita Marques.

A secretária de Estado do Turismo disse esta terça-feira que as concessões já atribuídas de imóveis públicos para fins turísticos, ao abrigo do Fundo Revive Natureza, permitiram criar entre 120 a 140 postos de trabalho. “Já foram lançados 40 concursos. Com os dez hoje lançados, atinge-se a meia centena. Até ao momento com as concessões atribuídas foram criados entre 120 a 140 postos de trabalho. Os montantes do investimento efetuado divergem por dependerem das características dos imóveis”, afirmou Rita Marques.

Questionada pelos jornalistas, à margem da apresentação da segunda fase dos concursos para atribuição dos direitos de exploração sobre imóveis do domínio público ferroviário, em Valença, Rita Marques não apontou o montante do investimento realizado naquelas concessões por “depender das características” dos equipamentos, desde antigas casas florestais, estações ferroviárias e postos fiscais.

São empreendimentos turísticos de maior ou menor dimensão, cujo investimento na sua regeneração depende das características dos imóveis, que são transformados em espaços de restauração, animação turística, criando novas dinâmicas turísticas no território”, afirmou, em declarações aos jornalistas junto à antiga estação ferroviária de Ganfei, em Valença, no distrito de Viana do Castelo, um dos imóveis incluído na segunda fase dos concursos para atribuição dos direitos de exploração sobre imóveis do domínio público ferroviário.

Rita Marques destacou a importância do “modelo de concessão do Turismo de fundos” por visar “a requalificação de imóveis devolutos, sem utilização económica, criando uma nova ponte para a regeneração dos territórios, envolvendo os privados na exploração económica desses espaços”. Para a governante, o fundo Revive Natureza “é um dos muitos bons exemplos de como se pode contribuir para a regeneração do território, utilizando equipamentos devolutos, recuperando esse património, com o envolvimento dos parceiros privados e contribuindo para a coesão territorial”.

“É um programa que abrange a regeneração urbana, a criação de postos de trabalhos e de riqueza nos territórios”, referiu, acrescentando que “o privado tem a responsabilidade de regenerar os equipamentos para os abrir às comunidades”.

A partir desta terça e até 21 de setembro, os interessados podem concorrer aos 10 novos concursos para atribuição de direitos de exploração turística sobre imóveis do domínio público ferroviário. Em causa estão 12 antigas estações ferroviárias que serão objeto de requalificação e valorização, promovendo o desenvolvimento regional e local, através de novas utilizações para fins turísticos.

Os imóveis ficam sujeitos a várias regras de utilização e de gestão em rede, como o uso da marca Revive Natureza, o consumo de produtos locais, a sustentabilidade ambiental e a valorização do território.

No concelho de Valença, distrito de Viana do Castelo, está incluída a estações de Ganfei e, em Monção, a da Senhora da Cabeça. O distrito de Bragança tem o maior número de estações a concurso. A estação de Freixo de Espada à Cinta, no concelho de Freixo de Espada à Cinta, as de Bruçó, Vilar do Rei, Mogadouro, Variz, Mogadouro, de Urrós, todas no concelho de Mogadouro e as estações de Moncorvo, Carvalhal, Felgar e Fonte do Prado, no concelho de Torre de Moncorvo.

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Hotel 5 estrelas do Alto Minho abre este ano em Monção e cria 20 empregos

  • Lusa
  • 24 Maio 2022

O investimento ultrapassa os cinco milhões de euros e vai criar, numa primeira fase, 20 postos de trabalho, avançou o presidente da Câmara de Monção.

O presidente da Câmara de Monção disse esta terça-feira que o primeiro hotel 5 estrelas do distrito de Viana do Castelo, orçado em mais de cinco milhões de euros, abre este ano em Badim, criando 20 postos de trabalho. “O primeiro hotel 5 estrelas do Alto Minho vai abrir na freguesia de Badim, com 67 quartos, salas de festas com capacidade para 180 pessoas e todas as condições de uma unidade hoteleira com esta classificação. O investimento ultrapassa os cinco milhões de euros e vai criar, numa primeira fase, 20 postos de trabalho”, afirmou António Barbosa.

