BE propõe controlo de preços das rendas para limitar especulação

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2023

"O que nós propomos pela primeira vez, com esta dimensão e com esta profundidade, é que o Estado legisle para controlar as rendas habitacionais”, explicou Pedro Filipe Soares.

O BE propôs esta terça-feira um controlo dos preços das rendas para limitar a especulação no mercado de arrendamento, um projeto de lei que segundo o líder parlamentar bloquista, Pedro Filipe Soares, estará em debate público durante dois meses.

Esta e outras duas iniciativas legislativas sobre habitação foram esta tarde apresentadas aos jornalistas por Pedro Filipe Soares no encerramento das jornadas parlamentares do BE, nas quais foi feito com um roteiro por vários pontos de Aveiro que são, para o partido, exemplos do mau aproveitamento e da especulação no setor na habitação.

O Governo tem instrumentos que têm falhado no essencial. Não colocam limites à especulação, à usura, não garantem um arrendamento alargado para o conjunto da população a preços que sejam aceitáveis para os salários que temos e o que nós propomos pela primeira vez, com esta dimensão e com esta profundidade, é que o Estado legisle para controlar as rendas habitacionais”, explicou.

De acordo com o líder parlamentar bloquista, a criação desta renda máxima seria feita tendo por base um conjunto de critérios já aplicados no âmbito do programa Porta 65. “Queremos critérios que já estejam solidificados pela experiência que existe no concreto, mas queremos dar lhe uma interpretação diferente: que sejam aplicados para salvaguardar o direito à habitação e para impor limites máximos nas rendas que atualmente são executadas no país”, detalhou.

Para que esta proposta “tenha a maior robustez possível”, o BE não a vai entregar de imediato no parlamento, funcionando assim como um anteprojeto lei que pretendem que esteja em “debate público durante dois meses para garantir que todos que queiram opinar sobre a matéria o possam fazer”.

“Mas temos a urgência que em abril, quando nós começarmos a discutir a entrada na comemoração dos 50 anos de abril, nós possamos agendar este projeto de lei para plenário com a certeza que temos o melhor projeto possível para garantir aquilo que é mais simples: que as rendas não sejam sinónimo de extorsão no nosso país, que o direito à habitação não seja uma miragem para muitas das nossas famílias”, disse.

O BE apresentou ainda um projeto de lei que fixa “uma percentagem mínima de 25% do novo edificado para arrendamento ou construção de habitação a custos controlados” e um projeto de resolução que recomenda ao governo “que terrenos públicos urbanizáveis não sejam vendidos ou transferidos para processos de especulação imobiliária e sejam utilizados para políticas públicas de habitação”.

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Brasileira Capitual escolhe Portugal para instalar centro tecnológico para operação europeia

  • Trabalho
  • 7 Fevereiro 2023

Ao longo do ano, a Capitual espera contratar entre 60 e 100 profissionais qualificados em Portugal. Contudo, dentro de três anos, a projeção é ter cerca de 400 pessoas em Portugal.

A fintech de criptoativos Capitual captou 15 milhões de euros oriundos da sociedade italiana Azimut, uma das maiores casas de investimento independentes da Europa. O objetivo é, agora, expandir a atividade da startup brasileira para o mercado europeu. Portugal recebe a fintech — que, através de uma plataforma digital, fornece serviços de financiamento da banca tradicional e serviços de exchange (intercâmbio) de criptomoedas — durante este ano, estabelecendo em Lisboa a base tecnológica do que será toda a operação europeia.

“Estamos a montar a nossa estrutura na Europa e vamos entrar através de Portugal, que escolhemos como base para ser o nosso ponto de expansão”, afirma o CEO da Capitual, Guilherme Nunes, em declarações ao Dinheiro Vivo. A escolha de Portugal para instalar o hub de tecnologia prendeu-se com o idioma e também como a perceção atual de que o país é um “atrativo para empresas de tecnologia”.

Ao longo do ano, a Capitual espera contratar entre 60 e 100 profissionais qualificados em Portugal. Contudo, dentro de três anos, a expectativa é ter cerca de 400 pessoas em Portugal, “ajudando a nossa operação como um todo na Europa”, explica o gestor brasileiro. A empresa procura, sobretudo, engenheiros de software, profissionais para o apoio ao cliente e para a equipa jurídica.

Apesar de focados na concretização do primeiro escritório da Capitual em Portugal, que localizar-se-á em Lisboa, o CEO admite a intenção de, no futuro, levar a empresa para outras regiões do país. A região do Porto estará nos planos de médio e longo prazo.

Depois de Portugal, os planos da expansão europeia passam por Luxemburgo e Itália.

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Infarmed alarga lista para 137 medicamentos com exportação suspensa

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2023

Em janeiro estava temporariamente proibida a exportação de cerca de 110 medicamentos.

A Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) alargou esta terça-feira para 137 o número de medicamentos que estão com exportação suspensa, numa altura em que as farmácias registam uma estabilização da escassez de fármacos disponíveis.

Uma circular informativa, divulgada pelo regulador nacional, atualizou os medicamentos que estão com a exportação temporariamente suspensa, uma lista que é definida mensalmente para incluir os fármacos em rutura no mês anterior e cujo impacto tenha sido considerado médio ou elevado conforme o regulamento de disponibilidade. Segundo o Infarmed, esta proibição destina-se a assegurar o abastecimento do mercado nacional após a ocorrência de uma rutura e aplica-se a todos os intervenientes do circuito, incluindo aos fabricantes.

Em relação a janeiro, quando estava temporariamente proibida a exportação de cerca de 110 medicamentos, a lista atualizada integra 138 apresentações de fármacos de várias categorias e substâncias ativas, como a amilase, amoxicilina, paracetamol e ibuprofeno.

Em declarações à Lusa, a presidente da Associação Nacional das Farmácias (ANF) adiantou que a situação de escassez “está estável”, continuando a verificar-se “pontualmente atrasos na reposição” de alguns fármacos mais utilizados no inverno e outros para os quais já havia uma notificação de escassez.

Segundo Ema Paulino, esta escassez tem sido “transversal”, afetando tanto medicamentos utilizados para doenças crónicas, e para os quais normalmente existem alternativas no mercado, como os fármacos para infeções respiratórias, caso de analgésicos, anti-inflamatórios e antibióticos.

“Continuamos nas farmácias a encontrar alternativas, quando isso é possível, ou então, nas circunstâncias em que seja necessário entrar em contacto com o médico, para poder fazer uma alteração da prescrição”, adiantou a responsável da ANF. Apesar das falhas de abastecimento do mercado sentidas pontualmente, “temos encontrado alternativa e as pessoas não ficam sem tratamento”, assegurou Ema Paulino.

Segundo disse, vários grupos de trabalho estão a funcionar, no âmbito do Infarmed, “para encontrar outros mecanismos que também ajudem a mitigar os efeitos dessas faltas nas pessoas”. Entre estas medidas consta a Via Verde do Medicamento, um mecanismo utilizado pelas farmácias para gerir os stocks de medicamentos em escassez, uma área onde já foram “identificadas melhorias que estão a ser discutidas para serem implementadas”, adiantou Ema Paulino.

Além disso, estes grupos de trabalho estão a analisar como pode ser melhorada a comunicação entre os diversos profissionais de saúde para garantir que informação sobre a escassez de medicamentos chegue de forma célere aos prescritores, para que possam encontrar fármacos alternativos.

Em janeiro, o Ministério da Saúde anunciou que os preços dos medicamentos mais baratos vão aumentar 5% para facilitar o acesso aos fármacos e evitar situações de rutura. “Os medicamentos com preço de venda ao público (PVP) até 10 euros têm o preço atualizado em 5% e aqueles com preços entre 10 e 15 euros serão atualizados em 2%”, adiantou o Ministério da Saúde (MS) em comunicado, explicando que esta atualização decorre à margem do processo habitual de Revisão Anual de Preços.

Para Ema Paulino, este aumento de preços está previsto ser aplicado em março ou abril, uma medida “importante” por ser o primeiro acréscimo feito em cerca de 20 anos “no sentido de garantir que as cadeias de abastecimento continuam viáveis”. “Pensamos que é uma medida importante e que vai ajudar a estabilizar as cadeias de distribuição”, disse a presidente da ANF.

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Bono e embaixadora ucraniana convidados para discurso do Estado da União de Biden

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2023

A embaixadora ucraniana nos EUA foi convidada por Jill Biden pelo "apoio contínuo dos EUA à Ucrânia perante o ataque injustificado da Rússia", disse a Casa Branca, em comunicado.

O cantor irlandês Bono e a embaixadora ucraniana nos EUA, Oksana Markarova, serão alguns dos convidados que acompanharão a primeira-dama norte-americana, Jill Biden, a assistir esta noite ao discurso do Estado da União.

Pelo segundo ano consecutivo, Markarova foi convidada por Jill Biden pelo “apoio contínuo dos EUA à Ucrânia perante o ataque injustificado da Rússia”, disse a Casa Branca, em comunicado.

Outra figura que vai ocupar o camarote presidencial esta noite ao lado da primeira-dama, será Paul Pelosi – marido da ex-líder da Câmara de Representantes, a Democrata Nancy Pelosi – que foi agredido na sua casa na Califórnia por um intruso, no que a Casa Branca descreveu como um “ataque com motivações políticas”.

No total, Jill Biden convidou 24 pessoas para assistirem ao discurso do Estado da União.

