PGR investiga violação de segredo de justiça no processo da SAD do Benfica

FC Porto já assumiu que teve acesso ao processo, por ser assistente no mesmo. Num contexto em que, na mesma altura, algumas informações relativas ao processo já foram saindo na comunicação social.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) está a avaliar a abertura de um inquérito de violação de segredo de Justiça, no caso da SAD do Benfica que tem como arguidos Rui Costa, presidente, Domingos Soares de Oliveira bem como Luís Filipe Vieira, ex-presidente, José Eduardo Moniz e Nuno Gaioso, ex-administradores.

“O Ministério Público está a analisar a questão de violação de segredo de Justiça com vista a desencadear os procedimentos considerados adequados“, segundo resposta dada ao ECO por fonte oficial do gabinete de Lucília Gago.

A resposta surge depois dos advogados da SAD do Benfica – João Medeiros, Paulo Saragoça da Matta e Rui Patrício – terem ficado surpreendidos por ter sido aceite a consulta do processo por “terceiros [Futebol Clube do Porto] estranhos ao processo”. E depois da equipa de advogados ter recebido vários contactos, nomeadamente de jornalistas, “no sentido de apurar se já procedemos à consulta e, em caso afirmativo, de que elementos e qual o teor dos mesmos”.

Por isso, na quinta-feira, os advogados do clube encarnado enviaram um comunicado às redações em que relembravam que o processo que envolve a SAD do Benfica, Rui Costa e Luís Filipe Vieira encontra-se “sujeito a segredo de justiça dito externo”. Pelo que “não podemos, e em qualquer caso não quereríamos pela mesma razão, divulgar atos processuais, divulgação essa que pode, aliás, constituir ilícito criminal”.

Perante esta resposta do gabinete da PGR, o ECO contactou esta segunda-feira ainda os advogados do Benfica que responderam, apenas, que não têm “nada a acrescentar ao comunicado, a não ser que, como é óbvio, procuraremos defender os interesses que nos estão confiados, e também as nossas obrigações de advogados e de cidadania, por todos os meios legais disponíveis e adequados”.

Recorde-se que os representantes jurídicos do FC Porto, que se constituiu assistente neste megaprocesso, deram a entender que já teriam consultado o referido processo quando o mesmo acesso fora negado anteriormente à defesa e aos próprios arguidos. Na mesma altura em que alguns dados referentes à acusação e ao processo foram em vários órgãos de comunicação social.

Questionada sobre a razão do clube rival se ter sido constituído assistente nesta investigação, fonte oficial da PGR esclarece: “as posições assumidas/decisões tomadas pelo Ministério Público no âmbito dos processos são fundamentadas e respeitam as regras processuais penais em vigor”. disse, em resposta enviada ao ECO.

Agora, a defesa da SAD do Benfica vem garantir que já têm acesso ao processo mas deixam o alerta: a divulgação de matéria constante no mesmo é crime de violação de segredo de Justiça. No final de janeiro, durante as alegações finais do processo dos ’emails’, Nuno Brandão, advogado de Francisco J. Marques, afirmou que causídicos ligados ao FC Porto já tinham consultado o processo, o que surpreendeu os representantes dos ‘encarnados’.

Paulo Saragoça da Matta, sócio da DLA Piper, João Medeiros, sócio da VdA e Rui Patrício, sócio da Morais Leitão, são os advogados da SAD do BenficaHugo Amaral/ECO

“Cabe deixar inequívoco que — além dos deveres deontológicos a que estamos adstritos — temos a informação de que o processo se encontra sujeito a segredo de justiça dito externo, pelo que não podemos, e em qualquer caso não quereríamos pela mesma razão, divulgar atos processuais”, explica o comunicado, assinado pelos advogados João Medeiros, Paulo Saragoça da Mata e Rui Patrício.

