Empresas europeias passam a ter de informar Bruxelas de fusões com subsídios estrangeiros

  • Lusa
  • 10 Julho 2023

As empresas que operem na UE terão de notificar a CE sobre fusões que envolvam avultadas contribuições financeiras estrangeiras e subsídios estrangeiros em procedimentos de contratação pública.

As empresas que operem na União Europeia (UE) vão ter de, a partir de quarta-feira, começar a notificar a Comissão Europeia sobre fusões que envolvam avultadas contribuições financeiras estrangeiras e subsídios estrangeiros em procedimentos de contratação pública.

Em causa está um novo regulamento relativo às subvenções estrangeiras, que começará a ser aplicado na quarta-feira após ter sido proposto pela Comissão Europeia em maio de 2021 e de estar em vigor desde o início deste ano, que estabelece a obrigação de as empresas notificarem o executivo comunitário de concentrações em que a empresa adquirida, uma das partes objeto de fusão ou a empresa comum opere na UE e tenha um volume de negócios de, pelo menos, 500 milhões de euros e em que as partes na operação tenham recebido contribuições financeiras estrangeiras agregadas de, pelo menos, 50 milhões de euros nos últimos três anos.

Também têm de ser notificadas as contribuições financeiras estrangeiras em procedimentos de contratos públicos quando o valor estimado do contrato for de, pelo menos, 250 milhões de euros e a proposta envolver contribuições financeiras estrangeiras agregadas combinadas de, pelo menos, quatro milhões de euros por país terceiro nos últimos três anos.

Este regulamento permite à Comissão Europeia investigar as contribuições financeiras concedidas por países terceiros a empresas que operam na UE e corrigir, se necessário, os seus efeitos de distorção.

Além disso, confere à instituição poderes para adotar regras processuais.

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Afixação do dístico do seguro automóvel deixa de ser obrigatória a 11 de julho

  • Lusa
  • 10 Julho 2023

A afixação no vidro do carro do dístico do seguro automóvel deixa de ser obrigatória a partir de terça-feira, dia 11 de julho, segundo lei que elimina também as coimas associadas.

A afixação no vidro do carro do dístico do seguro automóvel deixa de ser obrigatória a partir de terça-feira, 11 de julho, segundo uma lei publicada nesta segunda-feira em Diário da República, que elimina, também as coimas associadas.

A presente lei elimina a obrigação de afixação do dístico do seguro automóvel e procede à segunda alteração do Decreto-Lei n.º 291/2007, de 21 de agosto, que institui o regime do sistema de seguro obrigatório de responsabilidade civil automóvel, alterado pelo Decreto-Lei n.º 153/2008, de 06 de agosto”, refere a Lei n.º 32/2023, publicada esta segunda-feira.

O texto do diploma acrescenta que os documentos previstos no presente artigo podem ser emitidos e disponibilizados “através de meios eletrónicos, sem prejuízo da sua emissão e disponibilização em papel, sem custos acrescidos, a pedido do tomador do seguro”.

Aprovada pelo parlamento em 02 de junho, a lei “entra em vigor no dia seguinte à sua publicação”, ou seja, na terça-feira, dia 11.

A proposta, que resultou de um projeto de lei apresentado pela Iniciativa Liberal, foi aprovada com o voto favorável do PS, PCP e BE, bem como do proponente, a abstenção do PSD e o voto contra do Chega.

Na exposição de motivos desta iniciativa, a IL salientava: “Num contexto histórico de fortes restrições financeiras não vemos como proporcional ou justificado que o Estado cobre centenas de euros apenas pelo esquecimento de um simples papel que apenas transmite informações que já se encontram na posse de quem autua“, justificando a revogação dos artigos da legislação que atualmente obrigam os automobilistas a afixar o dístico do seguro, bem como as coimas respetivas.

