Elly Schlein assume controlo da esquerda italiana

  • Lusa
  • 27 Fevereiro 2023

A nova secretária do Partido Democrata italiano, Elly Schlein, vencedora no domingo das primárias do partido progressista, apontou como prioridade unir esta formação antes das próximas eleições.

A nova secretária do Partido Democrata italiano, Elly Schlein, vencedora no domingo das primárias do partido progressista, apontou esta segunda-feira como prioridade unir esta formação antes das próximas eleições, as mais importantes das quais serão as europeias de 2024.

“Esforçar-nos-emos por trabalhar pela máxima unidade e para cuidar da história e dos valores do Partido Democrata (PD) para o futuro”, afirmou a nova líder – a primeira mulher a liderar a principal formação progressista de Itália, herdeira do extinto Partido Comunista italiano. Schlein deslocou-se à sede do partido, na romana Via del Nazareno, para proceder à transferência de poderes com o secretário cessante, o ex-primeiro-ministro Enrico Letta, de quem recebeu uma romã de cerâmica, “símbolo de prosperidade”.

A nova líder do PD, representante da corrente mais esquerdista e contestatária, impôs-se no domingo nas primárias do partido ao presidente da região de Emilia Romagna (norte), Stefano Bonaccini, de quem foi vice-presidente até outubro passado.

Agora, prepara-se para reformar, com uma viragem à esquerda, este partido em plena refundação depois do revés das eleições gerais de setembro em que acabou na oposição – como líder – após uma década em que esteve quase sempre no poder. O primeiro passo será a eleição da direção, com pessoas leais à nova líder, uma missão que passará pela assembleia do partido agendada para 12 de março.

Nos próximos dias, reunirá a sua equipa para analisar os primeiros passos do calendário eleitoral, que inclui as eleições autárquicas de 14 e 15 de maio, em 591 municípios de todo o país, e as do Parlamento Europeu, em 2024. Neste último escrutínio, a nova secretária e deputada do PD competirá pela primeira vez a nível nacional com outra mulher, a primeira-ministra, Giorgia Meloni, líder da coligação de direita e extrema-direita no poder.

“As europeias serão fundamentais”, resumiu. Schlein anunciou que vai abrir o processo de filiação no PD e que trabalhará “pela unidade” do partido, quebrada nos últimos anos por várias cisões, sobretudo da ala mais esquerdista em desacordo com a deriva da anterior direção. “Trabalharemos com a responsabilidade de manter junta esta comunidade democrata, para cuidar da sua história e valores para o futuro, perante desafios cruciais para o país e a Europa, com uma linha política clara e compreensível”, afirmou.

Elly Schlein, de 37 anos e nascida na Suíça, assumiu assim o controlo do PD, um partido ao qual regressou recentemente após quase sete anos de ausência, depois de o ter abandonado em 2015, em desacordo com as políticas liberais do então líder, Matteo Renzi.

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Governo garante criação de passe ferroviário nacional até final de junho

  • Lusa
  • 27 Fevereiro 2023

O passe, com um valor de 49 euros, será “válido em todos os comboios regionais a circular na Rede Ferroviária Nacional”.

O Ministério das Infraestruturas comprometeu-se esta segunda-feira a criar até final de junho o Passe Ferroviário Nacional para os comboios regionais, no valor de 49 euros, classificando esta como “uma das principais prioridades políticas” do Governo. “A criação de Passe Ferroviário Nacional até ao final do primeiro semestre é uma das principais prioridades políticas”, indica a tutela, numa resposta escrita enviada à agência Lusa.

Meses depois de o Governo se ter comprometido a avançar com esta medida este ano, o Ministério das Infraestruturas acrescenta que este passe, que será “válido em todos os comboios regionais a circular na Rede Ferroviária Nacional”, foi “uma medida aprovada na especialidade no Orçamento do Estado para 2023 [OE2023] e terá um custo mensal de 49 euros”.

Em novembro passado, o Governo comprometeu-se a criar, até ao final do segundo trimestre de 2023, um Passe Ferroviário Nacional para os comboios regionais, no valor de 49 euros, segundo uma proposta do Livre aprovada na altura.

A proposta apontava para que o Governo, em conjunto com as autoridades de transporte, apresentasse até ao final do terceiro trimestre de 2023 um estudo sobre os moldes em que o passe ferroviário nacional pode ser alargado às restantes categorias do serviço ferroviário.