Em causa o megaprocesso em que a SAD foi constituída arguida no passado dia 3 de janeiro, tal como os seus principais administradores Rui Costa, presidente, e Domingos Soares de Oliveira, co-CEO, bem como Luís Filipe Vieira, ex-presidente, José Eduardo Moniz e Nuno Gaioso, ex-administradores. Em causa, alegadamente, estará um processo em que se investigam os crimes emergentes dos emails pirateados ao Benfica e onde foram juntos outros processos, como o dos Vouchers e o Mala Ciao”. O objetivo parece ser concretamente evitar possíveis prescrições, pois muitas destas investigações decorrem há vários anos, algumas iniciadas em 2012.

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Há seis concelhos sem qualquer antena 5G

Seis municípios portugueses ainda não têm nenhuma estação 5G instalada. A maioria fica no interior e três são no distrito de Évora.

Existem seis concelhos do país que ainda não têm qualquer antena 5G instalada. Cinco são em Portugal continental e um é nos Açores, de acordo com o mais recente balanço divulgado pela Anacom, o regulador das comunicações. Destes seis concelhos, três fazem parte do distrito de Évora.

Alandroal (Évora), Pedrógão Grande (Leiria), Portel (Évora), Sousel (Portalegre) e Vila Viçosa (Évora) são os municípios do continente que não têm qualquer estação 5G. Fora do continente, o outro município sem antenas 5G é o Corvo, na Região Autónoma dos Açores.

Numa altura em que os planos de desenvolvimento do 5G das principais operadoras estão em velocidade de cruzeiro, os cidadãos destes concelhos arriscam continuar excluídos dos benefícios associados à rede móvel de quinta geração — comunicações mais rápidas, redes mais seguras e com maior capacidade e equipamentos energeticamente mais eficientes, por exemplo.

Numa economia cada vez mais digital, há ainda o risco de se acentuarem as desigualdades entre o litoral e o interior.

Mapa dos municípios com e sem antenas 5G:

Fonte: Anacom

De acordo com o balanço da Anacom relativo ao quarto trimestre, o número de antenas 5G em território nacional ascendia a 5.842 no final de 2022 (+35% face ao trimestre anterior), distribuídas por 302 concelhos.

Apesar de haver antenas de quinta geração em 98% dos concelhos do país, estas infraestruturas ainda não chegam a metade das freguesias (1.526 freguesias já têm estações, 49% do total). Além disso, entre as freguesias consideradas de baixa densidade, 32% ainda não têm antenas e apenas 24% do total de estações localiza-se nestas mesmas.

No final do último trimestre, havia uma estação por cada 15 quilómetros quadrados, mas a Anacom nota que “este valor varia muito ao longo do território”, sendo superior à média ao longo da faixa litoral ocidental (de Viana do Castelo a Setúbal) e da faixa litoral meridional (Algarve).

“Verifica-se ainda que as zonas onde a densidade de estações é superior correspondem também àquelas onde a densidade populacional é mais elevada ou onde existe uma sazonalidade do número de habitantes”, aponta a Anacom num comunicado sobre estes dados.

Enquanto a Nos é a operadora com o maior número de estações 5G, a Meo é a que tem estações num maior número de municípios.

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BE quer impedir empresas de governantes de se candidatarem a fundos europeus

  • Lusa
  • 6 Fevereiro 2023

BE propõe impedir que empresas de familiares de governantes se candidatem a fundos europeus e acabar com a "porta giratória entre negócios e política". Objetivo é defender “ética republicana". 

O Bloco de Esquerda (BE) propôs esta segunda-feira impedir que empresas de familiares de governantes se candidatem a fundos europeus e acabar com a “porta giratória entre negócios e política“, explicando Catarina Martins que o objetivo do partido é defender “a ética republicana”.