Entre os convidados está ainda Mitzi Colin López, uma jovem que foi trazida pelos seus pais migrantes do México quando tinha três anos de idade e que cresceu nos Estados Unidos, beneficiando de um programa especial de acolhimento de crianças.

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, falará nesta terça-feira perante ambas as câmaras do Congresso dos Estados Unidos às (pelas 21:00, hora local; 02:00 de quarta-feira, hora de Portugal continental) para o tradicional discurso sobre o Estado da União. O discurso do Estado da União é uma das cerimónias mais importantes da política americana.

Neste evento, o Presidente dirige-se às duas câmaras do Congresso (Senado e Câmara de Representantes) reunidas no mesmo hemiciclo, juntamente com os membros do Supremo Tribunal, para definir as prioridades para o próximo ano e solicitar a colaboração dos congressistas.

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Montenegro acusa Costa de “pedalar para trás” e não sair do sítio

  • Mariana Marques Tiago
  • 7 Fevereiro 2023

"Quem tem de controlar o pedal do país é o Governo, e o país não pedala mais porque tem um primeiro-ministro que pedala ao contrário e não sai do mesmo sítio", considera o líder do PSD.

“O primeiro-ministro tem andado a pedalar para trás e, quando se pedala para trás, normalmente fica-se no mesmo sítio, diz Luís Montenegro. A acusação do presidente do Partido Social Democrata (PSD) surgiu esta terça-feira, na Guarda, a propósito das declarações de António Costa no início da manhã.

Costa desafiou as empresas portuguesas a continuar a “pedalar” para que o país chegue ao final do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), em 2026, mais bem preparado para enfrentar crises e garantir “mais e melhor emprego, maior rentabilidade para as empresas e uma economia mais sustentável”.

No entanto, Luís Montenegro acusa o primeiro-ministro de “vender ilusões”. “Quem tem de controlar o pedal do país é o Governo, e o país não pedala mais porque tem um primeiro-ministro que pedala ao contrário e não sai do mesmo sítio”, disse.

O político da oposição considera que o Governo não tem tirado proveito real do PRR, em oposição aos restantes países. “As empresas, pessoas, famílias, pequenos produtores agrícolas estavam à espera de ter financiamento para a recuperação e resiliência do nosso tecido económico”. E continuou: Costa “anda a empatar o país com promessas que não andam a chegar ao terreno”.

Luís Montenegro prestou declarações aos jornalistas a propósito do Programa Sentir Portugal, onde reuniu com agricultores em Figueira de Castelo Rodrigo. O líder do PSD salientou ainda que queria voltar a apelar ao Governo que “deixe de estar tão fechado em si próprio, nos seus casos e nas suas polémicas, e olhe para a vida das pessoas”, em concreto para os “milhares de agricultores que, ao longo de todo território, lutam contra grandes dificuldades e merecem apoio”.

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Voos entre Açores e América do Norte com “bastante procura”, diz presidente da SATA

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2023

Luís Rodrigues adiantou que a companhia vai alugar um Airbus A330 à espanhola Plus Ultra Líneas Aérea, que vai servir “fundamentalmente” para ligar Oakland, na Califórnia, ao arquipélago açoriano.

O presidente da SATA afirmou esta terça-feira que o aluguer do avião Airbus A330 para a ligação dos Açores à América do Norte durante o verão é a “solução mais rentável”, revelando que os voos estão com “bastante procura”. Em declarações à agência Lusa, Luís Rodrigues adiantou que a companhia vai alugar (em serviço de leasing) um Airbus A330 à companhia aérea espanhola Plus Ultra Líneas Aérea, que vai servir “fundamentalmente” para ligar Oakland, na Califórnia, ao arquipélago açoriano.

“O fundamental vai ser ligar Oakland. Dependendo da procura que estiver a ocorrer e, neste momento, está a decorrer muita procura que é algo que nos está a deixar muito satisfeitos, pode vir a complementar Boston, principalmente com Ponta Delgada e Terceira”, afirmou.

Lembrando que a SATA nos últimos anos tem “fretado uma aeronave durante dois meses” no verão para garantir as ligações com a América do Norte, o presidente do grupo SATA disse “não ter dúvidas” de que o aluguer é a “solução mais rentável” para a companhia açoriana.

“Trata-se da operação que liga todos os verões Oakland à Terceira. Nós na frota não temos avião para fazer isso. É uma rota longa demais. Podíamos fazê-lo ocupando parte da frota, mas obrigava a uma paragem técnica em Toronto. Gastava-se muito mais dinheiro”, justificou. Não detalhando os valores envolvidos na operação, o presidente da SATA garantiu que o leasing “vai custar menos do que a receita que vai gerar”, tratando-se de uma “opção normal e tranquila”.