O autarca social-democrata, que falava aos jornalistas no final da apresentação, em Valença, da segunda fase dos concursos para atribuição dos direitos de exploração sobre imóveis do domínio público ferroviário, disse que a “vontade” do promotor é abrir o hotel no dia 30 de junho. “Não acredito que seja possível, mas que abre este ano é uma realidade que já me deixa muito feliz”, afirmou, adiantando que o promotor “já tem alguns investimentos em Arcos de Valdevez, como o hotel Ribeira”.

António Barbosa acrescentou que o processo de licenciamento de outro projeto turístico “já entrou no município”, reflexo do “interesse” que a região tem vindo a despertar junto de “investidores de fora” do distrito de Viana do Castelo. Sobre o novo projeto escusou-se a adiantar pormenores, referindo tratar-se de uma unidade “completamente diferenciadora e uma grande alavanca não só para Monção, mas para todo o Alto Minho”.

Este território tem feito um caminho extraordinário, como mostram os números do turismo que dizem que continuamos a crescer de uma forma brutal e precisamos de mais camas. Esse é um desafio aos privados, porque hoje os turistas procuram os nossos territórios porque temos tudo para oferecer”, sublinhou.

Como exemplo das condições que a região tem para oferecer, António Barbosa apontou a natureza, a gastronomia e “o vinho da sub-região Monção Melgaço que cresce acima dos dois dígitos, há já vários anos consecutivos, com o turismo a acompanhar essa tendência”.

“O Alto Minho tem condições magníficas para oferecer ao turismo mantendo o que os nossos antepassados nos deixaram. Estes investimentos são importantes para a valorização do nosso território, mas acima de tudo mostra que são investidores de fora a dizer que este território tem condições para conseguir garantir e atrair outro tipo de turistas à região”, frisou.

“É uma evidência do que está a acontecer no território como um todo. Neste caso particular fomos nós a ser bafejados com a sorte. Tenho a certeza que outros investimentos surgirão no seguimento deste”, insistiu. Para o autarca social-democrata, os operadores turísticos “olham hoje para o território como uma mais-valia por perceberem que o turismo procura muito mais do que praia. Portugal hoje é muito mais que sol e mar. É natureza e segurança. Essas condições podem alavancar não só o turismo, mas para a atividade empresarial”, destacou.

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Crescimento sustentável “ocupa” Exponor com 3.000 gestores de topo

"Maior conferência de gestão e marketing da Europa” volta a Matosinhos entre 28 e 30 de junho. Organização da QSP Summit espera 140 expositores e mais de 3.000 quadros médios e superiores na plateia.

Fareed Zakaria (CNN), Sally Eaves (Global Cyber Trust), Tom Raftery (SAP), Jane Thomason (Kasei Holdings), Delia García (L’Oréal), Rory Sutherland (Ogilvy UK) e Ashley Fell (McCrindle) são os principais oradores da edição de 2022 da QSP Summit, que vai decorrer entre 28 e 30 de junho na Exponor, em Matosinhos.

Na 15ª edição da “maior conferência de gestão e marketing da Europa”, como foi apresentada esta terça-feira, Rui Ribeiro, fundador e CEO da consultora de marketing QSP, adiantou que são esperados mais de 3.000 quadros médios e superiores para debater o tema do crescimento sustentável.

Durante o lançamento oficial na Casa de Montevideu, no Porto, o responsável pela organização desta conferência, que irá ocupar quatro pavilhões da Exponor, sublinhou que está a preparar uma “produção de nível internacional” e prometeu “continuar a apostar no que [os] tornou conhecidos, que são os oradores e os conteúdos de excelência”.

Vamos ter uma produção de nível internacional e vamos continuar a apostar no que nos tornou conhecidos, que são os oradores e os conteúdos de excelência.

Rui Ribeiro

Organizador da QSP Summit

Durante três dias, espalhados por sete palcos diferentes, os mais de 60 oradores vão abordar temas ligados à economia e sustentabilidade organizacional, liderança corporativa, tecnologia, metaverso, persuasão ou os consumidores emergentes. O programa conta com os habituais Worklabs (temáticas específicas) ou uma sessão especial promovida pelo Turismo do Porto e Norte de Portugal sobre o Aeroporto Sá Carneiro, com a participação do ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos.