“A posição do Bloco de Esquerda é simples: responder à vida das pessoas, combatendo a especulação e atualizar salários e pensões, e responder também ao choque popular contra a promiscuidade entre política e negócios, defendendo a ética republicana”, explicou Catarina Martins aos jornalistas no final de uma visita à Feira de Espinho, distrito de Aveiro, que marcou a abertura das jornadas parlamentares do BE e durante a qual apresentou as iniciativas legislativas do partido com este propósito.

A primeira das duas medidas presentes no projeto de lei que altera o regime do exercício de funções por titulares de cargos políticos e altos cargos públicos, tem por base, segundo a líder do BE, “um parecer da Procuradoria-Geral da República” para que seja “claro que os familiares de um governante não podem fazer contratação pública com o Estado, mas também não se podem candidatar a fundos europeus”.

“Ninguém percebe, muito menos quando os fundos europeus são a maior fatia de investimento que vai ter o país, que os familiares não possam fazer contratos das suas empresas com o Governo – é natural que não possam, é uma questão de transparência -, mas que possam candidatar-se a fundos europeus. Isso já aconteceu, não deve acontecer, queremos corrigir, queremos reforçar a ética republicana necessária para a credibilização da democracia“, disse, numa referência implícita ao caso da ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa.

Outra das alterações a este regime é para “parar a porta giratória” em que “uma pessoa está no Governo, toma decisões sobre uma empresa e a seguir vai trabalhar para a empresa sobre a qual tomou decisões alegremente porque a sanção é só que vagamente não poderá ocupar cargos públicos”, detalhou Catarina Martins.

“O que propomos é que os titulares de cargos públicos quando saem da sua função e não voltam à sua profissão original, ou seja, têm outra carreira profissional, sejam obrigados a informar a Entidade da Transparência e esta diga se é compatível ou não a nova função com o ter desempenhado o cargo”, explicou.

Também sem referir o nome da ex-secretária de Estado do Turismo Rita Marques, a líder do BE defendeu que “não há nenhuma limitação às pessoas voltarem à sua profissão”, mas não pode ser normal “um governante tomar decisões sobre uma empresa e a seguir ser contratado pela própria empresa”. “Isso é um regime de porta giratória entre os negócios e a política que mina a democracia e que tem que terminar”, disse.

A terceira medida do BE é uma alteração ao regime geral de proteção de denunciantes de infrações, apresentada por Catarina Martins precisamente em Espinho “uma das autarquias em que há investigações também sobre decisões de autarcas”, considerando que é preciso “proteger os trabalhadores das autarquias que têm a coragem de fazer as denúncias que muitas vezes permitem ao Ministério Público agir”.

Há uma proteção dos denunciantes que não podem ser despedidos no prazo de dois anos. Ora os mandatos nas autarquias são de quatro anos e portanto nós precisamos de estender a proteção destes trabalhadores pelo menos o prazo do mandato porque sabemos como é importante que possa haver coragem nos trabalhadores nas autarquias para fazer as denúncias”, explicou.

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Sines quer “comer” fruta brasileira aos portos do norte da Europa

Portugal prepara-se para montar hub logístico para a importação de frutas frescas do Brasil, mostrando aos produtores “condições geográficas e operacionais” para substituir portos do norte da Europa.

O Porto de Sines vai criar um hub logístico para a entrada de frutas brasileiras no mercado ibérico e europeu, reclamando ter as “condições geográficas e operacionais que o posicionam como um local de excelência para a importação” destes produtos, que atualmente entram no mercado europeu através dos portos do norte da Europa.

O primeiro passo para que esse fluxo logístico seja alterado, passando as frutas brasileiras a utilizar principalmente o Porto de Sines como porta de entrada no mercado ibérico, é um “protocolo de intenções” assinado com a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (ABRAFRUTAS).

Este acordo firmado com esta organização, cujos associados representam aproximadamente 80% do volume total das frutas frescas exportadas pelo Brasil, visa “desenvolver um intercâmbio de conhecimentos e experiências profissionais”, de acordo com a APS — Administração dos Portos de Sines e do Algarve (Faro e Portimão).

