Chuvas fortes de janeiro causaram 5 milhões de prejuízos em espaços privados de Gaia
Neste apuramento só constam as estruturas privadas, nomeadamente casas, garagens e comércios, de acordo com o autarca Eduardo Vítor Rodrigues.
O mau tempo do início de janeiro causou prejuízos de mais de cinco milhões de euros em casas e comércios de Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto, adiantou esta segunda-feira o presidente da câmara municipal. No final da reunião privada do executivo municipal, e em declarações aos jornalistas, Eduardo Vítor Rodrigues revelou que o levantamento dos estragos já foi entregue à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N).
“Fizemos o levantamento todo e já o enviamos à CCDR-N. A última informação que tive é que a CCDR-N está a negociar os valores de âmbito nacional com o Estado para, depois, fazer um rateio”, afirmou. Falando num valor “ligeiramente” superior a cinco milhões de euros em termos de prejuízos, o autarca clarificou que neste apuramento só constam as estruturas privadas, nomeadamente casas, garagens e comércios.
Dado que os estragos causados em espaços públicos, como ruas, praças, taludes, passeios, jardins ou tanques, serão na íntegra assumidos pelo município. “Em espaço público, o município não imputou um euro que fosse à CCDR-N porque entendemos que não é um caso de uma catástrofe”, frisou.
O objetivo foi libertar os recursos para que as pessoas que sofreram com as chuvas fortes tenham o máximo possível de financiamento, reforçou o presidente da câmara. As reparações nos espaços públicos já começaram estando até, muitas delas, concluídas, revelou.
A 7 de janeiro, o concelho de Vila Nova de Gaia registou mais de 60 ocorrências entre as 10:30 e as 13:00 motivadas pela chuva forte, levando ao encerramento de várias estradas. O Serviço Municipal de Proteção Civil de Vila Nova de Gaia e a Direção Municipal de Infraestruturas e Espaços Públicos identificou 28 estruturas afetadas pelo mau tempo, aquando do levantamento dos danos.
Além disso, Eduardo Vítor Rodrigues comentou que uma das discussões que está agora em cima da mesa é renaturalizar a linha de água junto ao lavadouro da Afurada que terá sido responsável pelas cheias naquele local.
“Estamos disponíveis para assumir financeiramente o alinhamento da linha de água junto ao lavadouro da Afurada que tem uma curva que foi artificialmente feita há uns largos anos, no âmbito da reabilitação da Polis, e quando a água é muita não faz a curva e salta fora, tendo sido aí que a situação se descontrolou”, explicou.
O que o município pretende, salientou, é fazer um acordo com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) para renaturalizar a linha de água. “Se tivermos autorização, faremos nós próprios”, vincou.
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