“É uma operação que está bem estudada. Consideramos três opções. A mais económica e eficiente era esta. Fizemos todas as contas que tínhamos de fazer, com todos os pressupostos. Já começamos a receber fotografias da loja em Oakland cheia de gente a querer comprar bilhetes para o verão”, reforçou.

Sobre os preços dos voos entre Boston e os Açores para o verão, criticados pela comunidade portuguesa nos Estados Unidos, o líder da transportadora aérea considerou que estão ser utilizadas “comparações pontuais”, em detrimento de comparações com os preços praticados na “generalidade da estação”.

“A SATA não é monopolista em coisíssima nenhuma. As pessoas podem vir por outras rotas e, se forem fazer o exercício que têm de fazer, vão ver que são bem mais caras do que a rota da SATA. Naquele período, a SATA é opção mais barata”, salientou.

Na segunda-feira, as comunidades portuguesas da América do Norte criticaram o “drástico aumento” dos preços das passagens aéreas praticados pela companhia açoriana SATA, denunciando tratar-se de uma “medida abusiva” e de um “abuso oportunista do monopólio do serviço público”. Luís Rodrigues alertou que a SATA “não pode privilegiar uns em relação a outros”, nem criar “tarifas privilegiadas” para não residentes, porque as “regras de mercado não permitem”.

“Temos um ritmo de reservas muito acima daquilo que foi 2022, com uma compra antecipada muito maior. O mundo parece estar a voltar ao normal, o que é uma coisa boa. A procura está a aumentar”, disse, destacando que também “os preços estão todos a aumentar”.

“Não fomos nós que dissemos isso. Foram os senhores da Ryanair, por exemplo, e de todas as companhias de aviação do mundo. Os custos dispararam. Não há magia”, reforçou. Numa nota a que a Lusa teve acesso, o Conselho Regional da América do Norte do Conselho das Comunidades Portuguesas (CRAN/CCP) destacou os preços dos bilhetes de avião entre Boston e os Açores, que no pico do verão tiveram um “aumento em 200%”.

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CGTP rejeita alterações à lei laboral no âmbito do Agenda do Trabalho Digno

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2023

A secretária-geral da CGTP diz que a Agenda do Trabalho Digno não garante de facto o reequilíbrio nas relações de trabalho e "não garante os direitos dos trabalhadores".

As alterações à legislação laboral no âmbito da Agenda do Trabalho Digno não garantem o equilíbrio das relações entre trabalhadores e empregadores, considerou esta terça-feira a secretária-geral da CGTP, que as rejeita.

“[O que pensamos sobre] esta agenda que está na Assembleia da República e que será votada na sexta-feira é que não garante de facto este reequilíbrio nas relações de trabalho e que não garante os direitos dos trabalhadores“, disse Isabel Camarinha numa conferência de imprensa realizada em Lisboa, em que detalhou as ações previstas para o dia nacional de luta e protesto que a central sindical convocou para esta quinta-feira.

A secretária-geral da CGTP afirmou rejeitar as alterações à lei laboral que são levadas a votação final global no parlamento na próxima sexta-feira, sustentando que esta posição se deve “muito pelo que elas não contêm”, mas também, nalgumas matérias, pelas alterações que vão trazer e que “não garantem a plenitude dos direitos dos trabalhadores”.

Sublinhando que o equilíbrio das relações laborais é “imprescindível” e que o papel da legislação laboral serve “justamente” para equilibrar uma relação que é “desequilibrada à nascença”, a dirigente sindical, reforçou que as várias alterações ao Código do Trabalho têm retirado força aos trabalhadores, sendo que a Agendo do Trabalho Digno não altera a situação uma vez que não revoga as “normas gravosas” da legislação laboral.

Os deputados terminaram na sexta-feira as votações na especialidade das alterações laborais no âmbito da Agenda do Trabalho Digno, com o PS a prever que a generalidade das novas regras entre em vigor em abril. “Acreditamos que estas alterações à legislação laboral serão publicadas durante o mês de março e irão entrar em vigor em abril”, adiantou à Lusa o socialista Fernando Jose, coordenador do grupo de trabalho onde decorreram as votações na especialidade.

A proposta do Governo que altera a legislação laboral, no âmbito da Agenda do Trabalho Digno, foi aprovada na generalidade em julho e o início da discussão na especialidade arrancou em 29 de novembro. Durante o processo na especialidade, foram introduzidas algumas normas que não estavam previstas inicialmente, como é o caso da possibilidade de as baixas de até três dias serem passadas pelo serviço digital do Serviço Nacional de Saúde (SNS24), mediante autodeclaração de doença, com limite de duas por ano.