Líder nacional na quantidade de mercadorias movimentadas e dotado de terminais especializados para movimentar diferentes tipos de mercadorias, o Porto de Sines é o principal porto na fachada ibero-atlântica. Além da preponderância no abastecimento energético do país (petróleo e derivados, carvão e gás natural), posiciona-se igualmente como um relevante porto de carga contentorizada.

“O relacionamento entre o Porto de Sines e entidades brasileiras tem sido uma constante, não apenas pela importância daquele mercado e pelo seu potencial de crescimento, mas também devido aos laços históricos e culturais existentes entre Portugal e o Brasil, que potenciam o reforço das relações comerciais já existentes”, sublinha a APS, em comunicado de imprensa.

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Maioria das empresas prevê aumentar ou manter aposta no recrutamento

IT, RH, marketing, comercial e financeira são as áreas prioritárias de recrutamento. Relativamente ao nível da carreira, aquele que terá menos procura será top management.

A maioria das empresas portuguesas está a fazer planos para aumentar ou, pelo menos, manter a aposta no recrutamento em 2023, com 44% a assumir manter e 37% igualar as contratações face a 2022. A acompanhar estas previsões de reforço da força laboral, estão as perspetivas de crescimento: sete em cada dez organizações está confiante, revela o relatório “2023: O que vai mudar na gestão de pessoas”, desenvolvido pela Neves de Almeida HR Consulting e pelo ISCTE Junior Consulting.

“A necessidade de aumentar ou igualar a aposta no recrutamento é transversal a todos os setores. Este fenómeno pode ser explicado pelo ambiente competitivo que existe relativamente à procura de talento. As empresas estão a dedicar cada vez mais recursos ao recrutamento, pois só através de colaboradores qualificados conseguirão potenciar o seu negócio”, comenta Pedro Rocha e Silva, CEO da Neves de Almeida HR Consulting, em comunicado.

Apenas uma minoria pretende diminuir o recrutamento (19%), face ao ano anterior. No que diz respeito aos setores, o energético, seguido do turismo e das tecnologias, media & telecomunicações são os mais otimistas em matéria de contratações. As áreas prioritárias de recrutamento são, por sua vez, as de IT, RH, marketing, comercial e financeira E, relativamente ao nível da carreira, aquele que terá menos procura será top management.

O clima é, também, positivo no que toca às perspetivas de crescimento para 2023: sete em cada dez empresas portuguesas estão confiantes. Os setores dos transportes e infraestruturas, energia, bem como saúde e farmacêutico são os mais otimistas, com 100%, 86% e 83% dos inquiridos a anteciparem o ano de 2023 com um forte crescimento, respetivamente.

Por outro lado, os setores da indústria, retalho e turismo esperam manter, ou mesmo reduzir, o seu negócio em 2023.

O relatório “2023: O que vai mudar na gestão de pessoas” inquiriu 200 CEO e diretores de recursos humanos de empresas de setores e dimensões diferentes a nível nacional — que, ao todo, empregam mais de 200 mil colaboradores — para antecipar como será a gestão de pessoas em 2023.

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A tendência das organizações “Skills-First”

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  • 6 Fevereiro 2023

Qual o impacto para as organizações do ChatGPT passar com sucesso exames de direito e gestão de universidades nos Estados Unidos? Relança a discussão da estratégia “Skills-First” vs Diploma.

A utilização de Inteligência Artificial (IA) é uma tendência identificada nos últimos anos, que irá aumentar a sua presença na nossa vida e que irá revolucionar a forma como olhamos para o mundo.

Não existe um melhor exemplo de disrupção e adoção de IA nos últimos meses do que o ChatGPT (Chat Generative Pre-Trained Transformer) que, desde que foi disponibilizado ao público a 30 de Novembro 2022, conta com mais de um milhão de utilizadores.