O mesmo estudo, segundo a proposta aprovada no âmbito das votações na especialidade do Orçamento do Estado para 2023, deveria ainda debruçar-se sobre a revisão do tarifário dos serviços ferroviários que estão ao abrigo de Obrigações de Serviço Público, que preveja a sua simplificação.

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Fundos de pensões acumulam perdas de 17% em 2022

  • ECO Seguros
  • 27 Fevereiro 2023

No ano passado, os fundos de pensões globais contabilizaram perdas de 9,6 biliões de euros. Foi o pior ano desde 2008 para a indústria. Os fundos nacionais também não escaparam e terão perdido 11,4%.

O ano que passou foi também doloroso para os fundos de pensões. Com desvalorizações na ordem dos dois dígitos de praticamente todos os ativos, também os fundos de pensões mostraram-se incapazes de contornar a crise que se abateu sobre os mercados, particularmente após o início da guerra da Ucrânia.

De acordo com o estudo anual sobre o setor do Thinking Ahead Institute, os fundos de pensões globais registaram uma desvalorização de 17% dos seus ativos, fechando o ano de 2022 com cerca de 45 biliões de euros de ativos sob gestão. Num ano, os fundos de pensões globais perderam 9,6 biliões de euros.

Este desempenho, que só é comparável às perdas registadas em 2008, embate numa rendibilidade média anual de 6% ao longo dos últimos 20 anos, ou 4,2% por ano na última década, segundo cálculos do Thinking Ahead Institute, instituição pertencente à corretora WTW, que se dedica à inovação na indústria financeira.

Marisa Hall, chefe do Thinking Ahead Institute, afirmou: “No ano passado vivemos, até certo ponto, uma policrise global na qual, como resultado, vários riscos combinados foram amplificados e manifestaram-se em quedas significativas de ativos. É nossa opinião que estes riscos sistémicos irão aumentar no futuro e emanarão predominantemente de fontes ambientais, societárias e geopolíticas.”

Para a investigadora, “embora muitos fundos de pensões estejam concentrados no longo prazo, esta situação apresenta desafios a curto prazo que não podem ser ignorados. O principal desafio é que é quase impossível determinar o preço exato destes riscos, uma vez que têm uma elevada incerteza e baixo controlo, mas é provável que o seu impacto seja amplo e significativo e testará a resiliência organizacional”, conclui.

Baseado numa amostra de cerca de 75% dos fundos de pensões portugueses, José Marques, diretor da WTW Portugal, estima uma rendibilidade negativa de 11,4% no ano passado.

 

Fundos nacionais não escapam à queda dos mercados

O estudo do Thinking Ahead Institute não inclui o mercado nacional, mas José Marques, diretor da WTW Portugal, refere que 2022 foi também marcado por baixas rendibilidades para os fundos de pensões portugueses. “A estimativa da WTW, baseada numa amostra de cerca de 75% dos fundos de pensões portugueses, aponta para uma rendibilidade de -11,4% no ano passado“, refere José Marques, citado em comunicado, notando ainda que estes tinham sob gestão cerca de 21,3 mil milhões de euros de ativos, cerca de 9,2% do PIB.

Pelas contas de José Marques, os fundos de pensões nacionais terão visto esfumar-se dos seus portefólios cerca de 2,7 mil milhões de euros. A justificar os resultados menos negativos dos fundos nacionais face aos fundos de pensões globais está a adoção de um perfil de investimento mais conservador por parte dos gestores portugueses.

“A alocação média a ações é de apenas 23% e a alocação ao mercado imobiliário e outros investimentos alternativos de apenas 14%. Estes valores comparam com 32% e 23%, respetivamente, nos maiores mercados mundiais de fundos de pensões”, conclui José Marques.

Segundo o estudo, desde 2002 que a alocação a ações por parte dos fundos de pensões diminuiu de 50% para 42%. O mesmo sucedeu com a exposição ao mercado de dívida, com os fundos a reduzirem a sua exposição a obrigações de 38% para 32%.

Em contrapartida, a maioria dos fundos elevou a exposição a outros ativos (imobiliário e ativos alternativos), com a carteira a passar de uma alocação de 9% em 2002 para uma estimativa de 23% no final de 2022.

O estudo revela ainda uma enorme concentração da indústria em três países. “Os EUA são o maior mercado de fundos de pensões seguido, a uma distância significativa pelo Japão e Canadá. Em conjunto, estes três mercados controlam cerca de 76% dos ativos investidos pelos fundos de pensões a nível global”, lê-se no documento.