Os deputados aprovaram ainda o alargamento do direito ao teletrabalho aos pais com filhos com deficiência ou doença crónica, independentemente da idade. Entre as medidas previstas na Agenda do Trabalho Digno estão limites à renovação dos contratos de trabalho temporários bem como o reforço do papel da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT). O documento prevê ainda o alargamento da compensação para 24 dias por ano em caso de cessação de contrato de trabalho a termo, certo ou incerto, e o aumento do valor das horas extraordinárias a partir das 100 horas anuais.

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Produção de vinho recua 8% na campanha 2022-23

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2023

O Instituto da Vinha e do Vinho destaca “a falta de água e as ondas de calor verificadas durante o ciclo vegetativo, que acentuaram o ‘stress’ hídrico e térmico”.

A produção de vinho recuou 8%, para 6,8 milhões de hectolitros, na campanha de 2022-2023 face à anterior, segundo dados divulgados esta terça-feira pelo Instituto da Vinha e do Vinho (IVV).

De acordo com o IVV, “os dados recolhidos nas Declarações de Colheita e Produção atestam uma diminuição do volume, com um total de 6,8 milhões de hectolitros (hl), representando um decréscimo de 8% face à campanha 2021/2022. No entanto, em comparação com a média das cinco campanhas anteriores, verifica-se um aumento de produção de 2%”.

Entre os fatores responsáveis pela diminuição de produção, o instituto destaca “a falta de água e as ondas de calor verificadas durante o ciclo vegetativo, que acentuaram o ‘stress’ hídrico e térmico”. Os valores agora apurados confirmam a tendência publicada em julho na previsão de vindima emitida, em que se estimava uma redução de 9% na colheita relativamente à anterior campanha.

O IVV avança que, “na generalidade, as produções por região registam uma quebra de produção face à campanha anterior”, salientando as regiões dos Açores, das Terras de Cister, das Terras da Beira e de Trás-os-Montes, que apresentaram reduções superiores a 20%.

Pelo contrário, as regiões do Minho e da Beira Atlântico destacaram-se por terem obtido aumentos de produção face a 2021/2022 superiores a 10% (11% e 12%, respetivamente)”. As produções declaradas como aptas a Denominação de Origem (DO) e Indicação Geográfica (IG) continuam dominantes, atingindo nesta campanha 91% da produção nacional.

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Alemanha vai enviar 178 tanques Leopard-1 para a Ucrânia

  • Mariana Marques Tiago
  • 7 Fevereiro 2023

A autorização para o envio dos carros de combate ocorreu na semana passada, mas o número de veículos era até agora desconhecido. A Alemanha vai enviar 178 tanques deste tipo.

A Alemanha vai enviar 178 tanques Leopard-1 para a Ucrânia, que enfrenta a invasão russa há quase um ano. A autorização para o envio dos carros de combate ocorreu na semana passada, mas o número de veículos era até agora desconhecido.

A informação foi avançada pela revista alemã Spiegel esta terça-feira. Anteriormente, o Governo alemão tinha autorizado os fabricantes do país a fornecer a Kiev os carros de combate deste modelo que estivessem em reserva, avançou o porta-do voz do Governo, Steffen Hebestreit.

No entanto, não tinham sido avançados números nem datas de entrega. Segundo os ministros da Defesa alemão, dinamarquês e dos Países Baixos, o envio acontecerá “nos próximos meses”, cita a AFP. Os dois países uniram-se à Alemanha, assegurando que estarão envolvidos no envio de, pelo menos, 100 Leopard-1.

Os tanques Leopard-1 não são a versão mais atualizada deste equipamento, mas sim o Leopard-2, veículo inicialmente pedido por Kiev e cujo envio já tinha sido aprovado em janeiro. Por serem veículos de fabrico alemão, a reexportação de ambos os Leopard só ocorre com uma autorização por parte da Alemanha.

(Notícia atualizada às 18h11)

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Demissão na ANI “fragiliza” execução dos fundos europeus, criticam empresários

Para os empresários, a demissão de Joana Mendonça é "preocupante" e confirma a perceção de uma gestão tardia e incoerente dos programas comunitários, com "entropia generalizada" na máquina do Estado.

A Confederação Empresarial de Portugal (CIP) vê com “enorme preocupação” a demissão da presidente da Agência Nacional para a Inovação (ANI), Joana Mendonça, revelada pelo ECO, que alegou falta de apoio político para abandonar a liderança deste organismo que faz a ligação entre as empresas, a academia e os centros tecnológicos.

António Saraiva sublinha, em declarações ao ECO, a falta de resposta das tutelas – da Economia e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior – a “vários pedidos elementares para a atividade regular da agência”, notando que “esta demissão confirma, infelizmente, a perceção que o setor privado tem sobre a execução do PRR e de outros programas: os processos funcionam mal e de forma muitas vezes incoerente”.