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📹 Green Economy Forum. Assista aqui à conferência anual do Capital Verde

  • Capital Verde
  • 10 Julho 2023

No Green Economy Forum foram debatidos assuntos centrais dentro das temáticas da sustentabilidade, desde a gestão da água e dos resíduos até ao objetivo das empresas de se tornarem sustentáveis.

O ECO/Capital Verde organizou a conferência anual Green Economy Forum, em Vila Nova de Gaia, na passada quinta-feira, na qual foram debatidos assuntos centrais dentro das temáticas da sustentabilidade, desde a gestão da água e dos resíduos até ao objetivo das empresas de se tornarem sustentáveis.

No primeiro painel, “O futuro do setor: como garantir o acesso à água num país fustigado pela seca?”, Miguel Lemos, presidente da Águas de Gaia, e Beatriz Varela Pinto, Manager na área de alterações climáticas e serviços sustentáveis da EY, deram o seu contributo para esta visão de futuro.

Seguiu-se um debate subordinado ao tema: “Transformar o problema dos resíduos num valor económico”, com as intervenções de Inês Ferreira, gestora de projetos da Prio e Sandra Silva, diretora de resíduos na Veolia.

A manhã fechou com uma reflexão sobre “Como ser uma empresa verdadeiramente sustentável”, nas vozes de José Eduardo Martins, , coordenador da área de Direito Público e ambiente, na Abreu Advogados, Maria José Rebelo, responsável de sustentabilidade nos CTT, e Miguel Aranda da Silva, diretor-geral da SDR Portugal.

Veja aqui o vídeo integral da conferência:

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UE adota regulamento sobre baterias com metas para valorização do lítio

  • Lusa
  • 10 Julho 2023

O regulamento, que regula a vida das baterias fixa uma meta para a valorização do lítio a partir de resíduos de baterias em 50% até 2027 e 80% até ao final de 2031.

O Conselho da União Europeia (UE) adotou esta segunda-feira formalmente um regulamento para reforçar as regras de sustentabilidade das baterias e respetivos resíduos, nomeadamente para o lítio, propondo ainda metas para a valorização deste metal.

Segundo um comunicado, o regulamento, que regula a vida das baterias, da produção até à reutilização e reciclagem, fixa uma meta para a valorização do lítio a partir de resíduos de baterias em 50% até 2027 e 80% até ao final de 2031, mas que pode ser alterada em função da evolução do mercado e da tecnologia e da disponibilidade do metal alcalino.

Estão ainda estipulados níveis mínimos obrigatórios de conteúdo reciclado para as baterias industriais e as baterias de arranque, iluminação e ignição (SLI) e ainda baterias de veículos elétricos, fixados em 16% para o cobalto, 85% para o chumbo, 6% para o lítio e 6% para o níquel. As baterias terão de vir acompanhadas de documentação sobre o conteúdo reciclado.

O regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho, cujo processo de adoção fica hoje concluído, aplicar-se-á a todas as baterias, incluindo todos os resíduos de baterias portáteis, baterias de veículos elétricos, baterias industriais, baterias de arranque, iluminação e ignição (SLI) (utilizadas principalmente para veículos e máquinas) e baterias de meios de transporte ligeiros (por exemplo, bicicletas, motoretas e trotinetas elétricas).

A promoção da economia circular, regulando as baterias ao longo do seu ciclo de vida, é um dos objetivos legislativos, sendo que o texto estabelece requisitos de fim de vida, incluindo metas e obrigações de recolha, metas para a recuperação de materiais e a responsabilidade alargada do produtor.

Segundo dados de Bruxelas, prevê-se que a procura de baterias aumente mais de dez vezes até 2030.

Segundo o serviço geológico norte-americano, Portugal é o sexto maior país mundial e o primeiro da Europa em reservas de lítio, usado para fins industriais, para baterias de lítio e ião-lítio e em medicamentos.

O processo de extração tem impacto no ambiente, incluindo na vida animal, recursos hídricos, qualidade do ar e flora.