A organização destaca ainda o “Thinkers Hall”, conduzido por Fareed Zakaria (jornalista da CNN), ou as sessões “Trends Forum”, “Future of Talent” e “Ready to Dare?”, com especialistas das maiores empresas mundiais de recursos humanos e retenção de talento, como a Randstad, Michael Page, Korn Ferry ou Boyden, para abordar “um mercado de trabalho cada vez mais consciente e equilibrado, na busca por melhor performance pessoal e profissional”.

Outras duas novidades na edição deste ano serão a cerimónia de abertura, agendada para o Teatro Municipal do Porto – Rivoli no dia 28 de junho, que contará com a participação especial do gestor português António Horta Osório; e a QSP Summit Sunset Party, no final do dia seguinte, prevista para o L’Kodac, em Leça da Palmeira.

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Rock ‘n’ Law 2022 apoia a Associação dos Ucranianos em Portugal

No dia 30 de setembro 14 escritórios de advogados voltam a unir-se presencialmente na iniciativa solidária Rock 'n' Law. Este ano vão apoiar a Associação de Ucranianos de Portugal.

O Rock ‘n’ Law está de volta aos palcos físicos, após duas edições em formato digital. A edição deste ano realizar-se-á no dia 30 de setembro e vai apoiar a Associação de Ucranianos de Portugal (AUP), com o projeto “Centro de Integração para os Refugiados (CIR)”.

Com quase 20 anos de existência em Portugal, esta associação tem como objetivo a defesa dos direitos dos cidadãos ucranianos que emigrem para Portugal, ajudando-os na integração na sociedade portuguesa e na melhoria da qualidade de vida.

O CIR é um dos novos projetos da associação, criado especialmente para o apoiar os cidadãos, nesta que é a maior vaga de emigração dos últimos 40 anos. Com a ajuda do Rock ‘n’ Law, o projeto pretende reforçar o apoio a diversos problemas sociais, como o apoio à educação, o apoio jurídico, apoio à integração profissional e o apoio alimentar. Para além disso, contribuirão para a criação de uma Linha de Apoio Psicossocial que encaminhará os pedidos de ajuda de forma rápida, especialmente numa altura de grande fragilidade económica e emocional destes cidadãos.

Com este donativo, a organização do Rock ‘n’ Law pretende impactar cerca de 3.000 beneficiários diretos da associação e ainda 6.000 beneficiários indiretos, como por exemplo famílias. “Espera-se que a linha de apoio psicossocial receba 2.500 contactos e que se possam ajudar estas pessoas através do correto encaminhamento dos refugiados para projetos específicos da associação ou outros serviços e entidades”, refere a organização em comunicado.

“A Europa vive, atualmente, uma situação inesperada e que mudou dramaticamente a vida de muitos ucranianos. Devido à guerra, assistimos agora a uma das mais rápidas deslocações de refugiados da história e à mais grave crise humanitária desde a II Guerra Mundial. Neste sentido, decidimos que todos somos chamados a ajudar! Sendo esta uma associação com quase 20 anos de existência, a organização do Rock ‘n’ Law decidiu unir-se à missão da AUP e contribuir, assim, para melhorar as condições e a qualidade de vida de todos os que, nesta altura, veem o nosso país como um refúgio para uma nova e melhor vida”, explica Francisco Proença de Carvalho, o advogado responsável pela organização do evento.

“A Associação dos Ucranianos em Portugal agradece, em seu nome e todos os refugiados que vão ser apoiados por este projeto, à organização do Rock ‘n’ Law por terem respondido de forma tão pronta à AUP e terem decidido apoiar este projeto. A criação desta linha de apoio psicossocial e de outras iniciativas previstas para o suporte aos desafios da população ucraniana em Portugal são essenciais neste momento e sei que fará toda a diferença. Quando lançámos a Associação, há 20 anos, nunca imaginámos vir a assistir a um momento tão difícil e que o nosso trabalho pudesse tornar-se ainda mais relevante”, sublinha Pavlo Sadokha, presidente da Associação dos Ucranianos em Portugal.

O Rock ‘n’ Law é uma iniciativa solidária e que ao longo das últimas 13 edições já angariou mais de 800 mil euros através de um evento de música e solidariedade promovido por sociedades de advogados e que move a sociedade civil e as empresas.

O evento é uma iniciativa da Abreu Advogados, CMS Portugal, DLA Piper, Cuatrecasas, Eversheds Sutherland FCB, Gómez-Acebo & Pombo, SRS Advogados, Linklaters, Garrigues, Morais Leitão, Sérvulo, PLMJ, Uría Menéndez – Proença de Carvalho e Vieira de Almeida.