Além disso, nota ainda que em muitas regiões do globo, as pensões de Benefício Definido (BD) continuaram a diminuir numa mudança contínua para planos de Contribuição Definida (CD). Nos últimos 20 anos, os ativos globais de CD cresceram 7,2% por ano, em comparação com os 4,4% da taxa de crescimento anual dos ativos de BD.

O estudo da corretora WTW, através do seu Thinking Ahead Institute, culpa instabilidade dos mercados e investimento em ações. Portugal tem gestores mais prudentes e logo as perdas foram mais reduzidas.

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Tribunal decreta serviços mínimos para greves de professores de 2 e 3 de março

  • Lusa
  • 27 Fevereiro 2023

Por maioria, o Tribunal Arbitral decidiu agora serviços mínimos para a paralisação convocada pela plataforma sindical, que inclui as federações nacionais dos Professores (Fenprof) e da Educação (FNE).

O Tribunal Arbitral decretou serviços mínimos para as greves de professores convocadas pela plataforma de nove organizações sindicais para os dias 2 e 3 de março, segundo o acórdão publicado esta segunda-feira. A greve acontece em dois dias distintos, primeiro nas escolas do norte e centro, na quinta-feira, e depois nas escolas do sul do país.

Já tinham sido decretados serviços mínimos para esses dias, mas a decisão anterior, referente ao período entre 27 de fevereiro e 10 de março, dizia apenas respeito à greve por tempo indeterminado do Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (Stop).

De acordo com o acórdão publicado esta segunda, o colégio arbitral fixou, por decisão da maioria, o mesmo conjunto de serviços mínimos para a paralisação convocada pela plataforma sindical, que inclui as federações nacionais dos Professores (Fenprof) e da Educação (FNE).

As escolas terão, então, de assegurar três horas de aulas no pré-escolar e 1.º ciclo, bem como três tempos letivos diários por turma no 2.º e 3.º ciclos e ensino secundário, de forma a garantir, semanalmente, a cobertura das diferentes disciplinas.

Além das aulas, devem estar também garantidos os apoios aos alunos que beneficiam de medidas adicionais no âmbito da educação inclusiva, apoios terapêuticos, apoios aos alunos em situações vulneráveis, o acolhimento dos alunos nas unidades integradas nos Centros de Apoio à Aprendizagem e a continuidade das medidas direcionadas para o bem-estar socioemocional.

No dia 17 de fevereiro, o secretário-geral da Fenprof já tinha contestado o pedido do Ministério da Educação para que fossem decretados serviços mínimos para a greve por regiões. Na ocasião, Mário Nogueira disse que as organizações sindicais iriam pedir a demissão do ministro da Educação, caso avancem serviços mínimos para as greves nas regiões e o tribunal as considere, posteriormente, ilegais.

Foi o que aconteceu em 2018, quando a federação recorreu à justiça também para travar serviços mínimos, e a decisão dos tribunais dando razão ao sindicato chegou depois das greves e de convocados os serviços mínimos.

No acórdão, o colégio arbitral justifica a decisão fazendo referência ao atual contexto de contestação, marcado por greves no setor da educação que se prolongam desde dezembro, e sublinhando que, apesar de não estar em causa a realização de exames, previstos na lei do trabalho como necessidades sociais impreteríveis, o caráter duradouro das paralisações prejudica o trabalho necessário para a preparação dessas avaliações.

E quanto à greve da plataforma sindical, argumenta que “não pode ser vista apenas como uma greve de um só dia que apenas causará os habituais e legítimos transtornos que qualquer greve sempre ocasiona”. Por outro lado, acrescenta, é “mais uma greve num somatório de greves que, no seu conjunto, ameaçam já pôr em causa o direito à educação”.

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TAP: PCP quer ouvir Pedro Nuno Santos e CEO e volta a propor alargamento de inquérito

  • Lusa
  • 27 Fevereiro 2023

Os comunistas dizem que as recentes notícias sobre a privatização da TAP de 2015 tornam "uma inevitabilidade" que a comissão de inquérito seja alargada até essa data".

O PCP vai voltar a propor que a comissão parlamentar de inquérito à TAP seja alargada até 2015 e requerer a audição do ex-ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, e da presidente executiva da companhia aérea.