O ChatGPT é um software programado para gerar textos numa linguagem natural (chatbot) e que fornece respostas às perguntas feitas pelo utilizador já tendo criado textos complexos, poesia e até código de programação.

A capacidade do ChatGPT foi já posta à prova também na componente académica, onde passou com sucesso exames de cursos de Gestão/MBA (Gestão de Operações – Wharton School of Business), Direito (Lei Constitucional – University of Minnesota Law School) e exames que integram o acesso à carteira profissional de médico (Estados Unidos).

Estes resultados têm um impacto e devem levar a reflexão, não apenas no mundo académico, mas também no mundo empresarial, já que é esperado que ferramentas de IA continuem a ter acesso mais alargado.

Estes resultados realçam também a importância do debate sobre qual será a melhor estratégia de gestão de recursos humanos a usar:

· Abordagem Skills-First – que enfatiza as competências, experiências e capacidades de cada pessoa;

· Abordagem tradicional – que foca os diplomas, o histórico de trabalho e os “títulos” de cada pessoa.

Historicamente, a abordagem tradicional foi aquela que foi usada de forma mais abrangente e disseminada, especialmente em grandes organizações, e que contribuiu para organizações de sucesso.

No entanto, empresas como a Apple, General Motors, EY, Google, Merck, entre outras, já começaram a remover requisitos obrigatórios de candidaturas associados a diplomas para algumas funções.

Isto leva a que a abordagem Skills-First esteja a ter cada vez mais relevância e a ganhar maior adoção, já que tem potencial para abordar desafios atuais do mercado de trabalho, enquanto também suporta o papel das organizações na componente de ESG.

Nuno Aniceto, Manager EY, People Advisory Services

Algumas das vantagens de seguir uma abordagem Skills-First são:

1. Democratizar o acesso a oportunidades.
Tendo diretamente em conta as competências, e não a forma como foram adquiridas, uma abordagem Skills-First tem o potencial de democratizar o acesso a oportunidades económicas e de carreira para mais pessoas que uma abordagem tradicional.

2. Aceder a um pipeline de talento por descobrir, diversificando a origem do talento.
A contratação segundo uma abordagem Skills-First não nega a utilidade do diploma, mas ao mesmo tempo reconhece a realidade que nem todas as pessoas têm os meios, oportunidade ou tempo para obter os mesmos. Muda o foco para a forma como os candidatos podem demonstrar que têm as competências necessárias para realizar a função, e não para o seus diplomas.

3. Aumentar retenção, confiança e compromisso do colaborador.
Com base no Workplace Learning Report 2022 do LinkedIn, o fator mais impactante num excelente ambiente de trabalho é a existência de oportunidades para aprender e crescer. Assim, usando programas de aprendizagem orientados a desenvolver competências específicas que vão de encontro às necessidades e aspirações do colaborador, existe um aumento expectável de confiança entre o colaborador e a organização. Isto, por sua vez, possibilita o aumento do compromisso, satisfação e retenção.

4. Cria opções de desenvolvimento de carreira mais robustas.
O desenvolvimento de carreira baseado em competências permite aos colaboradores terem acesso a oportunidades de mobilidade vertical e lateral dentro da organização, sendo a mesma mais personalizada e não linear como na abordagem tradicional.

5. Obter uma visão holística das necessidades atuais e futuras de competências.
As organizações vão poder desenvolver uma visão holística do talento e competências que detêm. Adicionalmente, com uma visão clara da necessidade e oferta de competências em toda a organização, os diferentes stakeholders (RH, Gestores de Equipa e Administração) conseguem compreender se a estratégia de negócio é alcançável, se existem lacunas e qual o investimento é necessário ser feito.