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Governo brasileiro troca de presidente da Petrobras após 40 dias no cargo

  • Lusa
  • 24 Maio 2022

José Mauro Coelho tinha assumido a liderança da empresa a 14 de abril. Bolsonaro já tinha substituído o ministro da Energia depois da Petrobras ter anunciado um novo aumento do preço dos combustíveis.

O Governo brasileiro anunciou esta terça-feira que o presidente eleito há 40 dias para presidir à companhia estatal petrolífera Petrobras abandonou o cargo, tendo sido convidado Caio Mário Paes de Andrade para exercer as funções.

“O Governo consigna ao Presidente José Mauro os agradecimentos pelos resultados alcançados em sua gestão, frente a Petrobras. O Brasil vive atualmente um momento desafiador, decorrente dos efeitos da extrema volatilidade dos hidrocarbonetos nos mercados internacionais”, lê-se no comunicado divulgado pelo Ministério de Minas e Energia do Brasil. “Adicionalmente, diversos fatores geopolíticos conhecidos por todos resultam em impactos não apenas sobre o preço da gasolina e do diesel, mas sobre todos os componentes energéticos”, acrescentou.

José Mauro Coelho tinha assumido a presidência no dia 14 de abril, na sequência da aprovação do seu nome por parte do conselho de administração. A troca acontece horas depois de o Presidente brasileiro ter criticado a redução de 30% do fornecimento à Petrobras de gás natural por parte da empresa estatal boliviana Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB).

“A Bolívia cortou 30% do nosso gás para entregar para a Argentina. Como agiu a Petrobras nessa questão também? Parece que é tudo orquestrado. O gás, se tiver que comprar de outro local, é cinco vezes mais caro”, criticou. Dez dias antes, Jair Bolsonaro, já tinha substituído o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, poucos dias depois de criticá-lo publicamente por permitir que a petrolífera Petrobras anunciasse um novo aumento do preço dos combustíveis.

Durante os 40 dias que esteve ao comando da Petrobras, José Mauro Coelho foi constantemente criticado por Bolsonaro também devido ao aumento do preço dos combustíveis. Jair Bolsonaro chamou aos elevados lucros da empresa estatal um “crime inadmissível” ou uma “violação”, por alegadamente decorrerem das subidas consecutivas do preço dos combustíveis no país.

José Mauro Coelho tinha sido o escolhido por Bolsonaro em resposta à insatisfação do chefe de Estado com o anterior presidente da companhia petrolífera estatal por repetidos reajustamentos de preços.

A Petrobras, que tem uma política de paridade de preços internacionais do petróleo bruto no mercado brasileiro, anunciou no início do mês um novo aumento do diesel, principal combustível utilizado por camiões no Brasil, num reajuste que pode pressionar ainda mais a inflação crescente, que já ultrapassou 12%.

A petrolífera brasileira Petrobras obteve um lucro de 44,6 mil milhões de reais (8,4 mil milhões de euros) no primeiro trimestre de 2022, um valor 38 vezes superior ao registado em igual período de 2021 e o mais alto do período da sua história.

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Snapchat afunda 40% e castiga ações das redes sociais. Wall Street abre em queda

  • Joana Abrantes Gomes
  • 24 Maio 2022

A Snap, dona da rede social Snapchat, está a penalizar Wall Street, numa altura em que as ações de cotadas de redes sociais registam fortes perdas.

Os principais índices de Nova Iorque abriram a sessão em queda, penalizados pela dona da rede social Snapchat, que está a afundar quase 40% em bolsa, para 13,64 dólares por ação.

A empresa arrisca perder cerca de 10 mil milhões de dólares em valor de mercado, depois de ter comunicado aos investidores que não deverá atingir as metas traçadas para o trimestre.

O sentimento negativo alastra-se a outras redes sociais e empresas que exploram publicidade digital. A Meta, dona do Facebook, afunda 9,74%, enquanto a Alphabet, dona do Google, cai mais de 6%. O Twitter perde 2,55%.

Neste contexto, o S&P 500 desvaloriza 0,78%, para 3.942,94 pontos, depois de ter entrado em bear market na passada sexta-feira, ao cair mais de 20% abaixo do seu recorde. O industrial Dow Jones recua 0,51%, para 31.717,61 pontos, acompanhado pelo tecnológico Nasdaq, que perde 1,81%, para 11.326,44 pontos.

