Exportações crescem mais que importações em novembro com desaceleração dos preços
"Os índices de valor unitário (preços) registaram variações homólogas de +13% nas exportações e +14,1% nas importações", indica o INE.
As exportações de bens cresceram 18,9% em novembro, face ao mesmo mês do ano anterior, uma subida superior à das importações (16,2%). Este desempenho reflete “uma desaceleração dos preços”, segundo destaca o Instituto Nacional de Estatística (INE) nos dados divulgados esta segunda-feira.
“Os índices de valor unitário (preços) registaram variações homólogas de +13% nas exportações e +14,1% nas importações (+14,5% e +14,2%, respetivamente em outubro de 2022)”, adianta o gabinete de estatísticas.
Já se excluirmos os combustíveis e lubrificantes, produtos tendencialmente mais voláteis, verificam-se aumentos de 15,5% nas exportações e 13,5% nas importações. Esta componente pesa nos preços, sendo que os índices de valor unitário excluindo os produtos petrolíferos registaram variações de 11,8% nas exportações e 9,8% nas importações.
Olhando para as categorias, aumentaram tanto as exportações como importações de material de transporte (+22,2% e +35,6%, respetivamente) e de combustíveis e lubrificantes (+100,4% e +36,0%, pela mesma ordem). Nas exportações é ainda de destacar o crescimento de máquinas e outros bens de capital (+30,9%).
O material de transporte que Portugal compra vem maioritariamente do Canadá e de Espanha, enquanto os combustíveis e lubrificantes são sobretudo de fornecedores Extra-UE. É de salientar também a diminuição nas importações de fornecimentos industriais (-1,5%), sobretudo de produtos químicos da Irlanda.
Por outro lado, o material de transporte exportado por Portugal foi sobretudo para o Reino Unido e Itália, enquanto as máquinas e
outros bens de capital foram principalmente para Espanha.
Apesar de neste mês as exportações terem crescido mais que as importações, a evolução ao longo do ano ditou um agravamento do défice da balança comercial em 198 milhões de euros face a novembro de 2021, atingindo 2.433 milhões de euros. “Excluindo Combustíveis e lubrificantes, o défice totalizou 1.563 milhões de euros, aumentando 81 milhões de euros relativamente a novembro de 2021”, nota o INE.
Já se virmos os resultados trimestrais, “no trimestre terminado em novembro de 2022, as exportações e as importações aumentaram 21,5% e 23,8%, respetivamente, em relação ao mesmo período de 2021 (+25,4% e +34,4%, pela mesma ordem, no trimestre terminado em outubro de 2022)”.
(Notícia atualizada às 11h30)
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