Esta tendência também é visível nos sistemas de gestão de RH mais usados no mundo, tendo vindo a ser atualizados com novas capacidades centradas numa filosofia Skills-First, como por exemplo:

· SAP SuccessFactors: Center of Capabilities

· Workday: Skills Cloud

· Oracle: Dynamic Skills

Assim, a gestão de recursos humanos baseado na abordagem Skills-First acaba por ser uma tendência que responde a alguns desafios do mercado de trabalho, mas também é uma oportunidade para as organizações liderarem este novo mercado de trabalho e abraçarem inovações como IA para ganhar vantagens competitivas enquanto promovem e melhoram a qualidade do seu capital humano.

Nuno Aniceto, Manager EY, People Advisory Services.

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Rede da Mobi.E bate recorde de carregamento em janeiro

  • ECO
  • 6 Fevereiro 2023

Rede de carregadores para veículos elétricos de acesso público já conta com 3.217 postos e um total de 5.747 tomadas.

Janeiro foi mês recorde de carregamento de carros elétricos na rede de acesso público, a Mobi.E. No primeiro mês do ano, foram registadas 279.807 transações, o que representa uma subida de 88% face ao mesmo mês do ano passado, segundo dados revelados pela entidade nesta segunda-feira.

Também registou-se um recorde de consumo de energia, para 4.291.640 kWh, um aumento de 113% em comparação com o mesmo período de 2022. Em janeiro, acederam à rede pública nacional mais de 41.900 utilizadores distintos, uma subida de 66% face a 2021. Em média, cada utilizador efetuou 7 carregamentos durante este mês.

Para os recordes de utilizadores e de consumos contribuiu o crescimento da rede Mobi.E, que conta atualmente com 3.217 postos e 5.747 tomadas de carregamento. Mais de 1.100 postos são de carregamento rápido (acima dos 50 kWh) ou mesmo ultrarrápido. Existem atualmente 49 pontos de carregamento, em média, por cada 100 quilómetros de rodovia. Por cada 100 mil habitantes, são disponibilizadas 67 tomadas, em média.

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Tribunal de Contas recebeu 339 denúncias. Maioria relativas ao poder local

  • Lusa
  • 6 Fevereiro 2023

O Tribunal de Contas recebeu 339 denúncias em 2021, destacando-se as relacionadas com a administração e setor empresarial locais e sobretudo relativas a eleitos locais, despesas e contratação pública.

O Tribunal de Contas (TdC) recebeu 339 denúncias em 2021, destacando-se as relacionadas com a administração e setor empresarial locais e sobretudo relativas a eleitos locais, despesas e contratação pública, recursos humanos e atribuição de subsídios.

De acordo com a ‘Análise global do tratamento das participações, exposições, queixas e denúncias’, divulgada pelo TdC e que teve como período de referência os anos de 2018 a 2021, 43,4% dos 339 processos de denúncias e outros processos relacionados tratados em 2021 eram relativos à Administração Local e Setor Empresarial Local, mais concretamente os municípios (61%), seguidos pelas freguesias (33,3%).

Considerando o universo das denúncias, a segunda área com mais processos submetidos à apreciação do Núcleo de Análise e Tratamento de Denúncias e de Relatórios dos Órgãos de Controlo Interno (NATDR) é a referente ao Setor Social — Saúde e Segurança Social.

Segundo o TdC, “as denúncias incidem sobre uma multiplicidade de situações, com especial enfoque nas seguintes temáticas: eleitos locais, regimes de realização de despesas e de contratação pública, recursos humanos e atribuição de subsídios”.

Numa análise de risco, o Tribunal refere que “a área de especial incidência de risco é a da administração local, mais concretamente as autarquias locais (municípios e freguesias)”, antecipando que “o processo de descentralização em curso poderá levar a um agravamento do mesmo, face ao volume de competências e responsabilidades que são transferidas para o setor da Administração Local e consequentes implicações operacionais e financeiras”.

Neste sentido, destaca, exigir-se-á “uma especial atenção por parte das entidades com funções de controlo”.

Relativamente às matérias de especial incidência de risco, destacam-se as áreas da contratação pública e da legalidade na realização de despesas.