As declarações do Presidente dos EUA na segunda-feira acerca da possibilidade de reduzir algumas tarifas sobre produtos importados da China que foram aplicadas pela anterior Administração não foram o suficiente para atenuar o ambiente em Wall Street, que continua marcado pela preocupação com a inflação.

As ações nos mercados asiáticos também fecharam em baixa, ao passo que os índices de referência europeus estavam em declínio a meio da sessão, um dia após as bolsas norte-americanas terem tido um forte arranque de semana, impulsionadas pelas ações tecnológicas.

(Notícia atualizada às 15h12)

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Ativos digitais: “A regulação é importante mas podia ser facilitada”, diz Pedro Melo

Verónica Fernández, sócia da Sérvulo, Pedro Borges, co-founder & CEO da CriptoLoja, e Pedro Melo, co-founder & CEO da Altcry, são os participantes do último painel da Advocatus Summit.

Sobre o tema “A emergência dos ativos digitais”, o último painel da Advocatus Summit Lisboa foi composto por Verónica Fernández, sócia de Financeiro e Governance da Sérvulo & Associados, Pedro Borges, co-founder & CEO da CriptoLoja, e Pedro Melo, co-founder & CEO da Altcry.

A sócia da Sérvulo começou por sublinhar que este tema é “grande atualidade” e que vem despertando um “grande interesse” e “grande debate” a nível global. “Este tema não se perfila como efémero, mas com capacidade para ter efeitos disruptivos e até alterar todo o paradigma sobre o qual assenta grande parte do setor financeiro em Portugal”, notou.

A CriptoLoja foi a primeira entidade a obter a licença do Banco de Portugal (BdP) para poder exercer atividades com ativos virtuais em termos de prevenção de branqueamento de capitais e Pedro Borges relembra que todo esse processo “correu bem”, apesar dos contratempos.

Nós criamos a CriptoLoja antes sequer de se falar em qualquer tipo de regulação. Criamos a empresa, alugamos o espaço, criamos a web, crm, todas essas coisas e quando estávamos mesmo a começar é quando sai a lei que infelizmente saiu sem período transitório e que a partir do momento ficou aprovada nos colocou numa situação de ilegalidade”, explicou.

Pedro Melo notou que o processo junto do BdP pode se caracterizar como “extremamente extensivo”, “demoroso” e “ambíguo”. “Percebo que a regulação é importante e é muito importante sobretudo para transmitir a confiança necessária para os mercados e usufrutuários que possam estar interessados, mas podia ser facilitada”, considerou. Para facilitar o processo, o co-founder & CEO da Altcry deixou duas sugestões: “haver um estilo do género de checklist e “haver um helpdesk”.

Sobre a fiscalidade associada às mais-valias, Pedro Melo frisou que gostaria que não prejudicasse a oportunidade que estão a ter de colocar Portugal “na vanguarda da inovação e tecnológica e ser uma referência geoeconómica no mundo”. Partilhando do mesmo entendimento, Pedro Borges acrescentou que “é uma utopia achar que isto não vai ser taxado” e sublinhou que gostaria que fosse uma lei fiscal de “qualidade”. “Um bitcoin, um ethereum ou um NFT são todos ativos digitais mas são coisas completamente diferentes. Portanto, taxar um bitcoin ou um NFT da mesma maneira é uma ‘palermice’”, notou.

Esta iniciativa é considerada o principal evento que liga a advocacia de negócios aos agentes empresariais e da economia e contou com o patrocínio de Abreu Advogados, AVM Advogados, CMS Portugal, Cuatrecasas, Miranda & Associados, Morais Leitão, PLMJ, PRA-Raposo, Sá Miranda & Associados, Serra Lopes, Cortes Martins & Associados, Sérvulo & Associados, SRS Advogados, TELLES, Vieira de Almeida, e ainda a Moneris.

Conheça aqui o programa da Advocatus Summit

Painel 1 – Entrevista “Crescimento da economia e competitividade para o Portugal do pós pandemia”

  • Com Pedro Raposo, sócio administrador e responsável de Corporate na PRA, entrevistado por Filipa Ambrósio de Sousa, diretora executiva da Advocatus. Vídeo aqui.