Em conferência de imprensa na Assembleia da República, o deputado do PCP Bruno Dias considerou que as recentes notícias sobre a privatização da TAP de 2015 – designadamente que o ex-acionista da TAP David Neeleman terá concretizado essa operação com dinheiro da própria companhia aérea – tornam “uma inevitabilidade” que a comissão de inquérito seja alargada até essa data.

Nesse âmbito, Bruno Dias anunciou que o seu partido vai voltar a propor que a comissão de inquérito cubra esse período, apesar de essa proposta já ter sido chumbada no início deste mês com os votos contra do PS, Chega e Bloco de Esquerda.

Queremos apurar tudo quanto há a apurar sobre os 500 mil euros de Alexandra Reis, mas não podem ficar por apurar as responsabilidades sobre um processo de privatização que provocou um rombo na TAP de centenas de milhões de euros, sobretudo quando se prepara nova privatização”, defendeu Bruno Dias, que integra a comissão de inquérito à TAP, acompanhado pelo deputado Duarte Alves.

Bruno Dias afirmou que o seu partido vai requerer a “apresentação de documentação sobre os negócios de compra de aviões, sobre as remunerações de gestores nos últimos dez anos, sobre os negócios que o acionista privado fez com a TAP, beneficiando a Atlantic Gateway”.

Queremos ouvir os ex-ministros e atuais ministros do PSD, CDS e PS que caucionaram estas opções, David Neeleman e Humberto Pedrosa, os responsáveis da União Europeia que impuseram o plano de reestruturação, os representantes dos trabalhadores”, anunciou.

O PCP vai pedir a audição de 21 personalidades, entre as quais do ex-ministro das Infraestruturas e da Habitação Pedro Nuno Santos, da atual presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, e da ex-secretária de Estado do Tesouro Alexandra Reis, que recebeu uma indemnização de 500 mil euros da companhia aérea.

Vai ainda sugerir a audição da atual comissária europeia para a Concorrência, Margrethe Vestager, por ter tratado “da reestruturação da TAP”. No que se refere à privatização da companhia aérea em 2015, o PCP quer ouvir o ministro das Infraestruturas entre 2015 e 2019, Pedro Marques, e o ministro da Economia entre 2013 e 2015, António Pires de Lima.

Nesse mesmo âmbito, o partido vai também pedir a audição dos ex-acionistas da TAP David Neeleman e Humberto Pedrosa, assim como a ex-comissária europeia para os Transportes, Violeta Bulc, que, segundo o PCP, “assumiu que a privatização da TAP estava legal” em 2015. Em termos de documentação, o PCP quer “informação detalhada” da TAP sobre “todas as saídas de administradores e diretores da TAP nos últimos 10 anos” e se, nesses casos, “houve lugar ao pagamento de indemnização” e se “mantêm ainda alguma remuneração ou benefício”.

Vai também solicitar a documentação “referente a todo o processo de aquisição” pela TAP dos 53 Airbus A350, em 2015, uma transação que terá sido feita ao abrigo de um memorando assinado entre um consórcio do ex-acionista David Neeleman e Humberto Pedrosa, Atlantic Gateway, quatro dias depois de ter adquirido 61% do capital da TAP.

Questionado porque é que, uma vez que a proposta de alargamento da comissão de inquérito já foi chumbada, considera que desta vez vai ser aprovada, Bruno Dias respondeu que a “atitude de PS, PSD e do próprio Bloco de Esquerda” tem mudado quanto à necessidade de se abordar a privatização de 2015 no âmbito deste inquérito.

O deputado do PCP salientou designadamente que, nas últimas semanas, o PS e PSD têm apresentado vários requerimentos para ouvir, na comissão parlamentar de Economia, responsáveis políticos e empresarias sobre a privatização da TAP em 2015, o que mostra que a proposta inicial do PCP “tinha razão de ser”.

“É completamente insustentável alguém defender que esteja a comissão parlamentar de inquérito, com poderes reforçados nos termos da própria lei, a fazer a análise dos 500 mil euros [da indemnização de Alexandra Reis] e, ao lado, na comissão parlamentar de Economia, se faça a análise dos 444 milhões de euros sobre o que foi o rombo causado à TAP pelos negócios da privatização e da operação da frota da companhia”, sustentou.

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BCP “em condições” de analisar compra do Novobanco embora não esteja nos planos

CEO do banco salienta que não está nos planos comprar o Novobanco. Ainda assim, ao contrário de há quatro anos, o BCP está agora “robusto” e pode analisar oportunidades se surgirem no mercado.