Dos 339 processos de denúncias e outros processos relacionados remetidos para análise do TdC em 2021, 184 correspondem a processos de denúncias, 103 a processos diversos e 52 a participações, exposições, queixas ou denúncias (PEQDs), o que corresponde a um aumento de 127,5% face a 2020 e de 3,7% e 15,7% relativamente a 2019 e 2018, respetivamente.

A análise divulgada esta segunda-feira pelo TdC aponta ainda que, nos anos de 2019 a 2021, foram realizadas 21 auditorias de apuramento de responsabilidades financeiras, com base em denúncias apresentadas ao Tribunal, sendo que em 30 de setembro de 2022 já tinham sido concluídas seis auditorias de apuramento de responsabilidade financeira.

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Vídeos mostram destruição provocada por terramoto na Turquia e na Síria

  • ECO
  • 6 Fevereiro 2023

Terramoto no sul da Turquia e no norte da Síria já provocaram mais de 2.300 mortos e mais de cinco mil feridos. É expectável que este número continue a subir.

O número de mortos na sequência do sismo de magnitude 7,8 na escala de Richter que abalou esta madrugada o sul da Turquia e norte da Síria, não pára de aumentar. O último balanço dá conta de 1.498 mortos na Turquia e 810 na Síria.

Este sismo já provocou mais de cinco mil feridos devido à queda de edifícios. As equipas de socorro procuram pessoas por entre os escombros.

Inicialmente, a agência turca de gestão de catástrofes e emergências declarou que o abalo tinha feito pelo menos 76 vítimas mortais em sete províncias do país e 440 feridos. Mas desde então os números têm vindo a aumentar.

Um incêndio deflagrou num gasoduto na região de Kahramanmaraş, uma cidade turca.

As equipas de resgate continuam à procura de sobreviventes em várias cidades dos dois países, e espera-se que o número de mortos continue a subir.

Na Síria, uma equipa de resgate conseguir salvar uma criança que se encontrava debaixo dos escombros de um edifício que colapsou.

Já depois do primeiro abalo, por volta das 4h00 da manhã, a Turquia e a Síria voltaram a sentir a terra a tremer, desta vez por volta das 11h00. De acordo com o Centro Sismológico Europeu-Mediterrânico (EMSC) o sismo foi de 7.5 na escala de Richter. O momento foi registado por um jornalista de uma estação televisiva que se encontrava naquele momento em reportagem.

 

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Grupo DHL investe 25 milhões para crescer no aeroporto Sá Carneiro

  • ECO
  • 6 Fevereiro 2023

Expansão do terminal no aeroporto que serve o norte do país começa em março deste ano e vai decorrer até meados de 2024, adianta grupo alemão.

O grupo DHL vai reforçar a aposta Portugal. A subsidiária DHL Express vai expandir o terminal em funcionamento no aeroporto Francisco Sá Carneiro, num investimento orçado em 25 milhões de euros. As obras começam em março e vão decorrer até julho de 2024.

“A expansão do terminal do aeroporto do Porto é, sem dúvida, uma grande aposta da DHL Express Portugal. Numa altura em que é fundamental apoiar as empresas portuguesas nos seus processos de exportação e internacionalização, reforçarmos a nossa capacidade instalada numa das principais portas de saída dos seus produtos para todo o mundo”, destaca o diretor-geral da empresa, José António Reis, citado em comunicado.

A empresa alemã vai triplicar a área útil do edifício para 10.983 metros quadrados, podendo mais do que duplicar a importações para 6.000 peças por hora e quadruplicar a exportação para 5.000 artigos por hora. O edifício será coberto com painéis solares e haverá a “maximização da utilização da iluminação natural e de sistemas de ventilação natural”. A unidade, atualmente, conta com mais de 200 trabalhadores.

A DHL Express Portugal conta também avançar para a construção do terminal de carga expresso no aeroporto Humberto Delgado, num investimento de mais de 50 milhões de euros.