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Aumento de recrutadoras pode retirar 306 mil portugueses da pobreza, diz Randstad

Em Portugal, a taxa de penetração das empresas de recrutamento é de 1,1%, abaixo da média da Europa.

O aumento das empresas de recrutamento no mercado de trabalho é, normalmente, acompanhado por taxas de pobreza mais baixas. Em Portugal, a taxa de penetração das empresas de recrutamento, é de 1,1%, abaixo da média da Europa. Aumentar esta taxa poderia retirar 306 mil pessoas da situação de pobreza, sugere o estudo “O papel das empresas de recrutamento na sociedade europeia”, elaborado pela Randstad.

“Segundo dados da Eurostat, em Portugal, o número de pessoas empregadas que não atingem o rendimento mínimo disponível é superior a 518 mil pessoas, o que corresponde a 11% dos empregados. Considerando a correlação, analisada pela Randstad, entre a penetração do setor de empresas de recrutamento e a taxa de risco de pobreza no trabalho, aplicando a correlação correspondente ao aumento da presença do setor em Portugal, poderia reduzir-se o número de afetados por esta situação em 149 mil pessoas“, afirma Isabel Roseiro, diretora de marketing da Randstad Portugal, em comunicado.

Fonte: Randstad & WEC

 

Com uma taxa de penetração de recrutadoras, calculada dividindo o número de trabalhadores temporários equivalentes a tempo inteiro entre a população em idade ativa, inferior à apurada em Portugal está apenas Espanha (0,8%), Grécia (0,5%), Estónia (0,3%) e Lituânia (0,2%).

No sentido oposto, com os valores mais elevados, estão os Países Baixos (3,7%), Eslováquia (3%), Eslovénia e França (ambas com 2,9%).

Segundo a Randstad, a presença de um ponto a mais de penetração das empresas de recrutamento no mercado de trabalho é acompanhada por taxas de pobreza 2,96 pontos mais baixas. “Em Portugal, uma redução dessa magnitude poderia equivaler a tirar 306,2 mil pessoas de uma situação de risco de pobreza ou exclusão social”, melhorando os resultados do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 1 — erradicar a pobreza –, conclui a empresa especialista em recrutamento.

Maiores níveis de qualificação e igualdade de género

O estudo aponta que também no ODS 4, que corresponde a educação de qualidade, é possível esperar uma contribuição positiva por parte das empresas de recrutamento. “Verifica-se uma flexibilidade superior no mercado de trabalho e maiores oportunidades de emprego nos países em que as empresas de recrutamento têm maior presença”, pode ler-se.

“Isto faz com que a rentabilidade da formação aumente, o que acaba por implicar maiores níveis de qualificação da população destes países. Foi verificado que um ponto percentual na penetração destas agências corresponderia a um incremento de 3,8 pontos a proporção de pessoas dos 45 aos 54 anos com competências digitais básicas, aumento que em Portugal se traduziria em 59,3 mil pessoas a mais com esses conhecimentos. Atualmente, 45% dos indivíduos desta faixa etária possuem competências digitais abaixo do nível básico.”

A análise refere ainda que o ODS 5 — igualdade de género — pode ser impulsionado pelas agências de emprego, com a capacidade para agilizar o acesso ao emprego por parte de mulheres, o que lhes permite iniciar as carreiras profissionais mais cedo e progredir profissionalmente, podendo limitar as diferenças entre género nos mercados de trabalho europeus.

Uma das correlações mostra que, em Portugal, o aumento de um ponto percentual na participação do setor, poderia elevar o peso das mulheres nos cargos de alta gestão, a médio prazo, até 4,5%.

Aceda ao estudo completo aqui.

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Ministro da Cultura não se retrata sobre críticas à CPI da TAP. Recusa “suspender espírito crítico”

Pedro Adão e Silva reafirma as críticas que fez ao funcionamento da comissão de inquérito à TAP e diz que não está escrito "em nenhum lado que os ministros devem suspender o seu espírito crítico".