Ao contrário do que acontecia há quatro anos, o BCP está agora “em condições” de olhar para eventuais aquisições de outros bancos, embora não esteja nos planos, segundo avançou o CEO Miguel Maya, quando questionado sobre um eventual interesse no Novobanco.

“Se a operação [do Novobanco] for para o mercado, temos condições para poder olhar para ela e analisar. É isso que faremos se for ao mercado”, avançou Miguel Maya na conferência de apresentação dos resultados de 2022.

Segundo explicou, há quatro anos, o banco não tinha as condições, mas neste momento “está robusto e pode olhar para as oportunidades de forma diferente”. “Quando tínhamos o rácio de NPE que tínhamos, rácios de capital que tínhamos, quando tínhamos o tema da liquidez que tivemos no passado não tínhamos condições”, explicou.

Não tínhamos a qualidade de balanço que permitia uma independência e capacidade de tomar decisões de forma muito mais suportada”, acrescentou Miguel Maya. “Se isso leva a que o banco tenha a ambição de adquirir? Não, de todo”.

Miguel Maya recusou comentar a avaliação de 2.000 milhões de euros que foi atribuída ao Novobanco numa notícia veiculada em Espanha na semana passada.

“O valor tem múltiplas perspetivas de análise. Numa lógica de sinergias, de standalone, quais as contingências que ainda existem no balanço do banco. Não se fazem palpites num processo desta natureza”, disse.

Sobre o tema Novobanco, o chairman Nuno Amado lembrou as palavras recentes do presidente de Caixa Geral de Depósitos (CGD), Paulo Macedo, que disse que o banco público está hoje em dia em condições para comprar bancos, situação em que não se encontrava aquando da resolução do Banif em 2015 e do Popular em 2017. “Se existir essa situação seguramente que estudaremos”, vincou Nuno Amado.

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Aveiro bate recorde de turistas em 2022

Aveiro bate recorde de turistas em 2022 com 404.783 dormidas, mais 32.213 do que em 2019. Também disparou o número de visitantes a museus.

“O ano de 2022 foi o melhor de todos em termos de turismo em Aveiro, batendo o de 2019 que tinha sido o melhor até então. Pela primeira vez, ultrapassámos a barreira das 400 mil dormidas e os 170 mil visitantes nos espaços museológicos”, avançou ao Eco/Local Online o presidente da Câmara Municipal Ribau Esteves, adiantando que Aveiro é o município convidado da Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) que arranca a 1 de março.

A cidade de Aveiro, conhecida como a Veneza portuguesa, registou, assim, 404.783 dormidas em 2022, mais 32.213 do que em 2019; o que representa uma subida de 8,6%, de acordo com dados recolhidos pela autarquia e pelo Turismo Centro de Portugal. Os meses de agosto (55.758 dormidas), julho (47.763) e setembro (41.027) foram os mais relevantes. Ainda assim, a maior subida registou-se durante o mês de fevereiro com 21.892 dormidas que superou o mês homólogo de 2019 (18.604) em 17,6%.

De acordo com a autarquia, o número de dormidas mensais, durante o ano de 2022, “foi sempre superior ao ano pré-pandemia de 2019”. A exceção ocorreu em janeiro com 15.117 dormidas face às 17.433 contabilizadas em 2019 (menos 2.316 estadias) assim como no mês de março que registou menos 656 dormidas.

Os portugueses continuam a liderar o turismo em Aveiro, a que se seguem os cidadãos espanhóis, franceses, holandeses e alemães.

Estes resultados turísticos são fruto do trabalho e de uma sólida estratégia da Câmara Municipal de Aveiro e do Turismo Centro de Portugal, assim como das empresas privadas na área da hotelaria e da restauração que têm vindo a oferecer a cada ano mais e melhores serviços a quem visita a cidade.

Ribau Esteves

Presidente da Câmara Municipal de Aveiro

Destaque ainda para a subida do número de visitas a museus e espaços museológicos com 170.297 visitantes contabilizados, bem mais do que os 167.063 sinalizados em 2019, antes da pandemia da Covid-19. Verificou-se, assim, um crescimento de 1,9% em 2022 comparativamente a 2019, principalmente na segunda metade do ano.

O autarca social-democrata considera que “estes resultados turísticos são fruto do trabalho e de uma sólida estratégia da Câmara Municipal de Aveiro e do Turismo Centro de Portugal, assim como das empresas privadas na área da hotelaria e da restauração que têm vindo a oferecer a cada ano mais e melhores serviços a quem visita a cidade”. Ribau Esteves aponta ainda como fatores determinantes para este crescimento “as opções turísticas e marítimo-turísticas” que têm vindo a ser implementadas pelo município.