Painel 2 – “Agribusiness em Portugal: tendências e perspetivas de investimento”

  • Com Eduardo Oliveira e Sousa, presidente da CAP, e Alexandra Martins, sócia da Serra Lopes, Cortes Martins, moderado por André Veríssimo, redator principal do ECO. Vídeo aqui.

Painel 3 – “Financiamento sustentável: novos desenvolvimentos”

  • Com Ana Sá Couto, administradora do Banco Empresas Montepio, e Claire Bright, fundadora do Centro de Conhecimento NOVA Business, Human Rights and the Environment, da NOVA School of Law, moderado por Raquel Azevedo, sócia de Mercado de Capitais, Bancário e Financeiro da PLMJ. Vídeo aqui.

Painel 4 – Criptoativos: da fiscalidade à regulação”

  • Com Susana A. Duarte, advogada principal da Abreu Advogados, Ilda Marcelino, responsável pela Unidade de Transformação Digital da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, moderado por Isabel Pinheiro Torres, advogada principal da Abreu Advogados. Vídeo aqui.

Painel 5 – “As Novas Formas de Trabalho nas sociedades de advogados”

  • Com António Vicente Marques, managing partner da AVM, e Francisco Goes Pinheiro, advogado coordenador da AVM, moderado por Frederico Pedreira, jornalista da Advocatus/ECO. Vídeo aqui.

Painel 6 – “Cibersegurança e ciber-resiliência no novo normal”

  • Com Nuno Teodoro, Cyber Security and Privacy Officer da Huawei, e Pedro Miguel Machado, Data Protection Officer do Grupo Ageas Portugal, moderado por Joana Mota Agostinho, sócia co-coordenadora da área de PI-TMT da Cuatrecasas. Vídeo aqui.

Painel 7 – “Desafios da nova Lei de Bases do Clima”

  • Com Bernardo Cunha Ferreira, associado coordenador de Energia & Alterações Climáticas da CMS Portugal, e João Wengorovius Meneses, Secretary General da BCSD, moderado por Maria Figueiredo, of counsel da CMS Portugal. Vídeo aqui.

Painel 8 – “As Indústrias Criativas, os NFTs e as Criptomoedas”.

  • Com Armando Serapicos, manager da Moneris, Pauline Foessel, fundadora e diretora da Artpool, e Rui Ferraz, Diretor Comercial | Innovarisk Underwriting, moderado por Flávio Nunes, editor do ECO. Vídeo aqui.

Painel 9 – ESG: Taxonomia e os Atos Delegados do Clima”

  • Com Duarte Cordeiro, ministro do Ambiente e da Ação Climática, e Francisco Gomes da Silva, diretor geral na CELPA, moderado por Assunção Cristas, of counsel da VdA. Vídeo aqui.

Painel 10 – Entrevista “Licenciamento urbanístico – necessariamente uma dor de cabeça?”

  • Com Rui Ribeiro Lima, advogado sénior da Morais Leitão, entrevistado por Mónica Silvares, editora do ECO. Vídeo aqui.

Painel 11 – “Controle externo e riscos na gestão de fundos europeus”

  • Com Fernando Alexandre, professor de Economia na Universidade do Minho, Ricardo Figueiredo, empresário, Presidente e CEO da FEPSA, moderado por João Pinho de Almeida, consultor na TELLES. Vídeo aqui.

Painel 12 – “Imobiliário: as novas tendências de investimento”

  • Com Neuza Pereira de Campos, sócia da SRS, Leonardo Peres, managing director da M7 Real Estate, e Nuno Nunes, Head of Capital Markets, Senior Director da CBRE. Vídeo aqui.

Painel 13 – Whistleblowing: novas obrigações das empresas”

  • Com Susana Figueiredo, Procuradora da República e docente no CEJ, e Carlos Martins Ferreira, Diretor Jurídico do Grupo Jerónimo Martins, moderado por Catarina Veiga Ribeiro, of counsel da Miranda. Vídeo aqui.

Painel 14 – “A emergência dos ativos digitais”

  • Com Pedro Borges, Co-Founder & CEO da CriptoLoja, e Pedro Melo, Co-Founder & CEO da Altcry, moderado por Verónica Fernández, sócia de Financeiro e Governance da Sérvulo.