O ministro da Cultura recusa retratar-se sobre as declarações que fez acerca do funcionamento da comissão parlamentar de inquérito (CPI) à TAP, referindo que os ministros não “devem suspender o seu espírito crítico” e negando que tenha faltado ao respeito ao Parlamento. António Lacerda Sales, deputado socialista, ex-secretário de Estado e presidente da CPI, tinha considerado tais declarações “uma falta de respeito” e instado Pedro Adão e Silva a “retratar-se”.

Numa entrevista à TSF e ao Jornal de Notícias divulgada no fim de semana, o governante gerou controvérsia ao tecer críticas aos trabalhos da comissão, por alguns deputados terem desempenhado um papel de “procuradores do cinema americano da série B da década de 80”, afirmou. O comentário caiu mal junto do presidente da CPI, que disse entender que as declarações do ministro da Cultura foram uma “falta de respeito” e uma “caracterização muito injusta” do trabalho dos deputados, pedindo que o mesmo se retratasse.

A réplica surgiu em declarações transmitidas pela RTP3: “Claro que não [me retrato]. Posso mesmo elaborar muito e terei todo o prazer”, atirou Pedro Adão e Silva aos jornalistas. O ministro foi até mais além e acrescentou não compreender “o tom inquisitório” de alguns parlamentares, dizendo considerar que há “uma reflexão a fazer” sobre a forma como os trabalhos foram conduzidos e como se transformaram “num longo comentário televisivo, como se estivéssemos a falar de um reality show“.

“Acho um pouco surpreendente que ninguém se inquiete com apreensões de telemóveis na CPI ou com perguntas com quem se está a trocar SMS”, bem como “com inquirições noite dentro”, sublinhou esta segunda-feira, sinalizando que “nada disto contribui para o bom funcionamento das instituições”.

O governante recusou ainda que as suas declarações sejam desrespeitosas para os deputados e para o Parlamento, referindo que “o Governo responde perante a Assembleia, mas não está escrito em nenhum lado que os ministros devem suspender o seu espírito crítico em relação ao que é o funcionamento do Parlamento”.

A par do socialista Lacerda Sales, também os deputados da CPI à TAP criticaram as palavras do ministro (à exceção do PS). Do PSD, o deputado Paulo Rios de Oliveira acusou Pedro Adão e Silva de “arrogância e ignorância” e lembrou que “até na mesa do café um ministro é ministro”, repetindo uma repreensão que o primeiro-ministro, António Costa, tinha feito a membros do Governo no passado.

Questionado pelos jornalistas sobre esse comentário, o ministro da Cultura retorquiu que “os membros do Governo não têm opiniões pessoais” e que as suas palavras não foram proferidas “numa mesa de café”, mas “num órgão de comunicação social, sobre a degradação da vida política e da vida democrática”.

Entretanto, no Twitter, o presidente do PSD acusou o ministro da Cultura de “arrogância e pedantismo intelectual”, considerando que Pedro Adão e Silva “nunca deixou de ser funcionário da narrativa socialista” apesar da “pretensa independência de opinião”.

Já André Ventura, deputado do Chega, considerou que se trataram de declarações “irresponsáveis” e “incendiárias” de “um ministro sem perfil”, enquanto Pedro Filipe Soares, deputado do Bloco de Esquerda acusa o ministro de querer desviar as atenções dos “escândalos do Governo”. Já Paulo Raimundo, do PCP, afirmou serem declarações para “entreter”.

Entretanto, Alexandra Leitão e Isabel Moreira, duas deputadas socialistas, já vieram em defesa de Lacerda Sales. “Foram declarações infelizes para um ministro da República” que “não [as] faria se não tivesse maioria absoluta”, considerou Alexandra Leitão, no programa “O Princípio da Incerteza”, da TSF e CNN Portugal. Por sua vez, Isabel Moreira publicou no Twitter uma notícia sobre as críticas do presidente da comissão de inquérito a Adão e Silva, comentando “muito bem”.