“Os investimentos da Câmara Municipal de Aveiro na cultura e no ambiente, pilares base onde assenta a nossa promoção turística, são fundamentais para continuarmos a registar bons resultados em matéria de turismo”, sustenta Ribau Esteves, destacando o momento alto que a cidade vai viver em 2024 como Capital Portuguesa da Cultura.

Um dos momentos-chave deste ano será ainda a presença na BTL como município convidado que o autarca social-democrata considera ser “da maior importância para o marketing territorial e a promoção turística de Aveiro, estando em desenvolvimento os trabalhos de preparação da operação especial, Aveiro Capital Portuguesa da Cultura 2024″.

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TAP: PS quer conhecer acordo de saída de Alexandra Reis e relatório da IGF

  • Lusa
  • 27 Fevereiro 2023

Socialistas querem ter acesso ao acordo de desvinculação de Alexandra Reis da TAP, ao relatório da IGF , à informação prestada por Manuel Beja e lista de remunerações pagas aos gestores.

O PS quer conhecer o acordo de desvinculação de Alexandra Reis da TAP e a informação dada pelo chairman ao Governo sobre o mesmo, bem como o relatório da Inspeção Geral de Finanças sobre esta matéria. Em declarações à agência Lusa, o deputado socialista Carlos Pereira, coordenador do PS na comissão parlamentar de inquérito à tutela política da gestão da TAP, elencou a lista de documentos que o partido vai requer, reiterando “o esforço que tem que ser feito no sentido de responder ao objeto da comissão” que “está muito bem definido”.

Há questões óbvias que têm que ser solicitadas como o acordo de desvinculação estabelecido entre Alexandra Reis e a TAP, um aspeto central do inquérito. É preciso também perceber as comunicações entre a sociedade de advogados e a TAP sobre desvinculações de membros dos órgãos sociais da empresa porque é preciso perceber as razões e o que é que norteava estas desvinculações e se a sociedade de advogados teve mais envolvimento noutras entidades que não apenas em Alexandra Reis”, disse.

Os socialistas vão ainda solicitar o “parecer da sociedade de advogados SRS Advogados sobre o acordo de desvinculação estabelecido entre Alexandra Reis e a TAP” e ainda a documentação trocada entre a TAP e a CMVM, bem como excertos das atas da Assembleia Geral da TAP sobre o tema” porque é “importante perceber quem é que sabia o quê”.

Também o relatório da IGF à indemnização paga à ex-administradora da TAP Alexandra Reis, ou seja, eu diria que esta é a peça central do inquérito, nomeadamente no que diz respeito à explicação sobre a questão da indemnização de Alexandra Reis”, enfatizou.

O PS, segundo Carlos Pereira, quer ainda ter acesso à informação que foi prestada pelo chairman da TAP à dupla tutela sobre o acordo de desvinculação estabelecido com Alexandra Reis, justificando que “o chairman tem a responsabilidade de fazer a ponte entre a dupla tutela e a TAP e portanto é preciso perceber o seu papel também neste quadro”.

“Depois também julgamos relevante olhar para o plano de reestruturação, para o relatório de auditoria do Tribunal de Contas, para o relatório de auditoria financeira da TAP SGPS e da TAP SA e o relatório de auditoria feita pela TAP à compra de aviões após a entrada de David Neeleman no capital da companhia aérea”, listou. Segundo o deputado socialista, “estes relatórios são importantes para perceber o impacto que de alguma forma estas decisões tiveram ou têm ainda hoje no plano de reestruturação”.

A lista de remunerações pagas aos membros dos órgãos sociais da TAP é outro dos pedidos do PS, assim como “os acordos de empresa, excertos das atas da comissão de vencimentos da TAP no período entre 2020 e 2022”, este último “um tema importante no que diz respeito aos bónus”.

Há nomes óbvios, nomes que independentemente da documentação deverão ser ouvidos, como os governantes atuais e os ex-governantes, como os membros da gestão da TAP, Alexandra Reis ou chairman da TAP. Nomes que todos os partidos solicitarão a presença na comissão parlamentar de inquérito. Poderão existir outros nomes que possam ser suscitados com a leitura dos documentos e portanto temos que aguardar”, adiantou ainda.