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“Seremos intransigentes” nas sanções a Abramovich, diz Cravinho sobre venda do Chelsea

  • Lusa
  • 24 Maio 2022

Gomes Cravinho confirma que o Governo está em diálogo com o Governo britânico e com a Comissão Europeia, mas sublinha que será intransigente na aplicação das sanções da UE a Abramovich.

O ministro dos Negócios Estrangeiros confirmou esta terça-feira contactos com o Governo britânico sobre a venda do Chelsea, controlado por Roman Abramovich até às sanções internacionais pela invasão da Ucrânia, com João Gomes Cravinho a garantir que são para aplicar.

“Em relação ao Chelsea, naturalmente que há aqui um ponto absolutamente fundamental: Portugal aplica as sanções que foram decretadas pela União Europeia. Nós fazemo-lo de forma rigorosa, fazemo-lo sem exceções, e é assim que nós aplicamos as sanções, é assim que nós vamos continuar a aplicar as sanções”, afirmou o chefe da diplomacia de Portugal, questionado pelos jornalistas à margem da visita que está a realizar à ilha de Santo Antão, Cabo Verde.

Em causa está a venda do clube Chelsea ao grupo liderado por Todd Boehly, coproprietário da equipa de basebol dos Los Angeles Dodgers, que segundo a imprensa britânica deverá ser fechada nas próximas 24 horas, por cerca de 4,25 mil milhões de libras (4,9 mil milhões de euros).

Contudo, como Roman Abramovich detém um passaporte português, as autoridades portuguesas terão também de autorizar o negócio, conforme noticiou na segunda-feira a BBC.

“O Governo britânico está a estudar possibilidades de alienação daquilo que é, neste momento, propriedade de uma pessoa que está sob lista de sanções. Obviamente, estamos em diálogo com o Governo britânico, estamos em diálogo com a Comissão Europeia, mas seremos intransigentes na aplicação das nossas obrigações jurídicas”, afirmou João Gomes Cravinho.

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Moedas propõe consulta pública “não inferior a 45 dias” sobre redução da velocidade em Lisboa

  • Lusa
  • 24 Maio 2022

Presidente da Câmara Municipal de Lisboa propôs uma consulta pública "não inferior a 45 dias" sobre o corte do trânsito na Avenida da Liberdade aos domingos e redução da velocidade na cidade.

O presidente da Câmara de Lisboa quer uma consulta pública “não inferior a 45 dias” sobre o corte do trânsito na Avenida da Liberdade aos domingos e a redução da velocidade na cidade, proposta que será discutida na quarta-feira.

Carlos Moedas (PSD) propõe “submeter a um período de consulta e discussão pública, não inferior a 45 dias, as medidas previstas nos pontos 1 e 2 da deliberação n.º 233/CM/2022”, que têm que ver com a proposta do Livre pela redução da dependência dos combustíveis fósseis em Lisboa, nomeadamente a reativação do programa “A Rua é Sua”, com a eliminação do trânsito automóvel na Avenida da Liberdade em todos os domingos e feriados.

A proposta prevê também a redução em 10 quilómetros por hora (km/h) da velocidade máxima de circulação permitida na cidade.

Segundo o documento subscrito por Carlos Moedas, a que Lusa teve acesso e que será apreciado na quarta-feira na reunião pública da câmara, o presidente do município da capital sugere ainda que o período de consulta pública “incidirá igualmente sobre os estudos, pareceres e pronúncias de entidades externas que venham a ser solicitados”.

Apreciada em 11 de maio em reunião privada do executivo camarário, a iniciativa “Contra a guerra, pelo clima: proposta pela redução da dependência dos combustíveis fósseis na cidade de Lisboa”, apresentada pelo Livre, foi aprovada com sete votos contra da liderança PSD/CDS-PP, duas abstenções dos vereadores do PCP e oito votos a favor, designadamente cinco do PS, um do Livre, um do BE e um da vereadora independente eleita pela coligação PS/Livre.

Depois de acusar a oposição de “soberba” e de defender a necessidade de estudos e de consulta pública, Carlos Moedas avança agora com uma proposta nesse sentido, considerando que “o processo participativo sobre a construção de medidas para a cidade deverá ser esclarecido e informado, tendo por base estudos, pareceres e pronúncias de entidades externas e de forma a capacitar os cidadãos para uma efetiva pronúncia sobre a matéria em causa”.

