Rui Moreira prefere Lufthsansa e Air France para compra da TAP
O presidente da Câmara do Porto prefere companhias com 'hubs' mais distantes para a compra da TAP. Diz que só privatização mudará forma de olhar para a região Norte.
O presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, considerou hoje que a estratégia da TAP só mudará se a companhia aérea for privatizada, porque a nova administração vai seguir “os desígnios” do Governo.
“A TAP deixou de ser relevante para nós. É um tema que a mim passa completamente ao lado. Acredito que as coisas possam mudar se houver uma privatização, se a TAP for vendida a um operador internacional que olhe para o país como um mercado e não olhe apenas para um destino dentro de Portugal”, afirmou Rui Moreira, à margem do evento imobiliário internacional MIPIM, que decorre em Cannes, França.
Questionado sobre a nova administração da companhia aérea nacional, o autarca afirmou que esta vai seguir as “recomendações” e “desígnios” do Governo.
Já quanto às três companhias aéreas que terão demonstrado interesse em comprar a TAP, Rui Moreira defendeu que a estratégia nacional deve ter em consideração “a companhia [aérea] que tenha ‘hubs’ mais distantes”.
“Quem é que nos convém que compre a TAP? Ou a Lufthansa, ou a IAG (proprietária da British Airways e a Iberia), ou Air France-KLM. Destes, naturalmente pelo que disse, já expliquei qual é a minha preferência, é quem tenha ‘hubs’ mais distantes”, afirmou.
O anúncio a 6 de março da demissão da CEO, Christine Ourmières-Widener, e do chairman, Manuel Beja, depois de anunciados os resultados da auditoria da Inspeção-Geral das Finanças (IGF), concluindo que o acordo para a saída de Alexandra Reis é nulo e a indemnização de perto de meio de milhão de euros terá de ser devolvida.
Na segunda-feira, o ministro das Finanças, Fernando Medina, disse que a decisão de demitir os dois executivos foi tomada na sequência do relatório da IGF, “muito claro do ponto de vista da ilegalidade relativamente à forma como tudo aconteceu” no processo de cessação de funções da antiga administradora Alexandra Reis.
Medina apontou que “haverá uma assembleia-geral, haverá o pronunciamento dos próprios, haverá nova assembleia-geral, e já está em tempo apontado e do conhecimento de todos quem será o novo CEO da empresa, para que não se gere nenhuma ambiguidade nem nenhum interregno, e a TAP regressará ao normal funcionamento dos seus órgãos de administração muitíssimo em breve, com uma situação que já é conhecida”.
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