Lembrando que a execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) é “obviamente crucial” para o país, ainda mais num contexto de “perda de velocidade da atividade económica” nos últimos trimestres, o líder da CIP avisa que “se os instrumentos públicos não avançarem com vigor em solidez, os riscos para as empresas e para os trabalhadores aumentam substancialmente”.

“Esta demissão confirma as nossas piores suspeitas e coloca-nos em situação de fragilidade face aos nossos concorrentes europeus”, conclui António Saraiva.

António Saraiva, presidente da CIPMÁRIO CRUZ/LUSA

Entre os pontos particularmente sensíveis para a renúncia, citados na própria carta de Joana Mendonça, estão precisamente o acompanhamento das Agendas Mobilizadoras para a Inovação Empresarial e da “Missão Interface”, ambas no âmbito do PRR, ou o papel da ANI na execução e implementação do PT2030, além das alterações propostas ao SIFIDE, que rege os incentivos fiscais à atividade de I&D empresarial.

Num espaço de poucos dias, esta é a segunda demissão de um alto dirigente do Estado que tem funções de gestão na aplicação do PRR e dos fundos comunitários. A 26 de janeiro, também o presidente do IAPMEI – Agência para a Competitividade e Inovação, Francisco Sá, resolveu bater com a porta. Em regime de substituição desde fevereiro de 2021, será, para já, substituído por Luís Filipe Pratas Guerreiro, que era até agora adjunto no Ministério da Economia.

Segundo apurou o ECO junto de fontes que acompanharam de perto o processo que levou à saída da líder da Agência Nacional de Inovação, além da falta de apoio e comunicação das tutelas, esta demissão na ANI terá resultado igualmente dos rumores insistentes que apontavam para a sua saída. Joana Mendonça acabou assim por tomar a dianteira e apresentar ela própria a demissão.

Esta nova baixa prossegue a “limpeza” encetada por António Costa Silva nos últimos meses, nas entidades e nos rostos que herdou do antecessor, Pedro Siza Vieira. Antes da ANI e do IAPMEI, o ministro da Economia já tinha demitido os dois secretários de Estado – da Economia, João Neves; e do Turismo, Rita Marques –, e também mexeu na cúpula do Banco de Fomento, trocando Beatriz Freitas por Celeste Hagatong e Ana Carvalho.

Esta terça-feira, poucas horas depois de o ECO revelar a carta de demissão de Joana Mendonça – a professora de Gestão e Inovação do Instituto Superior Técnico tinha assumido estas funções em maio de 2021, para um mandato de três anos –, a Iniciativa Liberal entregou no Parlamento um requerimento para as audições, “com caráter de urgência”, da líder demissionária da ANI e dos ministros António Costa Silva e Elvira Fortunato.

Máquina do Estado “emperra” a economia

Esta manhã, durante uma visita à Solancis, que lidera a Agenda Verde do Setor da Pedra Natural, o primeiro-ministro ignorou o tema e preferiu sublinhar a importância de o país estar “concentrado e focado na boa execução do PRR”. E até desafiou as empresas a “pedalar” para que no final do programa, em 2026, Portugal esteja mais bem preparado “para enfrentar crises que o futuro” possa trazer e tenha “mais e melhor emprego, maior rentabilidade para as empresas e uma economia mais sustentável”.

Ricardo Costa, presidente da Associação Empresarial do Minho (AEMinho)D.R. 8 Outubro, 2021

No entanto, a Norte, esta baixa na cúpula da ANI é um “motivo de preocupação”, sobretudo pelos motivos invocados. E que, nas palavras de Ricardo Costa, presidente da Associação Empresarial do Minho (AEMinho) confirmam o entendimento das empresas de que “há uma entropia generalizada da máquina do Estado na análise, execução e acompanhamento dos processos relacionados com o PRR e uma total ausência de atividade em relação do Portugal2030”.

Os motivos dessa mesma demissão apenas vêm evidenciar aquilo que as empresas reclamam há algum tempo. Há uma entropia generalizada da máquina do Estado na análise, execução e acompanhamento dos processos relacionados com o PRR e uma total ausência de atividade em relação do Portugal2030.

Ricardo Costa

Presidente da Associação Empresarial do Minho

É extremamente grave que a presidente da ANI revele total ausência de conectividade com os ministros que tutelam as suas áreas de abrangência. Este fosso comunicacional entre entidades, esta letargia procedimental que não aproveita os recursos disponíveis para investimento na economia, associada à instabilidade governativa a que temos assistido, fazem antever tempos difíceis para os portugueses, provocados não pela conjuntura internacional, mas pela inoperacionalidade do Estado”, remata o empresário.

