Presidente do Banco Mundial demite-se
O norte-americano David Malpass estava no cargo desde 2019, com um mandato que só terminava em 2024. Atitude perante as alterações climáticas podem ter precipitado a sua saída da instituição.
David Malpass vai sair do Banco Mundial a 30 de junho, avança a agência Reuters. O norte-americano estava no cargo desde 5 de abril de 2019, com um mandato de cinco anos. Em novembro do ano passado esteve envolvido numa polémica sobre as alterações climáticas.
A uma pergunta sobre os dados científicos que suportam as alterações climáticas, Malpass respondeu: “Não sei, não sou cientista”. Um dia depois reconheceu que a resposta tinha sido inapropriada, recusou ser “um negacionista do clima” e afastou a sua demissão. Aliás, em entrevista ao Politico, o presidente do Banco Mundial disse que nenhum dos 187 países, membros da organização, pediu a sua saída.
No entanto, “depois de muito pensar”, decidiu “perseguir novos desafios”, refere Malpass, de 66 anos, citado no comunicado da instituição, que depois acrescenta que “esta é uma oportunidade para uma transição suave de liderança, à medida que o Grupo do Banco trabalha para enfrentar os crescentes desafios globais”.
Durante o seu mandato de quase quatro anos foi mobilizado um recorde de 440 mil milhões de dólares em resposta à pandemia. “Sob sua liderança, o Grupo Banco Mundial mais que duplicou o financiamento climático para países em desenvolvimento, atingindo um recorde de 32 mil milhões de dólares no ano passado”, indicou ainda a nota.
Os EUA e outros grandes acionistas do Banco Mundial têm pressionado o banco durante o último ano a intensificar os esforços para enfrentar os desafios globais, incluindo as alterações climáticas, juntamente com a sua tradição de enfrentar a pobreza global.
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