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Portugal entre países onde vendas a retalho mais caíram em dezembro

  • ECO
  • 6 Fevereiro 2023

Em dezembro, apenas o consumo de combustíveis foi superior ao registado em novembro, segundo números do Eurostat.

Portugal foi um dos países da União Europeia onde as vendas a retalho mais caíram em dezembro face ao mês anterior. No último mês do ano, verificou-se uma descida de 3,1% face ao registo de novembro, revelam os dados divulgados esta segunda-feira pelo gabinete de estatísticas europeu Eurostat.

Entre os 25 países para os quais há dados, Portugal teve o sexto pior desempenho, ex-aequo com a Bélgica. Os Países Baixos tiveram a descida mais significativa (-6,3%), seguidos da Alemanha (-5,3%).

No espaço europeu, as vendas a retalho desceram, em média, 2,6%, com todas as categorias a perderem importância. A única exceção foi a compra de combustíveis para automóveis, que cresceu 2,3% face a novembro. A maior descida no consumo verificou-se na comida, bebida e tabaco.

Na comparação com o mesmo mês de 2021, Portugal registou uma subida de 0,7% nas vendas a retalho. Neste caso, apenas oito países conseguiram melhorar o seu desempenho.

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Danone anuncia baixa de preços

  • Servimedia
  • 6 Fevereiro 2023

A Danone lançou a campanha "O essencial é ajudar-nos", que traz promoções no valor de todos os seus iogurtes naturais e aromatizados. O objetivo é ajudar as famílias espanholas no início do ano.

A marca de iogurtes Danone está a lançar a campanha “O essencial é ajudar-nos”, que visa “apoiar as famílias espanholas no início do ano, baixando o preço dos seus iogurtes naturais e aromatizados para garantir o acesso a alimentos essenciais e saudáveis da mais alta qualidade”, noticia a Servimedia.

“Estamos conscientes de que este é um momento difícil para a economia em muitos lares e a nossa marca de iogurtes Danone quer estar ao lado das famílias, tal como tem vindo a fazer há mais de 100 anos, garantindo alimentação saudável essencial todos os dias“, disse Javier Pejito, vice-presidente de marketing da Danone Espanha.

Com esta promoção, a empresa explicou que “o pacote de quatro iogurtes naturais e aromatizados da marca Danone está disponível por 1 euro e esta redução de preço é aplicada proporcionalmente ao resto dos formatos”.

O responsável indicou, ainda, que neste contexto de crise económica, os espanhóis foram forçados a mudar os seus hábitos de consumo. . “Não podemos permitir que a inflação condicione as dietas das famílias. É por isso que baixámos o preço dos nossos iogurtes da marca Danone, tanto naturais como aromatizados, garantindo a mesma qualidade de sempre”, disse Pejito.

“As famílias”, acrescentou, “tiveram de apertar o cinto e nós também temos de estar lá para elas quando mais precisam de nós. Foram necessários muitos meses de trabalho para lançar esta iniciativa, o que exigiu o envolvimento de muitas pessoas, tanto equipas internas como externas, com uma colaboração muito estreita com os nossos clientes, por exemplo”.

A empresa salientou que, “tal como a Associação de Fabricantes e Distribuidores (Aecoc) defendeu há alguns meses, o grande consumidor ajustou as suas margens passando menos de um terço do aumento dos custos de produção, que excede 70% em alguns produtos, para o preço final de retalho”.

Com esta nova campanha, a Danone apresenta um novo anúncio “que o torna ainda mais especial ao relançar o jingle mítico com o qual estreou na televisão em 1968. ´Dame Danone, Quiero Danone´, a canção que acompanhou toda uma geração será tocada de novo na televisão”.

“Um anúncio das famílias para as famílias, onde regressamos às nossas origens, recuperando o essencial, o que nos torna únicos e o que nos uniu às nossas famílias: o nosso iogurte tradicional“, concluiu Pejito.

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