(Notícia atualizada às 15h25 com reação de Luís Montenegro)

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Portugal volta a ter “crédito” face ao exterior ao fim de um ano

Há mais de um ano que a economia nacional apresentava uma dependência financeira face ao mercado internacional. Essa situação mudou no primeiro trimestre.

Há cerca de um ano que a economia nacional estava em dívida perante o estrangeiro. Segundo dados do Banco de Portugal, desde 2021 até ao final do ano passado que Portugal necessitava de recorrer ao estrangeiro para financiar a sua economia. Mas essa situação mudou no primeiro trimestre deste ano, com o rácio entre os ativos líquidos e a poupança financeira a passar para valores positivos.

De acordo com dados divulgados esta segunda-feira pelo banco central, a capacidade de financiamento sobre o exterior aumentou para um montante equivalente a 0,6% do PIB no primeiro trimestre. É o valor mais elevado desde o quarto trimestre de 2021 e o primeiro saldo positivo desde então.

Fonte: Banco de Portugal. Valores em percentagem do PIB.

“O setor financeiro, os particulares e as administrações públicas registaram um saldo positivo de 1,4%, 0,4% e 0,1% do PIB, respetivamente. As empresas não financeiras foram o único setor residente a apresentar necessidade de financiamento (1,3% do PIB)”, refere o comunicado do Banco de Portugal.

O banco central destaca a transferência dos ativos e das responsabilidades do Fundo de Pensões da Caixa Geral de Depósitos (CGD) para a Caixa Geral de Aposentações (CGA) neste período que “gerou um conjunto de fluxos entre as sociedades financeiras, as famílias e as administrações públicas, embora sem impacto nas capacidades de financiamento destes setores”. No entanto, salienta que, “com esta operação, o setor financeiro financiou os particulares em 1,2% do PIB, que, por sua vez, financiaram as administrações públicas no mesmo montante”.

A contribuir também para uma menor dependência da economia nacional do exterior esteve também o facto de os particulares terem sido financiados pelo setor financeiro através do aumento dos empréstimos bancários, mas também pela redução dos depósitos. “Em sentido contrário, os particulares financiaram as administrações públicas mediante a aquisição de Certificados de Aforro, parcialmente compensada pela amortização de Certificados do Tesouro, em 4,8% do PIB.”

O Banco de Portugal esclarece ainda que “as Administrações Públicas utilizaram o financiamento líquido recebido dos particulares e a capacidade de financiamento gerada no período (0,1% do PIB) para financiar o resto do mundo e o setor financeiro” através da amortização de títulos de dívida detidos por ambos os setores, da aquisição de títulos de dívida pública emitidos por não residentes e pelo aumento dos depósitos junto do banco central.

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Kiev reclama reconquista de 14 quilómetros quadrados no sul e leste

  • Lusa
  • 10 Julho 2023

"Mais de 10 quilómetros quadrados de terras ucranianas foram libertadas no sul da Ucrânia, na semana passada", disse Kovaliov, acrescentando que "4 quilómetros foram "libertados no setor de Bakhmut".

O Exército ucraniano reclamou esta segunda-feira ter reconquistado 14 quilómetros quadrados de território às forças da Rússia na sequência da contraofensiva, afirmou o porta-voz militar Andri Kovaliov.

“Mais de dez quilómetros quadrados de terras ucranianas foram libertadas no sul da Ucrânia, na semana passada”, disse Kovaliov à televisão de Kiev acrescentando que quatro quilómetros quadrados foram “libertados no setor de Bakhmut”, no leste do país.

Estes valores, segundo o mesmo responsável, elevam para 193 quilómetros quadrados a área total reconquistada pela Ucrânia desde o lançamento da contraofensiva no início de junho.

“As tropas ucranianas entrincheiraram-se nas linhas que tinham alcançado, infligindo danos de artilharia a alvos inimigos identificados. O inimigo (forças russas) resiste, transfere unidades e utiliza reservas. Decorrem combates intensos”, afirmou ainda Kovaliov referindo-se diretamente a Bakhmut.

