Bastonário defende imigração de engenheiros para obras em Portugal
Fernando de Almeida Santos teme que não haja recursos humanos suficientes para executar todas as obras públicas programadas até ao final da década.
O bastonário da Ordem dos Engenheiros defende que Portugal tem de recrutar engenheiros no estrangeiro. Fernando de Almeida Santos entende que esta aposta é crucial para o país conseguir executar todas as obras públicas programadas até ao final desta década.
“Há claramente vontade de fazer e capacidade financeira e técnica. Mas temos falta de gente. Para se implementar tudo o que é necessário, temos de duplicar a nossa capacidade de execução”, sinalizou o bastonário na abertura da conferência “Portugal e a Alta Velocidade Ferroviária”, organizada no Porto.
“Temos défice de quantidade de engenheiros mas não de liderança. Há receio de falta de quantidade de técnicos para executar todas as obras. É preciso recorrer à imigração e trazer complementaridades de fora”, acrescentou Fernando de Almeida Santos.
O ano passado foi criado o novo visto de procura de trabalho, aquando da alteração da lei da permanência em Portugal, que prevê a possibilidade de os estrangeiros que querem vir trabalhar para Portugal se inscreveram no site do IEFP. Segundo a ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, o número trabalhadores estrangeiros que se inscreveram no Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) nos últimos dois meses a sinalizar a sua disponibilidade para trabalhar em Portugal ascendeu a 144 mil. São, sobretudo, trabalhadores de Marrocos, Cabo Verde e Índia.
Além da construção das novas linhas ferroviárias Porto-Lisboa e Porto-Vigo, Portugal tem outras grandes obras públicas previstas até ao final desta década, como a expansão das redes do metro de Lisboa e do Porto e a construção/reabilitação de 26.000 casas, ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Somadas as verbas do PRR com o Portugal 2030, o país irá beneficiar de cerca de 42 mil milhões de euros de fundos europeus até 2030: 23 mil milhões do PT 2030 e 18,9 mil milhões do PRR. Este ano é o último momento para executar as verbas do PT2020.
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