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França diz que não é “seguro de vida” de África e quer nova relação com o continente

  • Lusa
  • 27 Fevereiro 2023

"Queremos passar de uma lógica de ajuda, para uma lógica de investimento e parcerias", disse o presidente francês, antes de uma visita por vários países africanos, entre os quais Angola.

Emmanuel Macron disse esta segunda-feira que a presença francesa, especialmente militar, em África vai mudar, reduzindo o número de efetivos nas bases militares e reconvertendo-as em academias, esperando criar uma nova relação “equilibrada e recíproca” com os países do continente.

“As bases [militares] não vão ser fechadas, mas serão transformadas, elas vão mudar a sua fisionomia, algumas serão transformadas em academias e serão mutualizadas. São uma herança do passado e são um pretexto para muitos opositores da França e também para não se resolver politicamente os problemas. A França não é um seguro de vida para todos os conflitos em África”, declarou o Presidente francês, numa conferência de imprensa sobre o futuro da relação entre França e os países africanos.

Esta conferência de imprensa acontece dias antes de Emmanuel Macron partir para um périplo por África que o vai levar ao Gabão, Angola, República Democrática do Congo (RDCongo) e República do Congo. Nestes países, o Presidente francês vai falar de sustentabilidade ambiental, mas posicionar-se como um parceiro estratégico para estes países. Em Angola, Macron quer assumir plenamente o papel de maior parceiro a nível da agricultura deste país.

Assim, antes da partida, o Presidente francês desenhou a sua estratégia para os próximos quatro anos com este continente, declarando que não cabe à França fazer a segurança em África, especialmente quando outras forças, nomeadamente as forças da empresa paramilitar russa Wagner, estão no terreno em vários conflitos africanos. “Alguns chegam com os seus exércitos e mercenários e dizem-nos que é isso que esperam também dos franceses. ‘Façam concorrência a estes atores’, dizem-nos, mas eu não acredito que esse seja o nosso papel”, indicou o líder francês.

Emmanuel Macron quer substituir esta lógica por uma relação “equilibrada, recíproca e responsável” a todos os níveis, mas especialmente ao nível financeiro. Na sua viagem a África, Emmanuel Macron vai fazer-se acompanhar por uma grande comitiva de empresas francesas e já avisou que só quer presidentes-executivos ao seu lado, já que este continente representa “muitas oportunidades”.

O Presidente anunciou ainda o reforço de 40 milhões de euros para o orçamento das embaixadas na África francófona, nomeadamente para programas como educação profissional ou igualdade entre homens e mulheres, assim como “uma comunicação mais ofensiva” sobre o trabalho da França nestes países. “Queremos passar de uma lógica de ajuda, para uma lógica de investimento e parcerias”, declarou Emmanuel Macron.

Esta nova estratégia é também uma resposta às recentes expulsões dos diplomatas franceses de países como o Mali e Burkina Faso. No caso do Mali, o conflito com a junta militar que tomou o poder no país levou à saída de todas as forças militares francesas deste país, conduzindo ao fim da operação Berkhane que atuava no Sahel contra diversos grupos terroristas.

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Dividendos? BCP diz que prioridade é proteger capital

Banco não abre o jogo em relação aos dividendos, apenas diz que a prioridade é “proteger o capital” tendo em conta a incerteza na Polónia e a guerra. Miguel Maya vê "com apreço" valorização na bolsa.

Sem abrir o jogo em relação à distribuição de dividendos, o BCP apenas diz que a prioridade é “proteger o capital e reforçar os rácios” do banco, isto para enfrentar com maior segurança a incerteza relacionada com o banco polaco e com a guerra na Ucrânia.

“Para a comissão executiva, num enquadramento marcado pela elevada incerteza na Polónia e a guerra, a prioridade é a proteção de capital e reforço dos rácios de capital”, referiu o CEO Miguel Maya, na apresentação dos resultados do banco. O BCP aumentou os lucros em 50% para 207,5 milhões de euros em 2022.

Em tempos de incerteza devemos adotar prudência”, destacou Maya.

A seu lado, o chairman do BCP, Nuno Amado, também quis comentar o tema. Adiantou que “é uma decisão da assembleia geral” e que há diálogo com os acionistas sobre este tema, mas avançou que o conselho de administração que lidera apoia a posição da comissão executiva

“O nosso objetivo é reabrir logo que possível uma política de dividendos intensiva”, acrescentou Nuno Amado.