Segundo o Presidente Volodymyr Zelensky, a contraofensiva ucraniana está a progredir lentamente contra as forças russas, “que estão entrincheiradas atrás de poderosas linhas defensivas”.

Na sexta-feira passada, Kiev recebeu dos Estados Unidos bombas de fragmentação, proibidas em muitos países. A Ucrânia pede ainda mais artilharia e a entrega de aviões de combate F-16.

Este último balanço da contraofensiva, elaborado por Kiev, surge no momento em que Volodymyr Zelensky é esperado em Vilnius, na Lituânia, para a Cimeira da NATO que vai abordar a questão do pedido de adesão da Ucrânia à Aliança Atlântica.

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Euribor sobe para novo máximo a 3 meses mas cai a 6 e 12 meses

  • Lusa
  • 10 Julho 2023

As taxas Euribor subiram esta segunda-feira a três meses para um novo máximo desde novembro de 2008 e desceram a seis e 12 meses.

As taxas Euribor subiram esta segunda-feira a três meses para um novo máximo desde novembro de 2008 e desceram a seis e 12 meses.

  • A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, recuou para 4,190%, menos 0,003 pontos, depois de ter avançado até 4,193% em 07 de julho, um novo máximo desde novembro de 2008. Segundo dados de março de 2023 do Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses representava 41% do ‘stock’ de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 33,7% e 22,9%, respetivamente. A média da taxa Euribor a 12 meses avançou de 3,862% em maio para 4,007% em junho, mais 0,145 pontos.
  • No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 07 de julho de 2022, também baixou, ao ser fixada em 3,931%, menos 0,014 pontos, depois de ter subido em 07 de julho até 3,945%, também um novo máximo desde novembro de 2008. A média da Euribor a seis meses subiu de 3,682% em maio para 3,825% em junho, mais 0,143 pontos.
  • Em sentido contrário, a Euribor a três meses avançou para 3,661%, mais 0,21 pontos e um novo máximo desde novembro de 2008. A média da Euribor a três meses subiu de 3,372% em maio para 3,536% em junho, ou seja, um acréscimo de 0,164 pontos percentuais.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, realizada em 15 de junho, o BCE voltou a subir os juros, pela oitava reunião consecutiva, em 25 pontos base – tal como em 04 de maio -, acréscimo inferior ao de 50 pontos base efetuado em 16 de março, em 02 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas.

Antes, em 27 de outubro e em 08 de setembro as taxas diretoras subiram em 75 pontos base. Em 21 de julho de 2022, o BCE tinha aumentado, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

 

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Portugal lança primeiro fundo de capital de risco especializado em saúde

O Biovance Capital Fund I, selecionado pelos programas Portugal Tech e InvestEU, pretende mobilizar até 60 milhões de euros e vai investir em 12 empresas na área da biotecnologia.

O primeiro fundo de capital de risco em Portugal especializado em saúde, o Biovance Capital Fund I, apresentado esta segunda-feira, é o último investimento do Portugal Tech, a parceria entre o Banco Português de Fomento e o Fundo Europeu de Investimento lançada em 2018 para apoiar o ecossistema de capital de risco em Portugal.

O Biovance Capital Fund I, selecionado pelos programas Portugal Tech e InvestEU, pretende mobilizar até 60 milhões de euros e vai investir em 12 empresas na área da biotecnologia, “com o objetivo de apoiar o desenvolvimento de medicamentos inovadores para a saúde humana, em áreas terapêuticas prioritárias como a oncologia, imunologia, neurologia, entre outras”, explica o Ministério da Economia num comunicado.

“Este fundo será estratégico para o desenvolvimento do setor da biotecnologia nacional, proporcionando o capital e o acompanhamento necessários para que potenciais novos medicamentos de raiz portuguesa possam ser desenvolvidos e lançados no mercado global”, acrescenta o mesmo comunicado.