Por outro lado, Peter Villax, presidente da Associação das Empresas Familiares, vê nesta demissão “mais um sinal de falta de políticas de longo prazo deste Governo”, em que “não há uma estratégia para áreas tão importantes como a indústria nacional e a inovação”. Sustenta que “tudo se resume a Horizonte’s e PRR’s – ou seja investimento –, mas a administração do Estado não tem indicações claras para onde devemos caminhar, com a exceção da descarbonização, o que não chega para orientar o desenvolvimento económico”.

A administração do Estado não tem indicações claras para onde devemos caminhar, com a exceção da descarbonização, o que não chega para orientar o desenvolvimento económico.

Peter Villax

Presidente da Associação das Empresas Familiares

E a demissão de Joana Mendonça, completa o mesmo empresário, em declarações ao ECO, “surge em má altura, redundando no enfraquecimento das instituições e levando à redução da eficácia da administração do Estado”.

Já a Associação Empresarial de Portugal (AEP), questionada sobre os impactos desta mexida, respondeu que, envolvendo o tema da Inovação e tendo responsabilidade na gestão dos fundos, nomeadamente o PRR e o PT2030, “poderá constituir um fator inibidor da mais rápida execução” da bazuca europeia e da “celeridade” no início da implementação do novo pacote comunitário. E no caso do PRR, “são bem conhecidos os atrasos nas (poucas) medidas que envolvem diretamente as empresas, designadamente as Agendas Mobilizadoras”.

Do que o país menos precisa é de um clima de instabilidade no ecossistema inovador. Pelo contrário, precisa de políticas públicas que potenciem essa rápida convergência em matéria de indicadores de inovação.

Luís Miguel Ribeiro

Presidente da AEP

Sem querer avaliar o mandato de Joana Mendonça, Luís Miguel Ribeiro assinala a evolução positiva do rácio da despesa de I&D no PIB, que se situou em 1,66% em 2021, o que coloca Portugal na 12ª posição entre os países da União Europeia. Ainda assim, um rácio que “representa apenas 73,5% da média europeia, o que demonstra que temos ainda um longo caminho a percorrer”.

Luis Miguel Ribeiro, presidente da AEP, em entrevista ao ECO - 13SET22
Luís Miguel Ribeiro, presidente da AEPRicardo Castelo/ECO

“Neste sentido, do que o país menos precisa é de um clima de instabilidade no ecossistema inovador. Pelo contrário, precisa de políticas públicas que potenciem essa rápida convergência em matéria de indicadores de inovação, intimamente ligados à questão da melhoria da produtividade e competitividade das nossas empresas e do nosso país”, salvaguarda o presidente da AEP.

Vítor Poças, presidente da AIMMP (madeira e mobiliário), confessa ter “fracas expectativas” em relação a um reforço de meios ou de resultados neste domínio da inovação, frisando estar “muito mais preocupado com as consequências a médio e longo prazo das políticas públicas e do modelo de governação que tem sido seguido em Portugal nestes domínios”. No entanto, indica que “começam a ser preocupantes as sucessivas demissões e os diversos desconfortos públicos e outros sonegados, manifestados e sentidos por parte de muitos dirigentes do setor público”.

Começam a ser preocupantes as sucessivas demissões e os diversos desconfortos públicos e outros sonegados, manifestados e sentidos por parte de muitos dirigentes do setor público.

Vítor Poças

Presidente da Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal (AIMMP)

“Uma vez mais nos parece termos perdido tempo desnecessariamente e com prejuízo quer para a execução do PRR quer para a definição das políticas de inovação que a economia tanto carece. Numa área tão crítica para o desenvolvimento do país não se pode pactuar com hiatos de gestão tão longos e prejudiciais. Um ano e meio de mandato, sem orientação, sem enquadramento e suporte político é tempo demasiado para esta ou outra área governativa”, reage Raul Magalhães.

O presidente da Associação Portuguesa de Logística (APLOG) espera uma substituição rápida de Joana Mendonça, e por alguém que “tenha condições para executar um mandato com mais e melhor enquadramento e suporte por parte das tutelas”.

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Fundo dinamarquês investe em energia eólica no mar da Figueira da Foz

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2023

O projeto pretende acelerar a transição energética portuguesa, de forma que seja “um exemplo na produção de energia limpa.

Um fundo de investimento dinamarquês pretende investir oito mil milhões de euros num projeto de energias eólicas no mar ao largo da Figueira da Foz, com capacidade de produção de 2 Gigawatts, foi anunciado esta terça-feira. Designado de Nortada, o projeto será o primeiro parque eólico offshore de grande escala em Portugal, refere um comunicado do fundo de investimento Copenhagen Infrastructure Partners (CIP), enviado à agência Lusa.

As atividades relacionadas com a eólica offshore em Portugal, assim como o projeto Nortada, estão a cargo da Copenhagen Offshore Partners (COP), empresa líder no desenvolvimento, construção e operação de projetos de energia eólica offshore, e parceiro exclusivo para o desenvolvimento, construção e operação de parques eólicos offshore da gestora de fundos CIP”, refere a nota.