No ano passado, o banco distribuiu dividendos de 13,6 milhões de euros, o que corresponde a 0,09 cêntimos por ação.

“Mercado reconhece melhoria do banco”

Questionado sobre a valorização de 2.000 milhões de euros do BCP em bolsa desde o início do ano, Miguel Maya diz que é o mercado a reconhecer a evolução da qualidade do banco, dos modelos de negócio e relacionamento com os clientes”.

“Está a corrigir a perceção que tinha e está confiante na capacidade de geração de capital orgânicos, o que tem reflexo na valorização do banco”, explicou, vendo “com apreço” a recuperação do valor em bolsa.

(Notícia atualizada às 19h06)

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Marcelo quer “consequências jurídicas” e “não políticas” do relatório da IGF sobre a TAP

Após as declarações de sábado, onde afirmou que o ministro das Finanças poderia retirar consequências do relatório da IGF, Marcelo Rebelo de Sousa esclarece que se referia a consequências jurídicas.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, esclareceu esta segunda-feira que se referia a consequências jurídicas, no sábado passado, quando admitiu a possibilidade do ministro das Finanças, Fernando Medina, ponderar as consequências do relatório da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) à TAP.

No sábado passado, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que “vale a pena olhar” para o relatório da IGF, que aponta irregularidades no pagamento da indemnização a Alexandra Reis. A confirmarem-se as irregularidades, o Chefe de Estado não descartou um cenário de consequências.

Nas declarações desta segunda-feira, Marcelo Rebelo de Sousa reiterou que ainda não há um relatório definitivo, sendo que o ministro das Finanças irá pronunciar-se e retirar, ou não, as devidas conclusões quando este estiver disponível. O Presidente da República clarificou ainda que, “o que está em causa, é haver ou não ilegalidades e qual a reação jurídica”, reforçando que as declarações de sábado se referem a “consequências jurídicas, não políticas”.

Segundo o projeto de parecer da IGF, o processo que levou à saída de Alexandra Reis da TAP, com direito a uma indemnização de 500 mil euros, apresentou fortes irregularidades. Em fevereiro de 2022, a companhia aérea notificou a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) em como a Alexandra Reis tinha renunciado ao cargo na administração. Dez meses depois, em dezembro, veio a público que, afinal, a iniciativa de saída da administradora tinha sido da empresa.

O caso já levou à saída de Alexandra Reis do Governo de António Costa, bem como do então ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, que assumiu a responsabilidade política, assim como a demissão de Hugo Santos Mendes, secretário de Estado das Infraestruturas.

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Danos do sismo na Turquia ultrapassam 32.000 milhões de euros, calcula Banco Mundial

  • Lusa
  • 27 Fevereiro 2023

O montante é o equivalente a 4% do Produto Interno Bruto turco em 2021, de acordo com a instituição de internacional.

O sismo de 6 de fevereiro na Turquia e as suas réplicas provocaram estragos num valor que ultrapassa 34 mil milhões de dólares (mais de 32 mil milhões de euros), indicou esta segunda-feira o Banco Mundial.

Este montante é o equivalente a 4% do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2021, precisou a instituição em comunicado, acrescentando que a estimativa não tem em conta os custos de reconstrução, “potencialmente duas vezes mais elevados”, nem as consequências no crescimento turco.

O Banco Mundial (BM) lembra que as réplicas que continuam a ser registadas podem aumentar o valor total dos danos causados pelo desastre. Também não foi tido em conta o valor dos estragos no norte da Síria, uma região igualmente atingida pelos sismos.

“Este desastre lembra-nos que a Turquia está situada numa zona de forte atividade sísmica e que é necessário reforçar a resiliência das infraestruturas tanto privadas como públicas. O Banco Mundial compromete-se a apoiar os esforços turcos nesse sentido“, declarou o diretor do BM no país, Humberto Lopez, citado no comunicado.

A instituição precisa que as estimativas que abrangem as últimas réplicas ainda estão a ser feitas. Cerca de 10 mil réplicas foram registadas desde 06 de fevereiro na Turquia, segundo a agência pública para a gestão de catástrofes.

Segundo o último balanço oficial, os sismos fizeram mais de 44 mil mortos no sul e no sudeste do país. O sismo de 06 de fevereiro destruiu ou danificou seriamente mais de 170 mil edifícios. As províncias turcas afetadas, das mais pobres do país, acolhiam mais de 1,7 milhões de refugiados sírios, precisou o BM.

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