“Todas as medidas implementadas pelas autarquias devem ser ponderadas também à luz dos impactos económico-financeiros endógenos e exógenos, ou seja, levando em conta não só o impacto financeiro direto para o orçamento do município como, por outro lado, o impacto económico que determinada medida pode repercutir no ecossistema da cidade”, lê-se na proposta do autarca do PSD.

O Livre na Câmara de Lisboa disse que, após aprovada a sua proposta, está nas mãos do presidente do executivo municipal definir como será implementada.

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Testes gratuitos à Covid-19 só a partir de quarta-feira

  • Lusa
  • 24 Maio 2022

A medida estava prevista entrar em vigor esta terça-feira, mas acertos técnicos obrigam ao adiamento até amanhã. Os testes têm de ser prescritos pelo médico para poderem ser comparticipados.

Os testes à Covid-19 prescritos pelo Serviço Nacional de Saúde e comparticipados a 100% só devem começar a ser feitos nas farmácias a partir de quarta-feira, dia 25 de maio, pois ainda estão a decorrer acertos técnicos, indica a Associação Nacional de Farmácias (ANF). É necessário receita.

Segundo a presidente da ANF, Ema Paulino, a situação está “em vias de resolução” e estão previstas reuniões para esta terça-feira com os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde para operacionalizar a medida em termos técnicos e permitir às farmácias aceder às prescrições na plataforma usada.

Neste momento, apenas era possível fazer testes prescritos e comparticipados a 100% nos laboratórios com acordo com o Serviço Nacional de Saúde, possibilidade que volta a ser alargada às farmácias comunitárias com a portaria publicada na segunda-feira.

Com a publicação da portaria, o Governo retoma a comparticipação a 100% dos testes rápidos de antigénio (TRAg), mediante prescrição e com um valor máximo em termos de comparticipação de 10 euros.

Na altura, em declarações à Lusa, a responsável da ANF considerou que a decisão do Governo era “uma medida bastante positiva” e uma “excelente forma” de as farmácias “ajudarem a reduzir a pressão sobre os cuidados de saúde, nomeadamente, sobre as urgências hospitalares e centros de saúde”.

A presidente da ANF manifestou-se ainda convicta de que cerca de 1.500 farmácias devem aderir a este novo regime de comparticipação, o mesmo número de “farmácias que estava a efetuar os testes comparticipados no final de abril”.

A comparticipação dos TRAg de uso profissional nas condições expressas na portaria, assinada pelo secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, está em vigor até final de junho.

Esta medida é justificada na portaria com a incidência muito elevada da pandemia de Covid-19.

A portaria sublinha a relevância da realização de testes de diagnóstico para despiste de infeção por SARS-CoV-2, tanto para referenciação de pessoas sintomáticas como para deteção precoce de casos confirmados, acrescentando: “importa garantir o acesso e a realização de TRAg de uso profissional, prescritos no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e financiados através de um regime especial de preços máximos para efeitos de comparticipação”.

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Areas quer contratar mais 125 pessoas para lojas nos aeroportos nacionais

Ação de recrutamento em Portugal enquadra-se na iniciativa "Uma profissão ao seu gosto", lançada pela empresa a nível global.

A Areas, empresa que opera na área de food & beverage e travel retail em Portugal e Espanha, abriu 125 vagas de emprego no mercado nacional. Procura profissionais para ocupar postos de trabalho na área da cozinha, hotelaria e loja nos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro e Funchal, bem como nas lojas da marca nesses espaços.

“A empresa quer ter os melhores talentos do mundo da restauração, tanto em Espanha como em Portugal e a nível global, por isso irá promover uma política que coloque o foco principal no trabalho em equipa, satisfação do cliente e o desenvolvimento dos seus profissionais”, diz Óscar Cuadrado, diretor de recursos humanos da Areas, citado em nota de imprensa.

Esta ação de recrutamento em Portugal enquadra-se na iniciativa “Uma profissão ao seu gosto”, lançada pela empresa a nível global, visando “promover um plano de carreira profissional com perspetivas de longo prazo, com uma elevada componente de flexibilidade e que se adapte à realidade e necessidades de cada colaborador.”

A Areas conta com mais de 16.000 colaboradores e 1.900 estabelecimentos em 10 países da Europa, EUA, México e Chile.

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