O Banco de Fomento, o Fundo Europeu de Investimento (FEI) e a Comissão Europeia, “enquanto investidores-âncora no primeiro fundo nacional especializado na área da saúde”, comprometeram-se a mobilizar em conjunto 35 milhões de euros — 17,5 milhões do BPF via Portugal Tech e 17,5 milhões da Comissão Europeia via InvestEU, ambos geridos pelo FEI — aos quais se juntará capital de investidores institucionais privados. A Caixa Capital (do grupo Caixa Geral de Depósitos) já está garantida, segundo a referida nota.

Este novo fundo vai investir em empresas do setor da biotecnologia que estejam a desenvolver medicamentos inovadores para a saúde humana em fase inicial e contará na equipa de gestão com um médico e dois cientistas, todos com doutoramento e carreiras de investigação em instituições internacionais de referência, como Harvard Medical School, MIT e Imperial College.

O ministro da Economia, António Costa Silva, na apresentação, sublinhou que este fundo “vai ter um contributo muito relevante para a promoção do investimento em startups de biotecnologia, permitindo o desenvolvimento de novos medicamentos, como resultado da forte cooperação entre o BPF e o Grupo BEI e a complementaridade entre o financiamento nacional, assegurado pelo IAPMEI, e da União Europeia através do Programa InvestEU”.

O Portugal Tech é um programa de investimento de 100 milhões de euros, gerido pelo FEI e focado no desenvolvimento do ecossistema de capital de risco em Portugal. O programa conta com 50 milhões de euros de capital nacional proveniente do Fundo de Capital e Quase Capital, que tem como sociedade gestora o Banco de Fomento. Está totalmente comprometido em seis fundos portugueses, com um valor total alavancado de mais de 400 milhões de euros. Os fundos selecionados pelo Portugal Tech já investiram mais de 100 milhões de euros em 55 startups, como por exemplo os unicórnios Sword Health, Anchorage e Remote.

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Mazars quer recrutar 60 pessoas até final do ano

O foco está em perfis com experiência em auditoria, contabilidade, outsourcing e fiscalidade. 

A Mazars pretende contratar “perto de 60 pessoas” até ao final deste ano. O foco está em perfis com experiência nas áreas de negócio da empresa, nomeadamente em auditoria, contabilidade & outsourcing e fiscalidade. O objetivo é “assegurar a capacidade de entregar e responder a múltiplas exigências, do ponto de vista das solicitações de clientes e do que é requerido pela supervisão“, adianta Tatiana Teófilo, manager human resources da Mazars Portugal, em declarações ao Trabalho by ECO.

Com a transformação das necessidades e objetivos de uma nova geração de profissionais a ingressar no mercado de trabalho e a concorrência acrescida na aquisição de talento, a gestora de pessoas admite que o contexto é “de enorme desafio”.

“A experiência global e possibilidade de evolução apresentadas são a base para as pessoas escolherem a Mazars, que procura, de forma permanente, tornar a sua atividade ainda mais interessante e ser cada vez uma melhor empresa para os seus colaboradores”, afirma.

E destaca a “oferta alargada de conteúdos relacionados com competências técnicas, pessoais e interpessoais para desenvolvimento profissional“, a “abordagem da organização à diversidade e inclusão“, a “política de trabalho híbrido (50/50), com compensação pelo trabalho remoto“, o “aumento dos plafond de reembolso de despesas“, bem como o “acompanhamento da atualização do subsídio de refeição em cartão de alimentação”, não esquecendo o seguro de saúde, comparticipado a 100% a todos os colaboradores da Mazars com a possibilidade inclusão dos seus familiares”.

Para reforçar o equilíbrio e flexibilidade dos seus colaboradores, no que é a vida profissional e pessoal, a Mazars atribui ainda sete dias adicionais de descanso, mais o dia de aniversário, a que se acrescenta a atribuição de oito tardes durante dois meses específicos, bem como a política de horário flexível.