Segundo Afonso César Machado, responsável da COP pelo mercado português, o projeto pretende acelerar a transição energética portuguesa, de forma que seja “um exemplo na produção de energia limpa, pensado de forma holística em todas as suas componentes, e que simbolize uma aposta na reindustrialização e no crescimento económico do país”.

A expansão da presença em Portugal para o mercado eólico offshore “surge na sequência das ambições reveladas pelo Governo português na área das energias eólicas offshore, assim como dos resultados preliminares dos grupos de trabalho instituídos para o efeito”, adianta o comunicado.

“A energia eólica offshore tem um enorme potencial de crescimento e evolução e, como tal, representa uma colossal oportunidade para o país. Com a materialização deste projeto, pretendemos colocar Portugal na linha da frente da transição energética a nível mundial”, acrescenta Afonso César Machado.

De acordo com o comunicado, a CIP e a COP pretendem envolver nas suas atividades “o maior número possível de parceiros industriais, académicos, ambientais e do setor da economia azul portugueses”, com o objetivo de criar emprego qualificado a nível local e promover um desenvolvimento económico sustentável no país.

“Estamos muito satisfeitos por fortalecer a nossa presença em Portugal, em particular no mercado da energia eólica ‘offshore’. O projeto Nortada tem um enorme potencial e é um importante marco que contribuirá para o crescimento desta indústria em Portugal, assim como para a criação de emprego e de crescimento económico sustentável”, afirma Michael Hannibal, da CIP. A consulta pública da proposta que cria cinco áreas de exploração de energias renováveis no mar, ao largo de Viana do Castelo, Leixões, Figueira da Foz, Ericeira-Cascais e Sines, começou no dia 20 de janeiro e termina em meados de março.

O período de audição pública, segundo despacho do Governo de sexta-feira, é de 30 dias úteis, e destina-se a formulação de “sugestões e recolha de contributos” sobre a proposta preliminar das áreas espacializadas para o planeamento e operacionalização de centros eletroprodutores baseados em fontes de energias renováveis de origem ou localização oceânica.

A Figueira da Foz é proposta para a maior área de instalação de parques eólicos, com 1.237 quilómetros quadrados (km2) e potencial para até quatro gigawatts de capacidade, seguida por Viana do Castelo (663km2 e 2GW), Sines (499km2 e 1,5GW) e Ericeira e Sintra/Cascais (300 km2 e 1GW).

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João Valadares regressa a Portugal para ascender a partner da Bain & Company em Lisboa

O profissional ingressou na Bain em 2012 e, desde então, assessorou diversos clientes de bens de consumo nas suas estratégias de digital e data e transformação de modelos organizacionais.

A Bain & Company acaba de promover João Valadares a partner do seu escritório em Lisboa, inaugurado em maio do ano passado. Com esta nomeação, a companhia reforça a sua equipa no país e na região.

“Neste meu regresso a Portugal, é com enorme prazer e sentido de responsabilidade que assumo o desafio que me foi lançado pela Bain. As nossas práticas de bens de consumo e digital, áreas em que me tenho especializado nos últimos anos, estão em crescimento acelerado e espero contribuir ativamente para a sua consolidação e desenvolvimento em Portugal”, afirma João Valadares, em comunicado.

“A adição do João à nossa equipa de partners em Lisboa reforça ainda mais as nossas capacidades nas práticas de bens de consumo e digital e será uma grande ajuda para os nossos clientes que queiram responder ao ambiente desafiante em que vivemos, aproveitando as oportunidades que as novas tecnologias podem trazer em termos de criação de valor, inovação, eficiência, otimização de custos, experiência do cliente e consumidor, entre outros. O historial comprovado do João vai ajudar-nos a continuar a criar valor para os nossos clientes e a consolidar a nossa presença na região”, acrescenta Ignacio Otero, diretor-geral da Bain & Company para Portugal e Espanha.

O profissional ingressou na Bain em 2012 e assessorou, desde então, diversos clientes globais de bens de consumo nas suas estratégias de digital e data, transformação de modelos organizacionais e ainda de integração pós-fusão (post-merger). Trabalhou com clientes em toda a Europa, Estados Unidos e América do Sul, fazendo parte, ao longo da sua carreira, dos escritórios da Bain em São Paulo, Atlanta e Bruxelas.

João Valadares está na Bain & Company desde 2012.

Além do seu trabalho com os clientes, João Valadares está profundamente envolvido na equipa de diversidade, equidade e inclusão da Bain & Company.

A nível académico, o novo partner é formado em Economia pela Universidade do Porto e possui ainda um MBA do INSEAD.

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