Os interessados podem em consultar as vagas aqui.

Fatores de inovação e sustentabilidade para o talento

Em setembro do ano passado, a Mazars abriu os seus serviços de sustentabilidade, com o objetivo de apoiar os seus clientes na sua jornada de sustentabilidade. “Internamente, também está a trilhar este caminho e a definir o seu propósito, tendo a certeza de que cada vez mais os jovens talentos se interessam por estas temáticas e querem trabalhar em empresas que sejam responsáveis e que contribuem para um mundo melhor”, afirma, por sua vez, Maria João Vaz, head of sustainability services da Mazars Portugal

“Alinhado com as diretrizes do grupo, o plano estratégico da Mazars Portugal tem objetivos muito concretos rumo a um futuro neutro em carbono e na definição de políticas de responsabilidade social que abarcam, entre outros, temas como a diversidade, a equidade e a inclusão. A Mazars quer contribuir ativamente para a Agenda 2030 da ONU e o seu posicionamento permite fazê-lo com medidas internas em prol de todos os colaboradores, mas também dos clientes através da nossa área de negócio de sustainability services.”

A Mazars é ainda parceira da Associação d’Novo, que tem por objeto social o estudo, a avaliação de medidas, a prestação de serviços e a intervenção no âmbito da promoção da atividade profissional qualificada sénior em Portugal. Até 2025, a associação pretende apoiar mais de 500 profissionais acima dos 50 anos a voltar ao mercado de trabalho.

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Comércio internacional acentua queda. Exportações recuam 6,9% em maio

Comércio internacional continua a arrefecer. O INE destaca as quedas nas exportações de produtos farmacêuticos e nas importações de combustíveis e lubrificantes no mês de maio.

O comércio internacional voltou a arrefecer em maio. Nesse mês, as exportações de bens caíram 6,9% em termos nominais, enquanto as importações recuaram 4,1% na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta segunda-feira.

O INE destaca a queda nas exportações de produtos farmacêuticos e nas importações de combustíveis e lubrificantes. “Neste último caso refletindo a descida do preço destes produtos nos mercados internacionais, mas também um efeito de base, dado que, em maio de 2022, tinha ocorrido a introdução no mercado de gás natural previamente sujeito ao regime de entreposto aduaneiro, com vista ao encerramento do entreposto de Sines, que fez aumentar de forma significativa as importações deste produto”, explica o gabinete de estatísticas.

No que diz respeito à variação homóloga das exportações, esta já tinha caído no mês passado mas antes disso já não recuava desde janeiro de 2021. Sobressai a queda nas exportações de fornecimento industriais, que foi de 25,1% face a maio de 2022.

Nesta categoria, destacam-se os produtos químicos para os Estados Unidos, “correspondentes, em grande parte, a transações após trabalho por encomenda (sem transferência de propriedade), que no mês homólogo do ano anterior registaram um valor muito elevado”. Caíram também as exportações de combustíveis e lubrificantes.

“Em sentido contrário, salientam-se os aumentos nas exportações de Material de transporte (+23,5%), nomeadamente para França e Espanha, e de Máquinas e outros bens de capital (+16,9%)”, nota o INE.

Já nas importações, além do decréscimo de combustíveis e lubrificantes (-41,3%), verifica-se também um recuo nos fornecimentos industriais (-10,1%) e o acréscimo de material de transporte (+21,2%), principalmente automóveis para transporte de passageiros de Espanha.

Tendo em conta a queda mais acentuada das exportações, o défice da balança comercial piorou e atingiu 2.526 milhões de euros em maio. Isto representa agravamentos de 109 milhões de euros face ao mesmo mês de 2022 e de 332 milhões de euros face ao mês anterior.

No que diz respeito aos preços, os índices de valor unitário registaram variações de -2,3% nas exportações e -6,5% nas importações, sendo de salientar a queda dos preços dos combustíveis nos mercados internacionais depois do disparo do ano passado.

(Notícia atualizada às 11h35)

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